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Contabilidade Financeira I
Unidade III
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Unidade III: Estudo das Letras
Introdução
Caro Estudante! Seja Bem-Vindo(a) à Unidade 3 da disciplina de Contabilidade
Financeira I do ISM! A disciplina de Contabilidade Financeira está dividida em
quatro unidades. Estas notas de ensino constituem a terceira unidade. O discente é
proposto a usar 32 horas para o estudo desta unidade distribuídas da seguinte
forma:
Tempo para leitura da unidade: 20 horas;
Tempo para trabalhos de pesquisa: 8 horas;
Tempo para realização de exercícios práticos: 2 horas; e
Tempo para realização da avaliação (teste): 2 horas.
Os exercícios e trabalhos práticos servem para o discente consolidar o
conhecimento dos tópicos apresentados nesta unidade. Estes trabalhos não são
submetidos ao Instituto Superior Monitor. O Instituto Superior Monitor fornece as
soluções dos trabalhos de auto-avaliação para lhe ajudar nos estudos. Mas Atenção
Caro Estudante, você deve resolver os exercícios de auto-avaliação antes de
consultar as soluções fornecidas. A avaliação deve ser submetida ao Instituto
Superior Monitor até ao dia 01 de Junho de 2010.
No caso de dúvidas sobre o material desta unidade, por favor contacte o seu tutor
através do e-mail monitor.ism@gmail.com. Também poderá contacta-lo por
telefone ou telemóvel cujos números são disponibilizados pelo departamento de
Apoio ao Estudante.
Vamos de seguida apresentar os conteúdos da unidade.
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Noções Gerais
A letra, é um título de crédito através do qual uma determinada pessoa ou entidade
(o sacador) ordena a outrem (sacado) o pagamento de uma certa importância (valor
nominal da letra), a si ou a outra pessoa ou entidade (tomador), numa determinada
data (vencimento). O sacador corresponde, normalmente, ao credor enquanto que o
sacado corresponde ao devedor. A letra para produzir efeitos deve conter os
seguintes elementos essenciais:
A palavra letra escrita no próprio título;
O mandato de pagar uma certa quantia;
O nome da entidade que a deve pagar;
O nome da entidade a quem ou ordem de quem deve ser paga;
Indicação da data em que é sacada;
Assinatura de quem passa a letra (sacador).
Há outros requisitos não essenciais, tais como:
Época de pagamento;
Lugar de pagamento;
Lugar onde a letra foi emitida.
Para uma maior quantia de pagamento da letra é normalmente prestado o aval. Este
corresponde a uma certa garantia de pagamento dada por um terceiro, ou mesmo
um signatário da letra a favor de um dos seus intervenientes. Quando não é
mencionado o interveniente a favor do qual se dá o aval, considera-se como sendo
dado pelo sacador. O dador de aval, designa-se avalista e as responsabilidades do
avalista são transferidas a pessoa por ele afiançada se for o caso.
Saque
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Endosso: Consiste na transmissão da letra a outrem pelo tomador ou portador.
Apenas podem ser transmitidas, por endosso, as letras que contenham cláusula à
ordem, isto é, quando forem títulos à ordem. A entidade que transmite a letra por
endosso designa-se endossante e aquela pessoa que a recebe designa-se por
endosso, chama-se endossado. A transmissão por endosso corresponde ao
pagamento de uma dívida por meio de letra, daí que o endossado seja, geralmente,
credor do endossante. O endossante fica obrigado perante os endossados
posteriores. Para se efectuar o endosso basta inscrever no verso da letra a expressão
pague-se a “F” (onde F é o nome do endossado) ou à sua ordem, seguida da
assinatura do endossante. Aparecendo apenas o endossante, o endosso diz-se em
branco.
Aceite
O aceite é dado pelo sacado e consiste na declaração da responsabilidade deste pelo
pagamento da letra na data de vencimento. Tal declaração de responsabilidade
consiste apenas na assinatura do sacado na face da letra. Após ter aceite a letra, o
sacado passa a designar-se aceitante, sendo responsável pelo pagamento da letra na
data de vencimento.
Desconto
O desconto das letras faz-se nos bancos comerciais e consiste numa realização
antecipada do seu valor, ou seja, possibilita ao portador realizar o valor da letra
antes da data do seu vencimento, pagando-se, para tal, os juros e encargos relativos
ao período compreendido entre a data da apresentação a desconto e a data de
vencimento. Muitos autores designam desconto aos referidos encargos, isto é, o
valor que a instituição de crédito vai deduzir ao valor nominal do título. O desconto
apresenta uma grande vantagem para o credor (portador e, normalmente, sacador)
visto que possibilita a transformação da letra em dinheiro (meios líquidos) que
doutra forma não conseguiria. São da responsabilidade do aceitante os encargos de
desconto.
Também para o devedor apresenta vantagens visto que consegue assim créditos que
doutra forma não alcançaria. De facto o desconto resulta, na prática, num
empréstimo a curto prazo concedido pela instituição de crédito ao aceitante ou
devedor limitando-se este ao pagamento dos encargos ao portador ou sacador e ao
reembolsar o valor nominal na data de vencimento.
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Os encargos normalmente suportados pelo desconto de letras são os seguintes:
Juros: incidem sobre o valor nominal da letra e são calculados com
base no período compreendido entre a data de desconto e a data de
vencimento da letra, mais dois dias (prazo para apresentação à
cobrança);
Comissão de cobrança: incide sobre o valor nominal da letra;
Imposto: incide sobre o juro e a comissão de cobrança e corresponde
à arrecadação por parte do banco, para posterior entrega ao Estado;
Outras despesas: engloba despesas diversas tais como portes,
telefonemas, e outros.
O portador apresenta a letra para desconto, que poderá ser ou não aceite pelo
Banco. Quando o desconto é aceite, é lhe depositado na conta depósitos à ordem, o
valor nominal da letra deduzido de todos encargos referidos acima. O remanescente
designa-se por valor líquido de desconto ou líquido produto de desconto. Não
havendo nada estipulado em contrário, o portador deverá debitar e cobrar do
aceitante as despesas que lhe foram deduzidas pelo banco, devendo exigir
documento comprovativo (nota de desconto do banco) de tais encargos.
Sejam:
Vn – valor nominal da letra para desconto;
i – taxa de juro praticada;
n – prazo (em dias) que falta para o vencimento;
t – taxa de comissão de cobrança;
Vo – valor actual ou líquido de desconto;
I – imposto
D – outras despesas (portes, telefones), etc.).
A fórmula para calcular o valor líquido de desconto é:
i ( n + 2)
Vo = Vn 1 − + t 1,09 − D
36500
A expressão acima permite-nos determinar o valor líquido de desconto
directamente a partir dos restantes elementos. Os encargos do desconto são dados
pela diferença: Vn – Vo.
