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RESUMO
INTRODUÇÃO
Belo Horizonte foi construída para ser um modelo de urbs no infante Brasil
Republicano. Projetada pela equipe do Engenheiro Aarão Reis a Planta da nova capital
apresentava um traçado racional e positivista, em conformidade com o pensamento
vigente na época, sendo que a Planta rompia profundamente com a herança colonial,
ainda viva na sociedade brasileira. A nova capital, edificada em apenas quatro anos
dentro no local indicado pela CCNC arrasou por completo o arraial do Curral del Rey,
fundado no inicio do Século XVIII. Entre 1897 e 1920 a Cidade de Minas
(posteriormente denominada Belo Horizonte) apresentou um pequeno crescimento na
zona urbana compreendida dentro da Avenida do Contorno, projetada para delimitar a
zona urbana, simetricamente projetada com ruas regulares e áreas com funções
Como veremos mais adiante esses serviços foram priorizados pela Prefeitura ao
longo da década e permitiu a expansão para as outras Seções Urbanas, conforme projeto
da CCNC.
O planejamento urbano, crucial para a concretização do Projeto da capital que
nesse período se restringia a região central e os bairros Floresta e Funcionários e a uma
pequena parte do Barro Preto, ocupada em grande parte por operários foi exercido com
uma maior rigorosidade por parte do Poder Público que visava a expansão da malha
urbana dentro dos limites da Avenida do Contorno exatamente nos vales dos córregos
que atravessam a zona urbana. Na primeira metade da década empregou-se um grande
esforço para regularizar e ordenar a construção dos quarteirões e ruas conforme a Planta
da CCNC. Diversas ruas e quarteirões abertos entre 1898 e 1920 não estavam em
conformidade com a Planta, como se lê no relatório do então Chefe da Seção de
Cadastro e futuro Prefeito Octacílio Negrão de Lima:
A cidade de Bello Horizonte, realmente, para ter o traçado
da regua e compasso que lhe emprestam – necessita de
preservar conservando, o que nos legou a C.C.N.C. – O
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Foi abordada de forma sucinta a criação dessa Seção, de extrema importância para a regularização da
capital. Para saber mais sobre os trabalhos da Seção de Cadastro consultar o Relatório de 1922 do Prefeito
Flávio Fernandes dos Santos, entre outros relatórios.
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Os córregos que atravessam a zona urbana de Belo Horizonte foram retificados de acordo com as ruas
que seguiam mais ou menos paralelamente à sua calha. Inseridos na paisagem urbana da capital,
posteriormente foram convertidos em rede de esgotos e cobertos, com a finalidade do alargamento das
vias.
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Retificar um curso d’água é promover a mudança de seu traçado com o intuito de melhorar o
escoamento das águas além de possibilitar, no caso dos centros urbanos a ocupação das terras cortadas
pela calha natural do curso d’água.
loteamentos que deram origens as vilas. Daí pode-se concluir que a malha urbana de
Belo Horizonte não cresceu do centro para a periferia e sim da periferia para o centro,
pois enquanto a zona suburbana se expandia cada vez mais para a periferia, agregando
em pouco tempo as vilas a zona urbana ainda apresentava imensos vazios, como ilhas
em meio à massa de casas e ruas já estabelecidas.
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Extraído do Relatório do Prefeito Christiano Monteiro Machado de 1928.
Considerações Finais
Referencias Bibliográficas
Acervos Documentais
BARRETO, Abílio. Belo Horizonte, memória histórica e descritiva; história média. v.2.
Belo Horizonte: FJP/ Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1996.
CORREA, Roberto Lobato. O Espaço Urbano. São Paulo: Editora Ática, 4ª edição.