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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
ANALÍTICA E FÍSICO-QUÍMICA
MANUAL DE PRÁTICAS
DISCIPLINA: FÍSICO-QUÍMICA II
EXPERIMENTOS
2. Teoria:
Reologia é a ciência que trata das deformações e fluxo de materiais causados pela
aplicação de uma força. O estudo da reologia é importante pois o conhecimento das propriedades
reológicas do material (como viscosidade) permite conhecer o comportamento dos materiais nas
mais variadas situações durante a produção, transporte, armazenagem, etc.
As faixas de viscosidade apresentadas por materiais comuns, encontram-se abaixo.
Quando um líquido escoa através de um tubo estreito, sem turbulência, isto é, de modo
contínuo e regular, a velocidade de escoamento depende, em primeiro lugar, da força que o
produz. Além disso, uma vez que as diferentes partes do líquido não se movem no interior do
tubo com a mesma velocidade, isto é, as camadas mais próximas às paredes do tubo se movem
mais lentamente que as camadas centrais, e a velocidade alcança um máximo no centro do tubo,
podemos considerar a corrente líquida como composta de um grande número de cilindros
concêntricos, cada um movendo-se com velocidade constante, à qual é superior à do vizinho
imediato e de maior diâmetro. Produz-se, assim, um deslizamento ou movimento das diferentes
camadas, umas em relação às outras, na direção do escoamento. A este deslocamento das
diferentes camadas, opõe-se o atrito interno (atrito entre os cilindros sucessivos) e o coeficiente
de viscosidade de um líquido é uma medida deste atrito.
Se considerarmos uma camada retangular e delgada (de espessura dx) do líquido, cuja
superfície superior (de área A) se move relativamente à superfície inferior (também de área A)
com uma velocidade dV, a força F que se necessita aplicar, tangencialmente, às superfícies
superior e inferior, para manter o gradiente de velocidade (dV/dx), dependerá da viscosidade do
líquido, isto é:
tempo de queda de uma esfera através de um líquido (utilizando-se a lei de Stoke obtém-se o
coeficiente de viscosidade) etc.
No sistema CGS a unidade de viscosidade dinâmica é o Poise (g/cm.s). A viscosidade
cinemática, definida como ν = η/ρ, onde η é a viscosidade dinâmica e ρ a massa específica do
líquido, tem por unidade o Stoke (cm2/s).
No caso da vazão de um líquido através de um capilar o coeficiente de viscosidade,
segundo Poiseuille, é:
π .r 4 .t. p
η= (2)
8.V .l
onde: P é a pressão hidrostática sobre o líquido, em N.m-2,
V é o volume em m3 (volume do líquido que flui em t segundos através do capilar de raio
r e de comprimento l, ambos em metros).
O viscosímetro de Ostwald (Fig.1) ou de Cannon-Fenske permite uma determinação
simples do coeficiente de viscosidade desde que seja conhecida sua constante.
No entanto, quando se desconhece a constante, as medidas de viscosidade são feitas
por comparação entre o tempo de vazão do líquido cuja viscosidade se deseja determinar e
de um líquido de viscosidade conhecida, geralmente água. Na mesma temperatura e no
mesmo aparelho.
Líquido
a b
Figura 1 : Viscosímetro de Ostwald .
3. Material Necessário:
4. Técnica Experimental:
COMO PROCEDER: Pese o picnômetro vazio. Depois de pesado, encha o picnômetro com o
líquido-problema (faça primeiro para a água) e coloque-o para termostatizar (mesma temperatura
do viscosímetro) durante +/- 5 minutos. Tire o picnômetro do banho rapidamente, seque-o bem e
pese-o. Repita este procedimento para as outras temperaturas utilizadas (30 e 40 0C) (menos para
a água). Através da fórmula (ρ = m / v) você obtêm o valor da massa específica do líquido
naquela temperatura. (Não esqueça de descontar a massa do picnômetro vazio).