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Exemplo:
Calcule o produto líquido de uma letra de 30 000,00, descontada no Banco, 38 dias
antes do seu vencimento, à taxa de 10,25%, com os seguintes encargos: prémio de
transferência 0,875%, imposto 3% e portes no valor de 5,00.
Resolução:
1 – Cálculo
Desconto:
Vn = 30 000,00
n = 38 +2 dias = 40 dias
i = 10,25%
Encargos:t =0, 875%
Impostos = 3%
Portes = 5, 00
30000,00 * 40 * 10,25
D= = 337,00
36500
Transferências (t) = 0,00875 x 30 000,00 = 262,50
Impostos (I) = 0,003 x (337,00 + 262,50) = 18,00
Portes = 5,00
Produto Líquido = 30 000,00 –(337,00 + 262,50 + 18,00 + 5,00) = 29 377,50
Reforma
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data de vencimento da letra reformada, podendo ser calculadas segundo duas bases
distintas:
i) Encargos não incluídos no valor nominal da nova letra;
Sejam:
Vo – valor actual, ou o valor a reformar;
Vn – valor nominal da nova letra = Vo;
i – taxa de juro;
n – prazo, em dias, do vencimento da nova letra;
t – taxa de comissão de cobrança;
I – imposto;
D – outras despesas (portes, telefones, etc.).
Os encargos a pagar pelo aceitante na data da reforma, serão:
i ( n + 2)
Enc arg os = Vo + t I + D
36500
ii) Encargos incluídos no valor nominal da nova letra.
Vo + D
Vn =
i (n + 2)
1− + tI
36500
A expressão acima permite-nos determinar o valor nominal da nova letra. Os
encargos a debitar ao aceitante ser-nos-ão dados pela diferença: Vn – Vo.
Exemplo:
Reformou-se uma letra de 20 000,00, a 60 dias a uma taxa de juro de 12% e do
imposto a taxa de 3% , o ano é comercial, isto é, em vez de 365 dias, tem 360 dias.
Calcular o valor da nova letra.
Resolução.
Sendo:
Vo = valor actual da letra a reformar = 20 000,00
Vn = valor nominal da nova letra =?
i = 12%
Imposto (I) = 3%
Teremos, então:
Juros = (0,12 x 20000,00 x 60) /360 x 100 = 400,00
Impostos = 0,03 x (400,00) = 12,00
Vo + D
Vn =
12(60 + 2)
1− + 0 * 0,03
3600
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Recâmbio
A letra é apresentada, no vencimento, ao aceitante para que este proceda ao seu
pagamento, isto é, efectua-se a sua cobrança. No entanto, duas situações podem
ocorrer:
i) O aceitante paga a letra terminando, assim, a suam vida e função;
ii) O aceitante recusa-se ao pagamento da letra, sendo esta devolvida ao
sacador, por incobrabilidade. Tal devolução por falta de pagamento
constitui recâmbio:
O recâmbio de letras não cobradas comporta sempre despesas que devem
ser debitadas ao aceitante, na sua totalidade, se a responsabilidade de tal
facto lhe ser incumbida.
Protesto
O protesto consiste numa acção levada a cabo pelo portador da letra, motivada
pela falta de pagamento. O protesto acarreta custos. Todos estes custos do
protesto deverão ser responsabilizados ao aceitante ou devedor. Todos os
custos, assim como o valor nominal da letra, são lançados a débito na conta
Clientes de cobrança duvidosa.
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Tipos de Letras
Letras a Receber
Incluem as dívidas de clientes que estão representados por títulos ainda não
vencidos. As letras a receber são lançadas na Conta Clientes – Títulos a receber
(conta 1.3.2 apresentada abaixo). Esta subconta pertence a conta 1.3. Conta
Clientes. Ela é constituída por dois membros: membro esquerdo – Débitos e
membro direito – Créditos (figura abaixo).
Débito Crédito
Saques Endosso a terceiros
Endosso de terceiros Desconto
Reforma (anulação)
Cobranças
Protestos (letras em carteira
Como podemos ver na figura acima, no membro esquerdo (débitos) temos, saques
e endossos de terceiros. Isto significa que todos valores nominais dos saques da
nossa empresa e todos endossos de letras que a nossa empresa recebe colocamos a
débito nesta conta. No membro direito (créditos) temos os endossos a terceiros,
descontos, reformas (anulações), cobranças e protestos. O mesmo que dizer que,
todos endossos que a empresa faz a terceiros, todos descontos que efectuamos no
banco, todas reformas das letras antigas e todas as letras em protesto devem ser
colocados a créditos nesta conta, porque representam uma diminuição do valor dos
títulos em poder da empresa.
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Saque
Saque consiste na emissão de uma letra por parte da uma determinada empresa. Na
prática significa que a empresa está substituir a dívida corrente do cliente por uma
dívida representada por título. Vejamos qual é a movimentação contabilística desta
operação no esquema abaixo. Seja: Vn – valor nominal da letra, isto é, o valor em
dívida que aparece escrito na letra. Teremos, pelo saque, o lançamento:
Vn Vn
Aqui estamos a ver o seguinte: quando uma empresa emite uma letra a um cliente
(saque), a empresa está a transformar a dívida do cliente de corrente (normal) para
uma dívida representada por um título (letra). Deste modo, temos que anular a
dívida corrente do cliente na conta 1.3.1. Clintes c/c (creditando esta conta) e
colocamos o valor nas dívidas representadas por títulos na conta 1.3.2. Clientes –
títulos a receber (debitando o valor em dívida nesta conta).
Endosso
Vn Vn
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Este esquema mostra-nos que temos que retirar o valor da letra que entregamos da
nossa conta Clientes – títulos a receber e devolvemos este valor no conjunto das
dívidas correntes, isto é, na conta Clientes c/c. Fazemos isso para mostrarmos que
apesar do letra não estar conosco, o cliente ainda tem dívida perante a nossa
empresa.
Na escrita do endossado (da pessoa que recebe a letra), verifica-se uma entrada
(aumento) de letras a receber que vai originar o seguinte lançamento. Isto e, temos
que debitar a conta 132 – Clientes – títulos a receber pelo valor nominal da letra e
debitamos a conta 131 – Clientes cc pelo mesmo valor.
Vn Vn
Aqui estmos a ver que a pessoa que recebe a letra, debita o valor da letra na sua
conta Clientes – títulos a receber, como forma de mostrar que a seu valor de títulos
aumentou. Mas não pára por aí, ele credita (anula) a dívida do seu cliente para não
duplicar a dívida. Note que na contabilidade, o endosso só acontece se uma das
partes é devedora da outra, por isso tem que se creditar na conta conta Clientes c/c.
