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DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023

Semana Aula: 1
O Direito do Consumidor

Tema
O Direito do Consumidor e a Constituição

Objetivos
SABER a origem e a finalidade da defesa do consumidor
IDENTIFICAR os dispositivos constitucionais ligados a defesa do consumidor
ANALISAR o campo de incidência do Direito do Consumidor
UTILIZAR as fontes do Direito do Consumidor
APLICAR o Código Civil de 2002 e o Código de Defesa do Consumidor

Estrutura de Conteúdo
1. O Direito do Consumidor
1.1. Origem 1.2. Finalidades
2. Dispositivos constitucionais
2.1. Direito e garantia fundamental: art. 5°, XXXII CF/88 2.2. Princípio inerente a ordem econômica: art. 170, V CF/88 2.3. Atos e disposições constitucionais
transitórias: art. 48 do ADCT
3. Campo de incidência
3.1. Conflito entre Convenção Internacional e o Código de Defesa do Consumidor
4. O Código Civil de 2002 e o Código de Defesa do Consumidor
5. Fontes do Direito do Consumidor

Aplicação: articulação teoria e prática


Em viagem de ônibus de Salvador (Bahia) para o Rio de Janeiro, realizada em 12 de fevereiro de 2007 pela empresa Transporte Seguro Ltda, Cláudio Lopes sofreu
graves lesões em razão de violenta colisão do coletivo em que viajava com um caminhão. Frustradas todas as tentativas de solução amigável, Cláudio ajuizou ação
em face da empresa Transportes Seguro Ltda, em 15 de abril de 2009, pleiteando indenização por danos material e moral. A ré, em contestação, argüiu prejudicial de
prescrição com fundamento no artigo 200, § 3°, V do Código Civil; sustenta não ser aplicável à espécie o art.27 do Código do Consumidor porque o contrato de
transporte de pessoas esta expressamente disciplinado no Código Civil (art.734 e seguintes) e sendo este lei posterior ao CDC deve prevalecer, conforme previsto no
art.732 do referido C.Civil. Utilizando os dados do presente caso, indique a legislação que deve ser aplicada na solução da questão, posicionando-se quanto a
ocorrência ou não da prescrição.

Com relação à Constituição e a defesa do consumidor é incorreto dizer:


A) é um direito e uma garantia fundamental e um princípio inerente à ordem administrativa.
B) é um direito e uma garantia fundamental e um princípio inerente à ordem econômica.
C) é um direito e uma garantia fundamental que pode ser alterada por meio de emenda constitucional por e tratar de uma
relação de direito privado.
D) é uma cláusula pétrea e um direito ligado as relações de direito público.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 2
Princípios do Código de Defesa do Consumidor

Tema
Princípios Básicos do Código de Defesa do Consumidor

Objetivos
ANALISAR os princípios
SABER que o princípio está acima da norma
DIFERENCIAR as regras dos princípios
DISTINGUIR cláusulas gerais de conceitos indeterminados
APLICAR os diversos princípios do Código de Defesa do Consumidor

Estrutura de Conteúdo
1. Princípios
1.1. Lei principiológica e seu papel
1.2. Diferença entre princípios e regras
1.3. Diferença entre cláusulas gerais e conceitos indeterminados
2. Princípios no Código de Defesa do Consumidor
2.1. Vulnerabilidade suas espécies
2.2. Boa-fé
2.3. Transparência
2.4. Segurança
2.5. Equidade
2.6. Solidariedade

Aplicação: articulação teoria e prática


Antonio comprou um veículo no final de 2009 modelo 2010. Posteriormente, descobriu que o modelo adquirido sairia de
linha e que a fábrica, naquele mesmo ano de 2010, lançará outro modelo totalmente diferente do anterior. Sentindo-se
prejudicado, Antonio quer ser indenizado pela desvalorização do seu veículo. Há algum princípio do CDC que pode ser
invocado nesse pleito indenizatório?

