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Desessencializando o

Anarco-Feminismo: Lições do Movimento Transfeminista


J. Rogue

O Transfeminismo se desenvolveu a partir de uma crítica dos principais e radicais movimentos


feministas. O movimento feminista possui um histórico de hierarquias internas. Existem
diversos exemplos de mulheres negras, mulheres da classe trabalhadora, lésbicas, entre outras
manifestando-se contra a tendência do movimento de mulheres branco e hegemônico de
silenciá-las e negligenciar suas demandas. Mas geralmente, ao invés de reconhecer as
questões que essas vozes marginalizadas levantaram, o movimento feminista mainstream
priorizou lutar por direitos primordialmente de acordo com os interesses de mulheres brancas.
Enquanto o meio feminista como um todo ainda não resolveu essas tendências hierárquicas,
vários grupos continuaram a falar sobre sua própria marginalização - em particular, mulheres
trans. O processo de se desenvolver um entendimento mais amplo dos sistemas de opressão e
como eles interagem aprimorou o feminismo e é a chave na construção do Anarco-Feminismo.
Mas primeiro, podemos falar brevemente sobre o desenvolvimento do feminismo-
particularmente durante o que é reconhecido como a “Segunda Onda”.
Geralmente, as narrativas históricas do feminismo que propõem a análise do feminismo em
“ondas”, apontam a Segunda Onda como um período turbulento, com muitas visões
conflitantes. Usarei essa perspectiva aqui, apesar de que também percebi que a narrativa é
problemática de várias maneiras, particularmente pelo seu viés Ocidental e Estadunidense, e
gostaria de reconhecer isso. Sou dos Estados Unidos, contexto de onde me organizo e vivo.
Essa narrativa em específico é de importância, por evidenciar tendências maiores no
feminismo- particularmente de onde venho, apesar de que, mais uma vez, gostaria de
reconhecer que esse processo, enquanto descritivo envolve alguns tipos de exclusões que
estou criticando neste capítulo.
Também gostaria de reconhecer que essa história tem o intuito de delinear algumas divisões
importantes e necessárias, mas qualquer categorização pode ser problemática (e como poderia
um transfeminismo não reconhecer e considerar esse problema ?). Houveram teorias de
feministas liberais, radicais, Marxistas e socialistas que não se encaixam nessa narrativa em
específico. Quero salientar, porém, que a acho útil em descrever passados e presentes
teóricos, com o objetivo de desenhar um feminismo radicalmente diferente e um futuro
anarquista.

Durante o final dos anos 60 entre o começo dos anos 80, novas formas de feminismo
começaram a emergir. Muitas feministas pareciam gravitar em quatro teorias conflitantes, com
explicações bastante diferentes para a opressão da mulher, e suas teorias tiveram
consequências nas práticas de inclusão e exclusão feministas.
Assim como suas predecessoras históricas da “Primeira Onda”, que estavam preocupadas
principalmente com o direito ao voto, feministas liberais não viram necessidade alguma de uma
ruptura revolucionária com a sociedade vigente. Ao invés disso, seus focos eram em “quebrar
barreiras”, ter mais mulheres em posições de poder econômico e político. Feministas liberais
presumiram que os arranjos institucionais existentes eram fundamentalmente não
problemáticos. Seus objetivos eram o de promover a igualdade da mulher acomodado no
sistema capitalista.
Uma outra teoria, por vezes tida como feminismo radical, argumentava pelo abandono da
“Esquerda masculina”, que era vista negativamente como reducionista. De fato, muitas
mulheres vindas dos movimentos pelos Direito Civis e Anti-Guerra, reclamavam do sexismo
que adentrava os movimentos pois a elas foram delegadas tarefas como o serviço de
secretária, além de evidenciarem abusos sexuais de líderes masculinos, assim como uma
alienação generalizada das políticas de Esquerda. De acordo com muitas feministas radicais da
época, isto se dava pela primazia do sistema patriarcal- ou a dominação sistêmica e
institucionalizada do homem sobre a mulher. Para essas feministas, a luta contra o patriarcado
era a principal luta para se criar uma sociedade livre, já que o gênero é nossa hierarquia mais
antiga e enraizada. Disto se fez uma “feminilidade” bem definida, importante à sua política.
