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membrana celular.
A membrana celular envolve toda a célula, é uma estrutura fina e elástica, formada quase
inteiramente por lípidos e proteínas.
Composição:
• 55% Proteínas
• 25% Fosfolípidos
• 13% Colesterol
• 4% Outros lípidos
• 3% Carbohidratos
↓
As moléculas de colesterol estão dissolvidas na bicamada fosfolipidica. Elas são
responsáveis pelo grau de permeabilidade da bicamada lipidica aos constituintes
hidrossolúveis dos lípidos corporais.
Por outro lado também controla o grau de fluidez da membrana.
Fluidez membranária:
• A baixas temperaturas os fosfolípidos existem numa fase gel ou estado cristalino com
reduzida mobilidade.
-1-
• A partir de determinada temperatura, Tc, os grupos polares adquirem grande
mobilidade originando um estado cristalino líquido.
Efeitos da fluidez:
• Mobilidade proteica
• Actividade catalítica de enzimas
• Permeabilidade de substratos e …gados
• Especificidade e afinidade de receptores
Proteínas de membrana:
• Medeiam a maior parte das funções enzimáticas, de transporte e receptores da
membrana;
• São normalmente glicoproteínas
• Existem 2 tipos:
Integrais:
• Proeminentes através de toda a espessura da membrana
• Importantes na interacção da célula com o meio ou com outras células
(formação de canais
• Só podem ser isoladas através de tratamentos mais agressivos que
envolvem a rotura da membrana por detergentes caotrópicos (conferem
as associações hidrofóbicas nas membranas)
Periféricas:
• Encontram-se, quase na totalidade; na face interna da membrana,
fixando-se a uma das proteínas integrais
-2-
• Actuam com enzimas ou como controladoras do funcionamento
intracelular
• Dissociadas com tratamentos suaves como alteração de pH ou força
iónica
↓
• Regula o tráfico membranário de certas proteínas
• Regula processos como o metabolismo da proteína percursora do amilóide
• Regula a polarização da mobilidade celular
↓
Assim, toda a superfície externa da célula apresenta um fraco revestimento de
carbohidratos, que é chamado de Glicocálise.
Integrinas:
• Receptores constituídos por 2 subunidades, α e β de ligação não covalente
• Na sua função citoplasmática interagem com muitas proteínas incluído o
citoesqueleto
Selectinas
• Possuem domínios do tipo lectina, tipo EGB e tipo complemento
• São de 3 tipos:
Selectina L – linfócitos
Selectina P – plaquetas e endotélio
Selectina E – endotélio
Caderinas
• Funções no reconhecimento celular, morfogénese e repressão tumoral
• Vários tipos
N – neural
E – epitelial
P – placentária
R – retiniana
• Todas possuem uma porção extracelular NH2 - terminal com 5 domínios, um só
domínio transmembranário, e uma porção citoplasmática COOH- que interage com
caderinas β ﻻe .
Exemplo:
Adesão e migração transendotelial de leucócitos
↓
Os leucócitos perto de parede endotelial
-4-
1- Contacto inicial – selectinas
2- Activação e adesão – imunoglobolinas
3- Transmigração – integrinas
Comunicação intercelular
• O sinal tem uma origem e um destino definido
• A descodificação do sinal inicial envolve a formação de um sinal intracelular que inicia a
resposta celular (transdução de sinal)
• Sinais iniciais pequenos levam a respostas celulares amplificadas
-5-
Ex: canais iónicos de Na+ (neurónio, musculo cardíaco e esquelético)
Canais iónicos de Ca2+
Canais iónicos de K+
Canais iónicos de Cl –
Guanil ciclase
• É uma excepção dos receptores da membrana plasmática que possuem
actividade enzimática
• Catalisa a formação de um 2º mensageiro e vai activar a proteína kinase
-6-
Nestes casos, o 1º mensageiro – óxido nítrico – difunde na célula e combina-se com a guanil
ciclase para a formação do GMPc
-7-
• Cerca de 80% dos 1º mensageiro (hormonas, neurotransmissores, neurotransmissores
ou outros factores) exercem os seus efeitos celulares através de receptores acoplados às
proteínas G
• A proteína G pode causar a abertura de canais iónicos originando impulsos eléctricos ou
no caso de canais de cálcio, modificar a concentração citosólica do mesmo (rec.
Metabotrópicos)
• Também podem activar a enzima membranar com a qual interagem
• Proteína G
São heterodímeros compostos por 3 polipéptidos:
o Sub-unidade α – ponto de ligação para a guanina
Preenchido no estado de descanso por GDP
o Complexo β γ
A proteína G pode activar:
• Canais iónicos
• Adenilato ciclase
• Fosfolipase C
• A acção do AMPc é eventualmente terminada pela sua degradação em AMP sob a acção
da fosfodiesterase
Calmodulina activa
↓
5 Kinases dependentes de calmodulina
Kinase da cadeia leve de miosina contracção do músculo
Fosforilase kinase
Calmodulina kinase I e II função sináptica
Calmodulina kinase III síntese proteica
Óxido nítrico
Arginina
ON sintetase
Óxido nítrico
↓
Difusão para células vizinhas
↓
Acção do ON sobre a guanilciclase
↓
Aumento de GMPc nas células do tecido muscular liso
↓
Efeito vasodilatador
- 10 -
Peróxido de hidrogénio e radicais livres
Actuam sobre os factores de transcrição ou pelo aumento das vias MAPK possuindo
assim um papel no crescimento e diferenciação celular
Compartimentos
Termo não especifica referente a uma região do corpo com uma composição química
única ou compartimento único.
A água corporal total está contida em 2 grandes compartimentos separados por membranas
celulares:
o Liquido intracelular (2/3 água corporal total) (60%)
o Líquido extracelular (1/3 água corporal total) (40%)
- 11 -
Compartimento extracelular major
• Plasma (71%)
• Líquido intersticial (31%) circunda as células nos tecidos
Compartimento extracelular minor
• Osso e tecido conjuntivo denso
• Agua transcelular (2%)
• Secreções digestivas
• Liquido intra-ocular
• LCR
• Suor liquido sinovial, pleural, peritorial e pericárdico
Espaço intersticial
• Ponto de acesso directo para a maioria das células. Excepção dos GV e GB
Distúrbios primários
• Aumento da osmolaridade do LEC
o Água sai de dentro da célula (vol ↓, osmol ↑)
• Diminuição da osmolaridade no LEC
o Água entra nas células (vol ↑, osmol ↓)
O rim tem o nefrónio que tem uma estrutura com células sensíveis à pressão a nível
renal. A diminuição da [NaCl] e o abaixamento da pressão sanguínea a nível renal leva á
libertação de renina, que vai actuar numa proteína produzida a nível hepático que é o
angiotensinogénio.