Desconto
O desconto na letra, significa ir ao banco pedir o adiantamento do valor da letra. O
banco não entrega todo valor nominal ao sacador, desconta uma certa importância
pelos serviços prestados e pela antecipação do valor.
Nesta operação o lançamento é muito simples. Debitamos a conta 12 – Bancos,
creditamos a conta 131 – Clientes cc (creditamos) e a conta 68 – Custos e perdas
financeiras – Desconto de títulos (debitamos).
Para melhor percebermos a movimentação contabilística desta operação, vejamos o
esquema abaixo.
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Sejam:
Vn – valor nominal da letra descontada (o valor em dívida)
E – encargos do desconto (juros, comissões de cobrança, impostos, portes e outras
despesas), o valor que o banco nos desconta do valor em dívida.
Vo – valor actual ou líquido de desconto (o valor que temos a receber depois dos
descontos do banco) V0 = Vn – E
68 C. perdas finan.
E
Quando fazemos o desconto no banco, temos antes de mais, que anular a dívida de
clientes, isto é, considerarmos que o cliente já pagou. Em seguida temos que lançar
o valor líquido de desconto na nossa conta bancária, isso se o valor for depositado
na nossa conta, se recebermos em mão temos que lançar na conta caixa. Todas
despesas incorridas neste processo, são chamados de custos financeiros, por isso
temos que lançar na conta de custos financeiros relacionados com desconto de
títulos (conta 6.8 – Desconto de títulos).
De uma forma sintética, o que fazemos e o seguinte: debitamos a conta 12
Bancos/11 Caixa pelo valor liquido (Vo), debitamos a conta 68 – Custos e perdas
financeiras e, finalmente, creditamos a conta 131 – Clientes c/c.
No comentário acima, nós assumimos que os encargos de desconto são pagos por
nós. Mas pode se dar o caso de ser o nosso cliente a pagar. Neste caso temos que
transferir os custos assumidos para a conta do cliente. Para tal, temos que creditar
a conta 6.8.1.5. Descontos de títulos em contrapartida debitamos a conta 1.3.1.
Clientes c/c (veja figura abaixo).
6.8.1.5. Desconto de Títulos 1.3.1. Clientes c/c
Débito Crédito Débito Crédito
E E
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Exemplo:
Calcule o produto líquido de uma letra de 30 000,00, descontada no Banco, 38 dias
antes do seu vencimento, à taxa de 10,25%, com os seguintes encargos: prémio de
transferência 0,875%, imposto 3% e portes no valor de 5,00.
Resolução:
1 – Cálculo
Desconto:
Vn = 30 000,00
n = 38 +2 dias = 40 dias
i = 10,25%
Encargos:
Transferências = 8,75%
Impostos = 3%
Portes = 5,00
30000,00 * 40 * 10,25
D= = 337,00
36500
Transferências = 0,00875 x 30 000,00 = 262,50
Impostos = 0,003 x (337,00 + 262,50) = 18,00
Portes = 5,00
Produto Líquido = 30 000,00 –(337,00 + 262,50 + 18,00 + 5,00) = 29 377,50
Este exemplo é só para estarem abalizados no assunto, mas é tratado com maior
profundidade na disciplina de Matemática financeira
Reforma
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Na reforma parcial, devemos considerar três momentos para efeito de registo
contabilísticos:
• Pedido de reforma por parte do cliente. Essa operação acontece quando na data
de vencimento da letra (data que o devedor devia pagar a sua dívida) ele não é
capaz de pagá-la e pede para se substituir a letra vencida por outra com
vencimento para uma data posterior. Sendo aceite, irá originar o lançamento de
anulação da letra que atingiu a data de vencimento;
• Se amortizar uma parte do valor da dívida, deve se efectuar o lançamento de
correspondente entrada de fundos;
• Emissão da nova letra, com ou sem encargos incluídos, a que corresponderão
lançamentos correntes de saque e de encargos.
i. Dizemos com os encargos incluídos quando, na nova letra, para
além do valor nominal da letra (valor em dívida) incluem-se
também as despesas da reforma:
ii. Sem encargos incluídos, significa que o cliente na data da
reforma prefere pagar as despesas de reforma e a nova letra é
emitida apenas com o valor nominal da dívida.
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1.1. Caixa ou 1.2.1. Dep. Ordem 1.3.1. Clientes c/c
Débito Crédito Débito Crédito
A A
Como pode verificar, aqui movimentam-se duas contas apenas. Debitamos a conta
11 Caixa/ 12 Bancos o valor liquido de desconto e creditamos a conta Clientes c/c
pelo mesmo valor.
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b) Pelo saque: quanto ao valor nominal da nova letra (Vn1), isto é, pelo novo
saque da nova letra (emissão de nova letra), debitamos (acrescentamos) a conta
1.3.2 – Clientes – título a receber e diminuímos (creditamos) a conta 131 – Clientes
c/c (esquema abaixo)
b) Pelo saque: a nova letra terá um valor nominal correspondente do valor nominal
da letra reformada, deduzido da parte que foi amortizada (se for o caso) incluindo
os encargos de reforma, isto é: Vn2 = Vo – A + E1. Contabilisticamente,
debitamos a conta 132 – Clientes – Títulos a receber pelo valor nominal da nova
letra (Vn2), e creditamos a conta 1.3.1 – Clientes c/c pelo mesmo valor.
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1.3.2 Clientes - Títulos a receber c/c 1.3.1. Clientes c/c
Débito Crédito Débito Crédito
Vn2 Vn2
Posto isso, melhor avaliarmos a nossa assimilação da matéria com este exemplo:
Exemplo:
Joaquim Furtado de Maputo, no passado dia 10 de Janeiro foi contado por José
Pires, Lda., para reformar o seu saque n. 67 nas seguintes condições:
• Reforma total da letra no valor de 500 000,00, por outra de 90 dias,
incluindo:
i. Juros à taxa de 18%;
ii. Portes no valor de 80,00
iii. Comissões, 0,5%
iv. Imposto do selo da letra 2 000,00
Tarefa:
a) Calcular o valor do novo saque;
b) Registar as operações no Diário e nos Ts.
Resolução:
Vo * n * i
a) Juros =
36500
500000,00 * 92 * 18
J =
36500
J = 22 685,00
0,5 * 500000,00
Comissão = = 2500,00
100
Imposto de selo = 2 000,00
Logo: Valor nominal da nova letra.
