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Curso Cuidador de Idosos 42998 PDF
Curso Cuidador de Idosos 42998 PDF
www.CursosOnlineEDUCA.com.br
Curso Gratuito
Cuidador de Idosos
Carga horária: 60hs
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Conteúdo
Introdução
Reflexão
Cuide de si mesmo
Higiene Pessoal
Cuidando da Pele
Higiene Oral
Alimentação
Nutrição
Hidratação
Cuidando da Roupa
A Identidade do Idoso Brasileiro
Saúde na Terceira Idade
Incontinência Urinária
Medicamentos e Envelhecimento
Atividade Física
Exercícios para Treinar o Equilíbrio
Exercícios para Treinar a Força
Fundamentos de Treinamento (Resistência)
Exercícios para Treinar a Resistência Aeróbia
Fundamentos de Treinamento (Flexibilidade)
Exercícios para Treinar a Flexibilidade
Prevenção e Manejo de Quedas no Idoso
“Guidelines” para Prevenção de Quedas em Idosos
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Transtornos Mentais em Idosos
Demência
Esquizofrenia
Transtornos depressivos
Transtorno Bipolar (Transtornos do Humor)
Transtorno Delirante
Transtornos de Ansiedade
Transtornos Somatoformes
Transtornos por Uso de Álcool e Outras Substâncias
Depressão
Doença de Alzheimer
Artigos de Interesse
Testamento e Inventário
Dieta para Envelhecer Bem e com Saúde
Cuidar do Idoso Doente no Domicílio
A Razão dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa
A Aids na Terceira Idade na Perspectiva dos Idosos, Cuidadores e
Profissionais de saúde
Aumentanto o Grau de Segurança no Ambiente da Pessoa Idosa
Aspectos Clínicos da Demência Senil em Instituições Asilares
Cartilha do Idoso
Bibliografia/Links Recomendados
Anexo: Nutrição para Idosos
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Introdução
1. Introdução
O cuidador de idosos
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condição temporária e circunstancial, na medida em que o "outro"
está impossibilitado de se cuidar .
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Funções - Os cuidadores profissionais seguem funções
específicas em conformidade com as legislações das categorias
profissionais.
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profissionais e planejar atividades para idosos e cuidadores.
Cursos são necessários, visando a orientação aos cuidadores do
cuidado com o outro e consigo mesmo.
Levar ao Médico;
Fazer as compras no supermercado;
Pagar as contas;
Lavar a roupa ou limpar a casa ou
Cozinhar.
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Reflexão
2. REFLEXÃO
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2.3. Respeitar seu direito de escolher.
Converse com ele como um adulto, mesmo que você não esteja
certo do quanto ele entende.
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filosofia afirma que todos, incapacitados ou não, tem direito e
oportunidade de seguir um curso de ação em particular e isto
implica na liberdade de aprender de nossas experiências,
incluindo nossos erros.
Cuide de si mesmo
3. Cuide de si mesmo
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ajudará a sentir-se melhor, a reduzir o estresse e a gozar mais da
vida.
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Procure vídeos para principiantes. Evite começar com programas
que incluam saltar ou dobrar-se. Melhor ainda, use vídeos para
fazer alongamento, tonificação muscular e relaxamento.
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Os participantes podem freqüentar 1 ou 2 vezes por semana ou
todos os dias, dependendo do programa individual.
Não espere ter a casa perfeita ou ter uma vida social como a que
tinha antes de assumir o papel de cuidador. Provavelmente
tenha que simplificar as folgas nos feriados ou repartir as
responsabilidades com outros membros da família.
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3.14. Busque apoio.
3.17. Faça uma lista das coisas que aliviam o seu estresse.
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Tratar mal outras pessoas ou ignorá-las.
Higiene Pessoal
4. Higiene Pessoal
4.1. BANHO
Cuidando da Pele
5. CUIDANDO DA PELE
Higiene Oral
6. HIGIENE ORAL
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Utilizar escovas de dentes de cerdas macias, massageando as
gengivas verticalmente com suavidade;
Pode-se utilizar após cada escovação antissépticos orais,
mantendo assim um hálito agradável;
Algumas vezes é muito difícil fazer com que o paciente abra a
boca para se fazer a higiene oral. Tente introduzir
delicadamente uma espátula entre os dentes e faça um
movimento rotatório, caso não seja possível, utilize o próprio
dedo indicador envolto em gaze para que seja possível a
higienização.
6.1. A LÍNGUA
O QUE OBSERVAR
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retiradas após cada refeição, higienizadas fora da boca, e após
limpeza da cavidade oral, recolocadas;
Pacientes muito confusos devem ter suas próteses retiradas à
noite, colocadas em solução antisséptica, e após higienização,
recolocadas pela manhã;
Observar a estabilidade da prótese na boca do paciente,
lembrar que com o envelhecimento ocorre perda de massa
óssea, fazendo com que as próteses fiquem frouxas e se
desestabilizem. É conveniente, neste caso, aconselhar-se com
um dentista;
Observar a presença de cáries ou dentes quebrados que
causam dor. Existem equipes de profissionais (dentistas), que
atendem no domicílio aqueles pacientes que se encontram
impossibilitados de comparecer ao consultório;
Muitas vezes, a recusa do paciente em alimentar-se ou sua
agitação no horário de refeições deve-se ao fato de próteses
mal ajustadas ou significar simplesmente uma dor de dentes.