Em relação à vulnerabilidade é incorreto afirmar:


a) As normas do CDC estão sistematizadas a partir da ideia básica de proteção do consumidor, por ser
ele vulnerável;
b) Vulnerabilidade e hipossuficiência são a mesma coisa porque ambas indicam a fragilidade e a
situação de desigualdade do consumidor;
c) Vulnerabilidade é qualidade intrínsica, imanente e universal de todos que se encontram na posição de
consumidor;
d) Todos os consumidores são vulneráveis por presunção absoluta, mas nem todos são hipossuficientes;
e) Hipossuficiência é um agravamento da situação de vulnerabilidade ligada a aspectos processuais.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 3
A Relação de Consumo e Seus Elementos

Tema
O Consumidor e o Fornecedor

Objetivos
OBSERVAR os elementos da relação de consumo
SABER quais os elementos subjetivos e objetivos da relação de consumo
CONCEITUAR consumidor e fornecedor
IDENTIFICAR o consumidor equiparado
UTILIZAR as teorias acerca do conceito de consumidor
DISTINGUIR as teorias Maximalista, Finalista e Finalista Abrandada
CONCEITUAR produto e serviço
ANALISAR a possibilidade de aplicação ou não do CDC quando se está diante de um serviço público.

Estrutura de Conteúdo
1. Elementos da Relação de Consumo
1.1. Elementos subjetivos: consumidor e fornecedor
1.2. Elementos objetivos: produtos e serviços
2. Conceito
2.1. Consumidor
2.2. Fornecedor
3. Teorias
3.1. Maximalista
3.2. Finalista
3.3. Finalista Abrandada
4. Consumidor por equiparação
5. Conceito
5.1. Produto
5.2. Serviço
6. Serviços Públicos
6.1. Execução direta (“uti universi”): tributos – não aplica o CDC
6.2. Execução indireta (“uti singuli”): tarifas – aplica o CDC

Aplicação: articulação teoria e prática


Karmen Comércio de Roupas Ltda, cujo objeto social é o comércio varejista de artigos do vestuário e complementos,
adquiriu de Manchete Confecções Ltda cerca de 30 peças variadas de vestuário. Alegando defeito em várias peças
adquiridas, a compradora (Karmen Comércio de Roupas Ltda) recusa-se a pagar o restante do preço ajustado, invocando em
seu favor a proteção do Código do Consumidor, principalmente o da inversão do ônus da prova e do foro domicílio do
consumidor, já que é estabelecida no Rio e a vendedora em São Paulo – Capital. Indique se há relação de consumo no caso,
fundamentando a sua resposta no entendimento jurisprudencial dominante no Superior Tribunal de Justiça.
(FGV – 2009) Acerca das relações de consumo, assinale a afirmativa incorreta:
A) Podem estabelecer-se entre em pessoas físicas.
B) Podem incluir entes despersonalizados.
C) Podem ser fornecidos por instituições financeiras.
D) Podem estabelecer-se mesmo na ausência de contrato celebrado entre consumidor e fornecedor.
E) Estabelecer-se necessariamente entre fornecedor e consumidores determinados ou, ao menos
determináveis.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 4
Direitos Básicos do Consumidor I

Tema
Proteção da Vida, Saúde e Segurança do Consumidor, Educação e Direito a Informação

Objetivos
ENTENDER os direitos básicos do consumidor
IDENTIFICAR que os fornecedores devem observar a proteção da vida, saúde e segurança do
consumidor
SABER que a educação do consumidor pode ser formal e informal
OBSERVAR que o direito de informação para o consumidor gerar o dever de informar para o
fornecedor
ANALISAR o consentimento refletido e a liberdade de escolha
UTILIZAR o recall quando necessário
IDENTIFICAR o risco inerente

Estrutura de Conteúdo
1. Direitos básicos do consumidor
1.2. Proteção da vida, saúde e segurança
1.3. Risco inerente
1.4. Recall
2. Educação do consumidor
2.1. Educação formal
2.2. Educação informal
3. Direito à informação
4. Consentimento refletido
5. Liberdade de escolha

Aplicação: articulação teoria e prática


Foi veiculada nos principais meios de comunicação a decisão de um Laboratório Farmacêutico quanto à retirada de um anti-
inflamatório do mercado, em virtude da constatação de que pode causar danos aos consumidores que o utilizarem de forma
contínua, dobrando a probabilidade de a pessoa sofrer infarto e outras complicações cardio-respiratórias. A decisão deste
laboratório obedece algum dispositivo do Código de Defesa do Consumidor (Lei 8.078/90)? Fundamente sua resposta.

