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Curso de Redação Prof.

Germosgeschi
Professora Priscila Priscila 2018
2018
Texto produzido pela aluna Brisa Moreira, cujo o tema era
“A fragilidade emocional como gatilho para o desenvolvimento de vícios no homem.”

Segundo o médico húngaro Gabor Maté, quanto mais cedo o indivíduo for submetido
a altos níveis de estresse, solidão e violência, mais propenso ele será para desenvolver vícios,
a fim de compensar a carência de afeto. Assim, a fragilidade emocional é um gatilho para o
desenvolvimento de vícios no sentido de que estes são adquiridos, na maioria das vezes, em
uma tentativa de suprir a falta de estabilidade emocional, social e, até mesmo, financeira.

Dessa forma, além de condições como ansiedade e pânico social, os vícios adquiridos
em virtude de doenças mentais são ainda mais prejudiciais do que os gerados por pré
disposição genética, por exemplo. Isso ocorre porque, apesar de aliviar momentaneamente a
dor que aflige o indivíduo, também intensifica pensamentos de automutilação e suicídio em
instantes de sobriedade.

Professora Priscila Germosgeschi 2018


Ademais, o educador Rubem Alves, ao comparar um cérebro humano a um computador, escreve “Não se
conserta um programa com uma chave de fenda”, ou seja, não se trata problemas mentais com drogas,
farmacêuticas ou não, mas sim com palavras, com conversas e companhia. A Guerra do Vietnam, de certa
forma, ilustrou isso, pois no ambiente de medo e insegurança do combate, 20% da tropa estadunidense fazia
uso de heroína. Contudo, ao retornarem a seus lares com a presença de suas famílias, 95% dos usuários pararam
o consumo sem a necessidade de reabilitação, o que prova o enorme papel que a condição emocional possui no
desenvolvimento de vícios.

Sob outro ângulo, a mídia também tem grande influência no interesse em atividades prejudiciais,
principalmente no público infanto-juvenil. No Brasil, segundo a pesquisa do Datasus, um jovem morre a cada 36
horas devido à ingestão do álcool. Entretanto, a legislação não considera cerveja como bebida alcoólica para
questões publicitárias e, por isso, crianças e adolescentes têm acesso frequente a essas propagandas.

Portanto, primeiramente, os deputados federais brasileiros devem propor mudanças à lei sobre publicidade das
cervejas, a fim de diminuir o incentivo a essa prática. Em segundo lugar, o Ministério da Saúde deve, em parceria
com o SUS, prover mais cuidados à saúde mental da população que, como efeito, será menos suscetível aos
vícios e, como consequência, mais saudável e feliz.

Professora Priscila Germosgeschi 2018

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