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Apostila de Fundamentos Laboratoriais1
Apostila de Fundamentos Laboratoriais1
1. Conceito de biossegurança
São quaisquer meios ou dispositivos destinados a ser utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos
ameaçadores da sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.
Luvas: As luvas protegem de sujidade grosseira. Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue,
fluidos corporais, secreções, excreções (exceto suor), membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação
de artigos contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as tarefas e
procedimentos num mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentração de microrganismos. Remova as luvas
logo após usá-las, antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente,
evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente após a
retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais, pois há repasse de
germes para as mãos mesmo com o uso de luvas.
Luvas estéreis: são utilizadas para procedimentos invasivos e assépticos (evitar a contaminação por microrganismos),
protegem o operador e o paciente.
Máscaras: servem para proteger a mucosa do nariz e da boca contra respingos gerada por espirro, fala ou tosse de
pacientes ou durante a realização de procedimentos laboratoriais. São de uso único, devem ser trocadas quando
úmidas ou submetidas a respingos visíveis.
Óculos: protegem a mucosa dos olhos contra respingos, aerossóis e da irritação provocada por substancias voláteis
(álcool, acetona, reagentes). São reutilizáveis, feito de material plástico
Gorro: é utilizado para proteger as amostras de contaminação, para não cair fios de cabelo na amostra, para impedir a
impregnação de algum odor nos cabelos. Também são úteis durante a realização de procedimentos nos quais são
produzidos aerossóis, projeção de partículas e proteção dos pacientes durante procedimentos cirúrgicos. São
descartáveis.
Protetor facial: é utilizado no lugar dos óculos e da máscara, protege toda a face. É utilzado em procedimentos onde
há a produção de muitos aerossóis e de partículas solidas, de faíscas, etc.
Avental ou jaleco: O avental (limpo, não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante
procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais, secreções ou
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excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou
tecido). O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo será
removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar a transferência de microrganismos para
outros pacientes ou ambiente.
Calçados: fechados e impermeáveis, para impedir a penetração de sujidade ou de amostras derramadas no chão,
vidros quebrados, etc.
Dispositivos de pipetagem – Nunca usar a boca para pipetar, porque além do risco de aspiração, torna mais fácil a
inalação de aerossóis. Utilizar um dos vários tipos de bulbos, pêra ou pipetadores.
Chuveiro de segurança: são aqueles especificamente projetados para fornecer um fluxo de água abundante e de
baixa pressão, suficiente para remover do corpo humano qualquer tipo de contaminante ou calor, sem causar
agravamento de possíveis lesões.
Saída de emergência: facilitar o acesso para fora do laboratório no caso de incêndios ou acidente com gazes
explosivos ou tóxicos.
Capelas biológicas: Equipamento imprescindível onde se manuseia produtos químicos ou particulados, amostras
biológicas que podem apresentar microorganismos infectantes. As capelas ajudam a proteger o operador, a amostra e
o meio ambiente, pois possuem filtros que purificam o ar que é lançado para o interior ou para fora do laboratório.
Descartes para materiais perfurocortantes: devem ter paredes firmes e rígidas, geralmente são feitos de papelão,
com revestimento interno que não permita vazamento ou perfurações. Após o uso, são recolhidos e devem ser
incinerados para destruir os matériais contaminantes.
Os matérias perfurocortantes são seringas, agulhas, escalpes, ampolas, vidros de um modo em geral ou,
qualquer material pontiagudo ou que contenham fios de corte capazes de causar perfurações ou cortes.
Recomendações especificas devem ser seguidas durante a realização de procedimentos que envolvam a
manipulação de material perfurocortante.
a) Máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
b) Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que envolvam materiais
perfurocortantes;
c) As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos;
d) Não utilizar agulhas para fixar papéis;
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e) Todo material perfuro-cortante (agulhas, seringas, scalp, laminas de bisturi, vidrarias, entre outros), mesmo que
esterilizados, devem ser desprezados em recipientes resistentes à perfuração e com tampa;
f) Os recipientes específicos para descarte de materiais não devem ser preenchidos acima do limite de 2/3 de sua
capacidade total e devem ser colocados sempre próximos do local onde é realizado o procedimento.
