Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Caderno ADM - Fundamentos de Finanças Corporativas - 2018.2 - ETEPAC PRONTO - 29-08-18 PDF
Caderno ADM - Fundamentos de Finanças Corporativas - 2018.2 - ETEPAC PRONTO - 29-08-18 PDF
Corporativas
Amanda Aires
Professor Autor
Amanda Aires
Design Educacional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero
Diagramação
Izabela Cavalcanti
Coordenação
Antonio Silva
Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Terezinha Mônica Sinício Beltrão
Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
novembro, 2016
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB
A298f
Aires, Amanda.
Fundamentos de Finanças Corporativas: Curso Técnico em Administração: Educação a
distância / Amanda Aires. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de
Pernambuco, 2018.
54 p.: tab.
CDU – 658.15
Conclusão ............................................................................................................................................. 47
Referências ........................................................................................................................................... 48
8
Competência 01
9
Competência 01
corresponde ao rendimento que uma firma deixa de obter por não utilizar os seus fatores de
produção próprios da melhor forma possível. Por exemplo, imagine que um dentista possua um
consultório em um edifício comercial, um dos custos de oportunidade no qual incorre, ao escolher
atender seus pacientes nesta sala, é o aluguel que ele deixará de receber por ela. Como não envolve
um pagamento direto (uma transação monetária), os custos de oportunidade são custos implícitos
das firmas.
Uma firma somente apresenta lucro econômico se sua receita supera o custo de
oportunidade, ou seja, se supera a receita que seria obtida em outras atividades. Por isso, afirmamos
há pouco que o lucro econômico representa uma vantagem em relação a atividades alternativas. Por
causa dessa vantagem, a presença de lucro econômico motiva a entrada de novas firmas na
indústria.
Além do custo de oportunidade, quando uma empresa decide operar no mercado ela
observa que essa operação gerará tantos custos privados quanto custos sociais, pontos que serão
analisados agora.
Ao produzir, as firmas incorrem em custos que as afetam de forma exclusiva, por isso são
chamados de custos privados de produção. Todos os custos vistos até o momento se enquadram
nessa categoria, pois são custos que somente a própria firma arca.
Contudo, ao produzir um determinado bem ou serviço, as firmas podem afetar outros
agentes da economia, gerando custos que não são contabilizados por ela. Por exemplo, uma empresa
que emite gases poluentes durante a produção gera custos adicionais para o restante da
coletividade, apesar disso, ela os ignora na mensuração de seus lucros.
O custo social representa todos os custos envolvidos na produção, tanto os custos
privados, como aqueles custos que são percebidos pelo restante da sociedade (como o caso da
poluição). Quando os custos sociais diferem dos custos privados, diz-se que há uma externalidade.
Se os custos sociais superam os custos privados, então há uma externalidade negativa,
a sociedade tem um prejuízo que não é assumido pela firma que o produz. Mas, se os custos privados
superam os custos sociais, então a firma produz uma externalidade positiva. Um exemplo de
10
Competência 01
externalidade positiva ocorre quando uma firma sustenta um projeto social que, apesar de ser um
custo para a ela, promove um benefício para o restante da sociedade.
Dentre os custos privados considerados por uma empresa, três merecem destaque.
Quando analisa a viabilidade da sua operação, a empresa considera outros tipos de custos
além dos enunciados. Os custos são distintos também em função de sua relação com a quantidade
produzida. Nesse sentido, os custos fixos ou despesas são aqueles que não variam com a quantidade
produzida. O aluguel da sala na qual se localiza o escritório de uma empresa é um exemplo de custo
fixo, pois, independente de quanto essa empresa venha a produzir, sempre terá que incorrer no
mesmo valor desse custo.
Por outro lado, alguns custos se alteram a depender do volume de produção, são os
custos variáveis. Por exemplo, se para uma firma produzir mais for necessário contratar mais
trabalhadores, ou mesmo o pagamento de mais horas extras, então os custos com salários são custos
variáveis, pois dependem da quantidade que as firmas decidirão produzir.
O custo fixo independe do nível de produção, sendo apresentado, graficamente, como
uma linha reta paralela ao eixo da produção. As curvas de custo variável e total têm os seus formatos
associados à lei dos rendimentos decrescentes. Com o aumento do nível de produção, e o
consequente aumento da produtividade, o custo cresce menos. A adição sucessiva de unidades de
trabalho faz com que o trabalho passe a ser menos produtivo, o que gera um aumento crescente nos
custos. Como o custo total é a soma do custo total com o custo variável, ele terá o mesmo formato
do custo variável, mas cortará o eixo vertical no custo fixo.
Compreendido um pouco mais sobre a estrutura de custos de uma empresa, passamos a
analisar outros custos que também são levados em consideração por uma empresa. Os custos médios
e o custo marginal.
11
Competência 01
também definido como custo incremental, é o aumento no custo total devido à produção de uma
unidade adicional do produto. Como o custo total se modifica devido ao custo variável, já que o
custo fixo permanece igual, também podemos definir o custo marginal como a variação do custo
variável ocasionada pela produção de uma unidade a mais. O custo marginal é dado por:
CT Q
Cmg Q
Q
quantidade produzida. Note que, como o valor custo total varia a depender da quantidade, o mesmo
ocorre para o custo marginal.
Por sua vez, o custo total médio, ou simplesmente custo médio, é o custo por unidade
produzida, ou seja, qual foi (em média) o custo para produzir cada unidade. Ele é facilmente obtido
pela divisão do custo total pela quantidade:
CT Q
CME Q
Q
Podemos dividir o custo total médio em custo fixo médio e custo variável médio. O custo
fixo médio é a parcela de custo fixo por unidade produzida. De forma análoga, o custo variável médio
é o custo variável por unidade produzida.
CF
CFME Q ,
Q
CV
CVME Q ,
Q
12
Competência 01
Onde CFME Q e CVME Q são os custos fixo médio e variável médio, respectivamente.
