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Universidade de Brasília

Instituto de Ciências Sociais


Departamento de Sociologia
Profa Dra Tania Mara
Estudantes: Heitor Claro e João Cyrilo

Estudo Dirigido 1

Questões:

01) Dê exemplos de conhecimentos derivados da intuição, da tradição e da ciência.

Intuição vem do latim intuitio.onis/intuei/intueor: ver. Entre os seus significados um deles é o de ter
“capacidade para entender, para identificar ou para pressupor coisas que não dependem de um
conhecimento empírico, de conceitos racionais ou de uma avaliação mais específica”.
Diante desta definição etimológica e do sentido vernacular, obtemos que o conhecimento intuitivo,
ou derivado dele, mostra aquilo que se vê a olho, sem escrúpulo científico, como conhecer
diretamente por consideração ou contemplação do objeto.
Para Philip Goldberg os processos racionais não fazem parte do conhecimento intuitivo. Logo, os
procedimentos de aferição vão pelo pessoal, sem metodologia racional; os exemplos são: a) visão,
conhecimentos aferidos pelo “ver”;b) pelo pelo conhecimento inescrupuloso – sob o ponto de vista
da ciência; c) contemplação da objetividade sem metodologia racional.
Da tradição, entendida como transmissão de costume geracional, se percebe que os conhecimentos,
como laço do passado com o presente, trazem o direito consuetudinário, a religião, a lenda; ou seja,
é o tipo de conhecimento baseado na memória, na recordação, na história.

02) Considere como o tema “vida” é analisado diferentemente por filósofos/as, cientistas, poetas e
sacerdotes.
Segundo o Dicionário de Filosofia ‘criticanarede.com’ a consideração sobre a vida é:
“Assim, responder ao problema do sentido da vida é responder às seguintes três perguntas: Terá a
vida humana, no seu todo, um ou vários objectivos? Será esse objectivo (ou objectivos) alcançável?
Terá esse objectivo (ou objectivos) algum valor? A resposta da maior parte dos filósofos consiste
em dizer que o objectivo da vida humana é a felicidade; mas depois diferem no modo como
entendem o que constitui a felicidade. As tradições religiosas defendem em geral que a vida só faz
sentido se Deus existir; alguns filósofos aceitaram esta ideia, mas acrescentaram que a vida
absurda tem de ser então abraçada precisamente porque Deus não existe (ver existencialismo ).
Contudo, muitos filósofos não concebem o sentido da vida como algo que dependa da existência ou
não de Deus, e é costume chamar “humanista” a esta tradição. (Desidério Murcho)“

Dado essa definição, a filosofia pensa no objetivo, se o é alcançável ou não(?), terá valor? Enfim,
questiona o sentido da vida, de forma existencial, como propositura factível e de valor fático.
A ciência, vai nesse sentido, de forma mais temporal, no sentido maneira, forma, com análise de
costume ou ainda, biológica; então a vida pode ter análise natural, fisiológica, ou relacional para
com a tradição, ou análise dela; ou ainda como fase, etapa.

Os poetas levam a substância, o ser, como entidade transcendente, de valores da época, ou


universais, retratando sentimentos, anseios e vivências. A vida teria várias faces, como entidade de
valor, de afecções, com medição atemporal, em que pese que na literatura a vida e morte são
processos não tão delimitados como na ciência ou na filosofia.
“A vida é um conceito com numerosas faces. Pode-se referir ao processo em curso do qual os seres
vivos são uma parte; ao espaço de tempo entre o nascimento e a morte de um organismo; a
condição duma entidade que nasceu e ainda não morreu; e aquilo que faz com que um ser vivo
esteja… vivo. Metafisicamente, a vida é um processo constante de relacionamentos. “
Fonte: https://www.dicionarioinformal.com.br

Os sacerdotes entendem que a vida depende da existência de Deus, deuses, ou do transcendental.


Como que a vida humana viesse a reboque de uma entidade externa. Que seria responsável pelo
arbítrio da vida, seja animal ou humana. Os desígnios seriam decorrentes.

03) Identifique algumas “verdades” na nossa sociedade, amplamente reconhecidas e que se


justificam pelo argumento da autoridade.

A verdade contemporânea, mas que é secularizada, da autoridade policial e da fé pública. Diante do


aceite de que o servidor/a tem fé pública a vida dele/a é mais valiosa que a da cidadania comum. Só
se baseia pela autoridade legal.
A verdade generalizada de que pai é pedófilo, mau cuidador, em que pese números concretos do
oposto, de que na maioria dos casos a criança sofre abuso sob por padrastos, amigos, vizinhos, e a
mãe, etc. (fonte: Observatório Nacional da Guarda Compartilhada). A verdade de que a mãe é o
abrigo certo da criança é somente lastreado no costume, na tradição, que impede até homens pais de
tomarem iniciativa maior para participar mais ativamente nas vidas das suas crianças, não somente
como pagadores de pensão.

04) Analise a expressão: “A ciência, ao contrário de outros sistemas elaborados pelo ser
humano, reconhece sua possibilidade de errar”.

O texto indicado aponta, entre outras definições, que o conhecimento objetivo, racional, sistemático,
geral, é verificável e falível, por isso mesmo é científico: tem processo de verificação, generalização
de hipótese, teste, construção de teoria e de “leis”, ou tendências(para as ciências humanas).

05) Relacione alguns possíveis temas de pesquisa das Ciências Sociais.

Um tema possível seria a fé pública do serviço público nos autos de resistência, como fenômeno de
legitimação do assassinato ocorrido a serviço do Estado, na ação policial ostensiva.
Outro tema possível é o direito à família, definido pelo ECA, e a tradição matricelular brasileira, na
regulamentação da Guarda Compartilhada(Lei 13.058/2014), quais as barreiras e questões
envolvidas na concretização do dispositivo legal?

06) Discuta em que medida o conhecimento sociológico é objetivo, racional, sistemático,


geral, verificável e falível.

Ele, o conhecimento sociológico, é objetivo, racional, na medida que trabalha com o fato social, ou
a ação social funcional, distante do objeto, afastado/a o/a pesquisador/a da questão estudada,
afastamento objetivo. Afastado/a também das pré-noções. Produzindo tendências, de posse de
estudos bem construídos, com verdadeiros relativos e provisórios, características da ciências sociais.
Usando métodos qualitativos e quantitativos para elucidar a problemática, sempre que necessário.

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