Feministas marxistas, por outro lado, tendiam a localizar a opressão da mulher pela esfera
econômica. A luta contra o capitalismo era vista como a luta primária, já que “a história das
sociedades existentes, era a história da luta de classes”. Além disso, as feministas marxistas,
tendiam a acreditar que a “base” econômica da sociedade tinha um efeito determinante em sua
“superestrutura” cultural. Portanto a única maneira de se alcançar igualdade entre homens e
mulheres seria através do fim do capitalismo- já que arranjos econômicos novos e igualitários,
dariam surgimento a uma nova superestrutura igualitária. Tal foi a natureza determinante da
base econômica. Este argumento foi desenhado com bastante ênfase pelo companheiro de
Marx, Engels.
Dos diálogos entre o Feminismo Marxista e o Feminismo Radical, outra aproximação surgiu, a
chamada “Teoria do Duplo Sistema”. Um produto do que veio a ser apelidado Feminismo
Socialista, a teoria do duplo sistema argumentava que as feministas precisavam desenvolver
um relato teórico que dá tanto ênfase ao sistema patriarcal quanto o sistema capitalista. Mesmo
que esse diálogo contribui muito na discussão sobre qual pauta deveria ser a “principal” (ou
seja, a luta contra o capitalismo ou a luta contra o patriarcado), a teoria do duplo sistema
deixou muito a desejar. Por exemplo, feministas negras argumentam que essa perspectiva
negligenciava uma análise estrutural sobre a raça. Além disso onde estava a opressão
baseada na sexualidade, habilidade, idade, nessa análise ? Onde estavam todos esses
aspectos, reduzidos ao capitalismo patriarcal ? Mais importante, para esse capítulo, onde
estavam as experiências de companheiras transexuais- particularmente mulheres trans ?. Dada
essa lacuna histórica, o feminismo demandava, especificamente, o transfeminismo.
O Transfeminismo se constrói do trabalho vindo do movimento feminista multiracial, e em
particular, do trabalho de feministas negras. Frequentemente, quando confrontadas com
acusações de racismo, classismo ou homofobia, o movimento de mulheres rejeita esses
problemas como “divisores” ou “secundários” (como foi mostrado na narrativa acima). As vozes
mais proeminentes promoveram (e ainda promovem) a ideia de uma homogênea “experiência
universal feminina”, que, sendo baseada nas similaridades entre as mulheres, promovem
teoricamente um sentimento de feminilidade. Na prática, isso significa podar a definição de
“mulher” e tentar encaixar todas as mulheres em um molde, refletindo a demografia dominante
do movimento das mulheres: Brancas, hegemônicas, heterosexuais e não deficientes. Esse
“policiamento” da identidade, conscientemente ou não, reforça os sistemas de opressão e
exploração. Quando mulheres que não se encaixam nesse molde os desafiaram, foram
constantemente acusadas de serem sectárias e desleais às mulheres. A hierarquia da mulher,
criada pelo movimento das mulheres reflete, de várias maneiras, a cultura dominante do
racismo, capitalismo e heteronormatividade.
Espelhando-se nessa história, os movimentos feministas mainstream organizados tentam
frequentemente achar o terreno comum entre as mulheres, e assim sendo, focam naquilo que
os membros com mais voz decidem como “problemas das mulheres”- como se a experiência
feminina existisse de forma isolada, fora de outras formas de opressão e exploração. Porém,
usando uma aproximação interseccional, na análise e organização sobre a opressão, como
defendido pelo feminismo multiracial e o transfeminismo, podemos discutir essas diferenças, ao
invés de rejeitá-las. O feminismo multiracial desenvolveu essa aproximação, argumentando que
não se pode abordar a posição das mulheres sem considerar também sua classe, raça,
sexualidade habilidade e todos os outros aspectos de sua identidade e experiência. Forças de
opressão e exploração não existem separadamente. Elas estão intimamente interligadas e
reforçam entre si, portanto tentar abordá-las singularmente (ou seja, “sexismo” separado do
racismo, capitalismo) não leva a um entendimento claro do sistema patriarcal. Isto é de acordo
com a visão anarquista de que temos que lutar contra todas as formas de hierarquia, opressão
e exploração simultâneamente; abolir o capitalismo e o estado não assegura que a supremacia
branca e o patriarcado irão magicamente desaparecer.