Para entender a relação entre o custo médio e o custo marginal é preciso entender o
formato das curvas de custo. Na tabela a seguir, temos os dados de custos para uma firma fictícia.
Perceba que à medida que a quantidade produzida aumenta, o custo fixo médio diminui. Isso ocorre
porque o seu valor total, que permanece inalterado, será dividido por uma quantidade cada vez
maior de produtos.
13
Competência 01
CUSTO CUSTO CUSTO CUSTO CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL CUSTO TOTAL
NÍVEL DE
FIXO VARIÁVEL TOTAL MARGINAL MÉDIO MÉDIO MÉDIO
PRODUÇÃO
(CF) (CV) (CT) (CMG) (CFME) (CVME) (CTME)
0 50 0 50 --- --- --- ---
1 50 50 100 50 50 50 100
2 50 78 128 28 25 39 64
3 50 98 148 20 16,7 32,7 49,3
4 50 112 162 14 12,5 28 40,5
5 50 130 180 18 10 26 36
6 50 150 200 20 8,3 25 33,3
7 50 175 225 25 7,1 25 32,1
8 50 204 254 29 6,3 25,5 31,8
9 50 242 292 38 5,6 26,9 32,4
10 50 300 350 58 5 30 35
11 50 385 435 85 4,5 35 39,5
Tabela 3 – Dados de Custo de uma Firma
Fonte: Elaboração própria
Note ainda, na tabela, que o custo variável médio se reduz enquanto o custo marginal
for menor, ou graficamente, enquanto a curva de custo marginal estiver abaixo da curva de custo
variável médio. No entanto, como o custo marginal é crescente, a curva de custo marginal passa a
curva de custo variável médio quando a firma produz a oitava unidade. A partir desse ponto, a curva
de custo variável médio passa a crescer com a quantidade. Desse modo, percebe-se que a curva de
custo marginal cruza a curva de custo variável médio no seu ponto de mínimo (o que ocorre quando
a firma produz sete unidades do bem).
14
Competência 01
O formato da curva do custo total médio será o mesmo da curva de custo variável médio,
mas em uma posição um pouco mais acima, pois ao custo variável médio soma-se o custo fixo
médio. A distância entre as duas curvas se reduz com o aumento da quantidade porque o custo fixo
médio é cada vez mais próximo de zero. Então, a curva de custo marginal também cruza a curva de
custo médio no seu ponto de mínimo (nesse caso, quando a produção é de oito bens).
No diagrama, o custo total médio é dado pela soma entre o custo fixo médio (CFMe) e o
custo variável médio (CVMe). A curva de custo marginal intercepta as curvas de custo variável médio
e custo total médio em seus respectivos pontos mínimos.
As firmas não operam enquanto o custo marginal for inferior ao custo médio, pois não
seria eficiente na busca pela maximização do lucro. Quando o custo marginal for inferior ao custo
médio, esse será decrescente, o que significa que o custo médio será reduzido se a próxima unidade
for produzida. Caso a produção da unidade adicional não altere o preço, a firma poderia aumentar
sua margem de lucro em cada peça, pois receberia o mesmo valor na venda, mas teria um custo
médio de produção menor. Então, enquanto o custo médio for decrescente, a firma decidirá por
produzir a unidade adicional.
Note que além dos custos operacionais apontados existe ainda um custo gerado antes da
empresa ser iniciada: os investimentos.
Os investimentos se referem aos pagamentos realizados antes da empresa ser iniciada ou
ainda desembolsos não periódicos realizados para a melhoria da infraestrutura empresarial. Assim,
15
Competência 01
gastos com obras para a instalação da empresa, compra de máquinas e equipamentos são
considerados gastos de investimentos para o funcionamento da empresa.
Com o conceito de investimentos, concluímos nosso encontro.
Aqui, buscamos entender os conceitos de custos, despesas e investimentos. Em todos os
casos, eles se referem aos desembolsos realizados pelas empresas, mas você deve entender que esses
desembolsos possuem objetivos diferentes, ok?
16
Competência 02
17
Competência 02
18
Competência 02
19
Competência 02
2.5 Forecast
20
Competência 02
21
Competência 02
resultados financeiros, as organizações podem lançar, sistematicamente, uma parte dos custos de
aquisição de ativos permanentes para dedução de receitas (despesas), mas estas não representam
uma efetiva redução do caixa daquela. Trata-se, apenas, de um efeito contábil e fiscal que viabiliza o
pagamento de menos imposto sobre o lucro (para as empresas optantes ou obrigadas ao regime de
tributação pelo lucro real).
Para contabilização da depreciação, faz-se necessária a apuração da vida útil do ativo
permanente. As definições de vida útil são estipuladas pela Receita Federal do Brasil.
Quanto mais curta for a vida útil, mais rapidamente o fluxo de caixa gerado pela despesa
será recebido e, assim, analogamente nos demais casos.
Outro item de extrema importância para auferir a geração efetiva de caixa de uma
empresa refere-se ao EBITDA, que é a sigla em inglês para Earnings Before Interest, Taxes,
Depreciation and Amortization, que traduzido literalmente para o português significa: lucros antes
de juros, impostos, depreciação e amortização. Termo muito utilizado por analistas financeiros na
análise de balanços de contabilidade de empresas de capital aberto.
Para se chegar ao Ebitda de uma empresa ou empresas, é preciso utilizar a seguinte conta:
lucro bruto menos as despesas operacionais, excluindo-se destas a depreciação e as amortizações do
período e os juros. Dessa forma, é possível avaliar o lucro referente apenas ao negócio, descontando
qualquer ganho financeiro (derivativos, aluguéis ou outras rendas que a empresa possa ter gerado no
período).
São também retirados para a apuração do Ebitda os juros dos empréstimos que, muitas
vezes, as empresas contratam para alavancar as suas operações. Sendo assim, é importante ter em
conta que o Ebitda pode dar uma falsa perspectiva sobre a efetiva liquidez da empresa.