= 500 000,00 + 22 685,00 + 2 500,00 + 80,00 + 2 000,00
= 527 205,00
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Lançamentos:
Contas Movimentadas Valor
Auxiliar Total
Maputo, 10 de Janeiro de 2010
1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 500 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.2. Clientes, c/ letras a receber
pela anulação da letra n. 67 de J. Pires, Lda.
1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 27 205,00
a 7.8.Proveitos e ganhos financeiros
7.8.6. Outros proveitos e ganhos financeiros
pelos encargos da reforma
1.3. Clientes
1.3.2. Clientes, c/ letras a receber 527 205,00
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
pelo saque da nova letra
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1.3.1. Clientes. c/c 1.3.2. Clint. Tít. a receber
500 000, 00 527 205,00
27 205, 00
Neste exemplo podemos ver que no saque da nova letra, creditamos a conta 1.3.1 -
Clientes c/c e debitamos a conta 1.3.2 - Clientes títulos a receber e creditamos a
conta 786 - Proveitos e ganhos financeiros também em contrapartida da conta 1.3.2
- Clientes títulos a receber.
Recâmbio da Letra
Devolução de uma letra por falta de pagamento e que havia sido, ou não,
descontada envolve sempre o débito, por parte da instituição de crédito dos portes e,
eventualmente, de outras despesas.
No recâmbio da letra, podemos ter duas hipóteses:
A primeira hipótese: devolução da letra que tínhamos descontado no banco, isto é,
já tinha levantado o dinheiro no banco em troca da letra.
A segunda hipótese: a letra foi devolvida antes de levantarmos do dinheiro no
banco, isto é, não foi aceite no banco.
Seja então:
Vn – valor nominal da letra recambiada
D – despesas de recâmbio (portes e outras)
n – número de dias que vai do saque da letra até ao recâmbio.
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A letra devolvida pode ter duas hipóteses possíveis:
i) A letra tinha sido descontada no Banco (o banco já tinha nos passado o
dinheiro em troca da letra):
Neste caso, a letra é devolvida quando na data que o cliente devia pagar a
sua dívida, ele não o faz. Neste caso o banco nos devolve a letra e nós
somos obrigados a devolver o dinheiro que tínhamos levado
adiantadamente ao banco.
Nesta operação temos que debitar a conta 131 – Clientes c/c e debitamos a
conta 12 – Bancos.
No desconto de letra nós vimos que a há uma entrada do valor na nossa conta 1.2.
Banco e diminuimos as dívidas na conta clientes – títulos a receber. Aqui a situação
é inversa: estamos a notar que a nossa conta banco vai sofrer uma diminuição
creditada) resultante do valor que temos que tirar para devolvermos ao banco.
Como dissemos, atrás o recâmbio é resultante da falta de pagamento do cliente, por
isso temos que activar a dívida do cliente que tinhamos anulado no dia de disconto,
debitando a conta 1.3.1. Clientes c/c.
ii) A letra estava em carteira mas havia sido enviada à cobrança através do
Banco (o banco não aceitou nos passar o dinheiro):
Isso é resultado de falta de confiança do banco perante o cliente devedor
(aceitante da letra em questão).
Neste caso temos que cancelar a letra, creditando a conta 132 – Clientes –
títulos a receber e colocamos a dívida na conta correntes do cliente
(debitando a conta 1.3.8. clientes cobrança duvidosa, porque já não temos
plena confiança de recuperar este valor devido.
Este processo não é de graça, tem alguns custos que devem ser suportados.
Todos encargos (custos) desta operação são descontados na nossa conta
pelo banco ou pagámos em dinheiro. Como a culpa não é nossa, como
empresa, temos que debitar a conta 1.3.8 – Clientes cobranças duvidosas
pelo valor descontado e pelo valor nominal da letra. Creditamos a conta 132
– Clientes – Títulos a receber pelo valor nominal da letra e creditamos
também a conta 1.2.1 – Bancos pelo valor descontado (figura abaixo).
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1.3.8. C. cob duvid 1.3.2. Clientes T. a receber
Vn +D Vn
Vejamos de seguida um exemplo que pode nos ajudar a fixar alguns conceitos
sobre recâmbio de letra:
Foi recambiada uma letra por falta de pagamento com um valor nominal de 24
000,00. As despesas de recâmbio no Banco ascenderam aos 252,00. Fazer o
lançamento no diário e no razão esquemático.
Lançamento no Diário
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Nos Ts, teremos:
1.3.2. Clint.Títu. a receber 1.3.8. Clint. Cob. Duviid
24 000,00 24 252,00
Neste exemplo estamos a ver que o valor nominal da letra (valor da dívida) de 24
000,00 foi debitado na conta 132 – Clientes – títulos a receber, o valor de desconto
foi creditado na conta 121 – Bancos e finalmente debitamos a conta 138 – Clientes
cobrança duvidosa o valor nominal da letra e o valor dos encargos.
O Protesto
Como vimos na definição é processo praticamente judicial. Surge na sequência de
falta de pagamento por parte do cliente. Como qualquer outro processo judicial
acarreta encargos processuais.
Tal como no recâmbio, também as despesas de protesto devem ser debitadas
directamente ao cliente. Como o protesto corresponde a uma acção judicial movida
sobre o cliente para recebimento do seu débito, consideramos que por tal facto, o
cliente deverá ser de cobrança duvidosa, daí o interesse em ser transferido o seu
valor corrente para a conta 1.3.8. Clientes de cobrança duvidosa se tal
procedimento ainda não tivesse sido adoptado.
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Lançamento:
O esquema acima nos diz que aquando do protesto, nós temos que anular as letras
a receber creditando a conta Clientes - títulos a receber e activamos a conta
corrente do cliente em questão debitando a conta Clientes c/c, pelo valor nominal
da letra em protesto.
Como a dívida já é de difícil reembolso, temos que transferir todo valor que está na
conta corrente, creditando a conta Clientes c/c e colocamos a na conta Clientes de
cobrança duvidosa, debitrando esta conta.
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Exercício Prático:
Registar no Diário Analítico da Sociedade Gumana, Lda. as seguintes operações
do mês de Janeiro de 2010.
Dia 3 – factura n. 1/2010 sobre R. Dias, a 90 dias, relativa ao fornecimento de 100
calças, ao preço unitário de 500,00;
Adiantamento de F. Pinto no valor de 20 000,00, para fornecimento de 200
camisas, cujo preço unitário ainda não está determinado.
Dia 4 – R. Dias liquida 10% do seu débito aceitando uma letra pelo restante a 95
dias da data (saque n. 1/2010 da Sociedade Gumana). Sobre o valor pago é lhe
concedido um desconto de 2%:
Dia 5 – factura n. 2/2010 sobre F. Pinto, relativamente ao fornecimento de 200
camisas, ao preço de venda unitário de 150,00;
Dia 7- foi descontado no Banco o saque n. 1/2010, nas seguintes condições: juros à
taxa de 18,75%; comissões de cobrança de 0,2%, imposto 9%; portes 54,00.
