Você está na página 1de 2

BEIJU

Informações sobre Mandioca site da EMBRAPA


www.cnpmf.embrapa.br

Autor:
Pauta: Maria Zulmira de Souza e Paula Piccin.
Reportagem: Teresa Cristina de Barros.
Imagens:Alcides Júnior .
Auxiliar de Câmera : Cuca Sereguetti .
Operador de Áudio:Adailson Queiroz.
Estagiário/Pauta Biodiversidade: Wilson Bispo.
Edição de Texto: Mariene Pádua.
Edição de Imagens: Francisco Barbosa.
Produtor Executivo : Maurício G.Lima. Editora-Chefe : Vera Diegoli.

SABORES DA MANDIOCA
A Tapioca
A tapioca vem aumentando, a cada dia, o seu círculo de adeptos, a partir do conhecer, fazer e comer.
Muito simples, prática e saborosa, a tapioca tem suas raízes na culinária indígena, das mais diversas tribos.
Índio que se preza come mandioca, farinha e beiju, que é o mesmo que tapioca. Em algumas regiões se distingue
beiju de tapioca. O beiju é seco e a tapioca é úmida.
Os índios Terena usam a mandioca ralada e espremida para fazer o beiju, que na Bahia, se conhece como beiju
massa.
É possível ter tapioca fresquinha a qualquer hora, ou apenas aquecê-la.
(*) Iracema Sampaio é jornalista e escritora
1) No primeiro caso, proceda da seguinte forma:
Ponha um pouco de sal na água e molhe o polvilho. Passe pela peneira, ponha num recipiente bem fechado e guarde
na geladeira. Dura de uma semana a 10 dias.
Quando quiser fazer a tapioca é só aquecer a frigideira ou chapa, espalhar o polvilho molhado (uma camada fina de
preferência). Quando sacudir a frigideira e o polvilho estiver coladinho, vire o outro lado e deixe ficar igual ao primeiro,
cozida sem escurecer. A tapioca tem que ficar branquinha. Faça o recheio a seu gosto. Vai bem com cafezinho ou
chá.   2) No segundo caso, faça as tapiocas, guarde-as na geladeira, em recipientes fechados. Na hora de
servir, aqueça por 40 segundos no forno de microondas, coloque o recheio e bom apetite.

 
Pizzaioca
Se quiser, pode transformar a tapioca numa deliciosa pizza. Neste caso faça a tapioca um pouco mais grossa e a
cobertura de sua preferência. Convide seus amigos para uma rodada de pizza e surpreenda-os com uma pizzaioca.
DICA: Uma boa dica para quem tem dificuldade em molhar o polvilho:

Ponha numa tigela:


½ quilo de polvilho
1 litro de água
1 colher (de chá) de sal
Misture bem. Deixe descansar por duas horas, aproximadamente. A água fica por cima e o polvilho decantado.
Escorra a água, usando um guardanapo; enxugue por cima o polvilho. E, por cima, adicione uma colher de polvilho
seco. Retire o polvilho molhado (o polvilho sai em pedaços) e passe numa peneira com a ajuda de uma colher. Fica
soltinho, no ponto de ser usado ou guardado.
Uma pesquisa da Embrapa da Bahia quer deixar mais nutritivos os beijus. Extratos de frutas e verduras estão sendo
usados na receita tradicional. E o resultado tem agradado quem experimenta.
A mandioca é a principal fonte de renda na zona rural de muitas cidades do Nordeste. Com ela se faz a farinha e a
goma para o beiju, iguaria feita em forno a lenha. Um dos principais alimentos nas refeições dos nordestinos.
O tradicional beiju nordestino acabou se transformando na Bahia em novidade. Ficou mais nutritivo: ganhou sabores
e cores. É que na massa estão sendo adicionados extratos, por exemplo, de espinafre, beterraba e cenoura, e
também polpas de frutas, como mamão, manga e goiaba.
A novidade foi pesquisada pelo agrônomo Joselito Mota, especialista no uso da mandioca. Ele é técnico da Embrapa
Mandioca e Fruticultura na cidade de Cruz das Almas, no recôncavo baiano.
Na hora de hidratar a fécula da mandioca ele não usa água; ele usa extratos e polpas de frutas.
“Estamos analisando a questão das vitaminas e minerais que são agregados quando se usa a fruta ou a hortaliça”,
explica ele.
O preparo é simples, como o de qualquer outro beiju. Joselito usa o sumo da beterraba. Aos poucos, a fécula,
também conhecida como goma ou polvilho, vai ganhando um tom rosado. Ela tem de ficar uma farofa soltinha, e uma
pitada de sal ajuda.
Depois de pronta, é peneirada mais uma vez sob uma panela pré-aquecida. O beiju deve permanecer no fogo até
ficar bem crocante. Quando ele começa a dobrar é porque está chegando ao ponto certo. Essa delícia nordestina
também pode ganhar recheios, como leite condensado.
“Observamos que algumas crianças têm preferência por alimentos que têm uma coloração mais intensa, e isso é
muito importante porque uma cenoura ou uma beterraba ou qualquer hortaliça de imediato rejeitada pela criança
passa a ser atraente quando se trata de um beiju”, fala o agrônomo Joselito Mota.
Os beijus coloridos, como estão sendo chamados, já podem ser encontrados nas feiras livres das cidades. Quem
experimenta aprova.
O beiju colorido agora deve ser incluído no cardápio das escolas públicas da região de Cruz das Almas, na Bahia.

Você também pode gostar