Esse conceito é complementar ao entendimento de fluxo de caixa, em que sabidamente
o valor dos ativos monta o total das exigibilidades (de longo e de curto prazo) acrescido do valor do
patrimônio líquido.
De forma análoga, o fluxo de caixa dos ativos monta o total do somatório entre o fluxo de
caixa dos credores (exigibilidades) e o fluxo de caixa dos acionistas (patrimônio líquido).
O fluxo de caixa dos ativos abrange três componentes: fluxo de caixa operacional,
investimento em ativos permanentes e as aplicações em capital de giro.
22
Competência 02
Portanto, o fluxo de caixa dos ativos compreende o saldo final do fluxo de caixa
operacional (EBITIDA), excluindo-se os gastos com imobilizações e capital de giro.
Sabe-se que o fluxo de caixa dos ativos monta o mesmo valor do fluxo de caixa dos
passivos. Como o fluxo de caixa dos passivos é composto pelos fluxos dos credores e dos acionistas,
basta encontrar o valor do fluxo de caixa dos credores da seguinte maneira: é o valor do pagamento
de juros menos o valor dos novos financiamentos. Por exclusão, será encontrado o valor do fluxo de
caixa dos acionistas, o que demonstrará todos os fluxos de caixa existentes na empresa.
23
Competência 03
A estrutura vista acima está exatamente de acordo com o que foi anunciado por
Cristovam Buarque em seu livro: Análise Econômica de Projetos. O livro mais famoso na área de
elaboração de projetos.
Mas, para que você entenda porque é feita a análise financeira do projeto, eu queria dar
uma introdução simples, para que você tenha uma noção completa de um projeto, ok?
24
Competência 03
A primeira coisa que eu gostaria que você entendesse é o que é um projeto. Um projeto
pode ser qualquer coisa que determinada empresa, instituição pública ou pessoa física deseja
implementar, mas, para isso, precisa fazer uma organização prévia.
Assim, se uma empresa deseja abrir uma filial, se o governo necessita fazer uma obra de
reestruturação de um hospital ou a pavimentação de uma determinada via pública, esses agentes
elaborarão projetos para organizar a execução das atividades.
Dessa forma, a concepção do projeto, a primeira parte do total, inclui a formatação
completa desse projeto, ou seja, o que vai ser feito, como vai ser feito.
No caso do governo, digamos que ele tenha um orçamento de R$ 100.000.000,00 e que
tenha que destinar isso à educação. O que ele fará com esse dinheiro? Para saber qual o melhor
destino desse recurso (se reforma as escolas existentes ou se abre novas escolas, por exemplo), o
governo elaborará dois projetos distintos (um com a reforma e outro com a escola nova) para verificar
de que forma o recurso gerará mais retorno.
Considerando a situação acima, agora, eu já sei os projetos que preciso elaborar: um de
reforma da escola e outro de criação de uma nova. Concepção realizada, seguimos para o segundo
passo: a análise de demanda.
Uma vez o projeto concebido, é preciso saber se as pessoas “comprarão” esse projeto.
Em muitos casos, muitos casos mesmo, o projeto acaba sendo feito sem realizar estudo de demanda,
o que pode levar a empresa à falência.
Um exemplo disso foi um fato muito curioso que aconteceu na minha cidade, Olinda, em
Pernambuco. Lá foi um dos poucos lugares do mundo em que uma Mac Donalds fechou por falta de
clientes!
Pois é, embora tenham aberto a Mac Donalds no lugar mais nobre da cidade, esqueceram
de perguntar às pessoas se elas estariam dispostas a frequentar o lugar.
25
Competência 03
Ou seja, por maior que seja a marca do produto, isso não quer dizer que eu terei sucesso
garantido. Para verificar a possibilidade de ter retorno, a primeira coisa que eu preciso fazer é verificar
se existirá demanda para o meu produto (Não foi o caso da Mac Donalds em Olinda).
No caso da educação para determinado governo, ele precisa perguntar à sociedade (via
questionários, reuniões locais, etc.) se eles estariam dispostos, digamos, a estudar em uma nova
escola, mas um pouco mais distante.
A depender da resposta dada, (digamos, para o caso do governo, que as pessoas não
querem estudar em um lugar mais distante), o projeto poderá ser concluído nessa etapa. Por isso,
uma análise de demanda bem feita é fundamental para que o projeto possa ir para o passo seguinte.
Vale notar que na análise de demanda não se vê apenas a quantidade de pessoas que
“comprará” o projeto, mas também o preço que essas pessoas estão dispostas a pagar. Muitos
métodos para medir o preço a ser pago por determinada pessoa por um bem, sem que seja necessário
perguntar diretamente a essa pessoa, já foram desenvolvidos. Entre eles, possivelmente, o mais
conhecido é o preço de referência, que mede o preço de um bem com base nos preços de bens
similares.
Pense, por exemplo, no valor de uma barra de chocolate. Quanto você pagaria por uma
barra de chocolate de 100g? Possivelmente, a resposta que você deu foi baseada na média dos preços
que você normalmente compra ou ainda no último preço que você pagou pela barra de chocolate.
Importante notar é que todos esses preços são o que chamamos de preço referência.
E por que um passo tão importante para um projeto não é feito com frequência? Por uma
explicação não tão difícil de compreender: porque, como eu disse acima, os instrumentos para medir
a demanda são muitos, o que leva a incerteza do resultado. Será que o preço que eu devo cobrar pelo
meu chocolate é a média dos preços que você viu ou o último valor pago por você?
Eis uma incerteza no projeto.
Estudo de demanda concluído e tendo informações estatisticamente significantes sobre
a existência da demanda, o projeto deverá evoluir para uma terceira e, possivelmente, mais delicada
etapa: a engenharia de processos.
