1) O documento apresenta um roteiro de atividades para discutir gênero e desigualdade no ensino médio. 2) Ele inclui introduzir o tema através de um filme ou caso real, debater experiências de desigualdade, e estudar um texto sobre socialização de gênero. 3) O objetivo é reconhecer desigualdades entre homens e mulheres e discutir como papéis de gênero são socialmente construídos.
1) O documento apresenta um roteiro de atividades para discutir gênero e desigualdade no ensino médio. 2) Ele inclui introduzir o tema através de um filme ou caso real, debater experiências de desigualdade, e estudar um texto sobre socialização de gênero. 3) O objetivo é reconhecer desigualdades entre homens e mulheres e discutir como papéis de gênero são socialmente construídos.
1) O documento apresenta um roteiro de atividades para discutir gênero e desigualdade no ensino médio. 2) Ele inclui introduzir o tema através de um filme ou caso real, debater experiências de desigualdade, e estudar um texto sobre socialização de gênero. 3) O objetivo é reconhecer desigualdades entre homens e mulheres e discutir como papéis de gênero são socialmente construídos.
Roteiros de Atividades Sociologia - Ensino Mdio Gnero e desigualdade
EIXO TEMTICO ABORDAGEM SOCIOLGICA DE QUESTES SOCIAIS
III: NO BRASIL CONTEMPORNEO Tpico: Gnero como fator de desigualdade Temas Gnero e desigualdade Complementares: As atividades sugeridas devem propiciar aos alunos desenvolver as capacidades de identificar, analisar e debater os problemas envolvidos nas situaes apresentadas em cada trabalho proposto, utilizando os conceitos e ideias centrais referentes ao tpico, como a diferena entre os termos sexo e gnero, os aspectos culturais e sociais envolvidos nas desigualdades e os preconceitos referentes ao gnero e sexualidade. A introduo ao estudo deste tpico pode ser realizada com a apresentao de um filme que propicie o debate sobre o tema (caso a escola tenha os recursos necessrios), criando oportunidade para o professor provocar questes iniciais que permitiro o desenvolvimento do assunto. Filmes sugeridos: Na falta de condies para a apresentao de um filme, o professor pode lanar mo da narrao de um conto ou da exposio de um caso real, divulgado em jornal e/ou televiso, do conhecimento pblico, e que propicie o debate em torno das questes relacionadas s desigualdades de gnero. Outra maneira de iniciar o estudo desse tpico atravs de um convite aos estudantes para que apresentem, oralmente, situaes vividas ou observadas em que, claramente, manifesta a desigualdade no tratamento ou na posio socialmente ocupada por homens e mulheres. Como, por exemplo, os casos em que nos relacionamentos familiares - entre mulher e marido, entre pais e filhos e, mesmo, entre irmos de diferentes gneros - se manifestam tratamentos discriminatrios em relao mulher e s crianas do sexo feminino. tambm possvel identificar tratamentos desiguais entre meninos e meninas no s na famlia como nas escolas, tanto por parte da direo como dos professores e funcionrios. As meninas e as jovens tambm so capazes de expressar situaes em que a discriminao e o preconceito contra o gnero feminino aparecem nos relacionamentos cotidianos na famlia, na escola, nos grupos de convivncia. O principal propsito dessa atividade inicial provocar o reconhecimento por parte dos alunos da existncia de tratamento desigual entre homens e mulheres nos vrios aspectos e dimenses da vida social, relacionado a preconceitos e discriminaes de vrios tipos. 2. Estudo dirigido do texto abaixo e discusso sobre o tema: Aps terem sidos expostos a uma introduo geral sobre o tema da sexualidade e do gnero, os alunos podero ler e discutir o seguinte trecho do captulo sobre Gnero e Sexualidade, do livro Sociologia, de Anthony Giddens (pp. 105-6,
Artmed Editora S.A., 2005)