A renina é uma enzima, que está relacionada com a arteríola aferente
A renina vai converter o angiotensinogénio em angiotensina I que passa na circulação
pulmonar e transforma angiotensina I em II. A II é um poderoso estimulo para a produção e
libertação de aldosterona
A angiotensina II promove a vasoconstrição da arteríola aferente e aumenta a
produção renal. Inibe a libertação de renina
A aldosterona aumenta o volume circulante levando á reabsorção de sódio dos tubulos
renais. O sódio é reabsorvido levando por efeito osmótico a reabsorção de água. Também
leva à excreção de potássio e hidrogeniões
Renina
↓
Angiotensinogénio angiotensina I
Convertase pulmonar
Regulação da osmolaridade
Variações na osmolaridade sanguínea
↓
Osmoreceptores
↓
Libertação de ADH hipofisiário
↓
Reabsorção de água nas porções finais do nefrónio
↓
↓excreção de água
Transporte passivo
- 14 -
• Transporte possibilitado por uma diferença de concentrações (para substancias sem
carga) ou por uma diferença de concentrações e de potencial eléctrico (para substancias
com carga)
• Este tipo de transporte tende a dissipar as diferenças que lhe deu origem e a distribuição
final entre a célula e o meio será de um estado de equilíbrio
Contudo a membrana biológica pode ser muito permeável a alguns solutos. A p. osmótica
è aquela determinada pelos solutos que são incapazes de atravessar a membrana ou
fazem-no com uma velocidade menor que a agua
- 15 -
Nas células, a maior parte dos iões negativos intracelulares são proteínas incapazes de
atravessarem a membrana, enquanto que os iões positivos (nomeadamente o K+) podem
difundir
Em consequência, as células possuem uma diferença de potencial em relação ao
exterior, que se aproxima do valor experimental da relação de concentração entre o K+ intra
e extracelular, isto é o potencial da membrana ou potencial de repouso
Equilíbrio de Gibbs-Donnan
Difusão facilitada
• Faz-se no sentido do gradiente de concentração e não há energia envolvida, apenas
necessita da existência de um transportador que se combine com a substância
• Transporte passivo, especifico para determinada substância
• É saturável, ou seja, é limitado pelo nº de transportadores, fazendo-se a velocidade
constante a partir de um certo valor
Bomba Na+/K+
• A concentração intracelular de K+ é superior à esperada e a de Na+ inferior á esperada,
se as células estivessem em equilíbrio com o meio extracelular
↓
Isto deve-se á capacidade da célula transportar activamente Na+ para fora e K+ para dentro
- 17 -
Essa energia acarreta a alteração conformacional da molécula transportadora, com a
saída de 3 Na+ e a entrada de 2 K+
A energia metabólica é transformada em energia electroquímica para ser utilizada em
outros processos de transporte activo secundário
Dentro da célula existe grande nº de proteínas e de outros compostos orgânicos que não
conseguem sair da célula. A maioria destes tem carga negativa e portanto, colecta também,
ao seu redor, inúmeros iões positivos. A seguir todas essas substâncias tendem a causar
osmose da água para o interior da célula. Se isso não for impedido, a célula acabará
inchada, até explodir.
O mecanismo que impede essa ocorrência é a bomba Na+/ K+
Saem 3 iões Na+ e entram 2 iões para a célula. Além disso a membrana é muito menos
permeável aos iões Na, de forma que apresentam forte tendência em permanecer no espaço
extracelular.
↓
Assim, isso representa perda efectiva contínua de iões para fora da célula, o que induz tb a
osmose da água para fora da célula
↓
Mantém volume normal celular
Simporte
• Transporte de 2 tipos de substância. As duas substâncias passam para o mm lado da
membrana, um a favor e outro contra o gradiente de concentração
Antiporte
• Transporte de 2 tipos de substâncias. Passam em sentidos opostos sendo um a favor e
outro contra o gradiente
Localização – fui dentro dos ventrículos cerebrais, canal medular e espaço sub-aracnoideu
que rodeia o cérebro e a medula espinhal
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Produção – plexos coroideus nos ventrículos laterais -responsáveis pela maior parte da
produção. Plexos do 3º e 4º ventrículo – pouca produção
Função:
• Protecção mecânica - o LCR actua como meio amortecedor de choques, que protege o
delicado tecido do encéfalo e da medula espinhal, de pancadas que, de outra forma,
poderiam fazê-lo bater contra as paredes ósseas das cavidades do crânio e do canal
vertebral
• Protecção química - o LCR forma um ambiente químico óptimo para a sinalização celular
• Circulação o LCR é um meio para troca de nutrientes e detritos entre sangue e o tecido
nervoso
Tráfego
1. O líquido flui dos ventrículos laterais para o 3º ventrículo através do foramen de Mouro
2. Do 3º flui para o 4º ventrículo pelo aqueduto de Silvius
3. Do 4º ventrículo flui para o espaço sub-aracnoideu através do foramen de mangedi e
luscka
4. Daqui circula pela base do cérebro, desce á volta da medula espinhal e sobe para os
hemisférios cerebrais
Pressão do LCR
• A pressão normal é 10 mmHg
• Tumores cranianos, hemorragias ou processos infecciosos podem levar a um