Alimentação
7. ALIMENTAÇÃO
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As instruções passadas ao paciente deverão ser claras e o
comando suave;
Para aqueles pacientes que demoram a alimentar-se, o uso de
baixelas térmicas, que mantém o alimento aquecido por mais
tempo, é bastante útil.
Independentemente da apresentação da dieta – sólida, pastosa
ou líquida – deve-se, sempre que possível, respeitar as
preferências do paciente. Uma pessoa que sempre gostou de
comer carne, mas que já não consegue deglutir pequenos
pedaços deve ter a carne liquidificada e servida em
consistência de purê. O mesmo artifício deve ser utilizado para
os outros alimentos.
O convívio com a família é de extrema importância. Sempre
que possível, deve-se permitir que o paciente alimente-se em
companhia de seus familiares.
A vida social deve ser mantida enquanto possível. Se for
hábito do paciente almoçar fora, os restaurantes devem ser
selecionados e a opção por um local tranquilo é a ideal.
Os utensílios utilizados durante a refeição devem ser
preferencialmente lisos e claros. As estampas – de pratos, por
exemplo – podem distraí-lo e reduzir sua concentração naquilo
que lhe é explicado no momento (mastigação e deglutição).
Aqueles que apresentam dependência severa devem ser
alimentados com colheres, em lugar de garfos.
Os alimentos crus e secos devem ser evitados, pois o perigo
de engasgamento é maior.
Doces e salgados serão permitidos, desde que não haja
restrição médica. Os temperos devem ser suaves e os molhos
picantes evitados.
Caso haja engasgamento, mantenha a calma, coloque-se
imediatamente atrás do paciente e abraçando-o com as duas
mãos juntas, comprima o abdome, fazendo pressão sobre o
diafragma.
Após cada refeição, a higiene oral é indispensável e deve ser
realizada uma inspeção cuidadosa da boca, a fim de que possa
ser removido todo e qualquer resíduo alimentar.
Nutrição
8. NUTRIÇÃO
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Nutrição não deve ser confundida com alimentação, na maioria
dos casos as pessoas bem alimentadas estão mal nutridas.
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Atenção para perda de apetite pode estar relacionada a várias
causas que devem ser investigadas e tratadas. Lesão da boca,
infecções, doenças crônicas ou refeições que não estejam do
agrado do paciente são alguns exemplos.
Deve-se aumentar a oferta de nutrientes como proteínas,
vitaminas e minerais, quando em presença de infecções,
permitindo assim, uma reabilitação precoce.
O controle do peso corporal deve ser feito mensalmente,
alterações súbitas (ganho ou perda ponderal), merecem
investigação clínica.
Hidratação
9.1. HIDRATAÇÃO
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Deve-se garantir que a quantidade de líquidos
ingerida seja mais ou menos igual às perdas (urina,
suor, lágrimas, saliva).
Oferecer copos cheios de água causa uma
sensação de plenitude gástrica desconfortável para
o paciente, ofereça pequenas quantidades, várias
vezes ao dia.
Lembrar que a maioria dos idosos ingere pouca
quantidade de água pura. Colocar sabor na água
como os sucos, refrescos etc. é uma estratégia
eficaz.
A ingestão adequada de líquidos também é de
extrema importância para a manutenção do
adequado turgor cutâneo (elasticidade da pele),
melhorando conseqüentemente a resistência da
pele.
Pacientes diabéticos devem receber líquidos
adoçados artificialmente.
Aqueles que possuem restrição de líquidos
prescrita por médico devem respeitá-la com rigor.
Idosos acumulam facilmente secreções bronco-
pulmonares, a oferta adequada de líquidos
possibilita uma expectoração mais rápida,
prevenindo infecções.
Nas fases mais avançadas, devem ser servidos
sucos espessos – como vitaminas, ou engrossados
com gelatina, por exemplo – eles reduzem os riscos
de engasgamentos.
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Jamais ofereça líquidos com o paciente deitado,
este deve estar em posição sentada ou recostada
em travesseiros. Esta medida reduz o risco de
aspirações e otites (dor de ouvido).
Atenção! Quedas de pressão arterial, diurese
concentrada (urina escura) e baixo débito urinário
(pouco volume de urina) podem estar associados à
baixa ingestão de líquidos.
A obstipação intestinal (intestino preso) é outra
queixa comum que também pode estar associada a
baixa ingesta de líquidos, imobilidade e dieta
inadequada.
Lembre-se de que o coração (assim como uma
bomba d’água) necessita de volume para trabalhar
adequadamente. A falta de líquidos pode trazer
conseqüências graves para o paciente.
Pacientes que apresentam dificuldade para
digerir alimentos (disfagia) devem receber
alimentação específica, orientadas por profissionais
especializados (fonoaudiólogos e nutricionistas).
Em determinados momentos da evolução da doença pode haver
necessidade da colocação de sondas para alimentação e
especialmente para hidratação.