OBS: Este procedimento é feito para a água a 25 0C para aferir o volume do picnômetro. O
valor da massa específica da água se encontra na TABELA I, para a temperatura utilizada.
À pressão de uma atmosfera, a viscosidade da água, segundo o National Bureau of
Standards, é dada na TABELA I.
onde : A e B são constantes próprias dos líquidos dados, sendo B uma medida de energia
necessária para fazer o líquido fluir.
A partir da determinação do coeficiente de viscosidade de um líquido em diferentes
temperaturas é possível, graficamente, determinar-se os valores das constantes A e B.
Neste experimento também será determinado o coeficiente de viscosidade relativa para
posterior cálculo do coeficiente de viscosidade da substância ou solução.
3. Técnica Experimental:
Repita o processo descrito anteriormente (para uma única temperatura), para diferentes
temperaturas 30 e 40 0C, desde que a temperatura de ebulição do líquido-problema não esteja
muito próximo da temperatura do banho termostático. Para cada temperatura, faça os
experimentos com água e com os líquidos-problemas.
Para cada líquido e para cada temperatura, complete a seguinte tabela em seu caderno:
Líquido =
Temperatura ηH2O ρ H2O (g/mL) tH2O (seg.) ρ Liq (g/mL) t Liq (seg.) η Liq
Líquido =
Temperatura ηH2O ρ H2O (g/mL) tH2O (seg.) ρ Liq (g/mL) t Liq (seg.) η Liq
Líquido =
Temperatura ηH2O ρ H2O (g/mL) tH2O (seg.) ρ Liq (g/mL) t Liq (seg.) η Liq
1. Objetivos:
Determinar o poder rotatório ótico específico da sacarose, e o teor de sacarose em uma
amostra impura (com “contaminante” não ativo oticamente).
2. Introdução:
α = [α ] LC
20
D
(1)
[α ]
20
A constante é o poder rotatório ótico específico característico da substância (em
D
20,0ºC a rotação específica da sacarose, sob luz de sódio, é 66,53o e a da glicose 52,7o) e
depende do comprimento de onda do feixe de luz e da temperatura. É definido como sendo o
ângulo-desvio (em graus angulares) apresentado por uma alíquota de uma solução cuja
concentração é de um quilograma (1000 g) de substância oticamente ativa por metro cúbico
(1000L) de solução, colocada em um tubo polarimétrico de 1 metro (10 dm) de comprimento e
observada, a 20,0ºC, sob luz de sódio; L é o comprimento, em dm, do tubo polarimétrico; C é a
concentração da solução em g/cm3 e α é a rotação observada, em graus angulares. No Sistema
α]
20
Internacional (SI), [ = αm e sua unidade é rad.m2/kg.
D
Pela expressão (1) vê-se que o ângulo-desvio varia linearmente com a concentração.
O desvio angular é medido com um polarímetro, cujo esquema é o seguinte:
Figura 1
campo fique novamente escuro é necessário girar o analisador de certo ângulo, que será
registrado no limbo e representa o desvio angular.
O polarímetro tem um dispositivo auxiliar, que torna a medida do desvio angular mais
precisa. Graças a ele o campo visual do instrumento fica dividido em três partes (ver Figura 2).
Quando o analisador está um pouco antes da posição cruzada em relação ao polarizador a parte
central do campo visual torna-se escura e as partes laterais tornam-se claras (ver Figura 3).
Quando o analisador está um pouco além da posição cruzada em relação ao polarizador, a
parte central do campo visual torna-se clara e as partes laterais tornam-se escuras (ver Figura 4).
Uma posição intermediária, em que as três partes do campo estão totalmente sombreadas,
corresponde ao cruzamento dos dois prismas (ver Figura 5).
Caso o prisma analisador esteja na mesma posição que o prisma polarizador, o campo
apresenta-se totalmente iluminado (ver Figura 6).
