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Eletroeletrônica

Sistemas de airbag
e pré-tensionadores
Sistemas de airbag
e pré-tensionadores
ÍNDICE

Introdução 05

Sistemas de airbag 06

Generalidades 06

Sistemas mecânico de airbag 08

Sistema eletrônico de airbag 12

Componentes do sistema 14

Lógica de funcionamento 23

Diagnóstico do sistema 24

Pré-tensionadores 27

Generalidades 28

Pré-tensionador mecânico 29

Pré-tensionador integrado no enrolador de cinto 32

Pré-tensionador de comando eletrônico 35

Normas de segurança 38

Normas para manuseio, transporte e armazenamento 43

Componentes perigosos e pronto-socorro 49

Procedimentos para sucateamento 50

Airbag mecânico - “facebag” 50

Airbag e pré-tensionador eletrônico 51

Anexos 54

Central airbag Stilo 55

Esquemas elétricos 57

Airbag Stilo 57

Airbag Punto 59
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Introdução

O Treinamento Assistencial Fiat apresenta aqui mais um módulo da série de sistemas eletroele-
trônicos.

Os assuntos abordados neste módulo são os sistemas de airbag e pré-tensionadores dos cintos
de segurança, presentes nos veículos Fiat e Alfa Romeo.

Procuramos apresentar os temas de forma didática, com iIustrações complementares aos textos
técnicos, proporcionando uma leitura agradável e interessante.

Esperamos que os conhecimentos adquiridos sejam úteis no seu trabalho diário.

Boa leitura!

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Sistemas de airbag

Generalidades
Os veículos Fiat e Alfa Romeo contam com diversos itens de segurança que, aliados as outras
características dos veículos, têm contribuído para a conquista de muitos clientes em todo o
mundo.

No aspecto da segurança passiva, ou seja, proteção para os ocupantes em caso de colisões,


estão dispostos os sistemas de airbag e pré-tensionadores dos cintos de segurança, entre outros.

O airbag um dispositivo que visa proteger o motorista e o passageiro do banco dianteiro em


caso de choque frontal do veículo (com um ângulo de impacto de até no máximo 30° à esquer-
da ou à direita, em relação à direção frontal). Em alguns veículos, apenas o lado do motorista
dispõe de airbag. Este tipo de proteção muito importante, pois, de acordo com estatísticas, as
colisões frontais representam cerca de 60% do total de acidentes. Em outros tipos de acidentes,
como colisões traseiras, capotamentos e colisões frontais em baixa velocidade, a proteção reali-
zada apenas pelos cintos de segurança, já que nesses casos o airbag não atua.

Quando o veículo recebe o impacto da colisão, uma


ou duas bolsas infláveis se enchem automaticamente
de gás, colocando-se entre o corpo dos ocupantes e
as estruturas da parte dianteira do habitáculo. Essas
bolsas se desinflam rapidamente após terem atuado,
a fim de permitir liberdade de movimentos aos ocu-
pantes.

Existe ainda, para alguns veículos, uma terceira bolsa


inflável montada na lateral do encosto do banco do
motorista. É o chamado side bag, que oferece prote-
ção também em colisões laterais.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

A atuação do airbag sobre o corpo do motorista (ou passageiro) e a proteção obtida serão
mais eficientes se todos estiverem utilizando cintos de segurança com pré-tensionadores, que
atuam em conjunto com o airbag.

Na segunda parte deste módulo estudaremos em detalhes esses dispositivos.

Veja no quadro abaixo a relação dos veículos e os tipos de airbag e pré-tensionadores que
possuem.

Veículo Módulo airbag Pré-tensionador Side bag


Allfa 164 eletrônico - lado motorista não possui não possui
eletrônico - lado motorista
Alfa 145 mecânico não possui
- lado passageiro
Alfa 155 mecânico - lado motorista mecânico não possui
eletrônico - lado motorista
Alfa Spider eletrônico não possui
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Alfa 156 eletrônico não possui
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Alfa 166 eletrônico eletrônico
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Marea eletrônico eletrônico
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Palio mecânico não possui
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Palio eletrônico eletrônico
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Punto eletrônico eletrônico
- lado passageiro
eletrônico - lado motorista
Stilo eletrônico eletrônico
- lado passageiro
mecânico
Tipo e Tempra SW mecânico - lado motorista não possui
(reação)

Os sistemas de airbag podem ser classificados em dois tipos distintos: os de funcionamento


mecânico e os controlados eletrônicamente.

Em seguida veremos as características e a lógica de funcionamento de cada um desses tipos de


sistema.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Sistemas mecânico de airbag

O sistema mecânico de airbag que iremos abordar aqui é o que equipa o Fiat Tipo e o Tempra
SW. Esse sistema, denominado “Airbag AMS (Ali Mechanicai System) Facebag reed”, instalado
apenas do lado do motorista.

O Alfa 155 também possui sistema airbag mecânico, de funcionamento semelhante ao do Tipo.

1 - Módulo “facebag”
2 - Bolsa
3 - Dispositivo de
enchimento
4 - Sensor de desacele -
ração e dispositivo de
explosão
5 - Anel adaptador

Componentes do sistema
O dispositivo “AMS Facebag reed” constituído de um conjunto instalado no centro do volante,
que possui um módulo, onde está colocada a bolsa inflável e um dispositivo de enchimento.

Nota: o dispositivo de disparo é composto de dois grupos de componentes. Para tornar mais
clara a descrição, está representado somente um.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Módulo (a): contêm a bolsa (g), dobrada e retida por uma tampa de pIástico (b) que constitui a
parte central do volante, além de uma chapa de fixação (c).

Dispositivo de enchimento (d): composto de uma caixa de alumínio (e), que contêm em seu inte-
rior um sensor de desaceleração (1), um dispositivo de disparo (7,8,9) e um composto químico
(f) que produz o gás azoto para inflar a bolsa.

Anel adaptador (13): fixa o dispositivo de enchimento ao volante.

Subgrupos de componentes do sistema

Sensor de desaceleração (1): envolvido por uma caixa de plástico, constitui-se de uma esfera de
aço (2) apoiada em uma alavanca (3) presa a um ponto de apoio (4). A alavanca mantida na
posição correta por meio de um dispositivo com uma mola calibrada (5). Com o dispositivo de
enchimento armado, a alavanca fica numa posição em que o dente (S) (lado oposto ao da esfe-
ra) retém o percussor (7) do dispositivo de disparo, o qual pressionado pela mola (8).

Dispositivo de disparo: constituído de um percusor (7), uma mola (8) e um detonador (9). Possui
um sistema de armamento (ou de segurança) que trava a alavanca (3), quando o dispositivo ins-
talado em seu anel adaptador (13) fixado no volante.

Sistema de segurança: constitui-se de um pino (10), com um furo fresado (11), e um carne (12).
Com o dispositivo de disparo armado, o came se apóia na alavanca (3), mantendo o pino tra-
vado, o que evita o disparo do dispositivo em caso de choque durante o transporte ou a mani-
pulação.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Funcionamento

Instalação de dispositivo

“Facebag” colocado com dispositivo de enchimento


montado no painel adaptador (dispositivo armado)

No momento da instaIação, o dispositivo de enchimento é introduzido e fixado no anel adapta-


dor (13). Quando o dispositivo é montado, o pino fresado (14) se introduz no furo (11) do pino
(10).

Imprimindo uma rotação de aproximadamente 45 graus (sentido horário) no dispositivo de


enchimento, obtém-se o travamento definitivo do anel. Com esta rotação, o pino (10) também
gira, deslocando o came (12) da alavanca (3), que é liberada. Dessa forma, o sistema fica
pronto para operar.