Cuidando da Roupa
CUIDANDO DA ROUPA
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Estimular a independência é fundamental;
As roupas devem ser simples, confeccionadas
com tecidos próprios ao clima;
O paciente pode ter perdido a capacidade de
expressar sensações de frio ou calor, dessa forma,
nunca esquecer de tirar ou colocar agasalhos,
conforme a variação da temperatura;
O cuidador deve, ao falar com o paciente,
colocar-se no seu campo visual, ou seja, diante dele,
orientando-o calmamente e gesticulando, se
necessário;
Deve-se estimular o ato de vestir-se sozinho,
dando instruções com palavras fáceis de serem
entendidas;
Dê a ele a oportunidade de optar pelo tipo de
vestuário e as cores que mais lhe agradem. Apenas
supervisione, pois pode ser que haja necessidade de
auxiliá-lo na combinação de cores;
Tenha calma e paciência, não o apresse
enquanto ele executa sua rotina de vestir-se;
Para que ele mesmo possa procurar suas
roupas, nos armários, cole fotos de peças e ou
objetos pessoais na parte externa da gaveta ou
guarda-roupas. Isso o ajudará a encontrar
rapidamente o que procura;
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Roupas como blusas, camisas ou suéteres,
deverão ser preferencialmente abertas na parte da
frente, para facilitar a colocação ou retirada;
Evite roupas com botões, zíperes e presilhas,
elas dificultam o trabalho do paciente para abri-los
ou fechá-los. De preferência às roupas com elástico
ou velcro;
Nas fases mais avançadas da doença, deve-se
dar preferência aos conjuntos do tipo moletom, em
função de sua praticidade;
Pacientes limitados à cadeira de rodas ou
poltronas, o critério para a escolha do vestuário é
ainda mais rigoroso. Deve-se optar por roupas
confortáveis, largas, especialmente nos quadris;
O uso de objetos pessoais (acessórios), pode
ser mantido, porém, com a evolução da doença, as
jóias deverão ser substituídas por bijuterias;
Na medida do possível, deve-se providenciar
um roupão, para que o paciente possa se despir no
quarto e, protegido, ser conduzido ao banho;
Deve-se evitar o uso de chinelos, pois eles
facilitam as quedas;
Todos os tipos de sapatos devem ser providos
por solados antiderrapantes, os mais indicados são
aqueles que possuem elástico na parte superior,
pois além de serem fáceis de tirar e colocar, evitam
que o paciente tropece e caia, caso o cadarço se
desamarre.
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A Identidade do Idoso Brasileiro
A Identidade do Idoso Brasileiro
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pela sociedade como um indivíduo “inútil” e “fraco” para compor
a força de trabalho, que por valores sociais impedem a
participação do mesmo em vários cenários da sociedade.
De acordo com Mercadante (1996), na nossa sociedade, ser
velho significa na maioria das vezes estar excluído de vários
lugares sociais. Um desses lugares densamente valorizado é
aquele relativo ao mundo produtivo, o mundo do trabalho.
Os direitos do idoso
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Art. 10 § 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade
da integridade física, psíquica e moralabrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia,
de valores, idéias e crenças, dos espaços e
dos objetivos pessoais.
Os direitos do idoso são garantidos por lei federal e cabe a cada
um de nós também poder dar sua contribuição, incentivando-os e
apoiando-os sem qualquer distinção deste.
Idosos, criativos, produtivos, estimados, ...
tronco;
pernas e pés (membros inferiores);
braços e mãos (membros superiores).
A locomoção é fundamental para a saúde de todo ser humano, e
principalmente para o paciente geriátrico. A falta de locomoção
pode causar:
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aumento da osteoporose;
úlceras de pressão — feridas de atrito, por passar muito tempo
na mesma posição;
prisão de ventre;
problemas urinários e respiratórios;
redução da força e do tônus muscular;
aumento do risco de infecções e embolias.
A prevenção de problemas no aparelho locomotor deve garantir a
movimentação apropriada e manter a postura sempre correta,
evitando assim danos à coluna vertebral.
Mover-se na cama
Os pacientes que ainda se movem sozinhos podem fazer estes
movimentos sem auxílio:
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2. entrelaçar as mãos e levantá-las, esticando os cotovelos
simultaneamente.
3. finalmente, rodar a cabeça para este mesmo lado.
Se o paciente for incapaz de realizar este exercício sozinho, o
profissional ou o cuidador deve ajudá-lo, ficando a seu lado e
seguindo as instruções do item acima. Para dar continuidade:
Sentar
A maioria dos idosos, mesmo tendo boa saúde e independência
para locomover-se, sofre de problemas nas articulações e no
sistema circulatório, de falta de vigor muscular e coordenação
motora, principalmente para a sustentação do tronco.
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Realizando o movimento
se o paciente estiver muito incapacitado, o
cuidador, ao sentá-lo, deve usar seus próprios pés e
joelhos para firmar os do paciente;
o idoso precisa aproximar-se o suficiente do
assento até encostar nele com a parte de trás dos
joelhos;
a seguir, deve colocar as mãos sobre os braços
da poltrona e inclinar-se para frente, flexionando os
joelhos até se sentar.
Caso o idoso seja incapaz de se sentar sozinho, e para que não
escorregue no assento, o cuidador deve pegá-lo por debaixo das
axilas, até que toque com toda a parte das costas o encosto da
poltrona.
