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Esporte
Que transforma
GIULLIA, EWERTON E
MATHEUS CONTAM COMO
A PRÁTICA ESPORTIVA
MUDOU SUAS VIDAS.
06 14 28
Café como
herança
Um cafeicultor conta como sua família vem
produzindo café de qualidade no Brasil desde
o século 19.
O cafeicultor Silvio Dutra, 52, gosta bém começou a plantar café”, conta
mesmo de tomar café puro, sem leite Dutra. Foi justamente nessa época
e diz que nem precisa de açúcar. A be- em que houve a expansão do café na
bida é resultado do seu próprio traba- região de Campinas (SP) para o Oeste
lho. É o que Dutra, que trabalha todo Paulista e logo pôde se ver a vocação
dia na lavoura do grão com a ajuda de de São Sebastião do Paraíso para a
dois funcionários, em São Sebastião produção do grão.
do Paraíso (MG), conta uma história Não é à toa que até hoje, dois sécu-
que tem passado por quatro gerações. los e três gerações depois, a principal
Seu bisavô, ainda no século 19, foi o atividade do município continua sen-
primeiro da família a chegar à região do o cultivo de café.
localizada na divisa entre Minas Ge- O grão produzido pela família de
rais e São Paulo. “Ele estava envolvido Silvio Dutra é 100% arábica, com uma
na construção da Estrada de Ferro torra média. Se isso parece grego pra
São Paulo Minas, época em que tam- você, a gente explica: o grão arábica é
Em São Sebastião
do Paraíso, o café
plantado é 100%
arábica
conhecido por sua alta qualidade e é tação estava aos cuidados do meu pai
cultivado no Brasil desde o século 18. era tudo mais largadão, não tinha o
Em suas muitas variedades, tem cer- mesmo cuidado.” E o que mudou? A
ca de 50% menos cafeína, aroma suave partir dos anos 2000, o cafeicultor da
e sabor menos amargo, por isso nem
precisa adoçar.
A excelência desse grão está tam-
bém aliada à torra média, processo no “Todo o processo
qual o sabor adocicado do grão é man- tem que ser bem
tido e o resultado da produção do café
plantado no Sítio Alto da Serra é uma
feito para que o
bebida encorpada, de textura cremo- café saia bom”,
sa, doçura em notas aromáticas e de SILVIO DUTRA, CAFEICULTOR
sabor que lembram frutas vermelhas,
caramelo e chocolate.
E pra chegar nesse resultado, Silvio
Dutra conta que foi se capacitar para quarta geração passou a investir em
melhorar ainda mais o seu processo novas técnicas de secagem, torra e até
de produção. “Todo o processo tem mesmo armazenamento. Hoje, o café
que ser bem feito para que o café saia do Sítio Alto da Serra está em todo
bom”, diz o cafeicultor. “Eu planto uma Brasil e até mesmo no exterior.
variedade boa [de grãos] resistente a E, tudo indica, a produção de café
doenças e o preparo do terreno é fun- do Sítio Alto da Serra terá continuida-
damental, além da torra, claro.” de, ao menos, por mais uma geração.
É por isso também que Dutra reme- “Meu filho está na faculdade, mas nos
mora que, na época de seu pai, tudo fins de semana ele, está aqui comigo”,
era bem mais rústico. “Quando a plan- finaliza Dutra.
Giullia, Matheus
e Ewerton prontos
para participar da
Liga Nescau 2019
O poder
transformador do esporte
Superar desafios e se sentir inseridos. Três jovens
atletas contam suas experiências.
E
m março de 2018, a vida de pela inclusão”, afirma Abner Bezerra,
Ewerton Gusmão Melo, então gerente de marketing Nescau.
com 14 anos, mudou comple- Muito mais que um hábito saudável,
tamente. Levado pela mãe ao Centro o esporte ensina valores, promove o
Paralímpico Brasileiro (CPB), Ewerton, convívio em grupo e lida com a autoes-
que desde os 11 anos se locomovia em tima de quem o pratica. É o caso de Ma-
cadeira de rodas por causa de sequelas theus dos Santos Souza, de 18 anos, que
de uma meningite, passou a praticar há um ano é paratleta do vôlei e, assim
atletismo, descobriu o tênis de mesa, como Ewerton, foi um dos destaques
voltou a jogar futebol e, graças ao estí- da Liga Nescau. “O esporte me sentir
mulo e às atividades desenvolvidas ali, diferente, e perceber que, mesmo com
voltou a andar sozinho. O esporte mu- meus limites, eu posso fazer o que gos-
dou a vida dele de uma forma que nem
o jovem, nem sua família esperavam.