As Boas Práticas de Laboratório exigem que se respeitem as seguintes diretrizes básicas ao utilizar os laboratórios da
área da Saúde:
4. Jamais pipetar com a boca solventes ou reagentes voláteis, tóxicos ou que apresentem qualquer risco para a
segurança. Usar sempre um pipetador.
5. Evitar a exposição a gases, vapores e aerossóis. Utilizar sempre uma capela ou fluxo para manusear estes
materiais.
6. Lavar as mãos ao final dos procedimentos de laboratório e remover todo o equipamento de proteção incluindo
luvas e aventais.
7. Nunca consumir alimentos e bebidas no laboratório. A separação de alimentos e bebidas dos locais contendo
materiais tóxicos, de risco ou potencialmente contaminados pode minimizar os riscos de ingestão acidental
desses materiais. Consumir alimentos e bebidas apenas nas áreas designadas para esta finalidade.
8. Não guardar alimentos e utensílios utilizados para a alimentação nos laboratórios onde se manuseiam
materiais tóxicos e perigosos.
9. Não utilizar os fornos de micro-ondas ou as estufas dos laboratórios para aquecer alimentos.
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10. A colocação ou retirada de lentes de contato, a aplicação de cosméticos ou escovar os dentes no laboratório
pode transferir material de risco para os olhos ou boca. Estes procedimentos devem ser realizados fora do
laboratório com as mãos limpas.
11. Aventais e luvas utilizados no laboratório que possam estar contaminados com materiais tóxicos ou
patogênicos não devem ser utilizados nas áreas de café, salas de aula ou salas de reuniões.
12. Antes de sair do laboratório, lavar sempre as mãos para minimizar os riscos de contaminações pessoais e em
outras áreas.
13. No laboratório sempre devem existir locais para a lavagem das mãos com sabonete ou detergente apropriado
e toalhas de papel descartáveis.
a) Deve ser feita com álcool a 70% no início e no término das atividades ou
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Conceitos
Limpeza: Consiste na remoção da sujidade da superfície de artigos e equipamentos, através da ação mecânica
utilizando água e detergente, com posterior enxágüe e secagem. A grande carga microbiana está concentrada na
matéria orgânica, que conseqüentemente, será removida de uma superfície durante a remoção da sujidade. A limpeza
deve ser sempre realizada como primeira etapa de desinfecção ou esterilização, pois vai garantir a qualidade destes
processos. O material orgânico aderido abriga os micróbios. Ao realizarmos a limpeza de artigos estamos expostos à
fluidos contaminados e produtos químicos, sendo imprescindível a utilização de equipamentos de proteção como
óculos, máscara cirúrgica, avental plástico, braçadeiras plásticas e luvas de borracha.
Modo de uso em superfícies: aplicar puro em um pano úmido ou escova, ou diluído em água (solução detergente).
Aplicar pano umedecido em água para o enxágüe.
Desinfecção: É o processo de destruição de microrganismos como bactérias na forma vegetativa (não esporulada),
fungos, vírus e protozoários. Este processo não destrói esporos bacterianos.
Produtos utilizados:
• Cloro e compostos clorados: o composto clorado de uso mais comum é o hipoclorito de sódio.
Por ser volátil, sua troca é indicada a cada 24 horas. A concentração recomendada é de 1% em dez minutos de contato
ou 0,5% com trinta minutos de contato para desinfecção de nível médio.
Modo de uso: a solução deve ser solicitada na concentração indicada. Se for usado alvejante comercial, considerar a
concentração de 2% e preparar a solução com uma parte de alvejante e igual parte de água para obter 1% ou uma
parte de alvejante para três de água obtendo 0,5%.
• Álcool 70%: fechar o frasco imediatamente após o uso para evitar a volatização.