Atuação do sistema

Atuação do “facebag” em caso de colisão,


com dispositivo de disparo ativado e bolsa
ainda não expulsa

Em caso de choque frontal do veículo, se a desaceleração atingir ou superar o valor limite esta-
belecido no projeto, a esfera (2) empurra a alavanca (3), que vence a resistência da mola cali-
brada (5), liberando o percussor (7).

O percussor atua no detonador (9), que ativa um composto químico (15) utilizado como difusor
de disparo. Passando através dos furos (16), o difusor de disparo (15) ativa um outro composto
químico (f), que produz o gás de enchimento propriamente dito.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Este composto químico (f), contido sob a forma de pastilhas no interior da câmara (17) do invó-
lucro de alumínio (18), produz o gás azoto, utilizado para encher a bolsa inflável. O azoto,
após ser filtrado e resfriado pelos filtros (i), passa através dos furos (j) e é 1 introduzido na
bolsa.

A tampa de plástico (B) do módulo é fixada no suporte (c) através dos rebites (k), que servem
para retê-lo no momento em que se abre. A tampa se abre por meio do rompimento do módulo
em pontos predeterminados (h), quando a pressão do gás no interior da bolsa atinge determina-
do valor.

A seqüência de atuação do sistema “AMS facebag” está representada na figura seguinte:

Gráfico A: desaceleração em função do tempo


em que ela ocorre.

Gráfico B: pressão do gás de enchimento da


bolsa em função do tempo em que ocorre a
dinâmica do choque.

Detalhe C: posições do corpo durante o choque


frontal em relação ao volante e ao “facebag”

Agora que já vimos o airbag mecânico, vamos


conhecer o sistema eletrônico de airbag.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Sistema eletrônico de airbag

A maioria dos veículos Fiat e Alfa Romeo utilizam sistemas de airbag de comando eletrônico
(vide tabela na página 7). Esses sistemas possuem algumas diferenças construtivas entre si,
mas de forma geral possuem os mesmos grupos de componentes e lógicas de funcionamento
semelhantes. Procuramos mostrar aqui um sistema hipotético, com todos os componentes e a
respectiva lógica de funcionamento. Dessa forma, será fácil para você compreender o sistema
eletrônico de airbag específico de cada veículo.

De modo geral, os sistemas eletrônicos de airbag atuam em conjunto com os dispositivos pré-
tensionadores dos cintos de segurança (no Alfa 164 o airbag é eletrônico, mas os cintos de
segurança não têm pré-tensionadores).

Em alguns veículos, como o Marea e os Alfas Spider, 150 e 160, uma mesma central eletrônica
comanda o funcionamento simultâneo dos dois sistemas.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Em outros veículos, como os da família Palio, o airbag possui uma central eletrônica, enquanto
o pré-tensionador tem funcionamento mecânico.

Os sistemas eletrônicos de airbag dos veículos


Fiat e Alfa Romeo geralmente possuem um
módulo airbag para o motorista e um para o
passageiro do banco dianteiro, protegendo
ambos em caso de colisão frontal.

O Alfa 166 e o Marea, além dos módulos


airbag do lado do motorista e do passageiro,
possuem também sistema de airbag lateral
(side bag).

Uma tomada de diagnóstico para conexão ao EDI, ou outro instrumento de diagnose, está pre-
vista em todos os sistemas de airbag, e alguns deles possuem fusíveis específicos para sua pro-
teção (vide esquemas elétricos no final da apostila).

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Componentes do sistema
A central eletrônica de comando do airbag normalmente instalada no console central do veí-
cuIo, e firmemente fixada ao assoalho. Possui um conector para ligação ao sistema elétrico, e
alimentada por uma tensão de 12V com a chave de ignição na posição MAR.

Se, no caso de colisão, ocorrer interrupção dos cabos de alimentação, a central continua ali-
mentada por mais alguns milissegundos após a interrupção. Essa alimentação de segurança
fornecida por um capacitor (ou banco de capacitores) interno central, que acumula energia
eIétrica suficiente para permitir seu funcionamento e a geração do sinal de acionamento das
cargas pirotécnicas (explosivas).

Um adesivo colado à central indica a posição correta


de montagem. A central deve ser montada com a seta
(impressa no adesivo) orientada para a posição de mar-
cha do veículo. Essa posição deve ser rigorosamente res-
peitada, pois determina o sentido em que os sensores de
desaceleração fazem a leitura dos valores de aceleração
negativa durante o impacto, para que a central comande
a ativação dos airbags.

Mais adiante estudaremos os sensores de desaceleração.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

No interior da central, além do sensor de desaceleração, tipo piezoelétrico*, existe um outro


sensor de desaceIeração, mecânico, para a segurança e controle do primeiro sensor.

*Cristais piezoelétricos: possuem a característica de se polarizar quando submetidos a determi-


nada pressão, ou se sofrerem alguma deformação.

Assim, quando ocorre uma desaceleração brusca devido a um choque, o cristal do sensor é
sensibilizado, gerando uma diferença de potencial elétrico proporcional à desaceleração. O
sinal gerado enviado ao microprocessador da central.

O microprocessador. também presente no interior da central, integra os sinais enviados pelos


sensores e decide a ativação do sistema, em função de:

• atuação dos sensores piezoelétrico e mecânico;

• desaceIeração acima de um limite preestabelecido;

• impactos frontais, com tolerância de ± 30°.

A central possui ainda uma memória permanente para defeitos (fault memory, que armazena as
falhas do sistema como um todo), a qual pode ser consultada através do instrumento de diag-
nose utilizado (EDI, Examiner, Fiat-Lancia Tester ou Alfa Tester), e uma memória permanente de
registro de impactos (crash memory, que armazena os dados do impacto).

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Em caso de avaria, a central inibe a ativação do sistema, pois uma ativação fora das condições
previstas pode ser muito perigosa.

A fim de evitar ativações involuntárias, devido a impactos leves ou choques laterais, a central
avalia a intensidade do choque em função da velocidade da desaceleração e da ativação do
acelerômetro mecânico.

(Os pin-outs das diferentes centrais eletrônicas podem ser vistos a partir da página 66).

Sensores de desaceleração

Os sensores de desaceleração se encontram no interior da central elétrica do airbag, exceto no


Alfa 164 MY até 1995, no qual os dois sensores (acelerômetros) se localizam nas laterais do
vão motor.

A função dos sensores é detectar a condição de desaceleração brusca durante a colisão e


enviar um sinal proporcional a essa desaceleração ao microprocessador da central, o qual deci-
de ou não a ativação do sistema.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Lâmpada piloto indicadora de avarias

A lâmpada piloto está situada no quadro de


instrumentos do veícuIo, e sua função é indicar
ao motorista se o sistema de airbag está ou não
em perfeitas condições de funcionamento.

Com a chave de ignição na posição MAR, a


lâmpada deve se acender por alguns segundos
(esse tempo varia de um sistema para outro) e se
apagar logo em seguida. Se isso não ocorrer, foi
detectada alguma avaria no sistema.

O funcionamento da lâmpada controlado pela central que realiza uma verificação constante
de autodiagnose de toda a instalação do airbag. Se algum inconveniente for encontrado, a
lâmpada piloto se acende imediatamente, permanecendo acesa enquanto o sistema não for
reparado e o cancelamento do respectivo erro na memória de erros fault memory não for rea-
lizado. Nesse caso, o veículo deve ser levado imediatamente a uma Concessionária ou Ponto
Assistencial para que seja feito o reparo, pois o sistema perdeu as condições de operar correta-
mente.