E foi a partir da premissa de que o es-
porte tem poder transformador que a “Mesmo com meus
Liga Nescau foi criada em 2015. O cam-
peonato poliesportivo reúne crianças e
limites, eu posso fa-
adolescentes de 10 a 16 anos para com- zer o que gosto. Es-
petir em diversas modalidades. tou mais feliz e mais
Neste ano, a Liga Nescau estará ain-
da maior. Serão mais de 12 mil atletas e
confiante”
paratletas de escolas públicas e priva- MATHEUS DOS SANTOS
das, associações, ONGs e instituições de
ensino disputando 19 modalidades em
três capitais do país: São Paulo, Recife
e Porto Alegre. “Acreditamos no poder to”, diz o jovem, que nasceu paraplégico.
transformador do esporte e em como Confiança e, principalmente, supera-
ele pode ser um parceiro dos pais na ção também fazem parte da trajetória
formação das crianças. Por isso, a Liga de Giullia Campos Cataldi, de 12 anos,
Nescau é uma plataforma criada para que começou a jogar futebol aos cinco
estimular a prática esportiva, em um anos de idade. A seguir, conheça histó-
ambiente que preza, acima de tudo, ria dessas crianças de ouro.
Verônica Hipólito,
velocista campeã
mundial e embaixadora
da Liga Nescau
VIRANDO O JOGO
Um tumor no cérebro, um AVC (Acidente nina que mancava, com AVC e tumor, era a
Vascular Cerebral) e uma cirurgia para a mais rápida da minha escola, em São Ber-
retirada de 90% do intestino. Nada foi ca- nardo, onde nasci. Era a menina que todo Saiba mais
paz de deter Verônica Hipólito, velocista mundo queria no time ou parava para as-
Sobre a Liga
campeã mundial e medalhista paralímpi- sistir em uma prova de atletismo. Então, o Nescau 2019
ca. O esporte, por sua vez, surgiu na vida de esporte ensina. O esporte salva!”. Clique aqui
Verônica antes dos problemas físicos. Pra- A atleta que esteve no Parapan, no Peru,
ticou várias modalidades, entre elas judô e no Mundial Paralímpico de Atletismo, na
e natação, sempre incentivada pelos pais Suíça, diz que pretende demonstrar quan-
a fim de vencer barreiras como a timidez. to o esporte e a educação podem levar
Hoje, reconhecida como uma das me- outros jovens a lugares incríveis. “Compar-
lhores paratletas do mundo, ela conta que tilhar minha história e mostrar que tudo
nem sempre sentiu apoio vindo de outras pode ser difícil, mas não impossível, me
pessoas. “Tive vários casos de bullying e deixa feliz”, afirma ela.
achei muito pesados, e o esporte me sal- Verônica que sempre dá um “chega pra
vou”, lembra. “Quando tive o AVC, estava lá” nas adversidades, lembra: “Em todo mo-
no ensino médio. Não esqueço que as pes- mento pode aparecer alguém para te dizer
soas apontavam e diziam: ‘olha lá a menina que as coisas podem ser impossíveis. Mas
que teve um AVC e fez cirurgia na cabeça, só você decide se é ou não. Você faz o que
olha como ela manca’. Aí comecei a correr, e quiser. O impossível não existe. Você cons-
cada vez mais rápido. Com o tempo, a me- trói sua história.”