Os produtos que possuem risco inerente, como inseticidas, uma navalha etc, não se subordinam aos
princípios da informação e segurança pois todos tem conhecimento dos risco normais desses produtos.
Caso causem algum dano ao consumidor não haverá o dever de indenizar.
a) a afirmativa é incorreta pois os produtos e serviços de risco inerente devem observar com maior
rigor o princípio da informação;
b) está correta por não ser possível fornecer produtos e serviços de riscos inerentes sem tais
características;
c) está incorreta porque o CDC assegura ao consumidor o direito de ser indenizado sempre que sofrer
qualquer dano;
d) está correta porque nem todos os princípios consagrados no CDC devem ser observados
conjuntamente.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 5
Direitos Básicos do Consumidor II

Tema
Facilitação do Acesso à Justiça, Equilíbrio, Prestação dos Serviços Públicos e Inversão do Ônus da
Prova

Objetivos
APRENDER o que é reparação e prevenção
IDENTIFICAR a facilitação do acesso à justiça
VISLUMBRAR o equilíbrio nas relações de consumo
UTILIZAR a inversão do ônus da prova
DISTINGUIR a inversão do ônus da prova “opa judicis” e “ope legis”
IDENTIFICAR até que momento pode o ônus da prova ser invertido

Estrutura de Conteúdo
1. Prevenção e Reparação de Danos
2. Facilitação do Acesso à Justiça
3. Prestação Adequada e Eficaz e dos Serviços Públicos
4. Equilíbrio nas Relações de Consumo
5. Inversão do Ônus da Prova
5.1. Inversão “Ope Judicis”
5.2.. Inversão “Ope Legis”
5.3. Momento da Inversão

Aplicação: articulação teoria e prática


Macedo, usuário dos serviços de energia elétrica prestados pela concessionária LGT S.A, se insurge contra a conduta da
prestadora do serviço no que tange à suposta detecção de irregularidade em seu medidor de energia elétrica, vulgarmente
denominado “gato”. Em virtude deste fato, a Concessionária esta fazendo cobrança retroativa de Macedo da quantia de R$
4.000,00 (quatro mil reais). Submetido tal caso à apreciação do Poder Judiciário, através do rito ordinário, Macedo nega o
alegado gato, pleiteia o deferimento da inversão do ônus da prova prevista no artigo 6º, inciso VIII do CDC, bem como a
produção de prova pericial a fim de solucionar a questão. Pergunta-se: a) Quais são os requisitos para a inversão do ônus da
prova prevista no artigo 6º, inciso VIII do CDC, e qual o momento em que deve ocorrer a referida inversão? b) A inversão
do ônus da prova pleiteada por Macedo implica na inversão de seu custeio? Justifique sua resposta com base no que
preceituam o Código de Processo Civil e o Código de Defesa do Consumidor.

Verossimilhança e hipossuficiência são pressupostos para a inversão do ônus da prova:


A) tanto para a inversão ope judicis como para a ope legis;
B) só para a inversão ope legis;
C) só para a inversão ope judicis;
D) são pressupostos sempre cumulativos;
E) são sempre alternativos.
Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 6
Os Contratos no Código de Defesa do Consumidor

Tema
Nova Concepção dos Contratos

Objetivos
SABER a nova concepção do contrato
IDENTIFICAR a intervenção estatal nas relações de consumo
DISTINGUIR o dirigismo legislativo, administrativo e judicial nas relações de consumo
APLICAR a modificação e a revisão das cláusulas contratuais
DIFERENCIAR a teoria da quebra da base objetiva do negócio jurídico da teoria da imprevisão

Estrutura de Conteúdo
1. Nova concepção de contrato
2. Intervenção do Estado
3. Dirigismo contratual
3.1. Dirigismo legislativo
3.2. Dirigismo administrativo
3.3. Dirigismo judicial
4. Modificação e revisão das cláusulas contratuais
4.1. Modificação: vício de origem
4.2. Revisão por onerosidade excessiva
4.3. Teoria adotada pelo CDC: quebra da base objetiva do negócio jurídico
5. Onerosidade excessiva no Código Civil
5.1. Teoria adotada: imprevisão

Aplicação: articulação teoria e prática


No início de 1999, milhares de consumidores que haviam celebrado contrato de financiamento de veículo (leasing) com
cláusula de reajuste atrelado ao dólar sofreram trágicas conseqüências em razão da forte desvalorização do real – o valor da
prestação quase dobrou. Milhares de ações, individuais e coletivas, foram ajuizadas em todo o país em busca de uma revisão
contratual. Bancos e financeiras resistiram à pretensão com base nos tradicionais princípios romanísticos – pacta sunt
servanda, autonomia da vontade e a liberdade de contratar. Alguma norma do CDC foi invocada nesse pleito de revisão
contratual?