Um caminho dentro da Sociologia para se analisar as origens das diferenas de gnero estudar a socializao do gnero, a aprendizagem de papis do gnero com o auxlio de organismos sociais, como a famlia e a mdia. Essa abordagem faz distino entre sexo biolgico e gnero social uma criana nasce com o primeiro e desenvolve o segundo. Pelo contato com vrios organismos sociais, tanto primrios como secundrios, as crianas internalizam gradualmente as normas e as expectativas sociais que so percebidas como correspondentes ao seu sexo. As diferenas de gnero no so biolgicamente determinadas, so culturalmente produzidas. De acordo com essa viso, as desigualdades de gnero surgem porque homens e mulheres so socializados em papis diferentes. Na socializao do gnero meninos e meninas so guiados por sanes positivas e negativas, foras socialmente aplicadas que recompensam ou restringem o comportamento. Por exemplo, um menino poderia ser sancionado positivamente em seu comportamento (Que menino valente voc !), ou ser alvo de sanes negativas (Meninos no brincam com bonecas). Essas afirmaes positivas e negativas ajudam meninos e meninas a aprender os papis sociais esperados e a adequar-se a eles. Essa interpretao dos papis sexuais e da socializao foi criticada e muitos escritores argumentam que a socializao de gnero no por si mesma um processo tranquilo: diferentes organismos como a famlia, as escolas e outros ncleos de agrupamento talvez estejam em divergncia com outros. Alm disso, as teorias de socializao ignoram a capacidade dos indivduos de rejeitar ou modificar as expectativas sociais acerca dos papis sexuais.... Embora convenha nutrir certo ceticismo com relao a qualquer adoo indiscriminada da abordagem que postula os papis dos sexos, muitos estudos mostram que, em certa medida, as identidades de gnero so resultados de influncias sociais. As influncias sociais na identidade de gnero fluem por meio de diversos canais;... Estudos sobre as interaes entre pais e filhos, por exemplo, mostram diferenas distintas no tratamento de meninos e meninas, mesmo quando os pais acreditam que suas reaes para ambos sejam iguais. Os brinquedos, os livros ilustrados e os programas de televiso experienciados por crianas tendem a enfatizar diferenas entre os atributos masculinos e femininos. Embora a situao, de alguma forma, esteja mudando, os personagens masculinos em geral superam em nmero os femininos na maior parte dos livros infantis, contos de fadas, programas de televiso e filmes. Os personagens masculinos tendem a representar papis mais ativos e aventurosos, enquanto os femininos so retratados passivos, esperanosos e voltados vida domstica. Pesquisadoras feministas demonstraram como produtos culturais e de mdia, comercializados para audincias jovens, encarnam atitudes tradicionais para com o gnero e os tipos de objetivos e ambies esperados em meninos e meninas. Algumas questes para orientar o estudo e o debate em sala: - Qual o sentido que, em Sociologia, se atribui aos termos sexo e gnero? Por que importante para a anlise sociolgica fazer tal distino? - Explique com suas palavras o que se quer dizer com a afirmao homens e mulheres so socializados em papis diferentes. O que o termo papis significa para a anlise sociolgica? (recordar o estudo sobre o tema da socializao em sua relao com a desigualdade de gnero) - Cite exemplos de sanes negativas ou positivas ( outros que os apresentados
no texto) e que fazem parte do processo de socializao de gnero, influenciando
comportamentos diferenciais entre meninos e meninas? - Indique alguma situao - apresentada em filme, em revista, em programa de televiso ou em propaganda - em que claramente est manifesto um preconceito contra mulheres ou homossexuais. Glossrio: sano pena ou recompensa (reforo positivo ou negativo) com que se tenta garantir a execuo de uma norma ou lei social. No caso do texto o sentido do termo est diretamente associado s formas de aprovao ou reprovao dos comportamentos, de acordo com o que esperado, socialmente, para cada gnero. papel - atribuio de natureza social relacionada a alguma funo e/ou desempenho esperado. Os papis sociais so expectativas socialmente definidas que uma pessoa segue numa dada posio social. (Por exemplo: assumir o papel de mdico, de esposa, de pai, de estudante, de professor, etc.)
Roteiro de Atividade: Gnero e desigualdade
Currculo Bsico Comum - Sociologia Ensino Mdio Autora: Regina Maria Dias Carneiro Centro de Referncia Virtual do Professor - SEE-MG / maro 2009