aumento até 3-4x
• O LCR é produzido a velocidade constante
• A reabsorção ao nível das vilosidades aracnoideias é que determina a pressão do LCR
Quando a pressão ultrapassa 1,5 mm HG acima da pressão sanguínea nos seios venosos
o LCR passa para o seio sagital superior
Barreiras
Barreira hemato-cefálica separa o sangue do tecido nervoso
Barreira sangue-LCR constituída pelos plexos coroideus
Barreira hemato-cefálica
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• Constituída por astrócitos e endotélio
• Separa o sangue do tecido nervoso
Funções de transporte
• Difusão simples de compostos lipossoluveis (etanol,nicotina, imipranina, água, CO2,
etc…)
O H+ não passa passa acoplado ao HCO3-
• Difusão facilitada
o Sistema das hexoses: GWT1 transporta manose, D-glucose, maltose e vit C
o Sistema dos ácidos monocarboxilicos: transporte de corpos cetónicos, L-lacato
e piruvato
o Sistema L (leucina): transporte de fenilalanina, leucina, L-Dopa, tirosina…
o Outros sistemas de influxo: transporte de a.a. ácidos e básicos, vitaminas…
• Transporte activo
o Bomba Na+/K+: localiza-se na face anti-lumial do endotélio que transporta K+
do espaço intersticial para o sangue e Na+ do sangue para o espaço intersticial
o Sistema A: transporta pequenos a.a. neutros e GABA por simporte
o Sistema P: proteína transportadora ABC e está na face luminal do endotélio
o Transcitose mediada por receptores: transporte de péptidos plasmáticos para o
SNC como a insulina e transferrina
Funções enzimáticas
Protege o SNC de toxinas, tem funções no metabolismo lipidico e dos AG e funções
imunológicas
Função da barreira
• Secreção de LCR, que consiste num processo de transporte iónico activo, resultando na
secreção de Na+e Cl-, principais constituintes do LCR
Aqui é importante a acção da anidrase carbónica
- 20 -
Composição do LCR
• Poucos linócitos
• 99% H2O
• Electrólitos (na*, Cl-, etc)
• Metabolitos (glicose, lacato)
• a.a (glutamina, glutamato)
• Proteínas totais:
o pré-albumina
o Albumina
o Globulinas
• lipoproteinas:
o APO E
o APO A-1
6 - Sangue
O sangue é constituído por uma componente celular ou elementos figurados e por
uma componente líquida ou plasma
“Suspensão de células numa solução complexa de gases, sais, proteínas, hidratos de
carbono e lípidos”
Componentes
• Elementos figurados
o Glóbulos vermelhos
o Glóbulos brancos
o Plaquetas
• Plasma
o Proteínas 7%
Albumina 54% (produzida no fígado)
Globulinas 38 %
Fribrinogénio 7% (Hemostase)
o Água 91,5%
o Outros solutos 1,3% - electrólitos (Na+, K+, Ca2+, Mg2+, Cl-, …)
Nutrientes
Gases (CO2, O2, N2)
Substâncias reguladoras (hormonas)
Escorias (ureia, creatina, ácido úrico, bilirrubina
Eritrócitos
Função: transportar a hemoglobina, a qual transporta O2 dos pulmões para os tecidos
Equilíbrio ácido-base contém grande quantidade de anidrase carbónica, que catalisa a
reacção entre o Co2 e a água. Esta reacção possibilita que a água do sangue reaja com
grandes quantidades de CO2, transportando-o assim dos tecidos para os pulmões na forma
de ião bicarbonato (HCO3-)
Não são verdadeiras células não têm núcleo, nem mitocôndrias; não têm capacidade de
síntese proteica
Forma: disco bicôncavo, que se adapta perfeitamente á sua função podendo mudar de
forma ao passar através dos capilares
A sua capacidade de deformação deriva da proteína estectrina
- 23 -
Numa solução hipotónica aumentam de volume pk permitem a entrada de liquido,
sobretudo rotura da sua membrana (com saída de Hgb) e hemólise; numa solução
hipertónica perdem líquido ficando plasmolisados.
Produção:
• Medula óssea até aos 5 anos
• A partir do 5 anos - medula dos ossos longos com excepção do úmero e tíbia
• A partir do 20 anos - produzidos na membrana dos ossos membranosos (vértebras,
esterno, costelas e ilíaco)
Medula óssea
↓
Células do tronco hemopoéticas pluripotencias
↓
Indutores de a sua produção é controlada indutores de diferenciação
Crescimento por factores situados fora
↓ da medula ↓
- 24 -
o Aumento da necessidade de O2 por parte dos tecidos
• Medula óssea capaz de responder á eritropoietina
• Fornecimento de ferro adequado ás necessidades do organismo
Formação da hemoglobina
Substâncias iniciais
• succinil CoA (do ciclo de Krebs)
• Glicina
- 25 -
Succinil CÔA + glicina
↓
Porfobilinogénio molécula pirrólica - 4 núcleos pirrólicos junção de 4 porfibilinogenios
↓
Protoporfirina
Fe2+ ↓
Heme + globina
Anemia aplásica
o Aplasia da medula óssea - falta de medula óssea funcionante
i. Por ex: pessoa exposta a radiação gama de bomba nuclear - destruição
completa de medula óssea, seguida de anemia letal
Anemia megaloblastica
o Megaloblastos -
o Eritrócitos demasiados grandes com formas bizarras e membranas frágeis,
ocorrem em alguns tipos de anemias:
o Anemia perniciosa - maturação deficiente devido a má absorção de vit. B12 pelo
tracto gastro intestinal, em que a osmolaridade básica é uma mucosa atrófica
incapaz de produzir as secreções gástricas normais
o Falta factor intrínseco que se combina com vit. B12 para poder ser absorvido
Anemia hemolítica
• Várias anormalidades dos eritrócitos, muitas das quais adquiridas hereditariamente,