O código da avaria detectada memorizado pela central e pode ser lido por meio do instrumen-
to utilizado para diagnose. Após a reparação, o instrumento de diagnose cancela o erro memo-
rizado.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Modelo airbag do lado do motorista

O conjunto do módulo airbag do lado do motorista instalado em uma sede no interior do volan-
te através de uma fixação apropriada.

O módulo contêm um recipiente metálico para conexão com o volante. Nesse recipiente estão
contidos a bolsa inflável e o dispositivo de enchimento, composto de um detonador e de um
composto químico para a formação do gás de enchimento. Após ser enchida a bolsa, ocorre
seu rápido esvaziamento, através de orifícios existentes na mesma, ou através das fibras que a
compõem.

Uma tampa mantêm a bolsa adequadamente dobrada no interior do recipiente. No momento


da colisão a tampa se abre, rompendo-se nos pontos predeterminados de sua estrutura, para
que a bolsa saia completamente.

Desta maneira evita-se que a tampa seja projetada contra o rosto do motorista no momento do
acionamento do sistema.

Para que o módulo do airbag siga a rotação do


volante sem que o chicote de ligação elétrica seja
rompido, o contato eIétrico feito por um dispositivo
de contato em espiral (clock spring). O dispositivo
composto de dois pratos superpostos, sendo o prato
superior soIidário ao movimento do volante por meio
de duas extensões existentes no inferior.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Uma trava de segurança (A) evita a rotação livre


do prato superior quando o volante é retirado, o
que poderia provocar o enrolamento indesejável
do chicote e o possível rompimento. Se o prato
superior rodar em relação ao inferior, de forma a
não permitir o reconhecimento da posição correta
no momento da montagem, o clock spring deverá
ser substituído.

O clock spring também responsável pela


transmissão do sinal de acionamento da
buzina e dos comandos do auto-rádio no
volante, se existirem.

Módulo airbag do lado do passageiro

As características de funcionamento do
módulo airbag do lado do passageiro são
semelhantes às do lado do motorista, uma
vez que os módulos são gerenciados pela
mesma central. As dimensões externas são
maiores e o dispositivo de enchimento é
composto de um cilindro de aço maior em
relação ao do módulo do lado do motoris-
ta, mas o detonador e o composto químico
são idênticos.

O módulo está instalado no painel de instrumentos, em um suporte metálico contendo a bolsa


inflável dobrada e o dispositivo de enchimento.

O suporte fica sob a tampa, que presa ao painel em pontos de rompimento preestabelecidos.

No momento do disparo, esses pontos se rompem permitindo a abertura da tampa e a saída da


bolsa.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Desta maneira evita-se que a tampa seja projetada contra o rosto do passageiro no momento
do acionamento do sistema.

Alguns veículos, como o Alfa 166 e o Alfa 156,


possuem ainda um sensor de presença sob o
revestimento do assento do banco do passageiro.
Esse sensor calibrado para detectar a presença
de um determinado peso sobre o assento. Caso o
banco do passageiro esteja vazio, o sensor envia
essa informação central, que desabilita o funcio-
namento do airbag e do pré-tensionador do lado
do passageiro, além do side bag deste lado, se
houver.

Sistema Smart airbag

Aproteção dos ocupantes em colisão frontam é resolvida por um inovador sistema de proteção
chamado Smart airbag uma vez que está apto a adaptar automaticamente os parâmetros de ati-
vação em função da severidade do acidente, do uso ou nõa dos cintos de segurança e do peso
do passageiro dianteiro.

Airbags frontais do m otorista e passageiro a duplo estágio de ativação

Pela consideração que os atuais sistemas de proteção sejam necessariamente dimensionados


para garantir uma adequada proteção somente em 10% do total dos acidentes frontais, forma
desenvolvidos airbags com duplo limite de ativação. Quando a colisão é de média severidade
a central eletrônica comanda somente o primeiro estágio de ativação dos airbags evitando a
emissão de energia não necessária para a proteção do ocupante. Vice-versa, para colisões
muito severas a central ativa ambos os estágios a fim de poder absorver a maior energia ciné-
tica do ocupante antes que este bata contra o volante ou painel. As rédeas dentro dos airbags

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

e sua modalidade de desdobramento foram estudados para permitir uma abertura com volumes
máximos definidos, a fim de evitar efeitos colaterais danosos para os passageiros.

Side bag

No caso de colisões laterais, que representam cerca de 30% do total de acidentes, o módulo
airbag lateral (side bag) aumenta o nível de proteção do veículo.

O módulo side bag montado através de suportes


no lado externo do encosto do banco dianteiro, de
forma que fique sempre na posição adequada em
relação ao ocupante. Para os veículos em que está
prevista a proteção lateral dos dois ocupantes, cada
banco possui um módulo side bag.

Os principais elementos do módulo são a bolsa inflável, o gerador de gás, o contentor metáli-
co, a tampa de plástico e os suportes de fixação.

A bolsa tem um volume suficiente para proteger as regiões do tórax e do abdômen, sem gerar
riscos mesmo que o ocupante não esteja sentado corretamente.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

O sistema de airbag lateral (side bag) composto pelo módulo e pela central eletrônica de
comando e controle, a mesma que comanda o acionamento dos módulos airbag e dos pré-
tensionadores. Dois sensores, normalmente montados na região próxima aos pré-tensionadores.
contam um acelerômetro piezoelétrico capaz de medir as acelerações verificadas durante uma
coIisão lateral. A informação é transmitida à central, que decide a ativação do side bag.

O gerador de gás é híbrido, isto é, apenas uma pequena parte da carga total é constituída de
carga pirotécnica. A maior parte da energia necessária para o enchimento da bolsa é forneci-
da por um volume de gás (ex.: argon, hélio) armazenado sob pressão no interior do contentor
metálico.

É importante lembrar que o banco completo dotado de side bag deve ser considerado como um
módulo de airbag. Portanto, as mesmas normas de segurança para manuseio e movimentação
desses módulos se aplicam também aos bancos com side bag.

Airbag com persiana ( window Bags)

Pelas análises acidentológicas dos últimos anos, os impactos laterais como aqueles contra
caminhões ou postes e árvores, mesmo estando entre os mais freqüentes, são os mais perigosos
em termos de relação entre número de acidentes e fatalidades, foram introduzidos de série no
os bags com persiana. Estes se ativam junto aos bags laterais colocando-se entre ocupante e
exterior do veículo, impedindo o contato da cabeça contra objetos altamente invasivos. Já que
a sua extensão vai da coluna dianteira ao vão de bagagens, os bags com persiana protegem
tanto os passageiros dianteiros como os traseiros. Entre os diversos tipos de side bag para
a proteção da cabeça, o sistema com persiana oferece os melhores desempenhos graças à
ampla superfície de desenvolvimento e à sua capacidade de autosustentação, mesmo na ausên-
cia de apoio. Esta solução de projeto permite também, além da proteção das partes vitais, a eli-

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

minação de riscos de lesões ao braço a ao ombro. A permeabilidade da bolsa é tal que garan-
te a manutenção da proteção mesmo em situações de colisão "longa" como os capotamentos.

Window bag

Bolsa: 21 litros

Lógica de funcionamento

De acordo com o que foi visto nas explicações sobre


os componentes, o sistema de airbag eletrônico deve
atuar no caso de uma colisão frontal do veículo a
partir de uma determinada velocidade. Nesse caso,
o sensor de desaceleração detecta a aceleração
negativa que ocorre devido ao impacto e envia um
sinal correspondente central. A central, por sua vez,
irá comandar a atuação dos airbags, por meio do
envio de um sinal de tensão para a ativação da
carga explosiva que há no dispositivo de enchimen-
to. A detonação da carga provoca a reação de um
composto químico que produz o gás de enchimento
da bolsa infIável. A pressão do gás faz a tampa do
recipiente se abrir. A bolsa sai de seu recipiente e
se infla, interpondo-se entre o corpo do ocupante e a
estrutura do veículo, realizando sua função de prote-
ção. Logo em seguida, o gás escoa da bolsa, que se
desinfla rapidamente para que o ocupante possa se
mover.