Emite-se sobre o cliente a nota de débito n. 1/2010, relativa aos encargos de
desconto.
Dia 10 – foi solicitado pelo aceitante P. Tomás, a reforma do saque 168/2009, em
carteira, no valor de 80 000,00. Esta foi aceite pela Sociedade Gumana, nas
seguintes condições:
• Amortização de 25% do saque n. 168/2009;
• Emissão de nova letra, saque n. 2/2010, a 60 dias da data, incluindo os
seguintes encargos: juros a taxa de 18,75%, comissões de cobrança 0,2%,
imposto 9% e despesas de reforma e de portes 107,00. O custo da letra
(imposto de selo) foi debitado ao aceitante, tendo a letra sido adquirida,
nesta data, pelo sacador.
Dia 12/2010 – F. Pinto devolve 10 camisas, por se encontrarem deterioradas.
Dia 13/2010 – o Banco, recambia o saque 172/2009, com o valor nominal de 18
000,00. Debita despesas de devolução de telefone e de cobrança de 84,00. Este
saque corresponde a um aceite de P. Lobo, cujo débito se deve considerar de
cobrança duvidosa, face à situação de litígio em que se encontra;
Dia 18 – C. Marcelino solicita a reforma do saque 180/2009, no valor de 20 000,00
pela sua totalidade. Tal foi aceite nas seguintes condições:
• Novo saque a 30 dias da data;
• Encargos de uma possível negociação bancária debitados directamente ao
cliente e a pagar de imediato: juros à taxa de 18,75%; comissões de
cobrança de 1%, imposto 9% e outras despesas 60,00. O impresso da letra
foi entregue pelo aceitante. Este saque encontrava-se descontado no Banco
o qual procedeu à sua devolução nesta data;
25
Dia 20 – Liquidação da factura 16/2010 de M. Pina, no valor de 135 000,00, da
seguinte forma:
• Entrega do cheque 234 567 sobre o Banco no valor de 35 000,00;
• Endosso do saque 820/2009, com vencimento em 26/01/2010, no valor de
100 000,00
Resolução
26
Dias Contas Movimentadas Valor
Auxiliar Total
Maputo, 03 de Janeiro de 2010
Dia 3 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 50 000,00
a 7.1. Vendas de meios circulantes materiais
7.1.1. Mercadorias
factura n. 1 sobre R. Dias
1.1. Caixa 20 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.9. Adiantamento à clientes
adiantamento de F. Pinto
Dia 4 Diversos 5 000,00
a 1.3. Clientes
1.1. Caixa 4 900,00
6.8. Custos e perdas Financeiras
6.8.5. Descontos de pronto pgto concedidos 100
liquidação de 10% do débito de R. Dias
1.3. Clientes 45 000,00
1.3.1. Clientes títulos a receber
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
saque n. 1 sobre R. Dias
Dia 5 1.3. Clientes 30 000,00
1.3.1. Clientes c/c
a 7.1. Vendas de meios circulantes materiais
7.1.1. Mercadorias
factura n. 2 sobre F. Pinto
1.3. Clientes 20 000,00
1.3.9. Adiantamento de clientes
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
anulação do adiantamento de cliente
Dia 7 Diversos 45 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.2. Clientes títulos a receber
1.2. Bancos
1.2.1. depósito à ordem 42 479,40
6.8. Custos e perdas Financeiras
6.8.1. Juros suportados
6.8.1.5. Desconto de títulos 2 520,00
pelo desconto do saque n. 1/2010
1.3. Clientes 2 520,60
1.3.1. Clientes c/c
a 6.8. Custos e perdas Financeiras
6.8.1. Juros suportados
6.8.1.5. Desconto de títulos
nota de débito n. 1/2010
A transportar 217 520,00
27
Transporte 217 520,00
Dia 10 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 80 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.2. clientes - títulos a receber
anulação do saque 168/2009 para reforma
1.1. Caixa 20 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
amortização de 25% do saque 168/2009
1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 2 405,10
a 7.8. Proveitos e ganhos financeiros
7.8.9. Outros proveitos ganhos financeiros
encargos da reforma do saque n. 168/2009
1.3. Clientes
1.3.2. clientes - títulos a receber 62 405,10
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
saque n. 2/2010
1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 374
a 1.1. Caixa
compra da letra, de sua conta
Dia 12 7.1 Venda de meios circulantes materiais
7.1.5. Devolução de vendas 1 500,00
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
devolução da mercadoria. Por F. Pinto
Dia 13 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 18 084,00
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósito a ordem
recâmbio do saque 172/2009
1.3. Clientes
1.3.8. Clientes de cobrança duvidoda 18 084,00
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
transferência da 2ª parte para a 1ª
Dia 18 1.3. Clientes
1.3.2. clientes - títulos a receber 20 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
saq.3, resultante da reforma da 180/2009
1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 636,8
a 7.8. proveitos e ganhos financeiros
7.8.9. Outros proveitos e ganhos financeiros
encargos da reforma do saque 180/2009
1.3. Clientes
A transportar 441 008,90
28
Transporte 441 008,90
1.3.1. Clientes c/c 20 000,00
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósito à ordem
devolução do saque 180/2009
Dia 20 4.1. Fornecedores
4.1.1. Fornecedores c/c 135 000,00
a Diversos
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósito à ordem 35 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.2. Clientes - títulos a receber 100 000,00
liquidação da factura 16/2010
Letras a Pagar
Letras a pagar são aquelas em que a empresa tem a obrigação de pagar. Neste caso
a empresa está na situação de aceitante. Significa que a dívida corrente da empresa
se transforma em dívida representada por título.
Conta 4.1.2. Fornecedores – Títulos a pagar
Inclui as dívidas a fornecedores que se encontram representadas por letras ou
outros títulos de crédito. No registo das letras a pagar devem ser indicados, entre
outros elementos, a data do aceite, sacador, data do saque, valor nominal do aceite
em moeda nacional (e moeda estrangeira se for o caso), vencimento e outros
elementos de interesse informativo.
Nas letras a pagar e outros títulos encontramos três operações: o Aceite, o
Pagamento (Cobrança) e a Reforma.
Aceite
Resulta de uma dívida corrente que nós temos e que permitimos que seja
transformada em dívida representada por título.
Aquando de aceite, Credita-se a conta 4.1.2. Fornecedores – títulos a pagar em
contrapartida da conta 4.1.1. Fornecedores c/c, pelo valor nominal.