ornam as células frágeis rompendo-se facilmente ao passarem pelos capilares sobretudo
no baço
• Em algumas doenças hemolíticas, mesmo que o nº de eritrócitos formado seja normal ou
superior, a vida média dos eritrócitos é tão curta que resulta em anemia grave
Esferocitose hereditária
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• Eritrócitos pequenos esféricos e têm maior fragilidade osmótica, n podem ser
comprimidos, uma vez que não possuem a estrutura flexível normal da membrana celular
dos discos bicôncavos
• Ao passarem pela polpa esplénica, com qualquer leve compressão eles são facilmente
lesados
• Sofrem hemólise mais rapidamente quando expostos a soluções de baixa concentração
de NaCl
• Tratamento remoção do baço
Anemia falciforme
• Eritrócitos contém um tipo anormal de hemoglobina (hemoglobina é exposta a baixas
concentrações de O2, ele precipita o que lhes confere uma aparência de foice
• Esta condição impossibilita-os de passarem por capilares pequenos, e danifica a
membrana celular, tornando-a muito frágil
• Crise da doença falciforme: ↓ [O2] ruptura dos eritrócitos /↓↓ [O2] – grave diminuição do
hematrócito e frequentemente morte
Policitémia
Policitémia secundária
• Hipoxia tecidual – insuficiência cardíaca - órgãos hematopoieticos produzem grandes
quantidades de eritrócitos
- 28 -
• Contagem de eritrócitos eleva-se para 6/7milhões/mm2
• Policitémia fisiológica - ocorre em nativos k vivem em altitudes superiores a 4 mil
metros, e está associada com a capacidade dessas pessoas de desempenharem
altos níveis de trabalho continuo mesmo em atmosfera rarefeita
Leucócitos
São os únicos componentes do sangue que são células completas:
• Menos numerosos que os eritrócitos (1% do volume total)
• Podem deslocar-se para o exterior dos capilares através da diapedese
• Movem-se através de espaços entre os tecidos
Classificação
Granulócitos
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• Neutrófilos, eosinófilos e basófilos
• Contém grânulos citoplasmáticos que coram especificamente
• São maiores e normalmente com menor tempo de vida que os eritrócitos
• Possuem um núcleo lobulado
• São células fagocitárias
Neutrófilos
• Possuem 2 tipo de grânulos
o Que coram a corantes acidicos e/basófilos
o Contém peroxidades, enzimas hidrofilicas e defensivas
• Células de destruição bacteriana no nosso corpo
Eosinófilos
• Constituem 1-4% dos glóbulos brancos
• Possuem núcleo bilobulado conectado através de uma banda de material nuclear
• Possuem grânulos lipossomais com coloração acidica
• Lideram a resposta corporal contra parasitas
• Diminuem a severidade da resposta imune através da fagocitose dos complexos
imunes
Basófilos
• Constituem 0,5% dos GB
• Possuem núcleo em forma de U ou S com 2 ou 3 constrições
• Funcionalmente são semelhantes a células Mast
• Possuem grânulos basófilos que possuem histamina
o Histamina - mediador inflamatório que actua como vasodilatador e atrai outras
células brancas
Agranulócitos
• Linfócitos e monócitos
• Não possuem grânulos estruturalmente mas funcionalmente distintos
• Possuem núcleos esféricos (linfócitos) ou em forma de rim (monócitos)
Linfócitos
• Possuem um grande núcleo circular de coloração roxa
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• Encontram-se na sua maioria embebidos no tecido linfoide (alguns no sangue)
• Existem 2 tipos: células T e células B
o T – resposta imune
o B – originam células plasmáticas produtoras de anticorpos
Monócitos
• Constituem 4-8% dos leucócitos
• São os maiores
• Citoplasma abundante
• Núcleo em forma de U ou rim
• Quando saem da circulação para os tecidos diferenciam-se macrófagos
Macrófagos
• Grande capacidade de mobilidade e fagocitose
• Activam os linfócitos para desencadear uma resposta imune
Plaquetas
• São fragmentos de megacariocitos
• Os seus grânulos contêm serotonina, Ca2+, enzimas, ADP, factor de crescimentos
derivado das plaquetas (PDGF)
• As plaquetas agem na coagulação através da formação de um rolhão temporário que
ajuda na selagem temporária de alguma fuga nos vasos sanguíneos
Produção de plaquetas:
• A célula mão para as plaquetas é o hemocitoblasto
• A sequência é:
o Hemocitoblasto
o Megacarioblasto
o Pronegacariocito
o Megacariocito
o Plaquetas
Hemostase
A ruptura de um vaso e consequente hemorragia leva ao desencadear de
mecanismos protectores e tendentes a recuperar esse processo lesivo e conservar o volume
sanguíneo Hemostase
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Após a inicial vasoconstrição são desencadeados 2 tipos de mecanismos:
Plaquetário : de adesão ao vaso, de cativação e de agregação das plaquetas
Coagulação e fibrinólise: de formação de uma rede de fibrina e sua posterior
dissolução
Hemostase 1ª
• Fase vascular
o Espasmo vascular
Contracção do vaso após traumatismo
• Fase plaquetária formação do trombo branco
o Adesão plaquetária
o Activação plaquetária
o Agregação plaquetária
Adesão plaquetária
Quando ocorre lesão num vaso são expostas á superfícies cargas negativas,
nomeadamente fibras de colagénio, na membrana endotelial.