A seqüência de atuação dos dispositivos de airbag de


comando eletrônico pode ser representada indicativa-
mente como na figura seguinte. Apenas o dispositivo
do lado do motorista está representado, já que o do
lado do passageiro funciona da mesma forma.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Acompanhe a seguir a explicação dos gráficos de seqüência de atuação dos airbags.

Gráfico A: evolução da pressão de enchimento da bolsa em função do tempo durante o qual


ocorre a dinâmica da colisão

Gráfico B: posições que o corpo assume durante o choque frontal em relação ao volante e ao
airbag

A sequência temporal dos eventos desde o momento do acionamento do impulso elétrico nela
central eletrônica é a seguinte

1.Instante t1 (figura A, referência 2): momento em que se verifica o acionamento do sistema


de enchimento. A pressão de enchimento começa a subir no interior da bolsa, que ainda está
fechada no interior da tampa do módulo no centro do volante. O corpo do motorista ainda está
em posição quase normal (fig. B, referência 1).

2. Instante t2 (figura A, referência 3): a pressão no interior do módulo ainda fechado sobe até
atingir um valor que faz a tampa se abrir, então a bolsa sai e inicia o enchimento. O corpo do
motorista, nesse período de tempo, começa a deslocar-se para a frente e encontra-se entre a
posição normal de direção e o choque com a bolsa do ai bag (fig. B , referência 2).

No momento em que a bolsa é liberada de seu invólucro, a pressão do gás desce rapidamente
devido à elevada inércia da almofada. Em determinado momento a pressão tende a assumir
valores negativos (fig. A, referência 4).

3. Instante t3 (figura A, referência 5): a pressão da bolsa assume valores positivos uma vez que
iniciou o enchimento total, que a deixará em condição de expansão máxima.

4. Instante t4 (figura A, referência 6): verifica-se o impacto do corpo do motorista com a bolsa
(fig. A , referência 3). A pressão no interior da bolsa sobe devido à pressão exercida na
mesma pelo motorista.

5. Instante t5 (figura A, referência 8): a pressão na bolsa desce rapidamente devido ao seu
esvaziamento, que ocorre através de orifícios ou das fibras que a compõem. A bolsa fica com-
pletamente vazia depois de poucos décimos de segundos.

Diagnóstico do sistema
O diagnóstico dos sistemas de airbag realizado
por meio do EDI ou outro instrumento de diagnose,
que deve ser conectado ao sistema por meio do
conector específico para esta finalidade.

Para alguns modelos, exceto Alfa 156 e Alfa


166, antes de iniciar as operações de diagnóstico
necessário desligar a bateria e aguardar um tempo
de aproximadamente 10 minutos.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Após este tempo, deve-se desligar as cargas explosi-


vas do lado do lado do motorista, do passageiro e
as laterais, se houver, desconectando os respectivos
conectores no chicote. Esse procedimento importan-
te para evitar uma explosão acidental dos airbags
durante a diagnose.

No lugar das cargas retiradas, inserir os resistores


de simulação específicos para cada sistema, que
são fornecidos sob a forma de um kit, cujo número
do desenho para requisição em Peças e Acessórios
18O 635 8OOO.

Em seguida, religar a bateria e prosseguir com o


diagnóstico.

Caso suspeite de avaria no clock spring, basta desligá-lo, substituindo-o pelo resistor de simula-
ção especfíico, e continuar o diagnóstico em seguida.

O instrumento de diagnose permite ler os dados de


identificação do sistema “escritos” no interior da
central (código de reposição, n° da central, etc.)...

...fazer a leitura dos dados da memória de falhas, se memoriza-


das, possibilitando uma fácil leitura e a rápida individualização
dos erros memorizados, abrangendo os diversos componentes e
circuitos de sistema.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Os erros memorizados pela central permanecem


mesmo se a causa determinante cessar. Para alguns
veículos, a lâmpada piloto indicadora de avaria
somente se apagará se as avarias forem soluciona-
das e os respectivos erros cancelados da memória de
erros.

O cancelamento dos erros é feito pelo instrumento de


diagnose, restabelecendo a situação inicial após a
execução do reparo.

Ao terminar a diagnose, restabeleça o sistema, removendo os resistores de simulação e religan-


do as cargas explosivas nos respectivos conectores.

Exclusão do airbag

Algusn modelos como: Palio, Punto, e outros tem a opção de inibir o funcionamento do dispositi-
vo de segurança airbag. Esta função pode estar disponível através de chave, como no Palio, ou
através do My Car Fiat® como no Punto.

Chave de exclusão
Bag Passageiro
8:30

MENU ESC

Deutsch
Exemplo: Exemplo:
Dia
Italiano English
Ano Mês
Português Español Bag pass.: On Bag pass.: Off
Français
8:30 8:30
MENU ESC MENU ESC
Pressão breve Beep Velocida. Sensor faróis Sensor chuva Pressão breve
do botão Saída Menu 8:30 8:30 do botão
8:30
8:30
MENU ESC
Bag passageiro
8:30 Dados trip B
8:30

Revisão
8:30
Acertar hora Confirmar: Sim Confirmar: Não
8:30
8:30 8:30
Vol. teclas
8:30 Regula data
8:30 MENU ESC

Vol. avisos
Ver rádio
8:30
Língua 8:30
Autoclose
8:30 Unid. medida
8:30
8:30
Bag Passageiro Bag Passageiro
8:30 8:30

ativado desativado
8:30 8:30

My Car Fiat®

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Pré-tensionadores

27
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Generalidades
Os pré-tensionadores são dispositivos de segurança que equipam os bancos dianteiros do veícu-
lo, cuja finalidade melhorar a eficiência dos cintos de segurança, aumentando o nível de prote-
ção dos ocupantes em caso de colisão frontal.

Numa colisão desse tipo, é imprescindível que o cinto fique firmemente unido ao tórax do ocu-
pante, para absorver gradualmente a energia cinética que o corpo adquire durante o choque.

Alguns fatores podem fazer com que o cinto não realize corretamente sua função:

• atraso da atuação do dispositivo de bloqueio inercial;

• esticamento das fibras do cinto;

• não deslizamento correto do cinto no enrolador, ou enrolamento excessivo;

• roupas muito espessas, criando um espaço entre o cinto e o tórax.

Devido a tudo isso, o cinto somente cumpre sua


função ap6s um certo deslocamento do corpo
para a frente.

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Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Os cintos de segurança devem ser sempre utilizados,


especialmente nos veículos com sistema de airbag,
pois aumentam a eficiência do sistema, diminuindo o
risco de lesões nos ocupantes.

Alguns veículos Fiat e Alfa Romeo são equipados com


pré-tensionadores de comando mecânico; e outros utili-
zam pré-tensionadores de comando eletrônico, contro-
lados pela mesma central do sistema airbag.

Vamos conhecer os diferentes dispositivos.

Pré-tensionador mecânico
Dois tipos distintos de pré-tensionador mecânico são usados nos veículos Fiat e Alfa Romeo: de
reação e integrado no enrolador do cinto de segurança.

Pré-tensionador de reação (mola)

O Tipo e o Tempra SW são os únicos veículos Fiat equipados com este modelo de pré-tensio-
nador. Seu funcionamento se baseia em um sensor de desaceleração mecânico, devidamente
calibrado, que percebe a aceleração negativa que ocorre durante o impacto de uma colisão
frontal. Esse sensor possui uma massa que se desloca no sentido de marcha do veículo, libe-
rando uma mola pré-tensionada, ligada a um cabo bowden que tensiona a fivela do cinto de
segurança.