29
Exemplo:
A Empresa Litonova, Lda., aceitou uma letra (aceite n. 38/2010) a L. Pechirra pelo
débito relativo a mercadorias adquiridas a 63 000,00.
Fazer o registo no Diário e no Razão esquemático.
Estamos a ver neste exemplo que quando aceitamo0s uma letra, temos que anular a
nossa dívida corrente com o fornecedor, e acrescentamos nas nossas dívidas
representadas por título o valor nominal da dívida.
Pagamentos (Cobrança)
Quando se fala da cobrança ou de pagamento, se refere ao caso em que o nosso
fornecedor leva a letra ao nosso banco e pede ao banco para efectuar o pagamento
do valor em dívida. Contabilisticamente o procedimento a seguir é: Anular-se a
conta 4.1.2. Fornecedores – Títulos a pagar, debitando-se em contrapartida da conta
1.1. Caixa ou 1.2.1. Depósito à ordem, conforme donde é que saiu o valor.
30
Reforma
A reforma deste tipo de letra ocorre sempre que não temos dinheiro para pagarmos
parcialmente ou totalmente a nossa letra no dia do seu vencimento. Na reforma
deste tipo de letras temos que ter presentes três passos:
i. Anulação da letra a reformar.
ii. Parte do valor nominal entregue para amortização do aceite antigo.
iii. Aceite de uma nova letra com vencimento posterior.
O valor nominal da nova letra pode ser determinado de duas formas
distintas, dependendo se engloba ou não os encargos da reforma.
Normalmente a reforma tem sido parcial. Sendo assim, tomaremos este tipo de
reforma como exemplo para explicar a movimentação contabilística desta
operação, seguindo os passos acima descritos:
Exemplo:
31
Exercício Contas Movimentadas Valor
Auxiliar Total
1 Maputo, 20 de Janeiro de 2010
4.1. Fornecedores
4.1.2. Fornecedores - Títulos a pagar 56 000,00
a 4.1. Fornecedores
4.1.1. Fornecedores c/c
anulação do aceite 603/2009,para reforma
4.1. Fornecedores
4.1.1. Fornecedores c/c 14 000,00
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósitos à ordem
liquidação de 25% do aceite 603/2009
6.8. Custo e perdas financeiras
6.8.8. Outros custos e perdas financeiras 3 336,50
6.8.8.1. Serviços bancários
pela nota de débito 26/2010
4.1. Fornecedores
4.1.1. Fornecedores c/c 45 336,50
a 4.1. Fornecedores
4.1.2. Fornecedores - Títulos a pagar
pelo aceite da nova letra, n. 39/2010
6.4. Impostos e taxas
6.4.3. imposto de selo 272
a 1.1. Caixa
pela aquisição de uma letra
È visível neste exemplo que o primeiro passo que temos que dar é anular a letra
antiga, debitando aconta Fornecedores – títulos a pagar e em contrapartida
creditamos a conta Fornecedores c/c;
Segundo passo temos que contabilizar o pagamento de uma parte (25%) do valor
nominal da letra antiga. Isso é feito credtando a nossa conta Banco e em
contrapartida debitamos a nossa conta Fornecedores c/c.
O terceiro passo é evidenciarmos os custos de reforma que recaem sobre nós. Aqui
temos que creditar a nossa conta banco em contrapartida debitamos a conta Custos
e perdas financeiros.
Em quarto lugar temos que contabilizar o aceite da nova letra. Este passo consiste
em debitarmos a conta Fornecedores conta corrente e contrapartida da conta
creditamos a conta Fornecedores – títulos a pagar pelos valor da nova letra e os
encargos de reforma.
32
Por último temos que pagar os impostos, debitando a conta 6.4. impostos e taxas
em contra partida da conta Caixa.
Noções Gerais
33
Nos créditos obtidos, temos as seguintes operações: contracção de empréstimo,
reembolso e pagamento de juros.
Movimentação Contabilística
Registam-se nesta conta os empréstimos obtidos a crédito, com excepção dos
incluídos na conta de Accionistas.
Genericamente, as contas de empréstimos obtidos creditam-se pelos aumentos
(contracção de empréstimos) e debitam-se no seu reembolso, ver os dois esquemas
abaixo.
Seja Vn o valor nominal do empréstimo (valor total que pedimos por emprestado).
1º Esquema (contracção de dívida)
11 Caixa/12 Bancos 42 Emp. Obtidos
Vn Vn
2º Esquema (reembolso)
Vencimento de juros.
Os empréstimos têm um custo para a empresa uma vez que se tratam de fundos
alheios. Este custo chama-se juro e como qualquer operação financeira tem um
tratamento contabilístico apropriado. O juro para o credor é um rendimento e como
tal, está sujeito a um imposto. O imposto pode ser retido na nossa empresa e
sermos nós a pagar o imposto ao Estado (descontarmos o valor do imposto) ou
ainda ser o próprio credor a pagar (entregarmos o valor global). Vejamos o
tratamento destas duas situações nos esquemas abaixo:
34
Sejam:
J – valor bruto do juro
j – juro líquido do imposto (J –c)
c – valor do imposto
• Descontando o valor do imposto
68 C. perdas finan. 42 Emp. Obtidos
j +c j
44 Credor - Estado
c
35
No esquema é perceptível que na conta de 42 Empréstimos obtidos ou outros
credores, lançamos apenas o valor de juro líquido do imposto (juros – imposto). O
valor do imposto é lançado na conta 44 Credor – estado. Por sua vez, o valor bruto
de juro é lançado na nossa conta 68 Custos e perdas financeiras.
Empréstimos Obrigacionistas
36
Sejam:
• Vn – valor nominal das obrigações, que é correspondente ao valor resultado
da quantidade das obrigações emitidas multiplicado pelo seu preço nominal
(o preço que vem escrito na face de cada obrigação);
• Pr – prémio de reembolso, que é a diferença entre o valo entre o valor com
que as obrigações foram colocadas no mercado de venda e o valor nominal
das obrigações. Para nossa empresa é uma perda, visto que estamos a
vender a baixo do preço que seremos obrigados a reembolsar;
Emissão
Em relação ao preço a que as obrigações são emitidas, podem se verificar três
situações:
Emissão ao par – as obrigações são colocadas ou vendidas no mercado pelo seu
valor nominal, isto é, preço de emissão e valor nominal coincidem. O lançamento
de emissão de obrigações é apenas um lançamento de controlo. Como podemos ver
no esquema abaixo, a emissão de obrigações é contabilizada na mesma conta por
um lado a débito e por outro lado a crédito (conta 423 – Empréstimos
obrigacionistas).