É correto dizer que no CDC a revisão de cláusula contratual terá lugar se ocorrer:
A) fato superveniente;
B) a álea normal ou ordinária;
C) fato superveniente imprevisível;
D) a álea anormal ou extraordinária;
E) fato superveniente de alcance particular do devedor.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 7
A Proteção Contratual do Consumidor I

Tema
Fase Pré-Contratual

Objetivos
DISTINGUIR publicidade de propaganda
DIFERENCIAR publicidade enganosa de abusiva
APLICAR os princípios inerentes a publicidade
SABER que o rol das praticas abusivas é exemplificativo
ANALISAR as praticas abusivas mais comuns no cotidiano

Estrutura de Conteúdo
1. Publicidade
1.1. Distinguir publicidade de propaganda
1.2. Publicidade enganosa
1.3. Publicidade abusiva
2. Princípios
2.1. Identificação da publicidade
2.2. Transparência da fundamentação da publicidade
2.3. Vinculação contratual da publicidade
3. Práticas abusivas (art. 39, incisos I a IV, VI, X e art. 40 do CDC)

Aplicação: articulação teoria e prática


Fabrício propôs uma ação de indenização por danos morais em face de supermercado Bom Preço.
Narra que o supermercado colocou em oferta o café “torradinho”. Interessado no preço atrativo,
dirigiu-se com sua esposa ao local e colocaram no carrinho 50 pacotes do produto, num total de vinte e
cinco quilos. Ao chegarem ao caixa, contudo, foram informados que só poderiam levar cinco pacotes
de cada vez. Inconformado, uma vez que na propaganda divulgada não havia qualquer referência à
limitação quantitativa do produto, pediu a presença do gerente, mas não obteve liberação. Entendendo
ter havido desrespeito às normas do CDC e sentindo-se atingido em seu patrimônio extra-material,
propôs a presente demanda buscando reparação por dano moral. Em contestação, sustenta o réu que
não se pode aceitar como razoável e de boa-fé, na venda promocional de gêneros alimentícios, em valor
bem inferior ao praticado no mercado, que o quantitativo a ser adquirido por cada consumidor seja de
molde a permitir aquisição flagrantemente incompatível com o consumo pessoal e familiar.
Considerando provados os fatos, resolva a questão fundamentadamente.

(OAB / Exame Unificado) – 2010.2) Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do


Consumidor é correto afirmar que:
A) a publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas.
B) a publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo quando
não essencial para o produto.
C) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicidade cabe ao veiculo de comunicação.
D) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 8
A Proteção Contratual do Consumidor II

Tema
Fase de Formação Contratual

Objetivos

SABER o conceito de contrato de adesão


APLICAR a interpretação mais favorável para o consumidor nos contratos de adesão
ANALISAR o direito de arrependimento
SABER que o art. 49 do CDC é aplicado para as compras ou contratações feitas fora do
estabelecimento comercial
DIFERENCIAR a garantia legal da contratual

Estrutura de Conteúdo
1. Contratação padronizada
1.1. Massificação dos contratos
1.2. Conceito de contrato de adesão
2. Interpretação dos contratos de adesão
3. Direito de arrependimento (prazo de reflexão)
4. Garantia
4.1. Contratual
4.2. Legal
5. Práticas abusivas (art. 39, V e XII do CDC)

Aplicação: articulação teoria e prática


Maria de Fátima pleiteia indenização por dano moral contra a Casa Bahia decorrente da recusa
injustificada de venda a crédito. Alega que embora não houvesse qualquer restrição ao seu nome junto
aos órgãos de proteção ao crédito, a ré lhe negou o parcelamento para a aquisição de uma geladeira,
mesmo tendo apresentado seu sogro como avalista para a compra pretendida. A conduta arbitrária da ré
teria lhe causado vergonha e humilhação pois injusta a negativa de crédito. Procede a pretensão de
Maria? Resposta justificada.