Esta exposição leva a que as plaquetas que circulam sejam atraídas e adiram em
monacamada á zona lesada
Activação plaquetária
A activação plaquetária tem diversas consequências
• Alteração da forma das plaquetas
• Libertação do conteúdo de grânulos
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• Agregação e aceleração da coagulação
Trombina
↓
Activa a fosfolipase C via proteína G
A fosfolipase C tem afinidade para o fosfatidil inositol e cliva-o produzindo os 2ª
mensageiros: diacilglicerol e inositol 3 fosfato
Colagénio
↓
Activa fosfolipase A2 por aumento de Ca2+ citosólico
↓
Leva á síntese e excreção de tromboxano A2
Em resumo
A plaqueta vai mudar de forma e empurra os grânulos para a periferia e rebenta-os
libertando factores plaquetários:
• Factor como o de VonWillebrandt
• Libertação de acido aracnidónico que é transformado em tromboxano A2 e promove a
formação da policamada
Agregação plaquetária
Quando as plaquetas da monocamada libertam tromboxano A2 e ADP. Este leva a
que a plaqueta exponha o receptor IIbIIIa que permite a ligação entre plaquetas e a ligação
de moléculas de fibrinogénio
Activadores
• Trombina: via expressão dos receptores 2b3a e libertação de ADP
• ADP: via expressão das integrinas 2b3a
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• Tromboxano A2: via activação da fosfolipase C, libertação de ADP
Hemostase 2ª : coagulação
Nesta fase forma-se uma rede que envolve e estabiliza o trombo plaquetário
• 2 Vias convergindo numa via final comum
• Múltiplas proteínas implicadas classificadas em 5 tipos:
o Serina proteases: XII; XI; X; IX; VII; II
o Cofactores: VIII; V; III
o Fibrinogénio: I
o Transglutaminase: XIII
o Proteínas reguladoras
Cascata da coagulação
Via comum
Via intrínseca
Activação da via:
pela exposição do colagénio (membrana endotelila)
Por um complexo que se forma á superfície do vaso traumatizado pré-calicreina e
quininogénio
Via extrínseca
Activação da via:
• Por um factor tecidular (factor III) ao endotélio que é exposto quando o vaso é lesado
• Vai activar o factor VII e funciona como cofactor
• O complexo factor tecidular/factor VII é ainda activador do factor IX
Factor III
Factor X Factor Xa
Via comum
Factor Xa
↓
Factor II Factor IIa
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(protrombina) (trombina)
Factor V factor Va
Factor IIa
↓
Factor I Factor Ia
(-) (+)
Factor Ia
↓
Monómeros de fibrina
↓
Polímeros de fibrina
↓
Rede de fibrina
Estabilizada por ligações cruzadas originadas pelo factor VIIIa, transglutaminase activada
pela trombina
- 36 -
Consiste na dissolução da rede de fibrina
Plasmina: serina protease capaz de digerir tanto o fibronogénio como a fibrina e os factores
VIII e V
Encontra-se no plasma na forma inactiva, plasminogénio
Proteína C:
• Liga-se à trombomodulina na presença de trombina que a activa
• Proteína C activada (APC) é uma serina protease inibida pela antitrombina
• Inactiva os factores Va e VIIIa
O cálcio é importante na hemostase pois forma pontes iónicas entre os factores II, VII, IX, X
(K dependentes) e os fosfolipidos plaquetários
7 - Linfa
- 37 -
Composição química:
Semelhante á do plasma mas com os constituintes em menores concentrações e
variando com território e actividade do organismo
• Electrólitos
• Lípidos
• Glicose
• Azoto não prot
• Proteína
• Enzimas
• Anticorpos
• Elementos figurados
Formação
A partir do liquido, dado que os vasos linfáticos se encontram sempre abertos por
fibras conjuntivas o que leva à entrada descontinua de substâncias, regulado pela pressão
hidrostática
• Parede capilar
o Regulando a sua permeabilidade
Passa facilmente K, Na, ureia…
Passa dificilmente glucose, Ca, proteínas.
• Pressões hidrostáticas
o Governa a entrada e saída de líquidos
• Pressão oncótica
o Desenvolvida pelas proteínas sobretudo a albumina
o Hipoproteinemia – elevada passagem de água para o interstício
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• A passagem de proteínas permite a recuperação para o sangue e o contacto com o
tecido linfático
• A passagem de lípidos
• A passagem de partículas animadas ou inanimadas
Circulação da linfa
O tecido linfático é o filtro á circulação linfática e órgão produtor de linfócitos
Forças propulsoras nos mamíferos que completam o papel das válvulas linfáticas e
determinam o sentido da corrente
1. A ris a Tergo difusão da pressão hidrostática
2. Contracções das paredes dos vasos nos casos de muito calibre com paredes
musculares – contracção sob o controle nervoso
3. Actividade musculo-esqueletica - eleva o fluxo no canal toráxico
4. Movimentos passivos dos membros e cabeça
5. Gravidade
6. Respiração
Modificações do fluxo:
• Aumento da permeabilidade capilar sanguínea
• Aumento da pressão capilar sanguínea
• Soluções hipertónicas
• Hipoproteiremia
• Aumento da actividade dos tecidos
• Massagens, compressões
• Idade
8 - Inflamação /infecção
Sistema imunitário
Principal função defesa contra infecção
Alguns animais possuem sistema inato ou não específico como a fagocitose de
bactérias por células específicas
Animais mais evoluídos possuem um sistema adaptativo ou sistema imuno adquirido
que providencia uma reacção flexível, específica e mais eficaz contra infecções
- 40 -
Sistema imunitário
• Memória (resposta 1ª e 2ª)
• Especificidade
• Reconhecimento do “not self” sistema HLA
↓
Conjunto de proteínas de membrana que reconhece o que é próprio do que é estranho
Células mediadoras do sistema Imune
• Leucócitos
o Neutrófilos – fagocitose
o Eosinófilos – luta contra parasitas
o Basófilos – R. de hipersensibilidade
o Monócitos - percursores de macrófagos tecidulares
o Linfócitos
B – percursores dos plasmócitos
T – reguladores, defesa especifica
• Plasmócitos - produção de anticorpos
• Macrófagos - fagocitose nos tecidos “apresent” de AG
• Macrófagos - like-cells
• Células mast - reacção inflamatória
Mecanismos de defesa
• Não específicos
o Pele e mucosas
o Fagócitos e proteínas antimicrobianas
o Resposta inflamatória
• Específicos
o Imunidade humoral – produção de anticorpos que circulam no sangue e linfa
o Imunidade celular – actividade de defesa a cargo das células especializadas que
circulam no corpo
- 41 -
o Inflamação – mecanismo importante
Inflamação
• Todo o complexo das alterações teciduais observadas
• 4 sinais cardinais
o Rubor – vasodilatação da micro circulação
o Calor – aumento da circulação sanguínea
o Edema aumento da permeabilidade capilar e venosa às proteínas
o Doc
- 42 -
Edema
O aparecimento de fluidos ricos em proteínas nos espaços tecidulares:
• Ajudam a diluir as substâncias nocivas
• Transportam grandes quantidades de oxigénio e nutrientes necessários á reparação
tecidular
• Permitem a entrada de proteínas envolvidas na Hemostase as quais previnem a
dispersão das bactérias
Inflamação
• Resposta do corpo a um trauma ou infecção
• Funções:
o Destruir ou inactivar corpos estranhos
o Passo anterior a uma reparação celular
• Principais intervenientes – fagócitos
Mediadores quimiotáticos
Quimiotaxia locomoção orientada das células em direcção a um gradiente de
concentração de uma molécula quimiotática, ou no caso, em direcção ao local de inflamação
ou resposta imune
• Citoquinas
• Componentes do complemento
• PAF
• Produtos da via lipooxigenada
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Mediadores enzimáticos
• Proteases plasmáticas
o Sistema complemento
o Sistema cinina
o Sistema de coagulação
• Proteases lisossomais
o Proteínas catiónicas
o Hidrolases ácidas
o Proteases neutras
Proteoglicanas
• Sulfato de condoitina – matriz estrutural dos grânulos dos mastócitos e basófilos
• Heparina – actividade anticoagulante e principal PG dos mastocitos
Fagocitose
Resposta inflamatória: mobilização fagocitica
Ocorre em 4 fases:
• Leucocitose – neutrófilos são libertados da medula óssea em reposta a factores
indutores da leucocitose provenientes das células lesadas
• Marginação - neutrófilos migram para as paredes dos capilares da zona lesada
• Diapedese – neutrófilos passam através das paredes capilares e iniciam a fagocitose
• Quimiotaxia – químicos inflamatórios atraem neutrófilos para a zona lesada
Funções do complemento
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Complemento
(família de proteínas)
↓
Complemento activado
• Destruição das bactérias por ataque ao complemento acção do MAC (memb.