37
Nota explicativa:
Exemplo:
A empresa Américo, Lda. emitiu cerca de 20 000 obrigações ao preço de
100,00Mts cada, com vista a suprir um problema financeiro que a sua
empresa atravessava.
Pretende-se, o lançamento desta operação no razão esquemático.
Resolução:
423 Emp. Obrigacionista 423 Emp. Obrigacionista
2 000 000,00 2 000 000,00
valor de emissão
prémio de reembolso
Neste esquema é evidente que, o valor pelo qual emitimos as obrigações
(Vn – Pr) é inferior ao valor que teremos que pagar (Vn). Esta diferença
(P), por defeito, entre o valor com que colocamos cada obrigação a venda e
o valor que aparece escrito em cada obrigação chama-se prémio de
reembolso. Este prémio é custo para nós.
38
Exemplo:
Vamos assumir que as obrigações emitidas pela empresa Américo, Lda.,
(exemplo anterior) tenham sido postas a venda por 90,00Mts e nos peçam
para fazer o lançamento no razão esquemático.
Resolução:
valor de emissão
prémio de reembolso
valor nominal
Esta situação é que é a nosso favor, pois trás um ganho para nós. O que está
acontecer neste esquema é o seguinte: sendo o prémio de emissão um ganho
para nós, debitamos na conta 423 Empréstimos obtidos o valor nominal da
letra (Vn) adicionando a este valor o prémio de emissão (Pe) e creditamos a
39
mesma conta pelo valor nominal (Vn) e o prémio de emissão nós lançamos
a crédito, como proveito diferido na conta 492 Proveitos diferidos.
Exemplo:
Em relação ainda ao exemplo da empresa Américo, Lda., imaginemos agora
que a empresa graças a sua boa imagem no mercado e a sua alta
rendibilidade, coloque no mercado as suas obrigações emitidas a um preço
de 120, 00Mts.
Resolução:
valor nominal
Obviamente que com este exemplo ficamos mais claros. Veja que o valor
total de emissão foi de 2 400 000,00Mts ao passo que o valor nominal das
obrigações é de 2 000 000,00Mts. Neste caso temos um ganho de 400
000,00Mts (2 400 000,00 – 2 000 000,00). Estes ganhos como foi referido
na parte teórica são lançados na nossa conta 492 Ganhos diferidos. Quando
ao valor de emissão e ao valor nominal das obrigações fazemos a
mesmíssima coisa que vínhamos fazendo (debitamos e creditamos,
respectivamente, na conta 423 Empréstimos obrigacionistas).
Subscrição
Subscrição ocorre quando aqueles que querem comprar as obrigações vêm tomá-las
(levá-las). Este processo de entrega de obrigações, mediante uma identificação do
potencial comprador, designa-se subscrição.
obrigações subscritas
40
O esquema acima nos mostra que no acto de subscrição, todos aqueles tomadores
de obrigações devem ser tratados como devedores obrigacionistas, por isso o valor
total das obrigações tomadas devem ser registadas a débito na conta 163 Devedores
obrigacionistas e em contrapartida creditamos a conta 423 Empréstimos
obrigacionistas.
Exemplo:
Fiquemos ainda no mesmo exemplo da empresa Américo, Lda., desta vez
assumindo que foram subscritas 18 000 obrigações ao par.
Resolução:
obrigações subscritas
Nota explicativa.
Aqui constatamos que, todos os que tomaram obrigações (que se subscreveram)
são considerados de devedores obrigacionistas, pelo que o valor corresponde das
obrigações subscritas devem ser lançados a débito na conta 163 Devedores
obrigacionistas e em contrapartida creditamos a conta 423 Empréstimos
obrigacionistas.
Liberação
Corresponde ao recebimento do valor das obrigações subscritas. Este acto consiste
na entrega dos valores correspondentes às obrigações que foram levadas pelos
obrigacionistas à nossa empresa.
Como o esquema abaixo, esta operação é fácil de entender. Debitamos a conta
Caixa ou a conta Bancos com a entrada de fundos para a nossa empresa e
creditamos a conta 465 Credores obrigacionistas pelo valor que estes nos
entregaram.
valor liberado/recebido
41
Exemplo:
Ainda em relação ao exemplo da empresa Américo, Lda., suponhamos que das
obrigações emitidas, recebemos o valor de 15 000 obrigações ao par (ao preço
nominal).
Vejamos o lançamento desta operação no razão esquemático.
11 Caixa/12 Bancos 465 Credor Obrigacionista
1 500 000,00 1 500 000,00
valor liberado/recebido
Como podemos ver, é só debitarmos o montante recebido na conta Caixa ou Banco
e creditarmos na conta Credores obrigacionistas.
Amortização de Obrigações
Compreende a fase do reembolso do empréstimo. Como qualquer outro
empréstimo, o empréstimo obrigacionista deve ser reembolsado. O reembolso é um
pagamento, por consiste na saída de dinheiro dos nossos cofres ou da nossa conta
bancária para pagar aos nossos credores obrigacionistas.
valor amortizado
Exemplo:
Suponhamos que a Américo, Lda., já atingiu o prazo de honrar com os seus
compromissos e decida reembolsar o valor correspondente às 10 000 obrigações.
Vejamos o lançamento deste exemplo no razão esquemático.
Resolução:
11 Caixa/12 Bancos 465 Credor Obrigacionista
1 000 000,00 1 000 000,00
valor amortizado
Aqui é um pagamento normal, logo temos que creditar a nossa conta caixa ou
bancos e debitamos a quem nós pagamos, neste caso os nossos credores
obrigacionistas.
42
Sumário
Nesta unidade tivemos a oportunidade de aprender dois assuntos de grande
importância.
Primeiro começamos por estudar as Letras, onde ficamos a saber que temos dois
tipos de letras: letras a receber e letras a pagar.
As Letras a receber tem como a sua origem as dívidas dos clientes da empresa
quando transformadas em títulos de curtos prazo. Aqui aprendemos alguns
conceitos relacionados com letras a receber, tais como, o saque, o pagamento, o
endosso, o desconto, a reforma, o recâmbio e o protesto.
As Letras a pagar tem a ver com as dívidas que a empresa tem com os seus
fornecedores e que por um motivo qualq1uer estas mesmas dívidas são
transformadas em Títulos a pagar ou simplesmente letras a pagar. Estas letras
diferem das letras a receber porque é a empresa que aceita a letra. Por isso mesmo
nestas letras em vez do conceito saque, aqui encontramos o conceito Aceite e o
resto dos conceitos das letras a receber prevalece, diferindo apenas na sua forma de
lançamento.
Outra mataria abordada nesta unidade foi o estudo dos Empréstimos
obrigacionistas. Nesta matéria foram destacados o tratamento contabilístico dos
vários momentos de empréstimos obrigacionistas, desde a Emissão, Subscrição,
Liberação e o Amortização das Obrigações.
