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Muita gente não sabe o que é a toxoplasmose.

A toxoplasmose é uma doença transmitida


por um protozoário chamado Toxoplasma Gondii, que é facilmente encontrado, podendo
causar infecções na maior parte dos mamíferos e pássaros do mundo inteiro.

Essa infecção na maioria dos casos não apresenta sintomas e pode passar despercebida
nos pacientes que tem a imunidade normal, e esses pacientes podem deixar este parasita
inerte no corpo, ou seja, ele pode não causar dano algum por tempo indeterminado. Mas
quando esses pacientes ficam com a resistência imunológica baixa por qualquer razão(
AIDS, secundária a remédios usados para transplantados ou mesmo após uma doença
muito debilitante), os sintomas da toxoplasmose podem se manifestar. Outro caso de como
se adquire a toxoplasmose é na gestação, que a gestante pode contaminar o feto, podendo
afetar em sua formação.

Ciclo da doença

 Pessoas que tem maior risco de ter problemas com a infecção pelo toxoplasma (e tem
exame de sangue sorológico negativo) são grávidas e pessoas com baixa imunidade. Por se
tratar de doença com sintomas muito inespecíficos e comuns a muitas outras, o
diagnóstico geralmente é feito por médicos com experiência na área. A confirmação do
diagnóstico geralmente é feito por diversos testes de sangue. Os mais comuns são os que
detectam a presença de anticorpos no sangue contra o Toxoplasma Gondii.
Heteroxônico
Parasita com mais de um hospedeiro

Taquizoitos
Encontrados na fase aguda da infecção

Sinonímias: trofozoíto, forma livre ou proliferativa

Forma móvel
Pouco resistente à ação do suco gástrico
Multiplicação rápida (endodiogenia)

MUDANÇAS ESTRUTURAIS DO TAQUIZOÍTO DURANTE O


PROCESSO DE
ENDODIOGENIA
Uma vez estabelecida a infecção na célula hospedeira, T. gondii
inicia um processo de divisão chamado de endodiogenia.
A endodiogenia é uma forma especializada de reprodução na qual
duas células filhas são formadas no interior de uma célula mãe, que
se degenera ao fim do processo.
Esta forma de divisão exclusiva ocorre durante a formação de
taquizoítos e bradizoítos, e difere do processo que ocorre nos
enterócitos do hospedeiro definitivo ou no interior do oocisto.
O início da endodiogenia é marcado pelo alongamento do
omplexo de Golgi e do apicoplasto, seguida da divisão do
entrossomo na porção posterior ao núcleo e do complexo de Golgi.
Em seguida, ocorre o aparecimento de dois novos complexos
apicais rudimentares, consistindo de conóide, anéis apicais e anel
polar posterior, que irão nuclear os microtúbulos subpeliculares e o
complexo interno de membrana.
Essas estruturas membranares começam a definir as células filhas
dentro do citoplasma da célula mãe.
Conforme as células filhas se estendem, os núcleos finalizam a
replicação do seu DNA e assumem um formato lobular, semelhante
a uma ferradura, onde a cromatina se distribui de maneira
equivalente em direção aos pólos opostos para formar o fuso
intranuclear
Em T. gondii a divisão nuclear ocorre por uma endomitose fechada,
ou seja, o envelope nuclear permanece intacto
Assexuada

esquizogonia: divisão nuclear seguida da divisão do


citoplasma, constituindo indivíduos isolados ou
merozoítos.
Esses rompem a membrana celular-mãe e continuam a
desenvolver-se. As células-filhas recém-formadas são
os merozoítos; por isso, esquizogonia pode também
ser denominada de merogonia.
Na realidade, existem três tipos de esquizogonia:
merogonia (produz merozoítos), gametogonia (produz
microgametas) e esporogonia (produz esporozoítos
O ciclo biológico do T. gondii é do tipo heteroxeno, pois
ocorre em duas fases distintas. Uma fase se passa no
hospedeiro definitivo, conforme definido por Frenkel et al. e
não é apenas o gato, mas sim os felídeos em geral.
A outra fase acontece no hospedeiro intermediário que
pode ser o homem, outros mamíferos e as aves.

O ciclo no hospedeiro definitivo (gatos e felídeos jovens)


ocorre somente nas células epiteliais, principalmente do
intestino delgado.

Durante o desenvolvimento desse ciclo ocorre uma fase


assexuada (merogonia) e outra sexuada (gamogonia) do
parasito. Deste modo, um gato jovem e não imune,
infectando se oralmente por oocistos, cistos ou taquizoítos,
desenvolverá o ciclo sexuado (1).

Os esporozoítos, bradizoítos ou taquizoítos, ao penetrarem


no epitélio intestinal do gato, sofrerão um processo de
multiplicação por endodiogenia e merogonia,
dando origem a vários merozoítos. O conjunto desses
merozoítos formados dentro do vacúolo parasitóforo da
célula é denominado meronte ou esquizonte maduro.

O rompimento da célula parasitada libera os merozoítos


que penetrarão em novas células epiteliais e se
transformarão nas formas sexuadas masculinas ou
femininas: os gametócitos ou gamontes, que, após um
processo de maturação, formarão os gametas masculinos
(microgametas) e os gametas femininos (macrogametas).
O macrogameta (imóvel) permanecerá dentro de uma
célula epitelial, enquanto
os microgametas (móveis e flagelados) sairão de sua célula
e irão fecundar o macrogameta, formando o ovo ou zigoto.
Este evoluirá dentro do epitélio formando
uma parede externa dupla, dando origem ao oocisto.
A célula epitelial sofrerá rompimento em alguns dias,
liberando o oocisto ainda imaturo. Esta forma alcançará o
meio externo juntamente com as fezes onde
sofrerá um processo de maturação denominado
esporogonia após um período de cerca de quatro dias, e
apresentará dois esporocistos contendo quatro
esporozoítos cada. O gato jovem e infectado é capaz de
eliminar oocistos durante um mês, aproximadamente. O
oocisto, em condições de umidade, temperatura e local
sombreado favorável, é capaz de se manter infectante por
cerca de 12 a 18
meses (12).
O tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento de
novos oocistos nas fezes dos felídeos (período pré-patente)
dependerá da forma do parasito ingerido. Este período será
de três dias, quando a infecção ocorrer por cistos, 19 ou
mais,por taquizoítos e 20 ou mais dias, por oocistos (9).
O hospedeiro intermediário (homem, por exemplo) se
infecta por via oral, através de transfusão sangüínea,
transplante de órgãos, transmissão acidental por auto-
inoculação em laboratório e por transmissão
transplacentária. A infecção por via oral pode ocorrer
através de: ingestão de oocistos presentes em jardins,
caixas de
areia, latas de lixo ou alimentos contaminados; ingestão de
cistos contendo bradizoítos, encontrados em carne crua ou
mal cozidos; ingestão de taquizoítos
em leite contaminado. As formas de taquizoítos que
chegam ao estômago serão destruídas, mas as que
penetram na mucosa oral poderão evoluir do mesmo modo
que os cistos e oocistos

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