26
Competência 03
Como o próprio nome diz, é preciso explicar como os processos serão realizados dentro
do projeto. Ou seja, é na etapa da Engenharia de Processos que nós vamos detalhar ao grau máximo
como será o funcionamento de todo o projeto: desde a entrada do cliente no estabelecimento,
passando pelo atendimento do cliente pelo vendedor, consolidação da venda, envio do pagamento
ao banco, baixa no estoque, etc. Tudo isso precisa ser claramente especificado dentro do projeto na
parte de Engenharia de Processos.
Isso pode ser visto no fluxograma de atividades apresentado figura 2.
27
Competência 03
Uma vez determinada a demanda – que nos dirá a quantidade de pessoas que consumirão
o produto – e uma vez determinada a engenharia de processos – que nos diz como o produto será
gerado – torna-se necessário calcular o tamanho da empresa, que, nesse caso, refere-se à capacidade
de produção da empresa. Ou seja, se a demanda disse que consumirá uma média de 120.000
unidades por mês, eu produzirei com as plantas A, B ou C, apresentadas na tabela abaixo?
A tabela abaixo mostra um resumo dos possíveis tamanhos que uma empresa de sapato
pode ter para cada nível de produção: 70.000 pares, 100.000 pares ou 150.000 pares.
28
Competência 03
PROJETO DE SAPATARIA
Tamanho: Alternativas Tecnológicas Viáveis
A B C
a Capacidade de produção anual por turno (em pares) 70.000 100.000 150.000
Por hora, apenas a linha da capacidade de produção por turno nos interessa, pois é ela
que mede o tamanho da empresa. Os demais itens serão analisados mais a frente.
Note que, cada um dos tamanhos estará, necessariamente, associado a engenharias de
processos diferentes. Não porque o método seja diferente, mas porque como eu tenho números de
funcionários distintos, terei, também, engenharias separadas. Por exemplo, se para produzir 70.000
pares eu preciso de 10 funcionários, para produzir 100.000 irei precisar de mais funcionários,
digamos, 13.
Uma vez refeito o tamanho da empresa (digamos que agora a empresa ache que um
número de 180.000 pares de sapato tenha que ser fabricado), isso implicará em um novo capítulo de
Engenharia de Processos, em uma nova análise de demanda. De tal forma que o projeto acaba sendo
uma coisa cíclica até que se encontre o formato final.
De maneira tão importante quanto o tamanho é a localização da empresa. Erra quem
acha que a empresa tem que estar sempre perto do cliente final. A depender do tipo de produto que
se fabrique, pode ser que seja mais indicado que a empresa fique mais perto da matéria-prima ou
ainda em algum lugar em que determinado governo possa prover benefícios fiscais para a empresa.
Dessa forma, imagine que o governo queira construir uma determinada secretaria. Onde
ele fará isso? Mais perto da sede do governo, mais perto das entidades de classe? A engenharia de
29
Competência 03
processos nos indica qual o melhor lugar a ser implantado o órgão, mas é a etapa localização que
especifica exatamente (endereço completo) onde o projeto será sediado.
Finalizadas as etapas de análise de demanda, engenharia de processos, tamanho e
localização, passamos à parte financeira do trabalho: as análises de receitas e custos.
3.1.5 Receitas
30
Competência 03
Note que o valor n significa o último período de análise do projeto. Pode ser 12, 20, 360
meses. Pode ser o tempo que você achar relevante.
Veja que, a partir da figura acima, temos que as receitas são mostradas como entradas
financeiras na empresa durante um período de tempo (como nós vimos acima). Contudo, você deve
observar que tem uma setinha em vermelho e que está muito próxima da setinha preta no período
n. Embora todas as setas pretas indiquem as receitas diretas da empresa, a seta vermelha indica uma
receita indireta chamada de VR ou Valor Residual.
Receita total da empresa: receitas diretas + valor residual
Esse valor residual diz respeito aos ganhos da empresa, caso todos os bens pertencentes
a ela fossem vendidos. Ou seja, móveis, eletrônicos e instalações serão contabilizados como receita
no final do período.
O valor residual é gerado quando eu vendo todos os ativos da minha empresa no
momento em que ela fecha.
Contabilizadas as receitas da empresa dentro do período de tempo, é hora de contabilizar
também as saídas, ou os custos.
3.1.6 Custos
31
Competência 03
Qual a diferença entre o fluxo de receitas e o fluxo de custos? A primeira coisa que você
deve ter observado é a direção. Enquanto o fluxo de receitas entra, o fluxo de custos sai da empresa.
Uma segunda diferença diz respeito à inexistência do valor residual. Como quando
falamos em VR estamos falando em ganhos oriundo da venda dos utensílios da empresa, não
teremos, por hipótese, custos adicionais com o fechamento da empresa.
Finalmente, a terceira diferença extremamente relevante entre custos e receitas diz
respeito à primeira setinha vermelha no fluxo de custos. Contrariamente às receitas que só
acontecem quando a empresa começa a funcionar, os custos podem acontecer desde bem antes. O
primeiro custo que as empresas possuem é o custo de investimento, ou seja, os gastos realizados pela
empresa para que determinado projeto possa ser iniciado.
Depois de iniciado o projeto, não existe mais o custo com os investimentos. A partir daí,
com o funcionamento, existem dois tipos de custos: os custos fixos e os custos variáveis.
Em economia, por definição, os custos variáveis são aqueles ligados à produção de
determinado produto. Assim, número de funcionários, gastos com matérias-primas, energia,
telefone, todos esses gastos estão sobre o mesmo grupo de custos variáveis.
Por outro lado, os custos fixos são os gastos que não têm ligação com a produção. Nesse
grupo, podemos incluir gastos com aluguéis, IPTU, segurança, etc. Note que, nesse caso,
independente do que a empresa produza, ela sempre terá o mesmo valor a ser pago.
A diferença entre receitas e custos é o que chamamos de lucros da empresa. Esses lucros
são importantes de serem conhecidos já que é a partir deles que nós iremos começar a estudar a
viabilidade dos projetos. Lembre-se de que não é porque uma determinada empresa produz lucros
positivos que eu direi que ela é economicamente viável, é o que veremos no próximo item.