Componentes

O conjunto do pré-tensionador é instalado debaixo dos bancos dianteiros, e seus elementos são
os seguintes:

• Sensor (1), que detecta a desaceleração do


veículo;

• Unidade de potência (2), que aloja a mola


pré-tensionada;

• Cabo bowden (3), que transmite o movimento


e a força de tração da unidade de potência
ao sistema de travamento da fivela.;

• Sistema de travamento (4), que permite travar


a fivela (5) após o acionamento da mola,
evitando que o contra golpe da própria mola
possa permitir um movimento de alívio da
fivela;

• Fivela (5), preparada para se retrair até 8 cm


no máximo, quando o sistema é acionado.

29
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Unidade de potência

Incorpora o sensor de desaceleração e a mola pré-tensionada No interior do invólucro exter-


no (1) fica a mola de potência (9) e o equipamento móvel (10), ligado ao cabo bowden (6).
Com o dispositivo pronto para funcionar, a mola (9) está comprimida entre o terminal (12) do
equipamento móvel (10) e o conjunto arruela (8) elemento de reação (7) fixado na estrutura do
banco.

O sensor de desaceleração (massa inercial) (5), o elemento de reação da mola e de fixação ao


banco (7), e as alavancas de alívio do dispositivo (2) se encontram na parte traseira da unida-
de de potência A massa mantida na posição de não-intervenção pelo pino (3) e pela mola de
reação (4)

A trava de segurança (11) previne o acionamento do dispositivo, impedindo que a massa avan-
ce na direção de marcha, aIém de não permitir o destravamento das alavancas (2) que mantêm
o equipamento móvel tensionado pela mola (9).

No momento do impacto, a massa inercial (5)


se desloca para frente, vencendo a força da
mola de reação (4). Após um deslocamento de
aproximadamente 1,5 mm, o degrau dianteiro
da massa libera as alavancas de travamento (2),
permitindo o acionamento do dispositivo.

Dispositivo de travamento

Atua junto a fivela, impedindo que o cinto se afrouxe devido ao contragolpe criado pelo corpo
do ocupante do banco quando a mola principal da unidade de potência, após ter se estendido
ao máximo, reduz sua força de tração.

30
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

O dispositivo composto de um invólucro externo (14) com uma ranhura interna em forma de
circuriferência, um elemento de ligação (17) que pode deslizar em seu invólucro (14) ao qual
estão ligados o terminal bowden (6) e o cabo de retração (16) da fivela.

Para permitir o movimento da fivela apenas no sentido de retração, existe uma mola de segu-
rança (13) e uma elipse de travamento (15). Quando o cinto tende a se afrouxar, esta elipse se
encaixa na ranhura do invólucro externo.

Funcionamento

A seqüência de funcionamento do dispositivo pré-tensionador é a seguinte:

• Em condições normais, a mola • Em caso de choque, o sensor de • Neste ponto a alavanca, submeti-
pré-tensionada (9) da unidade de desaceleração (5) se desloca no da à força da mola principal, está
potência e o equipamento móvel sentido de marcha do veículo. livre para girar, deixando o equi-
(10) ligado a ela são mantidos na pamento móvel (10) pressionado
posição pela alavanca de trava (2), pela mola.
que por sua vez é mantida em sua
posição na parte dianteira do sen-
sor de desaceleração (5).

A ação da mola principal (9) da unidade de potên-


cia tensiona o cabo bowden (6) ligado unidade de
travamento, que provoca a retração da fivela do
cinto.

O esquema de travamento da fivela ilustrado na figura a seguir.

31
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Detalhe A: quando ocorre a retração do cinto, a Detalhe B: a elipse se trava quando o cabo de
elipse de trava (15) arrastada nas ranhuras do invó- retenção da fivela tende a retornar à posição
lucro externo (14) pela ação da mola de segurança inicial.
(13).

A ativação do dispositivo provoca a retração da fivela em até 8 cm. Ao mesmo tempo, um indi-
cador de cor amarela (com um adesivo vermelho) (1) sai da fivela, para indicar a atuação do
dispositivo de pré-tensionamento.

Depois de acionado, o dispositivo deve ser sempre substituído integralmente.

Pré-tensionador integrado no enrolador de cinto


Este tipo de pré-tensionador mecânico é utilizado no Palio. Os Alfas 145 e 155 também são
equipados com dispositivo semelhante.

Componentes

Veja na figura a seguir os componentes do pré-tensionador:

32
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

1. Coluna central
2. Enrolador com pré-tensionador
3. Chapa de fixação do pré-tensionador
4. Porca de fixação da chapa do pré-tensionador
5. Selo de garantia
6. Parafuso prisioneiro para montagem do selo de garantia
7. Parafuso de fixação do pré-tensionador à coluna central
8. Janela de verificação do dispositivo de segurança ativado
9. Pino de retenção do pré-tensionador

Funcionamento

O funcionamento se baseia na ação da força de inércia que atua na massa do conjunto cilin-
dro/pistão devido à desaceleração do veículo.

A alavanca (E) está fixada ao grupo cilindro/pistão através do pino (F). Em estado de repouso,
a alavanca fica presa ao dente (G), e está sujeita à tensão da mola (I). Quando, no momento
do impacto, a força de inércia que atua na massa do conjunto vence a força da mola (I), o
grupo gira levemente, liberando a alavanca (E) do dente (G). A alavanca, puxada pela mola
(I), bate no detonador de carga (D). O gás que é liberado (azoto na maior parte, portanto inó-
cuo) empurra o pistão (B) através do tubo (A), puxando ao mesmo tempo o cabo de aço (C),
que está fixado na outra extremidade à bobina de enrolamento do cinto. Dessa forma, o cinto
se enrola de 7 a 12 cm.

33
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Ao fim da operação o cinto se trava, indicando que o dispositivo foi ativado. Depois de aciona-
do, o dispositivo deve ser sempre substituído integralmente.

Atenção: a única operação capaz de impedir a ativação acidental do dispositivo pirotécnico é


a remoção da haste de engatilhamento, e deve ser realizada sempre que os serviços no veículo
ou no próprio dispositivo possam causar acionamentos acidentais.

A haste de engatilhamento composta


de uma chapa (1), fixada ao corpo
do pré-tensionador por meio de um
pino (2).

Obs.: após a remoção da haste,


verificar pela janela (3) se a mola
voltou para a posição de repouso
contra a tampa do pré-tensionador.
Caso contrário, suspender o proce-
dimento e ter o máximo de cuidado,
pois o dispositivo pode ser ativado.

• Repor um novo selo de garantia (4) após remontar a haste (sempre com o enrolador mon-
tado no veículo) e confirmar se o dispositivo está intacto e montado corretamente. Inserir o
capuz em material plástico sobre o relativo prisioneiro até engatar completamente.

• Nunca utilize máquinas a percussão de aparafusar quando estiver trabalhando no pré-tensio-


riador.

34
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Este tipo de pré-tensionador possui um segundo dispositivo de segurança, que permite a atua-
ção do pré-tensionador apenas com o cinto afivelado.

Posição de repouso (cinto desafivelado) Posição de trabalho (cinto afivelado)

O dispositivo é composto de uma alavanca de segurança (B) e de uma mola (G).