Modo de uso:
Em imersão: colocar em recipiente plástico com tampa. Por ser volátil, sua troca é indicada a cada 24 horas. Seu
tempo de contato mínimo é de 10 minutos. Deixar escorrer e secar espontaneamente dispensa o enxágüe. Indicado
para artigos metálicos como pinças, estantes de laminas, tesouras e materiais de odontologia. Não é indicado para
materiais de borracha, látex, silicone e acrílico pela sua possibilidade de ressecar e opacificar estes materiais.
Em superfícies: aplicá-lo diretamente com compressas, friccionando até sua evaporação repetindo por mais duas
vezes. A superfície deve estar limpa e seca, pois é inativado na presença de matéria orgânica. Indicado para
equipamentos como refletores de luz, mesas ginecológicas, mobiliário de atendimento direto ao paciente.
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A esterilização por processos físicos pode ser através de calor úmido, calor seco ou radiação. A esterilização por
radiação tem sido utilizada em nível industrial, para artigos médicos-hospitalares. Ela permite uma esterilização a baixa
temperatura, mas é um método de alto custo. Para materiais que resistam a altas temperaturas a esterilização por calor
é o método de escolha, pois não forma produtos tóxicos, é seguro e de baixo custo.
• Esterilização por Calor Úmido: o equipamento utilizado é autoclave. É o método de 1ª escolha tratando-se de
esterilização por calor. Esta preferência se justifica por preservar a estrutura dos instrumentos metálicos e de corte, por
permitir a esterilização de tecidos, vidros e líquidos, desde que observados diferentes tempos de exposição e
invólucros. O mecanismo de ação biocida é feito pela transferência do calor latente do vapor para os artigos, e este
calor age coagulando proteínas celulares e inativando os microrganismos. Os artigos termossensíveis não devem
sofrer autoclavagem, pois a temperatura mínima do processo é de 121º C, bem como os óleos que não permitem a
penetração do vapor.
Invólucros: após limpeza, secagem e separação, os artigos deverão ser acondicionados para serem submetidos ao
ciclo de esterilização. Os instrumentos articulados, tipo tesoura, porta-agulha, devem ser embalados abertos no interior
do pacote. Como invólucros para este processo, existem: papel grau cirúrgico, filme plástico de polipropileno, algodão
cru duplo com 56 fios, papel crepado, caixas metálicas forradas internamente com campos simples e com orifícios para
permitir a entrada do vapor.
Os invólucros deverão ser identificados quanto ao conteúdo, e todos deverão ter escrito a data de validade da
esterilização. Todas as embalagens deverão portar um pedaço de fita de indicação química externa para diferenciar e
certificar que os pacotes passaram pelo processo.
Os invólucros de papel crepado, papel kraft ou tecido deverão obedecer a um método de dobradura para possibilitar
abertura asséptica do pacote.
Colocação da carga na autoclave: os artigos embalados em papel, dos diferentes tipos, e artigos embalados em
tecido não podem ter contato entre si, pois retém umidade. Se tiverem de ser colocados na mesma carga, devem ser
colocados em prateleiras diferentes da autoclave. Quanto a posição na prateleira, os invólucros devem ficar dispostos
no sentido vertical, e nunca camada sobre camada na mesma prateleira, para permitir a exaustão do ar e a circulação
do vapor no interior de cada pacote. As cargas de tecidos (gazes e campos) devem ser processados em cargas
diferentes dos metais, caso contrário os têxteis devem ficar na prateleira superior para facilitar a penetração do calor.
Os pacotes não podem encostar nas paredes internas da câmara, assim como a carga não pode ultrapassar 70% da
capacidade interna. A fita indicadora química de processo deverá ser colocada em todos os pacotes ou caixas em local
visível, em pequenos pedaços
Estocagem e validade do material esterilizado: para papel Kraft a durabilidade do processo é de 7 dias de estocagem.