Leitura da escala
A rotação específica (tal como o ponto de fusão e o de ebulição) é uma constante física
importante para a identificação de substâncias.
A polarimetria, dentre outras aplicações, é utilizada na indústria alimentícia e na análise
de produtos farmacêuticos.
3. Procedimento Experimental:
Obs. Atenção para o item 9. A primeira leitura a ser feita deve ser da solução mais
concentrada.
4. Cálculos e Resultados:
1. Objetivos:
Construir um diagrama de fases de um sistema de três componentes.
2. Introdução:
De acordo com a regra das fases, quando o número de componentes for igual a três, o
número de graus de liberdade de um sistema monofásico deve ser igual a quatro (pressão,
temperatura e numero de moles de dois componentes).
CH3COOH
L=C+2–F=5–F
Mantendo-se constantes a 0,0 1,0
temperatura e a pressão, tem- 0,1 0,9
se 2 variáveis independentes e
o diagrama pode ser 0,2 0,8
construído no plano. 0,3 0,7
L** = 3 – F
0,4 0,6
O sistema em estudo é
constituído por dois 0,5 0,5
componentes líquidos
0,6 0,4
parcialmente miscíveis entre si
e um completamente miscível 0,7 0,3
nos dois. O diagrama de fases 0,8 0,2
desses 3 componentes pode
ser apresentado na forma 0,9 0,1
triangular, onde cada vértice 1,0 0,0
corresponde a um componente CHCl3 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 H2O
puro (Figura ao lado).
Nessa figura, a curva dentro do diagrama representa a interface de separação entre duas
regiões distintas: acima da curva a região de uma fase, e abaixo a região de duas fases.
Cada lado irá indicar sistemas binários. As linhas que indicam uma concentração
constante de um dado componente são paralelas ao lado oposto do vértice representando este
componente. Por exemplo, considerando-se o componente B, a linha AC (o próprio lado oposto)
indica os pontos onde não há componente B, existindo apenas A e C (0% de B). As linhas
paralelas ao lado AC e em direção ao vértice B indicam, sucessivamente, as concentrações
crescentes de B (10%, 20%, etc.). De modo similar podemos traçar as linhas que definem as
concentrações de A e C.
Uma linha passando por um dos vértices – por exemplo, pelo vértice C – apresenta
proporção constante entre os dois outros componentes, no caso A e B. Isto é, ao se deslocar o
ponto representativo do sistema ao longo desta linha, varia-se a quantidade de C, mantendo-se A
e B (As concentrações variam, mas o quociente das concentrações permanece constante).
Experimentalmente, o diagrama ternário é obtido preparando-se inicialmente misturas
conhecidas dos 2 líquidos parcialmente miscíveis. Em seguida, com o auxílio de uma bureta, o
terceiro líquido é adicionado até que a turbibez desapareça.
3. Procedimento Experimental
Parte A
1. Em um frasco erlenmeyer adicione 9,0 ml de clorofórmio.
2. Com o auxílio de uma bureta adicione 0,5 mL de H2O ao frasco. Titule então com
CH3COOH até a formação de uma única camada (1 fase). Nesse instante, assim que
perceber uma única fase anote na tabela o volume de CH3COOH utilizado. (primeiro
ponto A).
3. Em seguida adicione 0,2 mL de H2O ao frasco de modo que no total tenha sido
adicionado 0,7 mL de H2O (anterior mais a presente). Titule então com CH3COOH até a
formação de uma única camada (1 fase). Nesse instante, assim que perceber a formação
de uma fase anote na tabela o volume de CH3COOH utilizado. (segundo ponto A).
4. Adicione novamente ao frasco, mais 0,9 mL de H2O e torne a titular com CH3COOH até
a formação de uma única camada (1 fase). Nesse instante, assim que perceber a formação
de uma fase anote na tabela o volume de CH3COOH utilizado. (terceiro ponto A).