A alavanca de segurança (B) se apóia no pino de suporte (H) e no ponto de apoio (F), e seu braço é
empurrado contra o diâmetro externo do cinto através da mola (G).
Quando o diâmetro do cinto (I) estiver no máximo (cinto desafivelado), o dente (E), situado na extremidade
do braço (C) da alavanca (B), segura a alavanca (D) impedindo que ela se mova. Quando o diâmetro do
cinto (I) diminui (cinto afivelado), a alavanca de segurança (B) gira sobre o ponto de apoio (F) e solta a
alavanca (D), permitindo que a mesma se mova em caso de desaceleração do veículo. Uma vez habilita-
do o funcionamento da alavanca (D), o pré-tensionador estará apto a funcionar.

Agora vamos estudar o pré-tensionador de comando eletrônico.

Pré-tensionador de comando eletrônico


O Alfa Spider, o 156 e o 166, além dos veículos da famíIia Marea, são equipados com este
tipo de pré-tensionador.

O pré-tensionador é integrado no conjunto do enrolador do cinto, e o comando do dispositivo


é realizado pela mesma central eletrônica de comando do airbag (vide esquemas elétricos no
final da apostila).

35
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

A central verifica, simultaneamente, as seguintes condições:

• fechamento do sensor de segurança


mecânico devido desaceleração cria-
da no momento do choque frontal;

• ultrapassagem do limite de ativação


dos pré-tensionadores, memorizado na
central eletrônica.

Componentes

Os componentes do pré-tensionador de comando eletrônico são os seguintes:

1. Conector elétrico
2. Gerador de gás
3. Gás (azoto)
4. Pistão
5. Cabo de aço
6. Cilindro
7. Cinto de segurança
8. Bobina em espiral
A. Sentido de marcha do veículo

Funcionamento

No momento em que ocorre uma determinada desaceleração, a central eletrônica alimenta o


gerador de gás (2). A pressão do gás, que emitida pelo gerador (2), aplicada na superfície do
pistão (4), gerando uma força que o empurra para cima no interior do cilindro (6).

Esse movimento linear do pistão (4) para cima, onde se encontra um cabo de aço (5) e cuja
extremidade está fixada no flange da bobina em espiral (8), transforma-se em movimento rotati-
vo da bobina, enrolando o cinto (7) em alguns centímetros no sentido o posto.

36
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Desse modo, recupera-se o inevitável alongamento dos cintos e o corpo dos ocupantes perma-
nece aderente ao encosto do banco. Após o acionamento do pré-tensionador, o cinto deve ser
substituído.

Dianóstico

Para fazer o procedimento de diagnóstico do sistema, deve-se desligar a bateria e aguardar 10


minutos. Após este tempo. desligar as cargas explosivas do lado do motorista e do passageiro,
inserindo no lugar os devidos resistores de simulação. Em seguida, religar a bateria e continuar
o diagnóstico.

A seguir vamos conhecer as normas de segurança rela-


tivas s operações que envolvem os sistemas de airbag e
pré-tensionadores.

37
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Normas de segurança

38
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Atenção: Todas as medidas de segurança citadas aqui devem ser obrigatoriamente respeitadas,
para evitar acidentes durante as intervenções em veículos equipados com sistema de airbag.

Normas para reparações em veículos com airbag

É proibido adaptar, reutilizar ou instalar


peças do sistema de airbag de um veículo,
para o qual foram projetadas e testadas, em
outro veículo de marca ou tipo diferentes,
pois caso contrário os ocupantes do veículo
poderiam correr sérios riscos de lesões em
caso de acidente.

Utilize sempre ferramentas apropriadas em todas as


intervenções, evitando a transmissão de golpes ao
dispositivo de enchimento.

Caso seja necessário substituir um módulo airbag, seja de um sistema mecânico ou eletrônico,
por defeito ou vencimento dos prazos de garantia, é necessário:

CoIar a etiqueta adesiva sobre a já existente.


Antes, porém, a nova etiqueta deve ser perfurada
sobre o mês correspondente ao da montagem e
sobre o décimo ano após aquele em que o módulo
está sendo montado no veículo. (Ex.: 2009 corres-
ponde a montagem no ano 1999).

Ligar o módulo com o respectivo conector (no caso


de sistema eIetrônico).

39
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Montar o módulo na respectiva sede, verificando a


disposição do chicote (no caso de sistema eIetrôni-
co) e apertando os parafusos no torque prescrito.

Obs.: os módulos airbag do lado do motorista, do passageiro, e também os “facebags” devem


ser substituídos após 10 anos da data de instalação, que pode ser identificada na etiqueta de
validade. Após esta data, o dispositivo deverá ser ativado, destruído e eliminado conforme as
prescrições governamentais vigentes.

Antes de iniciar qualquer reparação na carroceria, soldas ou outra operação em que seja
necessário remover os módulos airbag ou a central eletrônica, fique atento para o seguinte:

Desconecte os terminais da bateria e isole os


pólos. Após ter desligado a bateria, aguarde
pelo menos 10 minutos e desligue o conector
de ligação com a central eletrônica.

Se for necessário remover o dispositivo de airbag,


aguarde no mínimo 10 minutos após ter desligado
a bateria para iniciar a desmontagem do módulo.
Depois retire os parafusos de fixação e desligue
o conector de ativação do dispositivo. Guarde
o módulo retirado no armário apropriado (vide
advertências para armazenamento na página 42).

Os conectores ligados aos módulos airbag


possuem um clip de curto-circuito (A), para
evitar ativação indevida da unidade quando
a mesma estiver desconectada. O airbag só
pode ser ativado quando conectado, com
conector específico, a uma fonte adequada.

40
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

A montagem e desmontagem de componentes


do sistema de segurança devem ser feitas exclu-
sivamente por pessoal técnico especializado.

Qualquer operação de montagem ou desmontagem deve


ser executada com a bateria desligada, o comutador de
ignição na posição STOP e a chave de ignição retirada (sis-
tema desligado).

É proibido desmontar as peças dos módulos


airbag. As peças avariadas devem ser subs-
tituídas. O mesmo é váIido para a central
eletrônica e o contato espiralado.

Nunca reutilize uma central eletrônica. A


central deve ser substituída obrigatoriamente
em caso de impacto que tenha provocado a
ativação dos airbags (erro gerado na crash
memory).

41
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Para realizar uma intervenção no veículo após um acidente sem ativação dos airbags, verifi-
car a integridade da coluna de direção e seus suportes, a zona de fixação da central e dos
módulos, o contato espiralado e o painel de instrumentos (na área do módulo do lado do pas-
sageiro). Se encontrar deformações, rupturas ou dobras, é necessário substituir o componente
comprometido.

Não instale no veículo unidades de airbag que tenham caído ou apresentem sinais de dano.

No caso de intervenção após um acidente em que os airbags foram ativados, substituir os


módulos airbag, os pré-tensionadores e a central eIetrônica. Verificar os demais componentes e
substituir os que estiverem danificados.

42
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Normas para manuseio, transporte e


armazenamento

Atenção: por serem materiais pirotécnicos, os dispositivos devem ser manuseados, movimen-
tados e armazenados com extremo cuidado e muita atenção, para evitar possíveis danos e
lesões.

Dispositivos “Facebag”

O “facebag” um dispositivo frágil, que deve ser


manejado com extrema atenção. Não o deixe cair
nem realize quaIquer intervenção no dispositivo de
enchimento, pois o dispositivo poderia se ativar.

Para instalar um sistema “facebag”, use óculos de


segurança. A instalação só é possível nos volantes
onde foi montado o adaptador apropriado.

Os componentes metálicos de um “facebag”, após um eventual acionamento, ficam muito quen-


tes. Evite tocá-los por no mínimo 20 minutos após o seu acionamento. O mesmo é válido para
os módulos airbag no momento da ativação.