(OAB / Exame Unificado) – 2010.2) Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do


Consumidor é correto afirmar que:
A) a publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas.
B) a publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo quando
não essencial para o produto.
C) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicidade cabe ao veiculo de comunicação.
D) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais.
Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 9
A Proteção Contratual do Consumidor III

Tema
Fase de Execução do Contrato

Objetivos
CONCEITUAR a cláusula abusiva
DISTINGUIR a cláusula abusiva da causa de revisão do contrato
IDENTIFICAR a cláusula geral do art. 51, IV do CDC
SABER que a cláusula abusiva gera nulidade
ANALISAR o equilíbrio contratual

Estrutura de Conteúdo
1. Cláusulas abusivas 1.1. Conceito 1.2. Cláusula abusiva e causa de revisão do contrato 1.3. Rol
exaustivo ou exemplificativo? 1.4. Cláusula geral do art. 51, IV do CDC 1.5. Cláusula geral de não
indenizar (art. 51, I do CDC) 2. Equilíbrio contratual 3. Nulidade da cláusula contratual

Aplicação: articulação teoria e prática


Em razão de grave acidente de transito, Joaquim foi internado de urgência no Hospital X e submetido a
séria cirurgia. O plano de saúde de Joaquim, entretanto, se recusa a dar cobertura à internação e ao
tratamento medico com base em cláusula expressa do contrato que suspende a cobertura em razão do
atraso do pagamento de uma ou mais parcelas e estabelece nova carência por prazo correspondente ao
tempo de atraso. Joaquim estava atrasado um mês no pagamento do seu plano de saúde quando sofreu o
acidente. Como advogado de Joaquim o que alegaria numa eventual ação judicial?

(OAB/FGV – 2008) As cláusulas abusivas nas relações de consumo previstas no art. 51 do CDC:
A) são ineficazes, mas por sua natureza especial dependem de provocação do consumidor para seu
reconhecimento.
B) são tidas por inexistentes.
C) são nulas de pleno direito.
D) dependem de provocação do Ministério Público, já que a declaração de sua ocorrência interessa à
coletividade.
E) dependem de provocação do consumidor para serem reconhecidas, pois são anuláveis.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 10
A Proteção Contratual do Consumidor IV

Tema
Fase Pós Contratual

Objetivos
DISTINGUIR vício e fato do produto ou serviço
ANALISAR a natureza jurídica do banco de dados DIFERENCIAR o uso abusivo do banco de dados
do exercício regular do seu uso
SABER que a cobrança vexatória é proibida por pela lei APLICAR a repetição do indébito quando
houver cobrança indevida

Estrutura de Conteúdo
1. Fato e vicio do produto ou serviço 2. Banco de dados 2.1. Natureza jurídica 2.2. Exercício regular do
direito 2.3. Uso abusivo 3. Cobrança vexatória e repetição do indébito

Aplicação: articulação teoria e prática


Por ter deixado de pagar três prestações de um empréstimo tomado junto ao Banco Boa Praça, Antonio
teve o seu nome lançado nos cadastros do SERASA sem receber nenhum aviso de que o seu nome seria
negativado. Pretendendo ser indenizado por dano moral, Antonio procura você como advogado.
Responda justificadamente. A) Há fundamento jurídico para a pretensão de Antonio mesmo estando em
mora com três parcelas do empréstimo? B) Se positiva a primeira resposta, contra quem a ação seria
proposta e qual seria o seu fundamento legal?

De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a cobrança indevida acarreta o direito de o


consumidor:
A) obter indenização correspondente ao dobro do valor cobrado indevidamente, independente do
efetivo pagamento. B) ser restituído do valor pago em excesso, acrescido de correção monetária e juros
legais, na hipótese de engano justificável do credor.
C) receber em dobro o valor pago salvo a hipótese de justificável engano do credor.
D) pleitear indenização por perdas e danos materiais e morais, fixada pela lei no valor igual ao dobro
do que foi indevidamente cobrado.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 11
Contratos Submetidos às Regras do CDC I

Tema
Contratos Bancários e Cartões de Crédito. Arrendamento Mercantil

Objetivos
IDENTIFICAR a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor em contratos que envolvem
relações de consumo SABER que o Código de Defesa do Consumidor é aplicado aos contratos
bancários ANALISAR a não abusividade da cláusula que permite o desconto de empréstimo em folha
IDENTIFICAR a solidariedade entre a administradora de cartões de crédito e os bancos APLICAR o
Código de Defesa do Consumidor aos contratos de arrendamento mercantil