5. Obtenha mais dois pontos repetindo o procedimento anterior, porém com a adição de um
volume de H2O de modo a obter um total de 3,0 mL e depois mais uma quantia que
totalize 6,0 mL.
Obs.: Enquanto houver duas fases, sob agitação o sistema fica turvo.
Parte B
1. Em um frasco erlenmeyer adicione 14,0 ml de água.
2. Com o auxílio de uma pipeta adicione 0,5 mL de CHCl3 na água (observe a presença de
uma segunda camada). Titule então com CH3COOH até a formação de uma única
camada (1 fase). Nesse instante, assim que perceber a formação de uma fase anote na
tabela o volume de CH3COOH utilizado (primeiro ponto B).
3. Novamente com o auxílio de uma pipeta adicione mais 1,1 mL de CHCl3 no frasco
(observe a formação de uma segunda camada). Titule então com CH3COOH até a
formação de uma única camada (1 fase). Nesse instante, assim que perceber a formação
de uma fase anote na tabela o volume de CH3COOH utilizado. (segundo ponto B).
4. Obtenha mais três pontos repetindo o procedimento anterior, porém com a adição de: 1,5,
3,2 e 3,2 mL de CHCl3 por vez. Sempre titulando com CH3COOH após cada adição.
1. Objetivos:
Construir um diagrama de fases para um sistema de três componentes líquidos
parcialmente miscíveis, em T e P constantes.
2. Introdução:
(Mesmas considerações gerais do roteiro anterior).
3. Procedimento Experimental
Parte A
Com auxílio de buretas ou de pipetas, em tubos de ensaio prepare as seguintes soluções e
feche-as com papel alumínio.
Parte B
Com o auxílio de uma bureta titule com benzeno até que apareça uma turbidez. Nesse
instante, anote o volume.
1. Objetivos:
Calcular o volume molar parcial de soluções de NaCl como uma função da
concentração a partir da massa específica das soluções (picnometria).
2. Introdução:
O volume total (V) de uma mistura binária é igual à soma dos volumes de todos os
componentes na solução; por sua vez, o volume de cada componente é igual ao produto entre o
número de mols daquele componente presente na solução e seu volume molar parcial. Assim,
V = n1.V1 + n2 .V2 (4)
A partir desta equação vemos que o volume total de uma quantidade de solução contendo
1 kg (55,51 mol) de água e m mol de soluto é dado por
V = 55,51.V1 + m.V2 (5)
0
Onde o subscrito 1 e 2 refere-se ao solvente e ao soluto, respectivamente. Seja V 1 o
volume molar da água pura (=18,016/0,997044 = 18,069 cm3/mol a 25,00 0C). Então definimos o
volume molar aparente φ do soluto pela equação
Como:
1000 + mM 2
V = (cm3) (8)
ρ
0 1000
n1 .V 1 = (cm3) (9)
ρ0
onde ρ é a massa específica da solução e ρo é a massa específica do solvente puro, ambos
em g/cm3, e M2 é a massa molecular do soluto em gramas. Substituindo as equações 8 e 9 na 7,
obtemos
1 1000 w − w0
φ = M 2 − . , we = massa do picnometro vazio, w0 = massa do
ρ m w0 − we
picnometro cheio de água e w = massa do picnometro com a solução.