GIULLIA
CAMPOS CATALDI
Jogadora de futebol, 12 anos
#JOGAJUNTO
ILUSTRAÇÕES VIVI LOPES
Tire as
“A natureza é o melhor designer, temos de voltar
a nos inspirar nela para viver”. As palavras são da
crianças
socióloga norte-americana Amber Case, estudio-
Saiba mais
sa que alerta para os riscos da nossa relação com
Sobre o programa
a tecnologia. A falta do contato das crianças com
de casa
da Nestlé,
o mundo real pode trazer uma série de impactos, Crianças mais
segundo o pesquisador e co-fundador do Children Saudáveis
& Nature Network, Richard Louv. Ele criou o termo Clique aqui
Brincar ao ar livre é determinante para o ‘Transtorno do Déficit de Natureza’ para se referir
desenvolvimento físico e mental das crianças. aos problemas físicos e mentais que as crianças po-
dem desenvolver desconectadas da natureza. Louv
TEXTO ÉRICA GONSALES • FOTOS FRÂNCIO DE HOLANDA indica como brincar ao ar livre é benéfico para as
crianças. Coloque em prática:
T
odas as vezes que sai para fa- O desafio de usar cada vez menos
zer compras, a psicóloga Luana plástico no dia a dia começou em 2010,
Koucher, 35, leva na bolsa sacolas quando Luana morava na Austrália. “Vi
de pano de diferentes tamanhos, além de uma reportagem que falava sobre as
pequenos saquinhos que coleciona. “Tenho ilhas de plástico no oceano e fiquei apa-
de algodão, de TNT, todos reutilizados. Já fo- vorada. Olhei ao meu redor e comecei a
ram embrulhos de presentes. Hoje, uso para eliminar todas as embalagens. Uma vez
carregar grãos, temperos, e outros produtos que você começa a pensar no assunto,
menores”, conta. percebe que tudo que fazemos produz
Esse hábito, que ela cultiva há quase uma muito lixo”, afirma.
década, dificilmente passa despercebido na Do choque inicial, Luana passou
feira, no hortifruti ou no supermercado. para a ação. Na internet, descobriu
“Muitos vendedores insistem para que eu exemplos de pessoas que, assim como
pegue sacolas. Outro dia, uma senhora me ela, procuravam viver uma vida produ-
parou para falar que meu saquinho de algo- zindo menos resíduos. A seguir, ela nos
dão era muito chique”, lembra, rindo. conta como é possível.
Impacto positivo 15
A psicóloga
Luana Koucher
tem sempre sacolas
de pano à mão na
hora de ir na feira
E não precisa virar sua vida de cabeça para importante lavar as embalagens que irão
baixo. Medidas simples, na hora da feira, e ao para a reciclagem.
descartar o lixo — orgânico e reciclável — por “Vivemos em um país que ainda segue a
exemplo, podem fazer a diferença. lógica do plástico e do descartável, mas tentar
Em casa, Luana sempre pensa em como utilizá-los menos já faz parte da minha vida e
reutilizar o que ela já tem à mão e saber como se tornou uma prioridade para mim. Sei que
descartar produtos recicláveis. Uma boa dica, é um universo muito pequeno, mas estou
segundo ela, é apostar na compra de produ- fazendo minha parte”, afirma. No seu círculo
tos a granel – para essas compras, ela utiliza mais íntimo, ao menos, esse posicionamento
pequenos sacos ou potes de vidro, em sua já começou a fazer efeito. “Minha mãe passou
maioria comprados em brechós. Ainda assim, a prestar mais atenção nisso e com frequên-
algumas embalagens são difíceis de eliminar, cia recebo mensagens de amigas dizendo que
como as de carne e outros produtos indus- compraram canudos de metal. Nossas atitu-
trializados, como laticínios. Por isso, é sempre des refletem em outras pessoas.”
Atitudes que
ajudam a
diminuir o
consumo de
plástico:
1. Tenha sempre uma ecobag
na sua bolsa.
Dicas de cortes
para quem quer
aproveitar frutas
e legumes do
começo ao fim
Afiadas
Que tal saber cortar frutas e legumes como um
chef profissional? Nós ensinamos como.
V
ocê não precisa ser um co- prática o capricho com um pouco de
zinheiro profissional para técnica, você pode usar um corte para
aprender os principais cortes aproveitar o que foi descartado em ou-
usados na culinária. Com um pouco tra preparação, e já fazer dois pratos,
de treino dá para deixar seus pratos em vez de um.
mais bonitos e evitar o desperdício. Experimente cortar em brunoise
Muitos dos cortes que já usamos na (cubos pequenos) os talos que sobra-
cozinha do dia a dia têm nomes fran- ram do chiffonade da couve para fazer
ceses e fazem parte do repertório das um risoto. Deumas explica: “tempere
técnicas aprendidas nas escolas de os cubinhos do talo com sal e pimen-
gastronomia. A couve em tiras, que a ta-do-reino, salteie na manteiga e mis-
gente refoga para acompanhar uma ture ao risoto quando estiver pronto. O
bela feijoada, por exemplo, na verdade sabor fica muito interessante, modifi-
é o corte chiffonade. A batata cortada ca a textura e você aproveita 100% da
em palito para fritar é um corte tam- couve, sem jogar nada fora”.
bém chamado de batton. Outra dica valiosa é usar todas as
“Não é só profissional que usa os di- cascas que iriam para o lixo para fazer
ferentes tipos de cortes corretamente. petiscos assados. Quando for preparar
Capricho independe de classe social beterraba, pense duas vezes antes de
e de ingrediente”, ensina o professor descartar as folhas. “Elas são maravi-
Deumas Oliveira, conhecido como o lhosas no feijão ou na salada. Também
“Rei do Arroz”, que dá aulas de gas- podem ser empanadas e fritas!” reco-
tronomia no Senac. Colocando em menda o professor. Gostou?