32
Competência 03
Como nós vimos no caso das receitas, para fazer o cálculo do Valor Presente Líquido ou
VPL, precisaremos de um horizonte de tempo pré-determinado. Digamos, 10 anos. Assim, o valor
presente líquido mede qual o valor dos lucros de determinada empresa na data de hoje.
Explico melhor.
Imagine que uma empresa tenha que fazer um investimento de 100.000,00 e deseje saber
se os lucros que ela terá ao longo de 5 anos são suficientes para cobrir os gastos com esse
investimento. Assim, é preciso saber quais são os lucros nos 5 anos para fazer a comparação. Vamos
ver isso?
20 20 20 20 25
1 2 3 4 5
100
33
Competência 03
Para que você compreenda, a figura acima mostra os movimentos de lucros nos 5 anos
de projetos em mil reais. Veja que entre os anos 1 e 4, a empresa realizou um lucro (receita – custos)
de R$ 20.000,00 e no ano 5, ela realizou um lucro de R$ 25.000,00 (por hipótese, os R$ 5.000,00
adicionais são originados do VR).
Como nós já vimos acima, o valor presente líquido verifica se o somatório dos custos é
suficiente para cobrir o dispêndio com o investimento. É como se nós desejássemos saber se o
dinheiro voltará para a conta da empresa depois da operação do projeto.
Um olhar desavisado diria que sim. Ora, se eu somar, 20.000 + 20.000 + 20.000 + 20.000
+ 25.000 = 105.000! Como os investimentos foram de 100.000, logicamente, teremos um valor
positivo de R$ 5.000,00. Ou seja, além de pagar os investimentos, ainda sobra R$ 5.000,00 para as
contas da empresa!
Contudo, o procedimento não é tão simples. Quando se fala em matemática financeira,
eu não posso comparar dois valores em tempos diferentes. Para isso, eu preciso colocar todos os
valores no mesmo tempo.
Assim, e somente dessa forma, eu posso comparar os valores.
Para colocar todo mundo, na mesma data, vamos fazer o seguinte procedimento
matemático:
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 =
(1 + 𝑖)𝑡
Em que o valor nominal seria o valor no período final, “i” é a taxa de juros, “t” é o número
de períodos a ser considerado. Veja que a taxa de juros em que traremos os valores nominais para o
período 0 é arbitrária, mas, na maior parte dos projetos, utiliza-se 12% a.a. (ao ano) como uma taxa
mínima de atratividade.
Definir taxa mínima de atratividade
Com isso, poderemos trazer o valor do ano 4, por exemplo, para o ano 0 e, fazendo isso
com todos os períodos, poderíamos finalmente ter o somatório dos lucros no valor presente.
Vamos fazer para cada período separadamente.
Colocando o valor do ano 01 em termos de valor presente no ano 0, teríamos:
34
Competência 03
Para obter o valor presente líquido basta somar os valores presentes de todos os
períodos e comparar com o valor do investimento inicial. Dessa forma:
Somatório dos valores presentes dos lucros = 74.932,65
Subtraindo desse valor o montante do investimento realizado, temos que:
74.932,65 – 100.000,00 = -25.067,35.
Em apenas uma fórmula, teríamos o seguinte:
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
Valor presente líquido = ∑𝒏
𝒕=𝟏 - Investimento
(𝟏+𝒊)𝒕
35
Competência 03
EXERCÍCIO 1
Imagine que uma empresa deseja abrir uma nova padaria e uma consultoria foi contratada para
realizar um estudo de viabilidade de um projeto com vida útil de dois anos e investimento inicial de
R$ 1.000.000,00.
O custo de oportunidade é de R$ 20% a.a e foram estimados os fluxos de entrada abaixo:
Ano 1 - R$ 450.000,00
Ano 2 - R$ 810.000,00
Considerando que será utilizado o VPL como critério para tomada de decisão, pode-se afirmar que
o projeto
a) é viável, com VPL positivo de R$ 260.000,00.
b) é viável, com VPL positivo de R$ 50.000,00.
c) não é viável, com VPL negativo de R$ 62.500,00.
d) não é viável, com VPL negativo de R$ 262.000,00.
e) é viável, com VPL igual a 0.
Essa questão é muito boa porque introduz um termo que nós ainda não tínhamos visto:
custo de oportunidade do investimento. Toda vez que se falar em custo de oportunidade do
investimento, estaremos falando em taxa de juros que eu ganho se eu não aplicar o meu dinheiro
nesse investimento, mas em um fundo de renda fixa, digamos.
Assim, para que o projeto seja, pelo menos, tão bom quanto o custo de oportunidade,
precisaremos descontar o valor presente não considerando à taxa mínima de atratividade como
fizemos antes, mas precisaremos descontar com a taxa do custo de oportunidade.
Substituindo na fórmula acima, teremos:
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
Valor presente líquido ∑𝑛
𝑡=1 – Investimento
(1+𝑖)𝑡
36
Competência 03
Ou seja, o projeto apresentou um VPL negativo, o que torna o projeto não viável,
exatamente o que está mostrado na alternativa C.
Uma coisa importante é que, para um aluno desavisado, a letra (A) é um indicador de
erro. Veja que, na alternativa, a questão simplesmente somou os dois valores! Assim, como 450.000
+ 810.000 = 1.260.000,00, segundo essa letra, o VLP seria positivo em 260.000, levando o projeto,
equivocadamente, à viabilidade!
Fique atento ao conceito!
Logicamente, o VPL não é o único critério utilizado na análise de projetos. Mais dois
indicadores: Taxa Interna de Retorno (TIR) e Pay back são estudados para se decidir qual projeto
deverá receber determinado investimento.
Vejamos a TIR.
Imagine que o VPL de um determinado projeto seja, exatamente, Zero. Ou seja, o valor
presente dos lucros é exatamente o necessário para cobrir o valor do investimento desembolsado
pelo empreendedor. Nesse caso, a taxa de juros que faz com que isso seja verdade se chama taxa
interna de retorno.