• Esterilização por Calor Seco: o equipamento utilizado é o Forno de Pasteur, usualmente conhecido como estufa. A
esterilização é gerada através do aquecimento e irradiação do calor, que é menos penetrante e uniforme que o calor
úmido. Desta forma requer um tempo de exposição mais prolongado e maiores temperaturas, sendo inadequado para
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tecidos, plásticos, borrachas e papel. Este processo é mais indicado para vidros, metais, pós (talco), ceras e líquidos
não aquosos ( vaselina, parafina e bases de pomadas).
Etapas para processamento
Invólucros: após limpeza, secagem e separação, os artigos deverão ser acondicionados para serem submetidos ao
ciclo de esterilização. Os instrumentos articulados, tipo tesoura, porta-agulha, devem ser acondicionados abertos no
interior da caixa metálica. Como invólucros para este processo, existem: caixas metálicas, vidros temperados (tubo de
ensaio, placas de Petri) e lâminas de papel alumínio. Utilizando-se caixas metálicas, estas devem ser fechadas com
tampa. Os artigos contidos no interior das caixas devem ter um limite de volume que proporcione a circulação do calor.
Preferentemente as caixas devem conter kits de instrumentos a serem usados integralmente em cada procedimento.
Se utilizadas caixas maiores, contendo grande volume de artigos, recomenda-se envolver cada instrumento ou kits em
papel alumínio para reduzir a possibilidade de contaminação na retirada dos instrumentos. Neste momento deve-se ter
o cuidado de evitar o rompimento do papel alumínio. Os pós e líquidos devem ser colocados em vidros fechados com
alumínio. Todos os invólucros deverão conter um pedaço de fita indicadora química do processo de esterilização, bem
como a indicação de validade e o nome do kit ou instrumento.
Colocação da carga na estufa: os principais pontos a observar são a não sobrecarga de materiais, deixando espaço
suficiente entre eles para haver uma adequada circulação de calor. Não é permitido o empilhamento de caixas em cada
prateleira da estufa.
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1- Do laboratório clinico: nome, endereço completo, número do registro no conselho profissional, responsável
técnico com seu registro no conselho profissional.
2- Do paciente: nome, número de registro do laboratório
3- Do medico solicitante: nome, numero do registro do conselho profissional
4- Do material ou amostra do paciente: tipo, data, hora da coleta ou do recebimento, quando aplicável
5- Do resultado do exame: nome do analito, resultado, unidade, nome do método, intervalos de referencia, data
da liberação
6- Do responsável técnico: nome, número do registro profissional, assinatura
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k) Enviar ao laboratório.
Gelo: o gelo deve ser preferencialmente reciclável, para não haver risco de perda da amostra.
Caixa Térmica: é a caixa para transporte de amostra que deve ser de polietileno ou similares (tipo geladeira
portátil). Deve ser lavável, resistir a desinfecção e portar a identificação de “Infectante” ou “Risco Biológico,
juntamente com o nome, telefone e endereço da pessoa que deve ser avisada em caso de acidente com a(s)
amostra(s).
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Coleta de urina
• É de fácil obtenção
• Deve ser colhida em recipiente descartável limpo, seco e, no caso das uroculturas, também deve ser estéril.
• O recipiente deve ser devidamente etiquetado com o nome do paciente, data e hora da coleta além da
identificação comum utilizada para os demais exames.É importante lembrar que amostras não etiquetadas
colocadas sobre suas respectivas requisições podem ser movidas facilmente e trocadas.
• A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada dentro de 1 hora. Caso isso não seja
possível a amostra deve ser mantida refrigerada para prevenir a decomposição da urina e a proliferação
bacteriana na amostra
• A amostra não deve ser congelada, pois o congelamento destrói os elementos figurados e ocorre turvação ao
descongelar.