3
5
6
Seis tipos de
cortes para
treinar em casa
1. Chiffonade 4. Julienne
Da couve a salsinha, este corte consiste em em- Corte as pontas do legume e depois em duas
pilhar as folhas, enrolar e fatiar em tiras fininhas. ou três partes no sentido de comprido. Em se-
2. Batton (ou palito) guida, vá fatiando em bastões de cerca de 0,3
É para fazer a batata frita - ou padronizar aqui- cm x 0,3 cm x 0,6 cm. O corte Julienne é aque-
lo que você quer cortar em bastão, como uma le em tiras compridas ou em formato palito.
manga, por exemplo. Mas atenção às medidas 5. Vichy
corretas: os bastões devem ser de 1,5 cm x É O corte usado para fazer rodelas de pepi-
1,5cm x 7 cm. Isso vai garantir, além de unida- no para a salada ou a cenoura do yakissoba.
de, que as batatas fritem por igual. As fatias devem ter 2mm de espessura.
3. Brunoise 6. Mirepoix
Proporciona um cozimento rápido dos legu- Este corte se refere a cubinhos de 0,8 cm. O
mes, bom para saltear e preparar recheios. São mirepoix é muito utilizado em legumes como
cubinhos minúsculos, de 0,3 cm x 0,3 cm x 0,3 cenoura, aipo e cebola, que te darão uma
cm, feitos a partir do corte Julienne. base muito usada para caldos e molhos.
APRENDA A FAZER
UM TARTAR DE
FRUTAS UTILIZANDO
DIFERENTES CORTES
NA PÁG. 21
Coluna da Miriam 20
Por dentro
da cozinha
prática da
Miriam
A culinarista da Nestlé já fez mais de mil
pudins e conta por que esse doce que-
ridinho dos brasileiros desperta as mais
diversas emoções.
A
pressa é inimiga do pudim. Por-
que apesar de ser uma receita
simples, que leva só quatro in-
gredientes, você só vai saber se deu certo
depois de, no mínimo, seis horas de espe-
ra. Ah, não tem como ter aquele desejo de
comer pudim e fazer pra já. Este creme
delicado precisa de um ritual de carinho
e atenção a pequenos detalhes, principal- “Se não der tão cer- Miriam Chagas
mente em relação ao tempo e tempera-
tura do forno. Tem que esperar esfriar a to da primeira vez, é culinarista da Nestlé
há 24 anos. Nesta
calda, o forno deve estar a 180°C e, depois não desista. Quando coluna, ela conta pra
de pronto, o pudim deve ficar na geladei- gente suas memórias
ra de um dia para o outro, de preferência.
dá certo, você vai e dicas de receitas
APRENDA A FAZER UM
INFALÍVEL PUDIM DE
LEITE MOÇA NA PÁG. 21
Panquequinha de abacaxi e morango Salada de rúcula
SOBREMESA SOBREMESA
Tudo se
transforma
Como um time de especialistas ajudou pe-
quenos empreendedores a levar seus negó-
cios a outro patamar.
D
o cacau vem o chocolate, e dele além de falar sobre marketing, negócio e
muitas delícias. Trufas, doces, identidade visual”, explica Cintia Kichise,
brownies, bolos... As receitas são analista de comunicação culinária e busi- Saiba mais
inúmeras e cada vez mais brasileiros têm ness partner de Chocolates da Nestlé. Sobre a série
feito dessa matéria-prima sua forma de A primeira temporada, disponível no ca- Chocolateria
sustento. Mas para empreender é preci- nal do YouTube Receitas Nestlé, tem como Clique aqui
so se programar. Foi pensando nisso que tema as trufas e os três participantes com-
a Receitas Nestlé criou o Chocolateria partilham suas receitas e histórias bem di-
GAROTO, uma websérie em quatro capí- ferentes. “Nosso objetivo é ir além. Mais do
tulos que tem o objetivo de capacitar e que oferecer o produto, queremos ajudar
inspirar pessoas que vivem do chocolate. a transformar a vida das pessoas”, diz Ki-
“O programa oferece um treinamento chise. A seguir, você conhece a história dos
que passa pelo manuseio, receita e sabor, participantes da websérie. Inspire-se!