Estrutura de Conteúdo
1. Contratos bancários 1.1. Aplicabilidade do CDC 1.2. Cláusula de empréstimo com desconto em
folha (não abusividade) 2. Contrato de cartão de crédito 2.1. Cláusula mandato 2.2. Juros de mercado
2.3. Solidariedade entre o banco e a administradora de cartão de crédito 3. Contrato de arrendamento
mercantil

Aplicação: articulação teoria e prática


Em ação de busca e apreensão de um veículo movida pelo Banco ABC contra Antonio Pereira, ficou
comprovado: a) que o contrato de alienação fiduciária, tendo o veículo por objeto, foi assinado no
escritório de um preposto do Banco; b) que Antônio, antes de receber o veículo, seis dias após a
celebração do contrato desistiu do mesmo; c) que o Banco não concordou com a desistência por
entender que o contrato de alienação fiduciária não está subordinado ao CDC. Procede a pretensão do
Banco?

Joana, inconformada com as taxas de juros, cobradas de acordo com a média do mercado, que vem
pagando em decorrência da utilização do limite de seu cartão de crédito, resolveu parar de pagar as
faturas mensais e propor uma ação revisional. Considerando os elementos indicados na questão, é
incorreto afirmar:
A) Há relação de consumo no caso porque bancos e financeiras são prestadores de serviços;
B) Pleitear a revisão de cláusula contratual é direito básico do consumidor;
C) A ação terá êxito porque é vedada a cobrança de juros acima de 12% ao ano;
D) O banco poderá negativar o nome de Joana no curso da ação por ter ela deixado de pagar as faturas
mensais.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 12
Contratos Submetidos às Regras do CDC II

Tema
Contratos com Profissionais Liberais. Médicos e Hospitalares. Contratos de Seguro

Objetivos
SABER que os profissionais liberais estão sujeitos às regras do Código de Defesa do Consumidor
CONCEITUAR o profissional liberal
IDENTIFICAR que os contratos de serviços médicos e hospitalares devem estar em conformidade com
o Código de Defesa do Consumidor
ANALISAR o conceito de contratos de seguro e seus elementos

Estrutura de Conteúdo
1. Contratos com profissionais liberais
1.1. Conceito de profissional liberal
1.2. Análise da culpa
2. Serviços médicos e hospitalares
3. Contratos de seguro
3.1. Conceito
3.2. Elementos de contrato de seguro

Aplicação: articulação teoria e prática


Karine, cliente de determinada seguradora, insurge-se judicialmente contra negativa desta quanto ao
pagamento da indenização contratualmente prevista, em função da ocorrência de acidente que resultou
em perda total de seu veículo. Em contestação, a seguradora alega a ocorrência de prescrição, tendo em
vista que a presente ação foi distribuída 2 anos depois da negativa por parte da seguradora, sendo, o
caso, de aplicação da prescrição ânua. Em réplica, Karine sustenta haver relação de consumo, estando a
espécie sob a égide do Código de Defesa do Consumidor, devendo assim ser aplicado o artigo 27 do
referido diploma legal, isto é, prazo de 5 (cinco) anos. Resolva a questão, abordando todos os aspectos
envolvidos.

Antonio ingressou com ação de obrigação de fazer em face da operadora do seu plano de saúde,
alegando ser portador de artrite reumatóide no quadril esquerdo, o que lhe causa fortes dores e
impotência funcional da perna. Diante do quadro clínico, necessita de tratamento cirúrgico, consistente
em artroplastia total do quadril esquerdo, utilizando-se prótese cimentada devido à sua doença base,
conforme laudo médico acostado à inicial. Informa que a operadora de saúde negou a autorização, com
base no contrato de adesão a plano empresarial, firmado em 10 de agosto de 2000, em cuja cláusula X,
que se acha em destaque, entre os serviços excluídos ou não assegurados, consta, expressamente,
marca-passo, lente intra-ocular, aparelhos ortopédicos, válvulas, próteses e órteses, de qualquer
natureza. Provado o regular e pontual pagamento das mensalidades e considerando verdadeiros os fatos
narrados, é correto afirmar que Antonio, quanto ao tratamento de que necessita: A) não tem direito
porque a jurisprudência firmou entendimento de que próteses e órteses não têm cobertura contratual;
B) não tem direito por ser permitida pelo CDC a cláusula limitativa de direito do consumidor;
C) tem direito por ser considerada abusiva qualquer cláusula limitativa do direito de consumidor;
D) tem direito porque a cláusula limitativa é abusiva quando vai ao ponto de tornar inócua a obrigação,
invalidando o contrato.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 13
Contratos Submetidos às Regras do CDC III

Tema
Contratos eletrônicos. Tranporte coletivo. Serviços públicos.