Orientações específicas de coleta - Amostra de urina de jato médio
Sempre que possível, as amostras de urina devem ser colhidas pela manhã.
a) Como orientar pacientes do sexo feminino:
A paciente deve lavar bem as mãos com água e sabão neutro e secá-las com toalha de papel limpa e
descartável. Deve despir-se em sala adequada, afastar os lábios vaginais e lavar bem a vulva e os lábios
vaginais, usando chumaços de algodão e gazes estéreis em água morna com sabão, esfregando de frente para
trás. Deve enxaguar bem com água morna e secar com gazes esterilizadas. Durante todo este processo a
paciente deve manter os lábios vaginais separados, e não tocar a área limpa com os dedos. Urinar, desprezando
a primeira parte do jato urinário. Colher cerca de 30ml (aproximadamente a metade do frasco) de urina em um
recipiente estéril, fechando assim que a urina for colhida. Em seguida a amostra colhida, contida no recipiente
fechado, deve ser entregue a pessoa responsável para ser encaminhada ao laboratório.
b) Como orientar pacientes do sexo masculino:
O paciente deve lavar bem as mãos. Afastar o prepúcio e desprezar no vaso uma pequena quantidade de
urina. Sempre segurando para trás o prepúcio colher cerca de 30ml de urina no frasco estéril. Em seguida, a
amostra colhida, contida no recipiente fechado, deve ser entregue a pessoa responsável para ser encaminhado ao
laboratório.
• TIPOS DE AMOSTRAS:
• PRIMEIRA AMOSTRA DA MANHÃ (JATO MÉDIO): é a amostra ideal para o exame de rotina Urina tipo I.
Também é essencial para evitar o resultado falso – negativos nos testes de gravidez. A primeira amostra da
manhã é uma amostra concentrada, o que garante a detecção de substâncias que podem não estar presentes
nas amostras aleatórias mais diluídas. Deve-se instruir o usuário para colher a amostra logo que se levantar e
entregá-la ao laboratório o mais rápido possível.
• AMOSTRA ALEATÓRIA: Esse tipo de coleta é útil nos exames de triagem, para detectar anormalidades bem
evidentes. Contudo também pode produzir resultados errados, devido à ingestão de alimentos ou à atividade
física realizada pouco antes da coleta da amostra.
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• AMOSTRA COLHIDA 2 HORAS APÓS A REFEIÇÃO: Orienta-se o paciente para urinar pouco antes de se
alimentar e colher a urina 2 horas depois de comer. Este tipo de coleta é utilizado para controlar a terapia com
insulina.
• AMOSTRA DE 24 HORAS OU COM TEMPO MARCADO: Quando é necessário medir a quantidade exata
de determinada substância química na urina e quando esta quantidade varia segundo as atividades do dia,
como exercícios, refeições e metabolismo orgânico, é necessário a coleta de 24 horas. Para conseguir uma
amostra precisamente cronometrada, é necessário iniciar o período de coleta com a bexiga vazia e terminá-la
também com a bexiga vazia. Estas orientações aplicam-se para qualquer coleia com tempo determinado.
• EXEMPLO DE COLETA DE AMOSTRA DE 24 HORAS:
• 1º dia -7 da manhã: o paciente urina e descarta a amostra. O paciente colhe toda a urina nas próximas 24
horas.
• 2º dia – 7 da manhã: o paciente urina e junta esta urina com aquela previamente colhida e envia ao laboratório
todo o volume coletado.
Coleta de líquor
• Líquor é normalmente colhido por punção suboccipital ou lombar entre a terceira, quarta ou quinta vértebra.
Embora não se trate de um procedimento complicado, requer certas precauções, que compreendem a medida
da pressão intracraniana e o emprego de técnicas cuidadosas para evitar a infecção ou lesão no tecido neural.
As amostras devem ser colhidas em TRÊS tubos estéreis, marcados 1,2,3 na ordem em que são obtidos. O tubo 1
(UM) é usado para as análises bioquímicas e sorológicas: o tubo 2 é usado para a microbiologia: o tubo 3 é usado para
a contagem celular, por apresentar menor probabilidade de conter células introduzidas acidentalmente pelo
procedimento de punção espinhal
• As amostras destinadas a testes bioquímicos, sorológicos e de hematologia são refrigeradas e as de
microbiologia são mantidos à temperatura ambiente.