Attack complex) o qual forma poros na membrana das bactérias
• Vasodilatação e aumento da permeabilidade das vénulas às proteínas
• Quimiotaxia
• Potenciação da fagocitose (opsonização)
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• Hipotálamo (aumento da ACTH plasmática - com o aumento de cortisol plasmático)
Choque septicémio
• Febre alta
• Vasodilatação
• Ritmo metabólico elevado
• Coagulação intra vascular
• Aspecto tóxico
A anestesia necessita de se encontrar na sua forma não iónica para poder passar a
membrana celular
Quanto mais baixo o pH maior a quantidade de anestésico na sua forma ionizada, logo
menor efeito anestésico
Não passa a membrana
- 47 -
Formação de fistula difusão pelos tecidos moles
↓
Celulite
- 48 -
• Macrólidos eritromicina, Azitromicina, Claritromicina
• Clindamicina
• Metranidazol
Choque anafilático
• Reacção alérgica sistémica com perigo de vida
• Ocorre em pessoas previamente expostas ao antigénio sensibilizante
• Dos antibióticos utilizados em MD, os mais comuns de causarem o choque são
penicilinas e cefalosporinas
• Obstrução das vias aéreas
• Edema da laringe asfixia
• Broncoespasmo hipoxia
• Vasodilatação - choque hipovolémico
• Primeiras manifestações ocorrem 1-15 minutos após exposição aos AG
• 1-2 minutos após poder-se-á desenvolver as manifestações de com paragem
do sistema cardiovascular e respiratório
↓
Terapêutica
Administração de adrenalina intra-muscular ou subcutânea + antihistaminico (atrasar
o edema da laringe e inibir o efeito da libertação de mais histamina)
Administração de glucocorticoides (diminuir o angiodema, urticária, edema da laringe,
e bronco espasmos)
Em casos em que o broncopasmos não respondam à terapêutica, administrar
inalações de B2-agonistas
Imunidade inata
O corpo humano tem capacidade de resitir a quase todos os tipos de microrganismos
ou toxinas que tendem a danificar os tecidos e órgãos imunidade
Imunidade adquirida
• Imunidade especifica extremamente potente contra agentes invasores
• É induzida por o sistema imune especial que produz anticorpos e/ou linfócitos activados,
os quais atacam e destroem os microrganismos invasores específicos, as astoxinas
• Confere mta protecção
• 2 tipos básicos de IA
• Imunidade humorall ou imunidade de células B
o O organismo produz anticorpos circulantes que soa globulinas, no plasma
sanguíneo capazes de atacar os agentes invasores (b- os linfócitos B
produzem anticorpos)
• Imunidade celular ou imunidade de células T
o Formação de linfócitos T activados, cuja função consiste especificamente em
destruir o agente estranho (T - linfócitos activados são os T)
- 50 -
• Neurilemocitos (células de Scwann)
• Microglia
Neurónios
• Recebem estímulos e transmitem potenciais de cação para outros neurónios ou para
órgãos efectores
• Constituído por:
• Corpo celular ou neuronal
• Axónio
• Dentritos
Axónio
• Projecção fina, cilíndrica e longa que muitas vezes está unida ao corpo celular pelo
cone axónico
• Zona gatilho - local onde o impulso é gerado
• Não posui RER - logo não existe síntese de proeinas
• Citoplasma denominado de axoplasma rodeado por membrana denominada axolema
• Ao longo da extensão dos axónios existem ramos laterais - colaterais axónios
• O transporte pode ser
o T axónio lento
o T axónio rápido
Neuroglia
• Mais numerosa que os neurónios
• Mais de metade do peso encefálico
• Constitui
o Maioria das células de suporte de SNC
o Participa na formação da barreira hemato-encefalica
o Fagocita substâncias estranhas
o Produz líquido cefalo-raquidiano
o Forma bainhas de mielina
Astrócitos
• Forma de estrela
• Prolongamentos estendem-se para superfícies dos vasos, neurónios e piamater
- 51 -
• Matriz de suporte não rígida
• Ajudam a regular a composição de liquido extracelular
Células ependimárias
• Pavimentam os ventrículos do cérebro e canal central medular
• Células especializadas em segregar LCR
• Possuem cílios nas superfícies lisas para auxiliarem o movimento do LCR
Oligodendrócitos
• Corpos próximos de corpos neuronais
• Tipo de células satélite que formam as bainhas de mielina do SNC
Microglia
• Pequenas células
• Tornam-se móveis e fagocitárias como resposta à infecção no SNC
Dependem de :
• Existência de potencial de repouso
• Existência de canais iónicos específicos
Potencial de membrana
Varia de membrana para membrana entre células diferentes
Liquido intracelular – rico em iões proteicos e potássio
Liquido extracelular – rico em iões sódio e cloro
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Em repouso a membrana tem permeabilidade selectiva que superior para o K+,
depois para o Cl- e por fim para o Na+
↓
O potencial de repouso depende directamente do fluxo de K+
Neurónios
-40 e -90 mV (em média -70 mV)
O potencial de repouso é mantido devido a:
• Distribuição desigual de iões através da membrana plasmática
• Permeabilidade relativa da membrana plasmática ao Na+ e ao K+ (k+ 50 a 100x
superior ao Na+)
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• Canal iónico regulado por ligando
• Canal iónico mecanicamente regulado
Potenciais graduados
• Um estímulo faz com que os canis regulados por ligandos ou regulados mecanicamente
se abram ou fechem na membrana plasmática da célula excitável
↓
Potencial graduado
Potencial de acção
“Rápida ocorrência de sequencia de eventos que diminuem e eventualmente invertem o