Bibliografia
PEREIRA, João Manuel Esteves. Contabilidade Geral; Plátano Editora, Lisboa.
BORGES, António; RODRIGUES, Azevedo; RODRIGUES, Rogério – Elementos
de Contabilidade; Editora Rei dos Livros, Lisboa, 1995.
Plano Geral de Contabilidade; Moçambique, 2006.
43
Trabalho
44
Dia 15/07/2009 – pagamento de 80% das obrigações sorteadas a terceiros
(sabe-se que as obrigações da Sociedade Galucho, Lda. foram sorteadas 10) e
do correspondente montante (percentual) dos juros processados.
Tarefa:
Fazer o registo no Diário da empresa Galucho, Lda.
Resolução da pergunta 1.
1º Calculemos o valor nominal da nova letra, os juros e as respectivas
despesas.
Como:
20000,00 x60 x12
Juros = = 400,00
[360] Então, substituindo valores e
resolvendo a equação, teremos.
Vn = 20 000,00 + 400,00 + 0.003Vn
Vn = 20 400,00 + Vn
0,997 Vn = 20 400,00
Vn = 20 461,40
45
Maputo, 24 de Março de 2010 V. AuxiliarV. Total
a) 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 30 000,00
a 1.3. Clientes
1.3.2. Clientes - Títulos a receber
p/ anulação do saque n. 01, pela reforma
b) 1.1. Caixa
a 1.3. Clientes 10 000,00
1.3.1. Clientes c/c
p/ recebimento de 10 000,00 p/ amortização
c) 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 400 00
a 7.8. Receitas financ. correntes
7.8.1. Juros obtidos
p/ juros de reforma do sa que n. 20
d) 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c 61,40
a 6.4. Impostos e taxas
6.4.3. Imposto de selo
pelo imposto de selo do novo saque
e) 1.3. Clientes
1.3.2. Clientes - Títulos a receber 20 4061,40
a 1.3. Clientes
1.3.1. Clientes c/c
pelo saque da nova letra
46
Resolução da pergunta 2.
Número Contas Movimentadas Valor
Auxiliar Total
1 Maputo, 01 de Outubro de 2007
4.2. Empestimos obtidos 13 000 000,00
4.2.3. Empréstimos por obrigações
a Diversos
a 4.2. Emprestimos çbtidos
4.2.3. Empréstimos por obrigações 12 000 000,00
por emissão de 12000 a 1150,00 com valor
nominal de 1 000,00
a 4.9. Acrescimos de custos e proveitos
4.9.2. Proveitos diferidos 1 800 000,00
4.9.2.1. Prémios de emissão de obrigações
por prémio de emissão de obrigações
2 Maputo, 05 de Janeiro de 2008
4.6. Outros credores 13 800 000,00
4.6.5. Obrigacionistas
a 4.2. Empestimos obtidos
4.2.3. Empréstimos por obrigações
subscrição das obrigações emitidas
3 1.2. Bancos 5 520 000,00
1.2.1. Depósitos a ordem
a 4.6. Outros credores
4.6.5. Obrigacionistas
liberação de 40% das obrigações subscritas
4 Mapto, 15 de Janeiro de 2008
1.2. Bancos 8 280 000,00
1.2.1. Depósitos a ordem
a 4.6. Outros credores
4.6.5. Obrigacionistas
liberação de 60% das obrigações subscritas
5 Maputo, 10 de Janeiro de 2009
6.8. Custos e perdas financeiras 960 000,00
6.8.1. Juros suportados
6.8.1.2. Empréstimos obrigacionistas
a Diversos
a 4.6. Outros credores
4.6.5. Obrigacionistas 816 000,00
a 4.4. Credor - Estado
4.4.2. Imosto s/ rendimento-retenção na fonte 144 000,00
processamento dos juros vencidos
6 Maputo, 15 de Janeiro de 2009
4.2. Emprestimos obtidos 100 000,00
4.2.3. Empréstimos por obrigações
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósitos a ordem
aquisição de 100 obrigações de Paulo
7 4.6. Outros credores 816 000,00
4.6.5. Obrigacionistas
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósitos a ordem
pagamento dos juros processados
A transportar 43 476 000,00
47
Transporte 43 476 000,00
8 Maputo, 01 de Julho de 2009
4.2. Emprestimos obtidos 1 000 000,00
4.2.3. Empréstimos por obrigações
a 4.6. Outros credores
4.6.5. Obrigacionistas
sorteio de 1000 obrigações para pagamento
9 Diversos 480 600,00
a Diversos
6.8. Custos e perdas financeiras
6.8.1. Juros suportados
6.8.1.2. Empréstimos obrigacionistas 480 000,00
4.4. Credor - Estado
4.4.2. Imosto s/ rendimento-retenção na fonte 600,00
a 4.6. Outros credores
4.6.5. Obrigacionistas 404 600
a 4.4. Credor - Estado
4.4.2. Imosto s/ rendimento-retenção na fonte 72 000,00
a 7.8. Proveitos e ganhos financeiros
7.8.1. Juros obtidos
7.8.1.3. Obrigações 4 000,00
processamento dos juros vencidos
10 Maputo, 15 de Julho de 2009
4.6. Outros credores 800 000,00
4.6.5. Obrigacionistas
a Diversos
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósitos a ordem 790 000,00
a 4.2. Emprestimos obtidos
4.2.3. Empréstimos por obrigações 10 000,00
pagamento de 80% das obrigações
11 4.2. Empestimos obtidos
4.2.3. Empréstimos por obrigações 800 000,00
a 4.2. Empréstimos obtidos
4.2.3. Empréstimos por obrigações
pelas obrigações sorteadas e liberadas
12 4.6. Outros credores 323 680,00
4.6.5. Obrigacionistas
a 1.2. Bancos
1.2.1. Depósitos a ordem
pagamento de 80% dow juros
Nota: os números da primeira coluna correspondem aos das prguntas acima.
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Avaliação
NOME: ______________________________________________________
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D. Diga se as questões que se seguem são falsas ou verdadeiras, justificando a
sua resposta.
a) As obrigações, contrariamente as letras são títulos de curto prazo (1
valor)
b) Sempre que o valor recebido for inferior ao valor subscrito, estamos na
presença de um prémio de reembolso (1 valor)
c) Se a empresa comprar obrigações de outras empresas terá vantagem se o
preço que paga for acima do par (1 valor).
d) Nos créditos obtidos os juros são um passivo para a nossa empresa (1
valor)
e) Nos créditos obtidos o imposto incide sobre o montante de crédito (1
valor).
Bom Trabalho
50