• A coleta do liquor só poderá ser feita por um médico
Secreções Genitais
Coleta da secreção uretral masculina para exame a fresco
Solicitar ao paciente para retrair o prepúcio;
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Coleta de esperma
• MATERIAL: Esperma.
• EXAMES: Espermograma, Cultura de esperma, Bacterioscopia
• FORMA DE COLETA:
• Fazer abstinência sexual de no mínimo 3 dias e no máximo 5 dias, para posterior coleta de esperma.
• A coleta deverá ser realizada pela manhã (entre 7:00 e 8:30 hs), de segunda a sexta-feira, de preferência no
laboratório. Se não for possível, seguir rigorosamente o tempo de envio ao laboratório. Lavar o pênis com água
e sabonete. Deve-se urinar previamente e depois coletar por masturbação, todo o volume de esperma de uma
ejaculação, diretamente no frasco fornecido pelo laboratório. Não coletar o esperma em preservativo, pois o
látex interfere com a viabilidade dos espermatozóides.
• Anotar o horário da coleta e enviar o esperma ao laboratório no máximo 30 minutos após a coleta. O material
deve ser protegido contra extremos de temperatura (menos de 20º C e mais de 40º C) durante o transporte até
o laboratório. Comunicar ao laboratório se fez vasectomia e a quanto tempo.
• A realização do espermograma tem como aplicações, principalmente, a avaliação das glândulas seminais, da
fertilidade e monitoramento pós-vasectomia. Além de esclarecer infecções neste local.
• Antes da coleta, realizar higiene das mãos e pênis;
• A amostra deve ser coletada por masturbação em frascos limpo, de vidro ou plástico, de boca larga, fornecido,
pelo laboratório;
• Não utilizar métodos alternativos para obtenção do sêmen (em caso de coleta em casa) como, por exemplo,
relação sexual interrompida (interrompe a relação quando vai ejacular e colhe o material);
• Evitar perda do material durante a coleta. Fechar imediatamente o frasco após a coleta, para evitar
alcalinização;
• Recomendar ao paciente a não utilização de preservativos de látex durante a coleta;
• É indispensável informar o horário da coleta;
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• O jejum não é obrigatório, exceto quando solicitado a dosagem de frutose, pois níveis elevados de glicose
podem interferir na dosagem.
Coleta de escarro
Colher, de preferência, a primeira amostra da manhã;
Orientar o paciente para enxaguar previamente várias vezes a boca com água para remover a flora bacteriana
superficial dessa região e colher a amostra obtida após tosse profunda, diretamente em um frasco de boca
larga;
Explicar ao paciente a diferença de uma amostra obtida após tosse profunda e saliva, para se obter um
material de melhor qualidade;
Paciente incapaz de expectorar – colher escarro induzido após nebulização com solução fisiológica estéril de 3
a 10%.
a) Coletar sempre uma lâmina com duas gotas espessas e uma lâmina com esfregaço;
b) Não utilizar sangue com anticoagulante para preparação da lâmina.
c) Após secagem das lâminas, transportar em caixas ou frascos , com paredes rígidas e com ranhuras próprias para
fixação das lâminas.
d) A solicitação do exame deve acompanhar os frascos de transporte.
Técnica de Coleta e Preparação da Gota Espessa
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Coleta de sangue
Coleta de sangue venoso
É o sangue que circula da periferia para o centro do sistema circulatório, que é o coração. É conseguido pela punção
venosa que fornece quantidade apreciável de sangue usado nos exames hematológicos e bioquímicos.
Locais de punção: fossa cúbita (dobra do cotovelo), dorso da mão e dorso do pé.
Procedimento:
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- Retirar a seringa e colocar o sangue no tubo de maneira que escorra pelas paredes do tubo, para evitar a hemólise.
- Homogeneizar
Procedimento:
- Permitir o escoamento livre do sangue e não espremer para que não haja diluição do sangue com a linfa
(liquido tissular) e sempre desprezar a primeira gota, pois contendo liquido tissular e material exógeno;
- Realizar a coleta com tubo capilar com ou sem anticoagulante apenas tocando na gota de sangue;
- Pressionar o local da punção com um pedaço de algodão embebido com álcool até cessar o sangramento.