Objetivos
SABER o conceito de diversos tipo de provedores nos contratos eletrônicos
IDENTIFICAR que o contrato eletrônico é um instrumento de celebração do contrato
APLICAR o CDC nos contratos eletrônicos quando existir relação de consumo
DISTINGUIR o transporte gratuito do aparentemente gratuito
OBSERVAR as características dos contratos de transporte
UTILIZAR o CDC nos serviços públicos remunerados por tarifa

Estrutura de Conteúdo
1. Contratos eletrônicos
1.2. Legislação aplicável
1.3. Prazo de arrependimento
2. Contrato de transporte coletivo
2.1. Características
2.2. Transporte gratuito e aparentemente gratuito
2.3. Principio da segurança
3. Serviços públicos
3.1. Características
3.2. Incidência do CDC

Aplicação: articulação teoria e prática


Celso comprou uma passagem aérea pela Internet. Três dias depois resolveu desistir da compra,
com o que a empresa aérea só concorda se Celso pagar uma multa. Alega que Celso não pode desistir
da compra porque o contrato está perfeito e acabado. Está correto o entendimento da empresa aérea?
Resposta justificada.

Júlia, que está desempregada, não conseguiu pagar a tarifa de energia elétrica de sua residência referente ao mês de
agosto de 2010. Por esse motivo, o fornecimento de energia foi suspenso por ordem da diretoria da concessionária de
energia elétrica, sociedade de economia mista. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta:
A) A lei de regência autoriza a suspensão do serviço desde que haja prévia notificação do usuário.
B) Lei estadual poderia, de forma constitucional, criar isenção dessa tarifa nos casos de impossibilidade
material de seu pagamento, como no caso do desemprego do usuário.
C) O fornecimento de energia elétrica à residência de Júlia não poderia ser suspenso em razão do
inadimplemento, visto que, conforme entendimento do STJ, constitui serviço público essencial e
contínuo.
D) O fornecimento de energia não pode ser interrompido em respeito ao princípio da dignidade da
pessoa humana.
E) O fornecimento de energia pode ser interrompido porque é custeado por taxas.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 14
A Defesa do Consumidor em Juízo I

Tema
Tutela Individual

Objetivos
SABER que o domicilio do consumidor é competente
DISTINGUIR a denunciação à lide do chamamento ao processo
ANALISAR a desconsideração da personalidade jurídica
DIFERENCIAR a teoria maior da teoria menor nos casos de desconsideração
APLICAR a desconsideração inversão quando for necessário

Estrutura de Conteúdo
1. Competência do domicilio do consumidor
2. Vedação da denunciação à lide
3. Chamamento ao processo
4. Desconsideração da personalidade jurídica
4.1. Teoria maior
4.2. Teoria menor
5.2. Desconsideração inversa

Aplicação: articulação teoria e prática


Os móveis adquiridos por Edvaldo na loja “Projeto Móvel Ltda” apresentaram defeitos, razão
pela qual resolveu devolvê-los, com a restituição da quantia paga e indenização de todos os danos a que
foi submetido. No cadastro estadual da Secretaria da Fazenda consta a baixa “de ofício” da empresa
mas, no endereço informado, a ré não foi encontrada para a citação da ação movida por Edvaldo.
No cadastro nacional da Receita Federal consta que a ré está em atividade, mas no endereço ali
informado a citação foi também sem êxito.
Por fim, a sociedade comercial foi citada por intermédio da administradora (sócia majoritária),
sendo certo que esta não forneceu o endereço onde a empresa desenvolve as suas atividades.
Tendo em vista que Edvaldo busca ver reconhecido o seu direito desde 2008 e sequer logrou êxito
em localizar o estabelecimento ou sede da empresa, o que poderá ser feito no sentido de dar andamento
ao processo e atender à pretensão do autor?