25
Os
transformadores
Sonia SantoAmore
Amore Trufas
@amore.trufas
Há mais de 25 anos, Sonia e uma amiga começaram a fa-
zer doces em Taubaté. “Naquela época, as pessoas mal sa-
biam o que era trufa”, lembra. Ao se mudar para São Paulo,
capital, ela continuou com a atividade artesanal: da com-
pra de ingredientes ao preparo, das embalagens às entre-
gas, Sonia faz tudo. No Chocolateria, sua marca ganhou
uma nova identidade visual e ela aprendeu estratégias de
marketing para ampliar seu negócio.
Carolina Prado
Pradoçá
@docespradoca
Carolina sempre cozinhou para amigos e familiares, que a
convenceram de que vender seus doces poderia ser um
bom negócio. A Pradoçá surgiu no fim de 2018 e já se
tornou uma parte importante da vida da publicitária, que
sonha em abrir um café. A participação no Chocolateria
foi o primeiro passo em direção a esse sonho. “Aprendi
como comunicar melhor minha marca.”
Entrevista 26
Cafés da manhã
no Brasil
De norte a sul, são muitas delícias diferentes para
um café da manhã rico em nutrientes e sabor.
P
ara representar o Brasil em Marcia é criadora do método Nu-
um só café da manhã, servir trição Amorosa, baseado em apren-
apenas frutas tropicais e ta- der a ouvir o seu corpo e tendo uma Saiba mais
pioca, por exemplo, seria no mínimo relação mais respeitosa com a comi- Sobre o valor
injusto. Cada região é praticamente da e consigo mesmo. “É muito bom nutricional do seu
um país, tamanha a diversidade cul- se dar a liberdade de comer as coisas café da manhã na
tural e gastronômica. que gostamos, só é preciso avaliar nossa calculadora
de fibras
E não mudam só os sabores e cores a qualidade e quantidade do que se
Clique aqui
da mesa matutina. “A parte cultural é come”, acredita ela.
tão importante quanto a nutricional. A OMS recomenda o consumo de
Você pode comer macaxeira com car- pelo menos 25g de fibras por dia. Confi-
ne-seca de manhã, desde que no fim ra, a seguir, os ingredientes típicos dis-
do dia tenha tido uma boa ingestão poníveis de norte a sul, e faça as suas
de frutas, verduras e legumes”, expli- escolhas para um café da manhã deli-
ca a nutricionista Marcia Daskal. cioso e rico em história e nutrientes.
Do grão
à xícara
Um novo jeito de apreciar o cafezinho.
U
ma xícara de café pode signi- CAFÉS ESPECIAIS
ficar muitas coisas. Nos últi- Para ser considerado especial, o café
mos tempos, porém, mais que depende de vários elementos. Do solo ao
uma lembrança ou experiência, o café é clima, passando pelo cultivo, processa-
um mercado em expansão, com novos mento e, claro, a maneira como prepará-
produtos e maior qualidade. “O Brasil -lo. De acordo com Hugo Silva, o primei-
produz um café reconhecido, que está ro ponto que precisa ser identificado é a
começando a chegar ao consumidor”, procedência. “Um café de qualidade deve
afirma o barista Hugo Silva. ser 100% arábica”, diz. Depois, é importan-
O café brasileiro é uma marca inter- te checar a torra e a moagem. A primeira
nacional, tanto por quantidade quanto é responsável por revelar o real sabor de
por qualidade. O país é o maior produ- cada grão: quanto mais clara, mais ácida
tor e exportador do mundo, com 33,48% fica a bebida, e quanto mais escura, mais
do mercado. E não para por aí: nos úl- amarga. Já a segunda, influencia na forma
timos anos, produtores nacionais saí- como o café será feito, uma vez que cada
ram vitoriosos de diversas premiações método exige uma moagem diferente.