Os tubos de coleta com vácuo são produzidos para determinados volumes de sangue, que é determinado pelo
tamanho do tubo e seu vácuo. Tubos com várias capacidades estão disponíveis desde 2 mL até acima de 20 mL.
Muitos tubos de coleta com vácuo contêm aditivos ou anticoagulantes utilizados para coletar amostras para
diferentes análises. A cor da tampa do tubo de coleta é codificada para definir se existe algum aditivo ou anticoagulante
ou não. As cores usadas em geral são:
- Tampa vermelha: Sem anticoagulantes é utilizado na coleta de sangue para a obtenção de soro para bioquímica e
sorologia.
- Lavanda: Adicionado de anticoagulante EDTA sódico ou potássio. Obtém-se sangue total para a hematologia.
- Azul: Adicionado de anticoagulante citrato de sódio para obtenção de plasma para provas de coagulação
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- Cinza: Adicionado fluoreto de potássio (inibe a glicólise) para a obtenção de plasma para a determinação da glicose.
Procedimento:
- Fazer a assepsia unidirecionalmente do local desejado utilizado um algodão emedecido com álcool 70%.
- Colocar o garrote com força moderada a uma distância de mais ou menos 4 dedos da fossa antecubital.
- Introduzir o tubo a vácuo, quando atingir a quantidade desejada, retirar o tubo a vácuo do suporte, soltar o garrote
assim que o sangue começar a entrar no tubo a vácuo do suporte.
- Quando atingir a quantidade desejada, retirar o tubo a vácuo do suporte, e em seguida retirar a agulha e colocar um
algodão seco no local puncionado, pressionando levemente e evitando dobrar o braço.
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ANTICOAGULANTES
Como já foi citado antes, os anticoagulantes são substâncias usadas para prevenir a coagulação e retardar a
deterioração do sangue. A escolha do anticoagulante e da sua quantidade é importante. Escolhido impropriamente
interfere com as investigações bioquímicas como o EDTA potássico na dosagem do potássio e o oxalato de amônio na
dosagem da uréia. O excesso de anticoagulante líquido dilui o sangue interferindo nas determinações quantitativas.
Alguns anticoagulantes se prestam melhor à hematologia pelas suas propriedades conservadoras da morfologia celular
e dos componentes do plasma, especialmente os fatores da coagulação.
O EDTA apresenta propriedade conservadora das células sanguineas. Impede a aglutinação das plaquetas no
sangue. Não deve ser usado para o tempo de protrombina e testes de função plaquetária. O EDTA impede a
coagulação ao formar quelatos com o cálcio.
A Heparina inibe a formação de trombina, impedindo a conversão de fibrinogênio em fibrina. Não altera a
morfologia e o tamanho celular.
O citrato de sódio é utilizado como anticoagulante nas transfusões de sangue e no estudo da coagulação
quando em solução aquosa a 3,8% ( Atividade de protrombina, PTT e fibrinogênio).
Para as transfusões sanguíneas o citrato é combinado com outras substâncias formando o ACDF (ácido cítrico,
citrato de sódio, dextrose e fosfato monossódico)
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b) Colocar uma pequena gota de sangue na parte central da lâmina de vidro a 1,5 cm da extremidade fosca ou da
etiqueta.
d) Com a borda estreita da lâmina em contato com a gota de sangue, formando um ângulo de 50º, espalhar o sangue
com um movimento rápido, para formar uma camada delgada de sangue sem atingir a extremidade da lâmina.
g) O sangue pode ser espalhado também da seguinte maneira: Retirar com a extremidade da própria lâmina
espalhadora a gota de sangue. Colocar a extremidade que contém o sangue em contato com a parte central da
lâmina em posição horizontal e antes que o sangue, por capilaridade, atinja as bordas laterais da lâmina espalhadora
formando um ângulo de 50º, faz-se o deslocamento rápido para formar a camada fina de sangue sem atingir a
extremidade da lâmina.
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