Ligada a essa presunção de uma “experiência universal feminina” está a ideia de que se uma
mulher se envolve com aquelas que incorporam a mulher “universal”, ela estaria livre do
patriarcado e da opressão. O conceito de “espaços seguros” para as mulheres (sendo apenas
de mulheres) vem do início do movimento feminista lésbico, que era em grande parte composto
por mulheres brancas, e priorizavam a abordagem do sexismo sobre todas as demais formas
de opressão. Essa noção de que um espaço exclusivamente de mulheres é inerentemente
seguro, não apenas desconsidera a violência íntima que pode ocorrer entre as mulheres, mas
também ignora ou negligencia outros tipos de violência que a mulher pode evidenciar- racismo,
pobreza, encarceramento e outras formas de brutalidade estatal, econômica e social.
Escrito depois do trabalho de, e influenciado por, transfeministas pioneiras como Sandy Stone,
Sylvia Rivera, e Ação Revolucionária Travesti de Rivera’s Street (STAR), o manifesto
transfeminista afirma: “O transfeminismo acredita que podemos construir nossas próprias
identidades de gênero com base no que se sente como genuíno, confortável e sincero a nós
enquanto vivemos e nos relacionamos com os outros dentro de dada limitação social e
cultural.” A noção de que o gênero é uma construção social é o conceito chave do
transfeminismo, e é também essencial (trocadilho não proposital) para uma aproximação
anarquista ao feminismo. Transfeminismo também critica a ideia de “experiência universal
feminina” e argumenta contra a visão essencialista biológica de que o gênero é definido pela
genitália. Outros feminismos abraçaram esse argumento essencialista, vendo a ideia de
“unidade feminina” como sendo construída a partir de uma semelhança, uma espécie de
“feminilidade”. Essa definição da mulher geralmente está presa ao que está entre as pernas de
uma pessoa. No entanto, o que especificamente, sobre a definição da mulher, é intrínseco da
dois cromossomos X ? Se for definido como possuindo um útero, isso significaria que mulheres
que tiveram histerectomias são de alguma forma menos mulheres ? Reduzir o gênero à
biologia relega a definição de “mulher” ao papel de cuidadora de crianças. Isso parece um tanto
antiético para o feminismo. Papéis de gênero tem sido ,por muitas vezes, mantidos sob
escrutínio em comunidades radicais. A ideia de que as mulheres nasceram para ser mães, são
mais sensíveis e pacíficas, são predispostas a vestir a cor rosa, e todos os estereótipos que
existem são socialmente construídos, não biologicamente. Se os papéis (repressores) de
gênero não definem o que seria uma mulher, se um médico marcando “F” na certidão de
nascimento também não define gênero, o próximo passo lógico é o de reconhecer que o
gênero só pode ser definido pelos próprios indivíduos- ou talvez precisemos de tantos gêneros
quanto pessoas, ou ainda mais longe, que os gêneros sejam abolidos. Ainda que essas ideias
possam causar um certo pânico, isto não faz o gênero menos legítimo em relação à identidade
das pessoas, ou experiências ou os tipos de projetos políticos complexos que podem estar à
nossa frente. Tentar simplificar problemas complexos, ou lutar para manter a afirmação de
como o gênero nos foram ensinados, não nos ajuda a entender o patriarcado e como este
funciona. Pelo contrário, presta um desserviço ao feminismo revolucionário.