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Levantar
Levantar da cama
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O idoso com dificuldade, porém com movimentação
independente, deve:
Ficar de pé
Andar
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O andar nos idosos pode ser dificultado por diversos fatores,
como doenças físicas ou psíquicas e o próprio envelhecimento,
entre outros.
Andadores: eles podem ou não possuir rodas. Para que seu uso
seja correto, é necessário fazer pressão com as mãos, segurar
nos punhos e posicionar o aparelho próximo ao corpo. Isto
porque o idoso, em muitos casos, fica longe do andador, o que
favorece o risco de quedas e acidentes. Os andadores são
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recomendados em situações mais graves, quando o grau de
instabilidade é alto.
Incontinência Urinária
A incontinência urinária é a perda incontrolável de urina.
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não. Quando a decisão tomada é a de urinar, o músculo do
esfíncter relaxa, permitindo que a urina flua através da uretra ao
mesmo tempo em que os músculos da bexiga contraem para
empurrar a urina para fora. Esta força de expulsão pode ser
aumentada com a contração dos músculos da parede abdominal
e do assoalho pélvico para aumentar a pressão sobre a bexiga.
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idosos são a hiperatividade da bexiga e distúrbios neurológicos
(p.ex., acidente vascular e demência), os quais interferem na
capacidade do cérebro de inibir a bexiga. A incontinência urinária
de urgência torna-se um problema especial quando uma doença
ou uma lesão impede que o indivíduo consiga chegar
rapidamente ao banheiro.
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abertura da bexiga para a uretra) é normalmente causada por um
aumento benigno da próstata ou pelo câncer prostático.
Menos comumente, a obstrução pode ser causada pela estenose
do colo da bexiga ou da uretra, a qual pode ocorrer após uma
cirurgia prostática. Mesmo a constipação pode causar
incontinência por transbordamento, pois quando as fezes enchem
o reto, o colo da bexiga e a uretra são pressionados. Diversos
medicamentos que afetam o cérebro ou a medula espinhal ou
que interferem na transmissão nervosa (p.ex., drogas
anticolinérgicos e narcóticos) podem comprometer a capacidade
de contração da bexiga, acarretando distensão da bexiga e
incontinência por transbordamento.
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Algumas vezes, ocorrem tipos mistos de incontinência. Por
exemplo, uma criança pode apresentar uma incontinência
decorrente tanto de uma disfunção nervosa quanto de fatores
psicológicos. Um homem pode apresentar uma incontinência por
transbordamento devido ao aumento da próstata juntamente com
uma incontinência de esforço devido a um acidente vascular
cerebral. As mulheres idosas freqüentemente apresentam um
misto de incontinência de urgência e por esforço.
1.2. Diagnóstico
Comumente, os indivíduos tendem a conviver com a
incontinência sem buscar auxílio profissional por terem medo ou
por sentirem-se embaraçados para discutir o problema com o
médico ou porque eles acreditam equivocadamente que a
incontinência faz parte do processo de envelhecimento normal.
No entanto, muitos casos de incontinência podem ser curados ou
controlados, especialmente quanto o tratamento é iniciado
precocemente.
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mecanismo da incontinência e o melhor tratamento.
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antes do surgimento da urgência miccional. As técnicas de
treinamento vesical, os quais incluem os exercícios da
musculatura pélvica e o biofeedback, podem ser muito úteis.
Alguns medicamentos que relaxam a bexiga (p.ex., propantelina,
imipramina, hiosciamina, oxibutinina e diciclomina) também
podem ser úteis. Apesar de muitas das drogas disponíveis
poderem ser muito úteis, cada uma atua de forma diferente e
pode causar efeitos adversos. Por exemplo, um medicamento
que relaxa a bexiga pode reduzir a irritabilidade desse órgão e a
forte urgência para urinar, mas pode causar ressecamento da
boca ou uma retenção excessiva de urina. Algumas vezes, os
outros efeitos do medicamento podem ser utilizados de modo
vantajoso. Por exemplo, a imipramina é um antidepressivo eficaz
e pode ser particularmente útil no tratamento de um indivíduo que
apresenta incontinência urinária e depressão. Às vezes, as
combinações de medicamentos podem ajudar. O tratamento
medicamentoso deve ser controlado e ajustado segundo as
necessidades individuais.
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levantamento da bexiga e do fortalecimento do fluxo urinário de
saída. Em alguns casos, a injeção de colágeno em torno da
uretra é eficaz.
Medicamentos e Envelhecimento
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Medicamentos e Envelhecimento
14.1. Analgésicos
14.4. Antidepressivos
Em razão de suas fortes propriedades anticolinérgicas e
sedativas, a amitriptilina geralmente não é o melhor
antidepressivo para pessoas idosas. A doxepina também é um
potente anticolinérgico.
14.6. Anti-histamínicos
Todos os anti-histamínicos de venda livre e muitos de receita
obrigatória produzem efeitos anticolinérgicos potentes. As drogas
incluem: clorfeniramina, difenidramina, hidroxizina, ciproeptadina,
prometazina, tripelenamina, dexclorfeniramina e medicamentos
combinados contra resfriado. Mesmo que possam ser úteis no
tratamento de reações alérgicas e alergias sazonais, em geral os
anti-histamínicos não são apropriados para combater a coriza e
outros sintomas de infecção viral. Nos casos em que há
necessidade de anti-histamínicos, dá-se preferência aos que não
produzem efeitos anticolinérgicos (loratadina e astemizol).
