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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO

TRABALHO DE MANAUS – AMAZONAS.

HEITOR SAMUEL Santos, brasileiro, solteiro, desempregado, filho de Isaura


Santos, portador da identidade 559, CPF 202, CTPS (...), PIS (...) residente e domiciliado na
Rua Sete de Setembro, casa 18 – Manaus– Amazonas – CEP 999, por seu advogado que esta
subscreve, vem perante Vossa Excelência propor;

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

em face de NIMBUS S.A., inscrita no CNPJ sob o nº (...), situada na Rua


Leonardo Malcher, 7.070 - Manaus – Amazonas – CEP 210, pelos seguintes fatos e
fundamentos:

1) DA CONTRATUALIDADE

O reclamante, portador de deficiência, trabalhou a serviço da reclamada do dia


10/10/2012 até o dia 02/07/2014, quando foi dispensado, sem justa causa, recebendo
corretamente sua indenização.

2) DA REINTEGRAÇÃO

Requer a reintegração ao emprego porque a dispensa do portador de deficiência


não se fez acompanhar da contratação de outro em condição semelhante, violando o Art.
93, § 1º, da Lei nº 8.213/91.

3) DO DANO MORAL

Quando foi admitido no emprego, havia um acordo com os empregados em que a


ex-empregadora enviaria o conteúdo de trabalho para o e-mail particular de cada um, desde
que ela pudesse fazer o monitoramento, já que a plataforma institucional estava com
problema. Em razão disso, a empresa teve acesso a diversos e-mails contendo escritos e
FOTOS particulares do reclamante.

Requer o pagamento de indenização por dano moral em virtude do


monitoramento indevido do e-mail pessoal do trabalhador, ferindo a intimidade, conforme o
Art. 5º, X, da CF/88, e os artigos 21, 186 e 927, todos do CCB.

4) DA DEVOLUÇÃO DOS DESCONTOS

Durante seu contrato, sofreu descontos a título de contribuição sindical e


confederativa, mesmo não sendo sindicalizado.

Assim requer à devolução do desconto efetuado a título de contribuição


confederativa, pois o trabalhador não era sindicalizado, conforme Súmula 666, do STF, PN
119 TST e OJ 17 da SDC, do TST.

5) DO ACÚMULO FUNCONAL

Apesar de ter assinado a CTPS COMO assistente de estoque, também realizava


tarefas de analista de compras como pesquisas de preços, em parte do horário de trabalho,
a pedido do chefe.

Requer um plus salarial pelo exercício de função estranha em parte do horário de


trabalho, com base no Art. 456, § único, da CLT.
6) DAS HORAS EXTRAS

Durante todo período que laborou para a Reclamada o Reclamante nunca gozou
os 60 minutos da pausa alimentar de direito, mesmo tendo durante a semana uma jornada
reduzida faz jus aos 60 minutos de intrajornada, O reclamante trabalhava das 8h às 16h45,
com um intervalo de apenas 45 minutos para refeição.

Requer, em razão da pausa alimentar parcialmente concedida, o pagamento de


uma hora extra diária com adicional de 50%, de 2ª a 6ª feira, na forma da Súmula nº 437, I,
do TST, e do Art. 71, § 4º, da CLT.

7) DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Por todo o exposto, é requerido:

a) Seja julgada integralmente procedente a presente ação trabalhista e os pedidos nela


formulados;

b) Seja reconhecido o período laborado pela Reclamante, do dia 10/10/2012 até o dia
02/07/2014, quando foi dispensado, sem justa causa.

c) Requer a reintegração do reclamante ao emprego, já que a empresa não contratou outro


portador de deficiência quando o dispensou, violando o art. 93, §1, da Lei nº8213/91.

d) Requer a indenização por dano moral devido ao monitoramento indevido feito pela empresa
no e-mail do trabalhador, ferindo o direito a vida privada, e em conformidade ao Art. 5º, X,
da Constituição Federal, e os art. 21, 186 e 927 do Código Civil, em 100 vezes o salário
mínimo ou em outro valor que este douto juízo assim estipular.

e) Requer a devolução dos descontos realizados a titulo de contribuição sindical e


confederativa, uma vez que o trabalhador nunca foi sindicalizado.

f) Requer o adicional salarial devido ao exercício de função estranha ao cargo que foi
previamente acertado na CTPS, tendo como base o art. 456, § único, da CLT.

g) Requer o pagamento de uma hora extra diária com adicional de 50%, de segunda a sexta
feira, em virtude do intervalo para alimentação ter sido parcialmente concedido (não ter
atingido a uma hora mínima), na forma do art. 71, §4º, da CLT e da súmula nº 437, I, do TST.

h) Que seja notificada/citada a Reclamada nos endereços apresentados no preâmbulo, na


pessoa do seu representante legal para que, querendo e no prazo legal apresente
contestação, sob pena de revelia e seus efeitos e confissão quanto às matérias de fato,
valores e datas narradas nesta exordial, presumindo-se as mesmas verdadeiras, devendo
constar estas advertências na notificação;

i) Requer provar o alegado por todos os meios de provas em Direito admitidas, entre as quais
oral, composto de testemunhal e depoimento pessoal dos representantes legais das
reclamadas sob pena de confesso, documental, pericial.

Dá à causa o valor de R$ 10.000,00 (Dez mil reais) meramente para efeitos de


alçada.

Nestes termos,
Pede deferimento.
Manaus, 20 de outubro de 2015.

ELISEU KOLLER
OAB/Pr nº 00000

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