Agora pela definição de volume molar parcial e pelo uso das equações 5 e 6,
∂V ∂φ ∂φ
V2 = = φ + n2 =φ +m (10)
∂n2 T , P ,n 1
∂n2 ∂m
1 0 ∂φ 0 m 2 ∂φ
V1 = n1V 1 − n22 = V 1 − (11)
n1 ∂n 2 55,51 ∂m
Podemos proceder graficando φ por m, obtendo uma curva suave com os pontos, e
posteriormente traçando tangentes aos pontos requeridos de m na curva e obter os coeficientes
angulares.. No entanto, para soluções de eletrólito simples, foi determinado que muitas
quantidade molar aparente tal como φ varia linearmente com m , mesmo em concentrações
moderadas. Este comportamento está de acordo com o previsto pela teoria de Debye-Hückel para
soluções diluídas. Como
dφ dφ d m 1 dφ
= = (12)
dm d m dm 2 md m
A partir das equações 10 e 11 obtemos
m dφ m dφ m dφ
V2 =φ + =φ + =φ0 + (13)
2 md m 2 d m 2 d m
m m dφ
0
V1 =V1 − (14)
55,51 2 d m
Onde φ 0 é o volume molar aparente extrapolado para concentração zero. Agora se pode
plotar φ versus m e determinar a melhor reta entre os pontos. A partir do coeficiente angular
dφ
e do valor de φ 0, ambos V 1 e V 2 podem ser obtidos.
d m
3. Procedimento Experimental
1. Prepare 200 mL de uma solução aquosa (de NaCl) de aproximadamente 3,2 m (3,0 M).
2. Por diluição da solução estoque prepare 100 mL de soluções com: 1/2, 1/4, 1/8 e 1/16 da
concentração da solução estoque.
COMO PROCEDER: Pese o picnômetro vazio e seco. Depois de pesado, encha o picnômetro
com o líquido-problema (faça primeiro para a água) e seque-o bem para pesagem. Repita este
procedimento para todas as soluções. Através da fórmula (ρ = m / v) você obtém o valor da
massa específica do líquido naquela temperatura. (Não esqueça de descontar a massa do
picnômetro vazio).
OBS: Este procedimento é feito para a água pura para aferir o volume do picnômetro. O
valor da massa específica da água se encontra na tabela 1 dos anexos.
4. Cálculos e Resultados
A molalidade (m, mol/kg) pode ser obtida da molaridade (M, mol/L) da solução através
da seguinte equação:
1
m= , onde M2 = massa molar do soluto (58,45 g/mol), e ρ = massa
ρ − M 2
1000
M
específica da solução (g/cm3).
Calcule o φ para cada solução.
Faça um gráfico de φ versus m para cada solução. Determine o coeficiente angular
dφ
( ) e o valor do coeficiente linear (φº) através da reta que melhor correlaciona os pontos da
d m
figura.
Calcule V 1 e V 2 para m = 0.0, 0.5, 1.0, 1.5, 2.0 e 2.5. Construa um gráfico de V 1 e V 2
versus m e trace as duas melhores curvas para estes pontos.
Para discussão:
A massa específica do NaCl(S) é 2,165 g/cm3 a 25ºC. Como a solubilidade do NaCl em
água será afetada por um acréscimo de pressão?
1. Objetivos:
Determinar, graficamente, a concentração micelar crítica de um surfactante por
condutometria.
2. Introdução:
3. Procedimento Experimental
PARTE A
Resultados
V, ml C, mM Lobs , µ S Lf , µ S
Resultados
V, ml C, mM Lobs , µ S Lf , µ S
1. Objetivos:
Determinar a influência da concentração de um surfactante na tensão superficial da água.
2. Introdução:
A força que sustenta a coluna líquida é proporcional à tensão superficial do líquido, fato
este que permite determiná-la experimentalmente a partir da seguinte equação:
g(ρ − ρ ' ) r
γ =r L + (1)
2. cos α 3
Onde γ é a tensão superficial do líquido, ρ é a sua massa específica, ρ' é a massa específica do
sistema que faz a interface com o líquido-problema (gás ou líquido), g é a aceleração da
gravidade, α é o ângulo de contato do menisco, L é a altura da coluna líquida e r é o raio do tubo
capilar.