Nunca fure ou queime o dispositivo de enchimento


de um “facebag” e, em caso de estocagem por lon-
gos períodos, não submetê-lo a temperaturas superio-
res a 65°C, embora ele seja calibrado para suportar
a temperatura de 95°C.

43
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Sistemas eletrônicos
As centrais eletrônicas devem ser removidas sempre que a temperatura, à qual o veículo é sub-
metido, alcançar ou ultrapassar 85°C, o que pode ocorrer em certos ambientes.

A. Para remover e substituir os airbags


explodidos, movimente um módulo de
cada vez, usando luvas e óculos de segu-
rança.

B. Sempre apóie o módulo com a portinhola


de abertura e a ranhura de pré-ruptura
viradas para cima. Nunca coloque nada
sobre a portinhola.

C. Nunca transporte o módulo airbag segu-


rando-o pelos cabos ou pelo conector
existentes na parte de baixo.

D. Não alimente o módulo com corrente elé-


trica, a não ser da forma indicada para
instalação e manutenção, nem aplique
uma tensão elétrica aos terminais de uma
unidade airbag ativa, a não ser da forma
prevista para medição de resistência
ou continuidade do circuito de disparo.
Sempre use aparelhagem indicada

E. Não faça reparações nos módulos. Devolva ao fornecedor os defeituosos.

F. Os módulos airbag não devem ser, de forma alguma, aquecidos, como no caso de soldas,
nem sofrer pancadas. furos, usinagens etc.

44
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

É proibido guardar os módulos airbag ou dispositivos “facebag” junto com materiais inflamá-
veis. Os dispositivos “facebag” e os módulos airbags não ativados devem ser guardados, com
a cobertura para cima, dentro de um armário com os requisitos previstos para armazenamento
de cargas pirotécnicas (metálico, resistente a pancadas e com grades para permitir ventilação
natural). Esse ármario deve ser trancado com chave e não deve ser utilizado para guardar
outros materiais. Deve conter os avisos previstos pelas leis vigentes (PERIGO, EXPLOSIVOS -
PROIBIDO 0 USO DE FOGO - ABERTURA PROIBIDA PARA AS PESSOAS NÃO-AUTORIZADAS).

As peças sobressalentes devem ser guardadas nas embalagens originais em um outro armário
com as mesmas características daquele utilizado para o armazenamento dos módulos airbag.

Unidades airbag que ainda não foram ativadas jamais devem ser eliminadas junto com o lixo
comum, pois contêm substâncias nocivas à saúde.

A danificação das embalagens lacradas contendo unidades airbag durante a eliminação ofere-
ce risco de lesões.

Para demonstrações com módulos airbag, devem ser utilizadas unidades inertes, identificadas
com uma plaqueta com a palavra INERTE fixada em local visível.

45
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Pré-tensionadores
Para os pré-tensionadores integrados no conjunto do enrolador, seja de comando mecânico ou
eletrônico, as normas de segurança são as seguintes:

• Use luvas e óculos de proteção • Antes de executar qualquer inter- • Lave as mãos com água e sabão
para manusear dispositivos que venção em um dispositivo ativado, após ter tocado no dispositivo.
tenham sido ativados. espere 10 minutos depois da ativa-
ção do mesmo.

Caso os componentes do pré-tensionador tenham entrado em contato com água ou lama (devi-
do a enchentes, marés altas etc.) é obrigatória a substituição.

O pré-tensionador não deve ser lubrificado de modo algum.

46
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

A. Não movimente o pré-tensionador segurando-o pelo tubo.


B. Não movimente o pré-tensionador segurando-o pelo cinto.
C. Não altere e não repare o pré-tensionador. Devolva ao fornecedor os que estiverem defei-
tuosos.
D. Não bater, não furar, fazer usinagens ou aquecer com soldas os pré-tensionadores.
E. Não deixar cair, nem submeter a pancadas o grupo pré-tensionador. Os que sofrerem
queda de uma altura superior a 1 metro devem ser devolvidos ao fornecedor. Quando hou-
ver necessidade de remover temporariamente um pré-tensionador, guardá-lo em um armário
de metal trancado com chave, adequado para armazenar cargas pirotécnicas.
F. Não aproximar do dispositivo: fósforos, líquidos, solventes ou lubrificantes, e não expô-lo a
temperaturas superiores a 110°C. Temperaturas acima de 180°C podem provocar a auto-
ignição do gás.

Os pré-tensionadores que não foram ativados em uma


colisão onde foram acionados os módulos airbag
devem ser considerados ativos. Estes, e os que tiveram
o prazo de validade vencido, devem ser substituídos
completamente, com o mesmo procedimento descrito
para módulos airbag.

O transporte dos pré-tensionadores deve ser feito


no porta-malas do veículo, nunca no interior do
habitáculo.

47
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Não submeta a zona ao redor do pré-tensionador


(60 a 70 cm de raio) a pancadas fortes em caso de
reparos na carroceria. Nos dispositivos mecânicos,
quando os trabalhos na carroceria forem realizados
fora dessa zona de proximidade, basta remover a
haste de engatilhamento.

Para realizar trabalhos em que seja necessário aque-


cer a área próxima ao pré-tensionador, desmonte o
grupo enrolador/pré-tensionador e a haste de enga-
tilhamento.

Nos veículos com pré-tensionadores mecânicos de reação,


coloque sempre a trava de segurança quando for realizar
operações de retirada ou recolocação do sistema e do
banco no veículo.

Para manejar o banco, segure apenas nos


pontos indicados pelas setas pretas no desenho
abaixo, e nunca pegue-o pelas partes indicadas
com as setas vermelhas. Também não se deve
pegá-lo pela fivela ou pela unidade de potência
do pré-tensionador.

48
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Componentes perigosos e pronto-socorro

Nos sistemas “facebag”, o grupo sensor/dispositivo de enchimento contêm três componentes


perigosos: as cápsuIas de disparo, o difusor de disparo e as pastilhas para formação do gás de
enchimento.

Os elementos que formam o gás de enchimento, também nos sistemas eletrônicos de airbag,
são perigosos e extremamente “ inflamáveis. Quando estão em forma de pastilha, não oferecem
perigo de inalação, mas é preciso evitar o contato com a pele e a ingestão do propelente.

Os geradores de gás não devem entrar em contato com ácidos, gorduras ou metais pesados,
pois o contato com essas substâncias pode provocar formação de gases tóxicos ou compostos
explosivos.

Após ter manuseado unidades de airbag ativadas, lave as mãos e as partes do corpo expostas
com água e sabão.

49
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Em caso de exposição aos produtos que originam o gás, aplicar os seguintes procedimentos de
pronto-socorro:

Em caso de ingestão Se a pessoa estiver consciente, induzi-la ao vômito


Em caso de contato com a pele Lavar imediatamente a área exposta com água e sabão
Em caso de contato com olhos Lavar imediatamente os olhos com água corrente por 15
minutos, no mínimo, retirando as lentes de contato, caso
existentes, para uma lavagem completa
Em caso de inalação Levar imediatamente o acidentado ao ar livre

Obs.: estes são apenas procedimentos de socorro em caso de urgência. É sempre necessário
que a pessoa acidentada seja examinada por um médico.

Procedimentos para sucateamento

Airbag mecânico - “facebag”


Antes do sucateamento, o dispositivo de enchimento do “facebag” deve ser ativado manualmen-
te, após ter sido retirado do volante.

O sistema de ativação é totalmente mecânico e faz parte do próprio dispositivo, não necessitan-
do de qualquer meio externo para o disparo. Porém, preciso preparar uma instalação específi-
ca para que a ativação seja realizada em condições seguras.