Normalmente os medicamentos contra tosse e resfriado que não
incluem anti-histamínicos em suas fórmulas são mais seguros
para pessoas idosas.
14.7. Anti-hipertensivos
A metildopa, isoladamente ou em combinação com outros
medicamentos, pode reduzir os batimentos cardíacos e agravar a
depressão. O uso de reserpina é arriscado, pois pode induzir à
depressão, impotência, sedação e tontura quando a pessoa se
levanta.
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14.8. Antipsicóticos
Embora antipsicóticos como clorpromazina, haloperidol,
tioridazina e tiotixeno sejam eficazes no tratamento dos distúrbios
psicóticos, não foi estabelecida sua eficácia no tratamento de
distúrbios comportamentais associados à demência (como
agitação, devaneios, repetição de perguntas, arremesso de
objetos e agressão). Freqüentemente essas drogas são tóxicas,
provocando sedação, distúrbios do movimento e efeitos colaterais
anticolinérgicos. No caso de o uso ser imprescindível, as pessoas
idosas devem usar antipsicóticos em doses pequenas. A
necessidade do tratamento deve ser freqüentemente reavaliada,
e os medicamentos devem ser interrompidos o mais rápido
possível.
Suplementos de Ferro
Doses de sulfato ferroso que excedam 325 miligramas diários
não melhoram muito sua absorção e podem causar constipação.
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14.11. Sedativos, Ansiolíticos e Indutores do Sono
O meprobamato, além de não oferecer vantagens em relação aos
benzodiazepínicos, apresenta muitas desvantagens.
Atividade Física
1. Atividade Física
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Nesta seção, apresentamos conceitos relacionados à atividade
física para idosos. O enfoque principal é treinamento de
equilíbrio, mas outras capacidades e habilidades também serão
abordadas, uma vez que o equilíbrio em seres humanos é
dependente de inúmeros fatores.
1. Treinamento do equilíbrio
Fundamentos de treinamento (equilíbrio)
Exercícios para treinar o equilíbrio
1. Treinamento de força
Exercícios para treinar a força
1. Treinamento de resistência aeróbia
Fundamentos de treinamento (resistência)
Exercícios para treinar a resistência aeróbia
1. Treinamento de flexibilidade
Fundamentos de treinamento (flexibilidade)
Exercícios para treinar a flexibilidade
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equilíbrio, as mesmas precauções tomadas durante o
treinamento de força devem ser consideradas antes de se iniciar
uma sessão dessa atividade.
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A amplitude dos movimentos deve ser a maior possível, de
maneira que simultaneamente haja alongamento da
musculatura oposta àquela realizando o movimento. Essa
amplitude deve ser regulada pela flexibilidade de cada um,
além de ser feita em limites nos quais não ocorrem dores nas
articulações.
As primeiras sessões devem sempre ser realizadas sem carga
extra, para que haja um devido aprendizado dos exercícios.
Como o enfoque principal do PEQUI é a prevenção de quedas na
população idosa, é interessante disponibilizar exercícios que
contribuam para tal de maneira prática, e de fácil entendimento
de todos. Mas é também importante fornecer orientação sobre
como os exercícios devem ser feitos.
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sua execução. O controle de carga se dá essencialmente de duas
maneiras distintas: pesos anexados ao membro executando o
movimento, o número de repetições por série, e o número de
séries. Inicialmente, é importante que não haja nenhum peso
extra. Além de o peso dos próprios membros já servirem como
uma ótima carga inicial, essa ausência de cargas extras permite
uma facilidade maior para executar os exercícios, levando assim
a um melhor aprendizado e conseqüente aproveitamento dos
exercícios. Também é interessante que no início seja executada
apenas uma série por exercício, com oito repetições cada. Após
ser criada uma intimidade entre o executante e os exercícios,
mudam-se as regras para carga, como descrito a seguir.
Flexão Plantar
Este exercício tem por objetivo fortalecer os músculos do
tornozelo e da região posterior da perna (panturrilha). O
executante deve estar na posição ereta, com os pés totalmente
apoiados no chão, segurando em um apoio para aumentar o
equilíbrio (por exemplo o encosto de uma cadeira). O executante
deve ficar nas pontas dos pés, o mais alto que puder. Deve levar
3 segundos para subir, permanecer no alto por 1 segundo, e levar
mais 3 segundos para voltar à posição inicial. A carga deste
exercício pode ser aumentada colocando pesos extras nos
tornozelos. À medida que a força e o equilíbrio aumentarem
suficientemente, o executante pode passar a realizar este
exercício com uma perna de cada vez (mas é importante o
mesmo número de repetições seja realizado para cada perna),
mas é importante lembrar que neste caso o aumento de carga é
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muito grande (só deve ser feito quando realmente a carga estiver
muito baixa, mesmo com pesos extras, ao realizar o exercício
com as duas pernas simultaneamente).