Matematicamente:
𝒗𝒂𝒍𝒐𝒓 𝒏𝒐𝒎𝒊𝒏𝒂𝒍
0 = ∑𝒏
𝒕=𝟏 - Investimento
(𝟏+𝒊)𝒕
É importante que você note que à medida que o número de períodos aumenta, o cálculo
da TIR se torna mais complicado e, muitas vezes, precisa da ajuda de uma calculadora.
37
Competência 03
Aqui, não tem o que fazer. Colocar uma expressão de 5º grau daria muito mais trabalho
do que resolver item a item cada alternativa até encontrar a letra correta.
Nesse caso, vamos para a alternativa (A). Ela afirma que a TIR é menor que 3%. Veja que
essa alternativa dá para ir amarrada com a alternativa (D), ou seja, se a TIR foi igual a zero, ela será,
necessariamente, menor que 3%. Assim, para ganhar tempo, vamos dizer que, por hipótese, a TIR é
0%.
Substituindo a TIR por 0, teríamos o seguinte:
3 3 3 3 103
0= + + + + – 100
(1+0)1 (1+0)2 (1+0)3 (1+0)4 (1+0)5
Essa continha aqui é bem mais fácil porque, na verdade, estamos dividindo todo mundo
por 1!
38
Competência 03
3.1.7.3 Payback
Dos três indicadores utilizados para analisar projetos, o payback é, disparado, o mais
simples de todos! Ele mede quanto tempo será necessário para que o fluxo de lucros possa pagar o
projeto.
39
Competência 03
Em sua versão geral, para medir o pay (pagamento) back (volta), soma-se todos os lucros
até que o montante seja o suficiente para pagar o valor do investimento. Assim, nesse método, não
é preciso nem colocar para o valor presente, basta somar os valores nominais dos lucros e verificar
em que ponto esse valor se sobrepõe aos investimentos.
Outra versão do payback se chama payback descontado. A diferença entre os dois é que
enquanto o primeiro considera o valor nominal dos lucros, o segundo considera os valores presentes.
Ou seja, antes de somar os lucros, eu preciso colocá-los no presente, exatamente como nós vimos no
caso do VPL.
Colocar uma tabela para os dois tipos de payback.
40
Competência 03
GABARITO: A
Bem, chegamos ao final do nosso capítulo. Nele, buscamos entender que nem sempre
uma boa ideia é algo viável de ser realizada. Para verificar se o projeto é viável, é necessário, acima
de qualquer coisa, entender o comportamento do cliente, entender o funcionamento da empresa
para, finalmente, analisar os indicadores de viabilidade dos projetos. Lembre-se de que os
indicadores mais importantes são: VPL, TIR e payback!
41
Competência 04
O ponto de equilíbrio, também conhecido como ponto de ruptura, ponto crítico, ponto
de nivelamento, ponto de quebra ou break even point, busca identificar o nível de faturamento que,
uma vez alcançado, consiga cobrir todos os custos e despesas operacionais da empresa (custo total),
ou seja, é o nível de faturamento que proporcionará resultado zero (nem lucro nem prejuízo).
Assim, podemos demonstrar o ponto de equilíbrio através da seguinte equação:
Para faturamento:
PE = Custo Fixo + Desp. Operac. / % de Margem de Contribuição
Para volume:
PE = Custo Fixo + Desp. Operac. / M. de Contribuição Unitária
Onde:
% de Margem de Contribuição = (Receita Líquida – Custo Variável) / Receita Líquida.
Exemplo:
Preço de Venda unitário: R$ 45,00
Custo Variável unitário: R$ 35,00
Margem de Contribuição: ((45,00 – 35,00)/45,00) = 0,222
Custos Fixos e Despesas: R$12.000,00
Logo:
PE = 12.000,00 / 0,222 = 54.000,00
Volume = 54.000 / 45 = 1.200
Provando:
Receita Total: R$54.000,00
Custos Variáveis: R$(42.000,00)
42
Competência 04
43
Competência 04
Podemos realizar esta tarefa, a partir de uma DRE do final para o início, conforme Quadro
abaixo:
ITENS $ EXPLICAÇÃO
Lucro Líquido Esperado(LLE) 8.000 Definição da eEmpresa
I. Reda e C. Social 20% Alíquota Ilustrativa
Lair 10.000 LLE+IR
Despesas não Operacionais (6.780) Despesas Financeiras
Lucro Operacional 16.780 LAIR+ Desp. não Operacionais
Gastos Operacionais não (55.400) Representados pela Depreciação
Desembolsáveis
Gastos Operacionais Desembolsáveis (134.247) Demais Gastos Operacionais Fixos
Margem de Contribuição Esperada 206.427 Lucro Operacional+Gastos Operacionais
Figura 4 - DRE do final para o início
Fonte: Perez Junior et al. (2012, p.203).
Descrição: Descrição dos itens e explicação dos quadros.
Formação de preços
O preço é uma prerrogativa do mercado. Isto não quer dizer que à empresa resta assumir
uma postura de passividade nesta questão.
44
Competência 04
45
Competência 04
46
Conclusão
Com a análise dos principais indicadores financeiros, concluímos a nossa competência e
o nosso módulo! Espero que você tenha aproveitado e tenha visto que finanças corporativas não é
difícil e pode ainda ser determinante para o sucesso da sua empresa!
Espero ainda que vocês coloquem em prática tudo o que foi visto no material na vida de
vocês!
47
Referências
Acemoglu, D., P. Aghion, F.Zilibotti. Distance to frontier, selection, and economic growth. Working
Paper No. 9066. National Bureau of Economic Growth.
Acharya, V. A Theory of Systemic Risk and Design of Prudential Bank Regulation, Working Paper,
London Business School, 2001.