potencial de membrana e em seguida restauram o seu valor de repouso”
Conceitos:
• Despolarização - potencial de membrana torna-se mais positivo que o potencial de
repouso
• Hiperpolarização - o potencial de membrana torna-se mais negativo do que o potencial
de repouso
• Células excitáveis - capazes de alterar o valor do potencial de membrana
- 54 -
O potencial de acção para ocorrer, a mebrana deve atingir um certo nível de despolarização
chamado limiar de excitabilidade
Limiar
↓
Abertura dos canais de sódio
↓
Sódio entra na célula (gradiente eléctrico e gradiente de concentração)
↓
Despolarização da membrana
- 55 -
• Aumento da permeabilidade da membrana ao K+
o Inactivação dos canais de sódio
Permeabilidade ao K+
O valor da polarização da membrana favorece a saída de iões K+ (gradiente de
concentração e eléctrico) podendo existir na membrana canais de K+ voltagem-dependentes
(demoram 1 ms para se abrirem) que favorece a saída de potássio
↓
Contudo o aumento da permeabilidade ao potássio pode durar mais tempo que o requerido
para atingir o valor do potencial de repouso. Neste caso, a membrana hiperpolariza (pós-
potencial)
Esclerose múltipla
• Doença autoimune que afecta principalmente adultos jovens
• Os sintomas incluem distúrbios visuais, fraqueza, perda de controle muscular e
incontinência urinária
• As fibras nervosas estão afectadas e os folhetos de mielina do SN tornam-se não
funcionais
• Tratamentos incluem injecções de metilprednisolona e beta-interferão
Velocidade de condução
• Varia com diferentes tipos de fibras
• Varia com o diâmetro da fibra maior diâmetro, maior velocidade
Tipo de fibras
• Tipo A: mielinizdas
• Tipo B: mielinizadas
• Tipo C: não mielinizadas
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10 - Sinapse
• Local onde ocorre transmissão de impulsos de uma célula para a outra
• Distinguem-se 2 tipos de sinapses
o Eléctrica
o Química
Sinapse eléctrica
• A corrente associada ao PA flui para a célula despolarizando-a
• Caracteriza-se por canais directos: GAP Junctions que conduzem electricamente de uma
célula para outra
• A distância entre as células é mínima
↓
Os canais nestas junções têm uma baixa resistência permitindo a passagem de corrente
entre 2 células
• A transmissão pode ser bidireccional
Sinapse química
• O neurónio pré-sinaptico liberta uma substância transmissora como consequência de um
PA
• Transmissor químico difunde-se através da fenda sináptica extracelular e liga-se a
receptores na membrana da célula pós-sináptica provocando alterações químicas nessa
célula
↓
Apresenta retardo sináptico - tempo necessário para que ocorram estes eventos
• As células encontram-se mais separadas na fenda sináptica
- 58 -
• Os neurotransmissores ligam-se aos receptores pós-sinápticos
↓
• Numas sinapses a ligação faz-se directamente com o receptor – canal iónico-
abrindo-o
• Noutras actua num determinado receptor induzindo a produção de um 2º mensageiro
que actue sobre um canal iónico separado
↓
Dependendo dos iões em questão poderemos ter despolarização ou hiperpolarização
- 59 -
Existem 5 grandes tipos de neurotransmissores via neurotransmissão química:
• Acetilcolina
• Aminoácidos (ac. Glutâmico, glicina, etc)
• Monoaminas (DA, NA, etc)
• Polipéptidos (opioides, substancia P)
• Descobertas recentes (oxido nítrico, peróxido de H, ATP)
Divergência sub divisão do seu axónio que faz conexões com múltiplos neurónios
1 Fibra para varias células
↓
Somação temporal há uma acumulação de impulsos que chegam sucessivamente a uma
célula na mm área pela mm via
- 60 -
↓
Somação temporal - estímulos actuando de forma isolada não descarregam a célula. Porém
agindo em conjunto somam as suas áreas de despolarização e atingem o limiar de
descargas da célula
Ocorre quando a eficácia dos estímulos, ocorrendo em rápida sucessão é maior que as dos
estímulos individuais
Eléctrica Química
Canais directos: GAP
O neurónio pré sináptico liberta uma
Junctions que conduzem
substância transmissora que vai ligar-se
electricamente de uma
a receptores nas células pós-sinápticas
célula para outra
Distância mínima entre as
Encontram-se mais separadas
células
Transmissão bidireccional Transmissão unidireccional
Comunicação mais rápida Comunicação mais lenta
11 - Contracção muscular
Características globais:
Musculo liso
• Músculo de contracção involuntária que serve principalmente para transportar
substâncias ao longo do corpo
• Células relativamente pequenas, uni nucleadas com núcleo central
• Órgãos
• Contracções de menor intensidade
Musculo esquelético
• Musculo voluntário que serve principalmente para mover o corpo
• Células compridas, multinucledas, com os núcleos na periferia
• Braços pernas, presos aos ossos ou pele
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• Contracções de maior intensidade
Musculo cardíaco
Tem caractreiticas do musculo liso e do esquelético
Tem contracções involutárias como o liso, mas são de grande intensidade
Serve principalmente para transportar sangue ao longo do corpo
Musculo
Cada fibra tem tendões ligados a cada extremidade que por sua vez se ligam ao osso ou a
tecido conjuntivo
A superfície da fibra é denominada sarcolema e contem canais voltaico-dependentes. Dentro
de cada fibra existem as miofibrilhas que são rodeadas pelo retículo sarcoplasmatico
análogo ao retículo endoplasmatico encontrado noutras células.