Outro aparelho utilizado para a medida da tensão superficial é o tensiômetro de Noüy, o
qual usa um anel de arame usualmente de platina com comprimento P= 4πr, onde r é o raio do
anel. Este anel é suspenso por um braço semelhante ao de uma balança de pesagem. Num
extremo está o anel e no outro pode ser aplicada uma força variável (ver figura 2). O anel deve
tocar a superfície líquida, a força aplicada deve ser então corrigida para representar a tensão
superficial do líquido através da equação. Na prática o tensiômetro fornece leitura diretamente
no dial (escala circular) a partir da torção aplicada sobre um cabo metálico conforme a figura 3.
(a) (b)
Figura 2: a) distenção de uma película superficial durante a medida de tensão superficial. b)
condição da película de superfície no ponto de ruptura.
Mangueira
Pipeta graduada
Válvula
Pesa filtro
A velocidade de formação das gotas é controlada por meio de uma válvula colocada no
circuito.
A tensão superficial é uma propriedade cujo valor é sensível à modificação da
temperatura; é conveniente medi-la em temperatura constante. Ela também é influenciável pela
presença de diminutas quantidades de substâncias adsorvida à superfície do liquido (ácidos
graxos, por exemplo); é indispensável, por isso, que se tome escrupuloso cuidado para evitar a
contaminação da superfície.
Neste experimento será determinada a variação do valor da tensão superficial da água
devido a diferentes concentrações de um surfactante.
3. Procedimento Experimental
2. No instrumento, limpo, coloque um volume de água suficiente para encher a pipeta. Este
procedimento é efetuado com o auxílio de uma seringa do seguinte modo: O béquer
com o líquido deve ser colocado na base do suporte de modo que o capilar fique
mergulhado no mesmo (certifique-se de que a válvula esteja aberta). Através da
seringa conectada a uma mangueira na extremidade superior da pipeta, faz-se
sucção (lenta) do líquido até que o volume atinja um nível pouco superior à marca
do zero da pipeta (não permita que o líquido entre na mangueira). Após ter enchido
a pipeta feche a válvula e em seguida desconecte a seringa e então ajuste o menisco
na marca da pipeta. Antes de iniciar as medidas, verifique o controle da velocidade de
formação e desprendimento das gotas. Ajuste o fluxo de modo que as gotas se formem
lentamente. Obs. Anote o volume inicial do líquido na pipeta bem como o valor da
massa do pesa filtro limpo e seco.
3. Conseguido o ajuste de velocidade, o frasco pesa filtro imediatamente abaixo do tubo
capilar e recolha 10 gotas, fechando-o logo em seguida. Retire o pesa filtro e determine
sua massa (m1) e, na pipeta, determine o volume (v1) das 10 gotas.
4. Retorne com o pesa filtro (com o líquido recolhido) e recolha mais 10 gotas; retire-o
novamente, tampe-o e determine novamente sua massa (m2) e o volume (v2). A diferença
entre as duas pesagens é a massa de 10 gotas. Repita este procedimento 3 vezes para cada
solução (conforme tabela).
5. O pesa filtro deve estar limpo e seco externamente, antes de se efetuar cada pesagem.
6. Meça e anote o raio externo do tubo, e anote a temperatura.
7. Ao terminar limpe o instrumento e a vidraria.
Obs. Após ter recolhido as trinta gotas de cada solução, não há a necessidade de efetuar a
lavagem do pesa filtro para o recolhimento das gotas da solução seguinte.
4. Resultados
É fácil realizar o experimento e obter resultados com erros relativos menores que 1 a 2%.
Uma causa freqüente de erro é a contagem errônea do número de gotas.
Construa um gráfico de tensão superficial em função da concentração e, outro gráfico de
tensão superficial em função do logaritmo decimal da concentração.
2. Objetivos:
Medir o decréscimo do ponto de fusão de um solvente devido a presença de um soluto.
Determinar a massa molar do soluto a partir da propriedade coligativa estudada.
3. Introdução:
4. Experimental:
rolha
Fio para
agitação Obs.: NÃO use o termômetro
como agitador
ANEXOS
Tab. 3: Fator F’ para o calcula da tensão superficial de um líquido a partir da massa de uma gota
do líquido.