Tendo encontrado uma falta de compreensão das questões transexuais em círculos radicais,
sinto que é importante ressaltar que nem todas as pessoas trans escolheram a transição física
e que a decisão de fazê-la ou não é delas mesmas. A decisão é bastante pessoal e geralmente
irrelevante para concepções teóricas do gênero. Há várias razões para se mudar fisicamente o
corpo, desde cortar o cabelo, até tomar hormônios. Uma razão pode ser por se sentir mais à
vontade em um mundo com concepções rigorosas de masculinidade e feminilidade. Outra é a
de olhar-se no espelho e ver-se por fora do gênero que é sentido no interior. Certamente, para
alguns, é a crença de que o gênero é definido pela construção física da genitália. Muito
frequentemente, porém, radicais que não são familiares com políticas e ideias transexuais
reagem fortemente a escolhas individuais em relação aos seus corpos-antes de perderem
completamente o fio da meada. Mas ao invés de tirar de especulação as motivações para
decisões pessoais de pessoas trans (como se elas não fossem vastas e variadas), é mais
produtivo notar o desafio da ideia de que que a biologia é o destino. Certamente todos se
beneficiaram com a quebra do sistema de binário de gênero e desconstrução dos papéis de
gênero- este é o trabalho de revolucionárias, não preocupar-se com o que as pessoas
deveriam ou não deveriam fazer com seus corpos.
Até agora, gênero e teoria feminista que incluem experiências transexuais existem quase
somente na academia. Existem muito poucos intelectuais da classe trabalhadoras estudando
esse campo, e a linguagem acadêmica utilizada não é acessível para um leitor médio. Isso é
incômodo, já que os problemas que o transfeminismo aborda afeta todas as pessoas.
Capitalismo, racismo, o estado, patriarcado, e o meio médico mediam a forma como as
pessoas percebem o gênero. Existe uma quantidade imensa de coerção empregada por essas
instituições para policiar as experiências humanas, que se aplica a todos, trans e não-trans
(algumas preferem o termo “cis”). O capitalismo e o estado tem diferentes papéis nas
experiências de pessoas trans. Acesso a hormônios e cirurgia, caso desejadas, custam muito
dinheiro, e as pessoas vêem-se forçadas a se direcionarem pelo caminho burocrático para
terem acesso. Pessoas trans são desproporcionalmente suscetíveis a serem pobres. Porém,
dentro das comunidades queer radicais e transfeministas, mesmo tendo discussões sobre
classe, elas geralmente giram em torno da identidade - reivindicando por políticas anti-
classistas, mas não necessariamente anti-capitalistas.
Os conceitos trazidos pelo transfeminismo nos ajudam a entender o gênero, mas há uma
necessidade da teoria de sair da academia e desenvolver sua práxis entre a classe
trabalhadora e os movimentos sociais em geral. Isso não quer dizer que não há exemplos de
transfeministas organizadas, mas que é necessário que se incorpore os princípios
transfeministas em movimentos de massa. Até mesmo movimentos gays e lésbicos possuem
um histórico de negligenciar pessoas trans- por exemplo, a luta pela Lei do Emprego Não
Discriminatório (Employment Non-Discrimination Act), que não se estende a identidade de
gênero. Novamente, vemos uma hierarquia de importância; os movimentos de gays e lésbicas
mainstream frequentemente comprometem, (excluindo pessoas trans) ao invés de empregarem
uma estratégia inclusive de libertação. Há constantemente um sentimento de “insuficiência de
libertação” dentro de movimentos sociais reformistas, o sentimento de que as possibilidades de
liberdade são tão limitadas, que têm de lutar contra outros grupos marginalizados por uma fatia
do bolo. Isto está em oposição direta ao conceito de interseccionalidade, já que exige que as
pessoas traiam constante um aspecto de sua identidade com o objetivo de priorizar
politicamente outra. Como podemos esperar que uma pessoa se envolva em uma luta contra a
opressão de gênero se esta ignora ou contribui para a opressão racial ? Onde que um aspecto
da identidade e experiência de um termina e a do outro começa ? O Anarquismo oferece uma
possível sociedade na qual a libertação é tudo, menos escassa. Ele traz um quadro teórico que
clama pelo fim de todas as hierarquias, e, como Martha Ackelsberg sugere, “Oferece uma
perspectiva na natureza e o processo da transformação social revolucionária (a insistência que
os meios devem estar coerentes aos fins, e que as problemáticas econômicas são cruciais,
mas não a única fonte das relações de poder hierárquicos) isso pode ser extremamente valioso
para/com a emancipação das mulheres.”