mundo afora. De acordo com a Asso- O preparo, por sua vez, deve ser aque-
ciação Brasileira da Indústria de Café le que mais agrade o paladar. “Há mais
(Abic), somos o segundo maior consu- de 56 formas diferentes de passar um
midor da bebida no planeta. Entre 2017 café”, explica o barista. Mas, segundo ele,
e 2018, foram consumidas 21 milhões uma coisa é certa: depois de pronto, evi-
de sacas de café por aqui, uma média de te colocar açúcar. “Quando os frutos são
quase cinco quilos por pessoa, por ano. selecionados, estão no ápice da matura-
Com tantas variedades e possibili- ção e são torrados de forma a revelar o
dades, fica a dúvida: como reconhecer que têm de melhor, descobrimos o real
um café de qualidade? Para começar, sabor do café e o açúcar mascara todo esse
tenha em mente que um bom café resultado sensorial”, diz. Feito isso, basta ser-
deve ter a cor mais puxada para o mar- vir a xícara e aproveitá-la da maneira e no lu-
rom do que para o preto. E mais: não gar que mais lhe agradam.
deve ser amargo. “Nos acostumamos
com o amargor por questões culturais. Dicas de ouro:
Quando o café não é muito bom, ele é O café deve ser guardado em um pote bem
torrado em excesso, para esconder os fechado, e ser armazenado em um local seco
e longe da luz. A água do café deve estar entre
defeitos e, assim, fica com esse sabor”,
90ºC e 92ºC. Para chegar a essa temperatura,
explica Hugo Silva. ferva a água e espere por volta de 1 minuto.
MODOS DE PREPARAÇÃO
Descubra qual método utilizar
para valorizar ainda mais o sabor
e as complexidades do café
O barista Thiago
Sabino faz um café
coado, uma das
56 formas de se
tirar a bebida
Esqueceram
de mim?
É possível criar um ambiente atrativo e dinâmico
para seu bichinho de estimação quando você
está fora de casa. A gente explica como.
I
magine passar dez ou doze horas usar a criatividade. Espalhar ração pela
sozinho em casa, sem nada para casa para que ele “cace”, usar brinque-
fazer. Há comida disponível, água dos que liberem a ração aos poucos, ou
também. Mas são poucas as distrações congelar a comida para que ele precise
e nenhuma companhia. Neste contexto lamber o gelo até alcançá-la são algu-
entediante, o que você faria? Para alguns mas alternativas.
cães e gatos, a solução é cavar, roer, arra- Também é possível estimular cogni-
nhar e latir. Essas atitudes, que podem tivamente seu animal de estimação. Há
causar alguns transtornos, são apenas quebra-cabeças que, quando desmonta-
comportamentos naturais. dos, estão cheios de comidinhas.
“Nós não conseguimos ficar em casa
sem fazer nada. Imagina o cachorro, que TERRITÓRIO FELINO
fica uma vida inteira, saindo pouco e só Apesar de parecerem bem mais indepen-
interagindo com os donos quando che- dentes que os cães, gatos também preci-
gam do trabalho. Ele também tem neces- sam – e muito – de atividades que trans-
sidades básicas que devem ser supridas”, formem o ambiente em um “território
afirma Marcelo Eckmann, médico veteri- felino”. “O gato ainda é considerado um
nário e adestrador comportamentalista. animal semidomesticado. Precisamos
Para Eckmann, a melhor forma de fazer estimular comportamentos naturais da
isso é com o chamado “enriquecimento espécie e adequar o ambiente em que eles
ambiental”, série de técnicas e atividades vivem”, diz a bióloga Juliana Damasceno,
que ajudam a criar um ambiente mais di- especialista em comportamento e bem-
nâmico para o animal. -estar de felinos. “Oferecer o alimento de
No caso dos cães, há três tipos básicos forma diferenciada, variando a disposi-
de atividades que podem ser implemen- ção, forma de apresentação, textura, ho-
tadas: alimentares, cognitivas e senso- rário, disponibilidade, temperatura, são
riais. A primeira se refere, essencialmente, algumas opções. Assim como trabalhar
a fazer com que o animal se esforce mais os sentidos, com estímulos olfativos, au-
para conseguir sua comida. E aí, dá para ditivos e visuais.”
DEIXE SUA CASA
MAIS DIVERTIDA:
2.Amarre os brinquedos em um
ponto mais alto, para que ele
tenha um grau de dificuldade
para alcançá-los.
Já Experimentou?
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Dia e Noite
Toda mãe quer o melhor para o seu filho,
não é mesmo? Foi pensando nisso que a
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fórmula para calibrar a concentração do
seu pequeno na escola. E outro com
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Cenas dos Bastidores 33