Resumo:
Flexão de Joelho
Este exercício serve para fortalecer a musculatura da região
posterior da coxa e da panturrilha. O executante deve manter-se
na postura ereta, segurando em um apoio para aumentar o
equilíbrio. O executante deve levar 3 segundos para flexionar o
joelho, tirando o pé do chão, de maneira que o tornozelo vá o
mais alto possível (como ilustrado na figura). A coxa deve
permanecer imóvel durante a execução do exercício, apenas o
joelho deve ser flexionado. A volta à posição inicial também deve
levar 3 segundos, terminando então uma repetição do exercício.
A carga pode ser aumentada colocando pesos extras nos
tornozelos.
Resumo:
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Flexão de Quadril
Este exercício tem como objetivo fortalecer os músculos da coxa
e do quadril. O executante deve se posicionar atrás ou ao lado de
uma cadeira (ou outro apoio qualquer). O movimento de levantar
a perna deve levar 3 segundos. A posição deve ser mantida por 1
segundo, e a descida deve levar mais 3 segundos. A maneira de
aumentar a carga do exercício é adicionando pesos extras nos
tornozelos.
Resumo:
Extensão de Quadril
Este exercício serve para fortalecer a musculatura da região
posterior da coxa e da região glútea. O executante deve ficar de
30 a 45 cm afastado de uma cadeira ou mesa (ou outro apoio
para os membros superiores), com os pés ligeiramente afastados
um do outro. O tronco deve estar inclinado a aproximadamente
45º (na direção do apoio). A perna deve ser erguida para trás
sem flexão de joelhos, e este movimento deve levar
aproximadamente 3 segundos. Durante a subida é importante
não ficar nas pontas dos pés e nem levar o tronco mais à frente.
A posição alcançada deve ser mantida por 1 segundo, e a volta à
posição inicial deve levar 3 segundos, terminando então uma
repetição do exercício. A carga pode ser aumentada colocando
pesos extras nos tornozelos.
58
Resumo:
Resumo:
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6. O tronco e os dois joelhos devem estar extendidos durante
toda a execução do exercício.
Resumo:
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4. Leve o tronco à frente até ficar sentado com as costas retas,
usando minimamente as mãos (inspirando);
5. Levante lentamente, usando minimamente as mãos
(expirando);
6. Sente lentamente, usando minimamente as mãos (inspirando);
7. Recline novamente o corpo, apoiando as costas no travesseiro,
retornando assim à posição inicial (expirando);
8. Mantenha as costas e os ombros retos durante toda a
execução do exercício.
Outros exercícios
Há ainda alguns exercícios que treinam o equilíbrio e podem ser
praticados a qualquer hora, em qualquer lugar e quanto for
desejado. Mas é importante que haja algum apoio por perto para
gerar segurança em uma eventual instabilidade durante sua
execução:
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Permanecer ereto em apenas um pé (alternando-os), o que
pode ser feito durante atividades do cotidiano.
Andar com passos bem curtos, de maneira que o pé que
executou o passo encosta o calcanhar nos artelhos (dedos do
pé) do pé de apoio.
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das mãos não varia durante o exercício, tomando como
referência o braço.
Resumo:
Extensão de Cotovelo
Este exercício tem por objetivo fortalecer o músculo posterior do
braço (tríceps). O executante deve estar sentado em uma
cadeira, com os pés totalmente apoiados no chão e afastados um
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do outro na largura dos ombros. O braço deve ser elevado com o
cotovelo flexionado, até que o cotovelo aponte para o teto (como
na primeira figura). A mão do braço realizando o movimento deve
inicialmente estar próxima ao ombro, com a palma da mão
voltada para dentro. O braço deve ser sustentado pela mão do
braço oposto, que deve fornecer um apoio logo abaixo do
cotovelo (não apoiar na articulação). O cotovelo deve então ser
extendido durante 3 segundos, até que fique completamente
extendido, de maneira que a mão aponte para o teto. Apenas a
articulação do cotovelo deve se movimentar. A posição deve ser
mantida por 1 segundo, e então o cotovelo deve ser flexionado
(durante 3 segundos), voltando assim à posição inicial
(finalizando assim uma repetição). O apoio dado pela mão do
braço oposto deve ser mantido durante toda a execução do
exercício. Uma maneira de aumentar a carga deste exercício é
segurando pesos extras na mão do braço executando o
movimento.
Resumo:
Flexão de Cotovelo
Este exercício tem por objetivo fortalecer a musculatura anterior
do braço (bíceps) e os músculos do antebraço. O executante
deve estar sentado em uma cadeira sem braços, com as costas
apoiadas no encosto da cadeira. Os pés devem estar totalmente
apoiados no chão e afastados um do outro na largura dos
ombros. O braço deve estar extendido para baixo, ao lado do
64
corpo, com a palma da mão voltada para a frente. O cotovelo
deve então ser flexionado, mantendo a posição da mão em
relação ao braço ( a articulação do ombro não se mexe, apenas a
do cotovelo). Esse movimento deve levar 3 segundos para ser
efetuado, e o executante deve tomar cuidado para que seu corpo
não se movimente lateralmente durante a flexão de cotovelo.
Atingido a flexão máxima, a posição deve ser mantida por 1
segundo, e o cotovelo deve então ser extendido, voltando à
posição inicial, em mais 3 segundos (finalizando assim uma
repetição). Para aumentar a carga deste exercício, basta segurar
um peso extra na mão do braço realizando a flexão.