A instalação deve ter uma estrutura metálica (gaiola), que possa sustentar uma armação de
volante com o anel adaptador montado e o dispositivo de enchimento, a uma altura de 2
metros. Um mecanismo comandado à distância deve permitir a queda do volante em uma
chapa de aço predisposta na base da gaiola, garantindo o impacto do volante contra essa
chapa.

Ao redor da gaiola deve haver uma barreira


aproximadamente 1,5 m de altura por 3 m
de diâmetro, que pode ser feita de sacos de
areia, ou outro material que absorva a ener-
gia gerada na ativação do dispositivo e não
seja inflamável.

Toda a instalação deve ser construída em uma


área de segurança, e o operador deve estar
protegido com protetor facial e acústico, além
de luvas e avental resistentes ao calor e a
agentes químicos.

50
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

O procedimento para ativação é o seguinte:

• Instalar a estrutura metálica do volante na gaiola envolvente.

• Montar, com cuidado, o dispositivo de enchimento no anel adaptador predisposto no volante.

• Afastar as pessoas que eventualmente estejam na área de segurança.

• Elevar o volante com o dispositivo a uma altura de 2 m, verificando a eficiência do mecanis-


mo de travamento da gaiola de sustentação.

• Afastar-se da área de segurança e, por meio do comando à distância, deixar cair o volante
completo na chapa de aço da base da armação. Se o dispositivo não ativar, repetir a opera-
ção.

Obs.: se, após a 2ª tentativa, não ocorrer o acionamento, tente uma 3ª vez, girando o dispositi-
vo do anel adaptador na posição de retirada (aletas do dispositivo alinhadas com as travas do
anel adaptador). Caso esta última tentativa também no dê resultado, devolva o dispositivo ao
fornecedor.

• Retirar o dispositivo ativado da instalação. Lembre-se que, após a ativação, a temperatura do


dispositivo pode chegar a 260°C. Tenha cuidado!

Airbag e pré-tensionador eletrônico


Quando o veículo for sucateado, informe a existência do airbag, para que sejam adotados os
procedimentos necessários.

Os módulos airbag montados no veículo não devem ser demolidos com o veículo. É necessário
que sejam removidos antes.

51
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Antes de serem demolidas, as unidades airbag devem ser ativadas. Para realizar esta operação
é necessário fazer uma instalação elétrica especial.

A ativação é feita através de um cabo elétrico ligado ao conector do módulo airbag e alimen-
tado por uma bateria de 12 V. Não é possível ativar o módulo através da simples alimentação
com 12 V, uma vez que ele se curto-circuita por segurança sempre que é retirado de seu conec-
tor. Assim é necessário utilizar um conector específico e um cabo de comprimento adequado.

A instalação deve ter os seguintes componentes:

1. Terminal (pinça) para a ligação no pólo positivo (+) da bateria;


2. Terminal (pinça) para a ligação no pólo negativo (-) da bateria;
3. Cabo com dois condutores de 6 m de comprimento, com revestimento em PVC ou borracha;
4. Botão interruptor normalmente aberto (NA) ligado em série;
5. Conector;
6. Conector específico (divergente).

O procedimento para a ativação à distância do módulo airbag é o seguinte:


• Fazer a fixação do módulo airbag (ou pré-tensionador) em um suporte bem fixado, longe de
produtos inflamáveis, retirando objetos existentes nas imediações;
• Colocar o cabo divergente (6) no módulo airbag, verificando se o mesmo esta firmemente
fixado, e se não há pessoas ou objetos livres em um raio de 6 metros a partir do módulo
Caso contrário, componentes não fixados poderiam causar lesões nestas pessoas;
• Da distância de 6 metros, que deve ser no mínimo o comprimento do cabo ou da linha de
ativação, ligar as pinças (1) e (2) aos terminais da bateria de 12 V;
• Dessa posição de segurança, acionar o botão interruptor de ativação (4) para determinar a
explosão à distancia do gerador de gás.

52
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Obs.: se o módulo airbag não se ativar, retire as ligações da bateria e, com extrema atenção, desmontar o circuito dos
cabos.

Depois, coloque-o cuidadosamente em um armário específico, com uma etiqueta de identificação que indique a falha de
intervenção. Em seguida, solicite instruções do fabricante para solucionar o problema.

Para complementar nosso estudo, veremos agora o pin-out das centrais eletrônicas de airbag e pré-tensionador; a
Iocalização dos componentes nos diversos veículos e, finalmente, os esquemas elétricos.

53
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Anexos

54
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Central airbag Stilo

Pino Função
A1 Massa
A2 Massa sensor E.C.S.
A3 Disp. para alimentação 2° sensor E.C.S. / comunicação
A4 Alimentação sensor E.C.S. / comunicação
A5 Crash output
A6 Linha de série K para tester
A7 Lâmpada airbag desactivado
A8 Lâmpada avaria
A9 Led cinto do condutor apertado / não apertado
A10 Chave de desabilitação do airbag do passageiro (–)
A11 Chave de desabilitação do airbag do passageiro (+)
A12 Alimentação (+ 15 V)
A13 Pré-tensor posterior direito (+)
A14 Pré-tensor posterior direito (–)
A15 Pré-tensor posterior esquerdo (+)
A16 Pré-tensor posterior esquerdo (–)
A17 2° Estádio airbag passageiro (+)
A18 2° Estádio airbag passageiro (–)
A19 2° Estádio airbag condutor (+)
A20 2° Estádio airbag passageiro (–)
A21 1° Estádio airbag passageiro (+)
A22 1° Estádio airbag passageiro (–)
A23 1° Estádio airbag condutor (+)
A24 1° Estádio airbag condutor (–)

55
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Pino Função
R1 Pré-tensor do cinto do condutor (–)
R2 Pré-tensor do cinto do condutor (+)
R3 Pré-tensor do cinto do passageiro (–)
R4 Pré-tensor do cinto do passageiro (+)
R5 Airbag lateral do condutor (–)
R6 Airbag lateral do condutor (+)
R7 Airbag cortina lado do condutor (–)
R8 Airbag cortina lado do condutor (+)
R9 Airbag lateral do passageiro (–)
R10 Airbag lateral do passageiro (+)
R11 Airbag cortina lado do passageiro (–)
R12 Airbag cortina lado do condutor (+)
R13 Airbag lateral posterior esquerdo (–)
R14 Airbag lateral posterior esquerdo (+)
R15 Airbag lateral posterior direito (–)
R16 Airbag lateral posterior direito (+)
R17 Massa
R18 Disp. para INPUT para classificação do condutor
R19 INPUT para classificação do passageiro
R20 Buckle switch do condutor
R21 Buckle switch do passageiro
R22 Massa Buckle switch do condutor e do passageiro
R23 1° Estádio airbag condutor (+)
R24 1° Estádio airbag condutor (–)
R25 Led bags posteriores desativados
R26 Massa sensor de choque lado do condutor
R27 Não usado
R28 Não usado
R29 Não usado
R30 Interr. desabilitação bags posteriores (+)
R31 Interr. desabilitação bags posteriores (–)
R32 Massa

56
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Esquemas elétricos

Airbag Stilo

57
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

58
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Airbag Punto

59
Sistemas de airbag e pré--tensionadores

Chegamos ao fim de mais um módulo de estudos.

O Treinamento Assistencial FIAT espera que você tire o máximo de proveito de tudo o que
aprendeu aqui.

Até a próxima!

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nesta publicação são fornecidos a título indicativo e poderão ficar desatualizados
em conseqüência das modificações feitas pelo fabricante, a qualquer momento, por
razões de natureza técnica, ou comercial, porém sem prejudicar as características
básicas do produto.
Impresso n° 53001216 - 08/2008

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