- 62 -
Os miofilamentos de actina e miosina organizam-se em unidades alatamente ordenadas,
denominadas de sarcomeros, que se juntam topo atopo para formamem as miofibrilhas
Sarcomero
Estrutura que vai de uma linha z a linha z seguinte
No centro encontra-se a banda A cujo o centro é denominado de banda H com a linha M ao
meio
Para fora da banda A encontra-se a banda I cujo o centro se encontra a linha Z
Sinapse muscular
O impulso nervoso chega ao terminal axónico do neurónio e provoca libertação de Ach
Há despolarização dos terminais pré-sinapticos que leva à abertura transitoriamente dos
canais de Ca
O ca2+ entra para o interior do terminal, aumentando assim a concentração intracelular de
Ca2+
O aumento de ca2+ intracelular provoca fusão de vesículas sinápticas com a membrana
resultando na libertação por exocitose de neurotransmissores: acerilcolina na fenda sináptica
A Ach dufunde-se através da fenda e combina-se com um receptor especifico numa região
da célula pós-sináptica; a placa motora
Placa motora – é as sinapses entre axónios de neurónios motores e as fibras musculares
esqueléticas
A combinação da Ach com o receptor induz a estrutura de canais iónicos o que permite um
movimento de iões: Na+ e K+
As correntes iónicas de Na+ e k+ provocam uma despolarização transitória nessa regulação
da placa
Despolarização transitória designa-se - potencial de placa
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Os PA propagam-se ao longo da fibra muscular a lata velocidade e iniciam a cadia de
eventos que irá resular na contracção muscular
Neste tipo de sinapse neuromusculares existe um excesso quer de recptores pós sinápticos
quer de neurotransmissores libertados assegurando sempre a despolarização da célula pós
sináptica
Para assegurar qua apenas um Pa ocorre na célula pós sináptica o tempo de acção do
neurotransmissor tem de ser curto (daia adesignação de despolarização transitória da placa
motora
Colinesterase
Enzima da membrana pós sináptica
Assegura a transformação de ach em colina e acetato
A colina é transportada de volta á célula pr´sinaptica
Com a estimulação repetitiva o n de vesículas libertadas diminui mas não caussa qualquer
feito funcional pk continua a ser liberado neurotransmissor em excesso em ralação á
quantidade requerida
Síntese de acetilcolina
Enzima colina -O-acetiltransferase no neurónio motor
Cataliza a condensação da acetilCoA e colina em acetil colina
Contracção muscular
o PA através do sarcolema é iniciado habitualmente pela estimulação do neuro mtor
sinapse neuromuscular a partir dai propaga-se ao longo da membrana a ellevada velocidade
o diâmetro da célula muscular é grande, mas o aprelho contráctil tem de ser activado
imediatamente após aestimulação
para conseguir a rápida activação o miocito tem uma rede de pequenos tuubulos que
penetram desde a superfície ao centro da célula: tubulos T
o Pa originado na superfície da membrana tb origina PA nestes tubulos T permitindo que a
despolarização ocorra rapidamente no interior da célula
o tubulo T está associado auma região do retículo sarcoplasmatico, a cisterna terminal
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assim, a despolarização do tubulo T provoca a libertação de Ca2+ do retículo
sarcoplasmático para o citoplasma
activação da contracção
o Ca2+ libertado une-se á troponina C dos filamentos finos
na ausência de Ca2+ a troponina cobre os locais de ligação actina miosina impedindo a sua
ligação .
como o Ca2+ foi libertado, vai ligar-se a troponinaC que é afastada libertando o sitio activo e
permitindo a ligação actina-miosina, formando-se o complexo gerador da força
interacção actina-miosina
Inactivação da contracção
A dimunuição dos níveis de Ca2+ livre implica asua libertação da troponina C e o retomar da
posição inicial desta, que cobre os locais activos da catina impedindo a interacção actina
miosina e inactivando a contracção
Papel do ATP:
Providencia a energia para o funcionamento das bombas Na+/K+
Providencia a energia para a interacção actina-miosina
Necessário para a libertação da miosina da actina após o seu contacto
Pode correr:
Contracção isotónica
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Consiste na mudança de tamanho do musculo durante a contracção e o movimento
normalmente acompanha a contracção
Contracção isométrica
Consiste n acontracção muscular mas sem movimento, pois existe demasiada oposição
Electromiograma
“técnica de lectrodiagnóstico que permite estudar o funcionamento do nervo e do musculo,
com base no conhecimento das carcteristicas fisiológicas de transmissão e de excitabilidade
neuronal”
Utiliza eléctrodos que são aplicados na ple, na proximidade da região a estudar
Esta técnica baseia-se na: estimulação elétrica artificial do nervo e do musculo, através da
aplicação de correntes eléctricas
Registo de potenciais que ocorrem quando o nervo e o musculo estão activos
Permite determinar a excitabilidade do tecido que está a ser estimulado, bem como medir a
velocidade de condução dos impulsos ao longo dos nervos periféricos
A sua função é estudar a integridade (estrutura e função) dos diferentes constituintes da
unidade motora
Aplicações clínicas
Desnervação - perda da continuidade entre uma fibra nervosa e o musculo esquelético
Surgem potenciais de fibrilhação – potencias de curta duração e de baixa amplitude nos
músculos afectados
Patologia da célula nervosa – doenças do neurónio motor e neuropatias
Patologia da placa neuromuscular - da região pré-sinaptica (botulismo, hipermagnesiemia,
hipocalcémia…) e/ou da região pós sináptica
Patologia muscular miopatias
A unidade motora inclui o neurónio e todas as fibras musculares que ele abrange
O electromiograma ilustra o que se passa durante a contracção muscular
Embora o padrão seja semelhante, os tempos de contracção variam consideravelmente de
músculo para músculo
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As fibras mielinizadas (de maior diâmetro) transmitem uma maior velocidade que as não
mielinizadas
Musculo liso
As suas célula são mais pequenas que as células esqueléticas
Forma de fusos com um único núcleo localizado no meio da célula
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Musculo liso multiunitário
Encontram-se em:
Túnicas ou camadas das paredes dos vasos sanguíneos
Peqenos feixes como nos músculos erectores do pelo e na íris
Células isoladas (do baço)
Possui poucas fendas sinápticas e cada célula actua como unidade independente
Musculo liso
P.R. – 55/60 mV
Flutua entre despolarização repolarização lenta
Não responde á lei do tudo ou nada
Possui potenciais de acção gerados espontaneamente com controle por células
Musculo esquelético
PR - 85 mV
Resposnde á lei do tudo ou nada
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