Anarquistas precisam desenvolver teorias dentro da classe trabalhadora, que incluam a
consciência da diversidade da mesma. O movimento anarquista pode beneficiar-se do
desenvolvimento de uma classe trabalhadora, uma aproximação anarquista às questões de
gênero que incorporam as lições do transfeminismo e interseccionalidade. Não é mais uma
questão de pedir aos anarquistas a se tornarem ativos no movimento transfeminista como é
uma questão de necessidade que anarquistas aprendam com as Mujeres Libres e integrem os
princípios do (trans)feminismo em nossa organização com a classe trabalhadora e movimentos
sociais. Continuar a desenvolver uma teoria anarquista contemporânea do gênero enraizada na
classe trabalhadora, requer uma compreensão real e integrada do transfeminismo.

1. Ver e.g., Aili Mari Tripp, “The Evolution of Transnational Feminisms: Consensus, Conflict, and
New Dynamics,” in Global Feminism: Transnational Women’s Activism, Organizing, and Human
Rights, editado por Myra Marx e Aili Mari Tripp (New York City: New York University Press,
2006), 51–75.
2. Ver especificamente Shulamit Firestone, The Dialectic of Sex: The Case for Feminist Revolution
(New York: Morrow, 1970).
3. Friedrich Engels, The Origin of the Family Private Property and the State,
http://www.marxists.org/archive/marx/works/1884/origin-family/ (acessado em Março 20, 2012).
4. Ver e.g., Heidi Hartmann, “The Unhappy Marriage of Marxism and Feminism: Towards a More
Progressive Union,” in Women and Revolution, editado por Lydia Sargent (Boston: South End
Press, 1981); e Iris Young, “Beyond the Unhappy Marriage: A Critique of the Dual Systems
Theory,” in Women and Revolution, editado por Lydia Sargent (Boston: South End Press, 1981).
5. Iris Young, “Beyond the Unhappy Marriage,” 44.
6. Ver Gloria Joseph, “The Incompatible Menage à Trois: Marxism, Feminism, and Racism,” in
Women and Revolution, editado por Lydia Sargent (Boston: South End Press, 1981).
7. Ibid.
8. Para uma análise anarquista da Interseccionalidade, ver J. Rogue and Deric Shannon, “Refusing
to Wait: Anarchism and Intersectionality,”
http://theanarchistlibrary.org/HTML/Deric_Shannon_and_J._Rogue__Refusing_to_Wait__Anarchi
sm_and_Intersectionality.html (accessed March 23, 2012).
9. Ibid.
10. Ver especificamente os debates em torno do Michigan Women’s Music Festival nessa questão.
11. Emi Koyama, “The Transfeminist Manifesto,” http://eminism.org/readings/pdf-rdg/tfmanifesto.pdf
(acessado em Março 24, 2012).
12. À luz do movimento Intersex, nós podemos analisar a construção social do sexo biológico
também.
13. Ver Kate Bornstein, My Gender Workbook (New York and London: Routledge, 1998).
14. Para alguns exemplos notáveis, ver o trabalho de Mattilda Bernstein Sycamore, Lesli Feinberg,
e Riki Ann Wilchins, entre tantos outros.
15. Apesar de isso certamente não ser uma tendência monolítica, já que muitas queers realmente
querem o fim do capitalismo e exigem isto explicitamente.
16. Ver “Lessons from the Free Women of Spain”—Geert Dhondt entrevista Martha Ackelsberg em
Up the Ante!

Tradução: Eduardo A. Cavalcanti

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