O Código de Defesa do Consumidor traz mencionado expressamente a possibilidade de


desconsideração da personalidade jurídica. Com relação ao tema é CORRETO afirmar:
I – Existe a teoria menor que se refere à desconsideração sempre que a personalidade jurídica for um
obstáculo para o ressarcimento do consumidor.
II – Existe a teoria maior que permite à desconsideração desde que caracterizada a manipulação
fraudulenta ou abusiva do instituto.
III – Nosso ordenamento jurídico não faz distinção entre a aplicação da teoria maior ou menor da
desconsideração.
A) Somente a I e II estão corretas.
B) Somente a III está correra.
C) Somente a I e II estão corretas
D) Nenhuma está correta.

Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 15
A Defesa do Consumidor em Juízo II

Tema
Tutela Coletiva

Objetivos
DIFERENCIAR os interesses difuso, coletivo, individual homogêneo
IDENTIFICAR os legitimados para as ações coletivas
SABER os efeitos da coisa julgada

Estrutura de Conteúdo
1.Tutela coletiva
1.1. Interesse difuso
1.2. Interesse coletivo
1.3. Interesse individual homogêneo
2. Legitimação processual para as ações coletivas
3. Coisa julgada (efeitos)

Aplicação: articulação teoria e prática


O Instituto de Defesa do Consumidor moveu ação civil coletiva contra o Banco Seguro, na qual
pleiteia a condenação do réu a pagar a diferença de correção monetária de janeiro de 1989, relativa à
Caderneta de Poupança, em favor de todos os seus associados residentes no território nacional,
conforme regra do art.103 do CDC. Julgada procedente a ação e transitada em julgado a decisão, o
Banco sustenta, em execução, que os efeitos da coisa julgada não tem âmbito nacional, consoante art.2°
da Lei n 9.494/97. Em face da divergência, como se posiciona você e com que fundamento.

Diante da denunciação da lide no âmbito do Código de Defesa do Consumidor é INCORRETO


afirmar:
I – Pode ser utilizada nas relações de consumo desde que requerida pela parte.
II – É permitida sempre que o juiz vislumbrar a solidariedade entre os fornecedores.
III – É vedado expressamente pelo Código de Defesa do Consumidor.

a) Somente a I está incorreta.


b) Somente a III está incorreta.
c) Somente a I e II estão incorretas.
d) Todas estão incorretas
Considerações Adicionais
DIREITO DO CONSUMIDOR - CCJ0023
Semana Aula: 16
Revisão Direito do Consumidor

Tema
Revisão

Objetivos
IDENTIFICAR a defesa do consumidor é um direito e uma garantia fundamental e princípio inerente a
ordem econômica
SABER que as normas de defesa do consumidor são de ordem pública
ANALISAR os princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor
APLICAR o conceito de fornecedor e consumidor conforme as teorias maximalista, finalista e finalista
atenuada

Estrutura de Conteúdo
1. A defesa do consumidor na Constituição
1.1. Direito e garantia fundamental: art. 5° XXXII CF/88
1.2. Princípio inerente a ordem econômica: art. 170, V CF/88
2. Princípios Básicos do Código de Defesa do Consumidor
2.1. Vulnerabilidade
2.2. Transparência
2.3. Boa-fé
3. Relação de Consumidor
3.1. Fornecedor
3.2. Consumidor – teorias maximalista, finalista e finalista atenuada

Aplicação: articulação teoria e prática


Antonio comprou um veículo no final de 2009 modelo 2010. Posteriormente, descobriu que o modelo
adquirido sairia de linha e que a fábrica, naquele mesmo ano de 2010, lançará outro modelo totalmente
diferente do anterior.
Sentindo-se prejudicado, Antonio quer ser indenizado pela desvalorização do seu veículo.
Há algum princípio do CDC que pode ser invocado nesse pleito indenizatório?

Panorâmica Internacional Ltda celebrou contrato de empréstimo com o banco Crédito Fácil S/A, no
valor de R$ 800.000,00 para capital de giro. Impossibilitada de arcar com as prestações do empréstimo,
devido aos juros cobrados pelo Banco, propôs ação de revisão contratual, invocando em seu favor as
normas do CDC e sua vulnerabilidade econômica face ao credor. No caso, é correto afirmar:
a) não se aplica o CDC por não ser a autora (Panorâmica) consumidora;
b) aplica-se o CDC por ser a autora (Panorâmica) consumidora;
c) o entendimento firmado pelo Superior Tribunal de Justiça para a espécie é o da corrente
subjetiva ou maximalista;
d) aplica-se o CDC porque a pessoa jurídica foi expressamente incluída no conceito legal de
consumidor.

Considerações Adicionais

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