Resumo:
Flexão de Ombro
Este exercício serve para fortalecer a musculatura dos ombros. O
executante deve estar sentado em uma cadeira sem braços, com
as costas retas apoiadas no encosto da cadeira. Os pés devem
estar totalmente apoiados no chão e afastados um do outro na
largura dos ombros. Os braços devem, inicialmente, estar
estendidos ao lado do corpo, com as palmas da mão voltadas
para dentro. Os braços devem então ser levantados para a frente
durante 3 segundos, mantendo-os estendidos e girando os
punhos para que as mão fiquem voltadas para cima. Quando os
braços ficarem paralelos com o chão, a posição deve ser mantida
65
por 1 segundo. O executante deve então descer os braços até a
posição inicial, girando novamente os punhos para que as palmas
das mãos fiquem voltadas para dentro, o que deve levar mais 3
segundos. Para aumentar a carga deste, basta segurar pesos
extras com as mãos.
Resumo:
Empurrar a Cadeira
Este exercício serve para fortalecer os músculos da parte de trás
dos braços (tríceps), das costas, do antebraço e do peito. O
executante deve estar sentado em uma cadeira com braços, com
o corpo pendendo levemente à frente, com as costas retas (mas
sem encostá-las no encosto da cadeira). O executante deve
então segurar nos braços da cadeira, alinhando suas mãos e o
tronco, ou posicionando-as levemente à frente do tronco. Os pés
devem estar posicionados embaixo da cadeira, com os
calcanhares levantados, de modo que o peso dos pés esteja
distribuído somente sobre os artelhos (dedos do pé) e sobre o a
parte anterior do pé. Lentamente, o executante deve levantar seu
corpo usando os braços, o mais alto que conseguir, tentando
manter a posição em que o corpo se encontrava sentado (com
flexão de quadril e de joelho). Mesmo que o executante não
consiga se levantar, o esforço necessário para tentar é suficiente
para fortalecer progressivamente os músculos em questão. O
ideal é que os membros inferiores não sejam utilizados para
66
ajudar o movimento de subida, ou ainda que sejam utilizados
minimamente. A carga deste exercício pode ser aumentada
colocando pesos extras sobre as coxas.
Resumo:
67
Apesar de este tempo não ser suficiente para trazer os ganhos de
um treinamento de resistência aeróbia, começar o treinamento
com um baixo nível de esforço e ir aumentando-o gradualmente é
especialmente importante para aqueles que estão inativos há
muito tempo. A idéia é que com o devido tempo, essa leve
atividade se torne uma atividade de dificuldade de moderada a
vigorosa, apesar de ainda continuar com um curto tempo de
duração (5 minutos).
69
durante atividades que causem transpiração. Se o indivíduo
chegar a sentir sede, significa que seu corpo já está levemente
desidratado. Mas é importante atentar que algumas pessoas
possuem limitações de ingestão de líquidos (como em
patologias envolvendo o coração e o fígado), e esse controle
de ingestão durante a atividade física deve ser feito juntamente
com seu médico.
Idosos são mais afetados pelo frio e pelo calor que adultos
(devido a um sistema termo-regulador menos eficiente), o que
pode trazer riscos à saúde. É interessante que um idosos, ao
se exercitar, vistas as roupas em “camadas”, de maneira que
fique protegido contra o frio, mas se vir a sentir calor seja
possível remover algumas peças para regular a temperatura.
Antes de aumentar a dificuldade da atividade executada é mais
aconselhável aumentar a duração da atividade.
Dificuldade moderada:
Nadar
Pedalar
Andar rapidamente em superfície plana
Fazer faxina
Jogar golfe a pé
Jogar tênis em duplas
Jogar voleibol
Remar
Dançar.
Dificuldade vigorosa:
Subir escadas
Andar rapidamente em superfícies íngremes (subidas)
Subir superfícies íngremes de bicicleta
Jogar tênis
70
Nadar rapidamente
Marcha atlética
Correr lentamente.
71
Segurança
Se o executante já sofreu alguma lesão, fratura ou cirurgia nos
ossos do quadril (principalmente na articulação coxo-femoral,
que corresponde à junção do quadril com o fêmur), é
importante consultar um médico antes de executar os
exercícios para treinar a flexibilidade dos membros inferiores;
Se o executante sofreu fratura da cabeça do fêmur, ele não
deve cruzar as pernas em ângulos superiores a 90 graus;
Se a sessão de treinamento for realizada separada de outros
tipos de treinamento, é importante realizar um leve
aquecimento antes de iniciá-la. Isso pode ser feito com alguns
minutos de caminhada e movimentação dos membros
superiores. Alongar os músculos sem aquecimento prévio pode
resultar em alguma lesão;
Alongar os músculos não deve resultar em dor, principalmente
nas articulações. Se isso ocorrer, provavelmente a amplitude
do alongamento está muito grande, e deve ser reduzida;
Uma leve sensação de desconforto é normal durante o
alongamento (mas não de dor);
O alongamento nunca deve ser feito rapidamente ou com
"trancos" (alongamento balístico), pois esticar o músculo
rapidamente faz com que um mecanismo reflexo seja
disparado, e o músculo então se contrai involuntariamente.