Adachi, A, Romero, C. (2011), Rombo no Panamericano vai a R$ 4 bilhões e BTG faz oferta, 28 de
janeiro. Página consultada em 20 de abril de 2012 www.valor.com.br/arquivo/869871/rombo-no-
panamericano-vai-r-4-bi-e-btg-faz-oferta
Arnaud, A. Abordagem Híbrida para Otimização de Redes Neurais Artificiais para Previsão de Séries
Temporais. UFPE, Dissertação de Mestrado, 2007.
Barnhill, T. e M. R. Souto. Stochastic Volatilities and Correlations, Extreme Values and Modeling the
Financial and Economic Environment under which Brazilian Banks Operate, IMF Working Paper,
2007
Barnhill, T. e W. Maxwell. Modeling Correlated Interest Rate, Exchange Rate, and Credit Risk in Fixed
Income Portfolios, Journal of Banking and Finance 26, 347-374, 2002.
Barnhill, T., P. Papapanagiotou, and M. R. Souto. Preemptive Strategies for the Assessment and
Management of Financial System Risk Levels: An Application to Japan with Implications to Emerging
Economies. Review of Pacific-Basin Financial Markets and Policies 7 (1), 1-42, 2004.
Barnhill, T., P. Papapanagiotou, e L. Schumacher, Measuring Integrated Market and Credit Risk in
Bank Portfolios: an Application to a Set of Hypothetical Banks Operating in South Africa, Financial
Markets, Institutions, and Instruments, forthcoming.
BBC Londres (2011), Crédito cria ‘Fachada de prosperidade’ no Brasil, diz Financial Times, 18 de
maio. Página consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/
economia,credito-cria-fachada-de-prosperidade-no-brasil-diz-financial-times,67493,0.htm
Blackburn, K.; Y. Hung. A theory of growth, financial development and trade. Econômica 65, 104-
124, 1998.
48
BMF & BOVESPA www.bovespa.com.br Acessado em 15 de janeiro de 2012.
Canuto, O., Lima. G., Price stability and banking sector distress in Brazil after 1994. Rio de Janeiro:
UERJ, Instituto de Economia, Texto Para Discussão 388, 1996.
Corrar, J., E. Paulo, E. Dias Filho, Análise Multivariada: para os cursos de administração, ciências
contábeis e economia, 2007.
Cavalcanti, V., A. Vieira, A. Silva Neto, Mota, D., Lima, R., Modelos de previsão para dados de alta
freqüência: Um estudo comparativo utilizando os modelos de redes neurais e ARIMA para o caso
do preço futuro do açúcar. Anais do XLVII Congresso da Sober, 2009.
Demirgüç-Kunt, A., Detragiache, E., The determinants of baking crises: evidence from developing and
developed countries. IMF Working Paper, 1997.
Diamond, D. V, P. Dybvig. Bank Runs, Deposit Insurance, and Liquidity. Journal of Political
Economy 91 (3), 401-419, 1983.
Elsinger, H., A. Lehar, M. Summer. Risk Assessment for Banking Systems, Working Paper, University
of Vienna, 2003.
Freitas, M. Os efeitos da crise global no Brasil: aversão ao risco e preferência pela liquidez no
mercado de crédito, Estudos Avançados, 2009
Frascaroli, B., Costa Silva, L., Silva Filho, O. (2009). Os Ratings de Risco Soberano e os
FundamentosMacroeconˆomicos dos Países: Um Estudo Utilizando Redes Neurais Artificiais,
Revista Brasileira de Finanças, Vol. 7, Nº1, PP 73-106
Froufe, C. (2011), Cade aprova compra do Panamericano pelo BTG Pactual, 04 de maio. Página
consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+geral,cade-
aprova-compra-do-panamericano-pelo-btg-pactual,65479,0.htm
Fucidji, J.; D. Mendonça. Determinantes do Crédito Bancário: uma análise com dados em painel para
as maiores instituições. Anais do XII Encontro Regional de Economia do Nordeste, Fortaleza, 2007.
49
Galetovic, A. Specialization, intermediation and growth. Journal of Monetary Economics 38, 549-
559, 1996
Gately, E. Neural Networks for Financial Forecasting. John Wiley & Sons, Inc, United States, 1996.
Goldsmith, R. Financial Structure and Development. Yale University Press, New Haven, CT, 2010
Gorton,G., Banking Panic and Business Cycles. Oxford Economic Papers, 1988.
Gurley, J., Shaw, E. Financial aspects of economic development. American Economic Review, 45,
515-538, 1955.
Hall, M., Muljawan, D., Suprayogi & Moordena, L., Using The Artificial Neural Network (ANN) to
Assess Bank Credit Risk: A Case Study of Indonesia, Loughborough University, Working Paper, 2008.
Hall, M., Muljawan, D., Suprayogi & Moordena, L., Using The Artificial Neural Network (ANN) to
Assess Bank Credit Risk: A Case Study of Indonesia, Loughborough University, Working Paper, 2008.
Hausmann, R., The Roots of Banking Crises: The Macroeconomic Context. Inter-American
Development Bank, Working Paper 318, 1996
Janot, M., Modelos de Previsão de Insolvência Bancária no Brasil. Trabalhos para Discussão nº 13,
Brasília: Banco Central do Brasil, 2001
King, R.; R. Levine. Finance and growth: Schumpeter might be right. Journal of Monetary Economics
108, 717-738, 1993.
Laffont, J.; D. Martimort. The Theory of Incentives – The Principal-Agent Model, Princeton University
Press, 2002.
Levine, R., Finance and Growth: Theory and Evidence. In.: AGHION, P., DURLAUF, S. (Ed.). Handbook
of Economic Growth, Vol. 1A. Elsevier, 2005.
Li, Z.; Zhao, X.. Macroeconomic Effect in Corporate Default. Department of Economics, York
University, 2006.
Lucas, R. On the mechanisms of economic development. Journal of Monetary Economics. 22, 3-42,
1988.
50
Macedo, F. (2010), PF classifica cúpula do Panamericano de ‘verdadeira organização criminosa’, 19
de dezembro. Página consultada em 20 de abril de 2012. www.estadao.com.br/noticias/impresso, pf-
classifica-cupula-do-panamericano-de-verdadeira-organizacao-criminosa,655530,0.htm
Macedo, F., 2011. Polícia Federal decide indiciar Rafael Palladino. 29 de outubro. Página consultada
em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral ,policia-federal-
decide-indiciar-rafael-palladino,90249,0.htm
Macedo, F. (2012), PF cita Silvio Santos como ‘investigado’ no caso Panamericano, 10 de fevereiro.
Página consultada em 20 de abril de 2012. www.estadao.com.br/noticias/impresso,pf-cita-silvio-
santos-como-investigado-no-caso-panamericano-,833806,0.htm
Mandic, D. P.; Chambers, J. A. Recurrent Neural Networks for Prediction. John Wiley & Sons, LTD,
(Baffins Lane, chichester, West Sussex) England, 2001.
Mckinnon R. Money and Capital in Economic Development. Brooking Institution, Washington DC,
1973
Mcnelis, P., Neural Networks in Finance: Gaining Predictive Edge in the Market, Elsevier Academic
Press, 2005.
Meier, G., Seers, D., Pioneers in Development. Oxford University Press, New York,
Miller, M. Financial markets and economic growth. Journal of Applied Corporate Finance 11, 8-14,
1998.
Modé, L. (2011), Além da fraude, rombo se explica por erros técnicos 02 de fevereiro. Página
consultada em 20 de abril de www.estadao.com.br/noticias/impresso,alem-da-fraude-rombo-se-
explica-por-erros-tecnicos,674080,0.htm
Moreira, T., Fatores determinantes de crises cambiais e bancárias. Revista Econômica do Nordeste,
Fortaleza, v. 33, n. 2, 2002
Nakagawa, F. (2010), BC aprova aquisição de 49% do Panamericano pela Caixa. 20 de julho. Página
consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+geral,bc-
aprova-aquisicao-de-49-do-panamericano-pela-caixa,28223,0.htm
Pavani, L., Oliveira, E. Panamericano revela prejuízo ainda maior em 2010. 17 de maio. Página
consultada em 20 de abril de 2012. www.estadao.com.br/noticias/impresso,panamericano-revela-
prejuizo-ainda-maior-em-2010,720061,0.htm
Portugal, M., L. Fernandes. Redes Neurais Artificiais e Previsão de Séries Econômicas: Uma
Introdução. 2000
51
Público (2011), BC aprovou venda do Panamericano mesmo sob suspeita, 23 de novembro. Página
consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+geral,bc-
aprovou-venda-do-panamericano-mesmo-sob-suspeita,93289,0.htm
Público (2010), Não houve falha da fiscalização do BC nem demora para agir, diz BC, 10 de
novembro. Página consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/
economia+brasil,nao-houve-falha-da-fiscalizacao-do-bc-nem-demora-para-agir-diz-bc,42892,0.htm
Público (2010), Fraude no Panamericano foi identificada há cinco semanas pelo BC. 10 de novembro.
Página consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/
economia,fraude-no-panamericano-foi-identificada-ha-cinco-semanas-pelo-bc,42809,0.htm
Público (2011), Panamericano tem rombo maior que R$ 2,5 bi e vai precisar de mais dinheiro, 26 de
janeiro. Página consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias
/negocios+setor-financeiro,panamericano-tem-rombo-maior-que-r-25-bi-e-vai-precisar-de-mais-
dinheiro,52572,0.htm
Público (2011), Proer privado resgata Silvio Santos, 01 de fevereiro. Página consultada em 20 de abril
de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios+setor-financeiro,proer-privado-
resgata-silvio-santos,53186,0.htm
Rocha, F., Previsão de Falência Bancária: Um modelo de risco proporcional. Pesquisa e Planejamento
Econômico¸ Rio de Janeiro, v. 29. nº1, Abril, 1999.
Rochet, J-C; J Tirole. Inter-bank Lending and Systemic Risk, Journal of Money, Credit, and Banking 28
(4), 733-762, 1986.
52
Rumelhart, D. E., Mcclelland, J., Parallel Distributed Processing, vol. 1, MIT Press, 1986.
Silva, E., Porto Júnior, S., Sistema financeiro e crescimento econômico: uma aplicação de regressão
quantílica.Anais do IX Encontro Regional de Economia do Nordeste, Fortaleza, 2004.
Silva Júnior, A. (2010), FGC: liquidação do Panamericano teria efeito perverso, 10 de novembro.
Página consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/economia+
geral,fgc-liquidacao-do-panamericano-teria-efeito-perverso,42784,0.htm
Silva Júnior,A., 2011. Caixa abre processo contra auditores do Panamericano. 11 de fevereiro. Página
consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias/ negocios+geral,caixa-
abre-processo-contra-auditores-do-panamericano,54781,0.htm
Silva Júnior, A., Friedlander, D., Fundo garantidor já deu R$ 7,5 bi a bancos pequenos. 14 de
setembro. Página consultada em 20 de abril de 2012. http://economia.estadao.com.br/noticias
/economia+geral,fundo-garantidor-ja-deu-r-75-bi-a-bancos-pequenos,83978,0.htm
Stiglitz, J.; B. Greenwald. Rumo a um novo paradigma em economia monetária. Tradução por Laura
Knapp e Cecília Camargo Bartalotti. Tradução de: Towards a new paradigm in monetary
economics. Ed. Francis, São Paulo – SP, 2004.
Stiglitz, J. E. Some aspects of the pure theory of corporate finance: bankruptcies and takeovers. Bell
Journal of Economics, v. 3, p. 458-82, l972.
Vieira, A. Avaliação de insolvência no sistema bancário: uma aplicação para o caso brasileiro. UFPE,
Dissertação de Mestrado, 2010.
53
Minicurrículo do Professor
Amanda Aires
54
55