Além de isso prejudicar a amplitude que poderia ser alcançada
com o músculo relaxado, ainda há algum risco de lesão se o
alongamento for executado desta maneira;
Durante o alongamento, o membro alongado deve estar
esticado, mas manter uma pequena folga na articulação é
aconselhável para diminuir um pouco a carga sobre os tendões
e ligamentos (as articulações não devem ser hiper-estendidas).
O executante deve respirar profunda e lentamente durante a
execução dos exercícios. Se o executante sentir alguma
tontura, mesmo que leve, ele deve voltar a respirar
naturalmente.
Realizar os exercícios seguindo as recomendações acima
descritas resultará em um aumento da flexibilidade, e a
maneira de progredir no treinamento é sempre tentar alcançar
a maior amplitude articular sem que ocorra dor;
72
Os exercícios de flexibilidade também podem ser utilizados no
aquecimento, antes das sessões de treinamento, com a função
de preparar o corpo para o exercício. Nesse caso os exercícios
devem ser feitos após o corpo já estar aquecido, pois alongar
músculos "frios" pode resultar em lesões musculares a
articulares.
Isquiotibiais
Este exercício tem por objetivo alongar a musculatura posterior
da coxa, sendo que o conjunto dos músculos dessa região
também é denominado de isquiotibiais. O executante deve
sentar-se em um banco ou outra superfície rígida que lhe permita
apoiar toda a perna (como duas cadeiras colocadas lado a lado).
Uma das pernas deve então descansar sobre o banco, com a
ponta do pé apontando para cima (as costas devem ser mantidas
retas). A outra perna deve estar ao lado do banco, com o pé
totalmente apoiado no solo. O joelho da perna apoiada no banco
deve ser totalmente estendido. Se neste ponto o executante já
sentir o alongamento, essa é a posição que deve ser mantida
pelo tempo determinado para esse tipo de treinamento. Se o
executante não sentir o leve desconforto nessa posição, deve
levar o tronco à frente, como se fosse deitá-lo sobre a perna
estendida, mantendo sempre as costas retas (a única articulação
que se movimenta é o quadril). No caso de o executante ter
sofrido uma fratura na cabeça do fêmur, não é seguro levar o
corpo à frente neste exercício (a não ser que haja aprovação do
médico ou fisioterapeuta responsável). Após manter a posição de
73
10 a 30 segundos, o executante deve retornar lentamente à
posição inicial, terminando uma repetição.
Resumo:
Isquitibiais (alternativa)
Uma alternativa ao exercício anterior é se posicionar em pé atrás
de uma cadeira com os joelhos em extensão. O executante deve
segurar o encosto da cadeira com as duas mãos e flexionar o
quadril levando o tronco para frente, mantendo as costas retas
durante toda a execução do exercício. Quando o corpo estiver
paralelo com o solo, a posição deve ser mantida. Após 10-30 s, o
executante deve retornar lentamente usando como apoio o
encosto da cadeira para subir.
Resumo:
74
Tríceps Sural (Panturrilha)
Este exercício alonga a musculatura posterior da perna. O
executante deve estar em pé, apoiando as duas mãos em uma
parede, com os cotovelos estendidos. Mantenha o joelho de uma
das pernas levemente flexionado e leve o pé da outra perna atrás
(aproximadamente meio metro), mantendo os pés totalmente em
contato com o solo (o pé da perna levada atrás deve estar
levemente virado para dentro). O executante então deverá sentir
o alongamento da musculatura da panturrilha. Se isso não
ocorrer, a perna posicionada atrás deve ser ainda mais
distanciada da outra, fazendo com que os músculos se alonguem
ainda mais. A posição alcançada deve então ser mantida por 10 a
30 segundos. Então o executante deve flexionar levemente o
joelho da perna que está atrás (como na segunda figura), e
manter novamente a postura alcançada pelo mesmo tempo.
Resumo:
Tornozelo
Este exercício tem como objetivo alongar a musculatura
envolvida na articulação do tornozelo. Deve ser realizado com os
pés descalços, já que o calçado limita a movimentação do pé. O
executante deve estar sentado na parte anterior do assento de
uma cadeira, inclinando o corpo para trás até apoiar o tronco no
encosto da cadeira (um travesseiro deve ser utilizado para
75
fornecer apoio lombar, como exemplificado na figura). As pernas
devem então ser estendidas “escorregando” os pés para frente
ao longo do chão.
Resumo:
Tríceps Braquial
Este exercício alonga o músculo da região posterior do braço. O
executante deve segurar a ponta de uma toalha com uma das
mãos. Deve então levantar o braço que está segurando a toalha,
e flexionar o cotovelo de maneira a deixar a toalha cair ao longo
das costas. Com a outra mão, deve alcançar, por trás das costas,
a ponta da toalha que está sendo segurada pela outra mão.
76
Quando o alongamento for sentido, a posição deve ser mantida
(o limite é o ponto onde as duas mãos se tocam). Após terminar a
série, a posição deve ser invertida.
Resumo:
Pulso
O executante deve empurrar as palmas das mãos um contra a
outra,mantendo os cotovelos apontando para baixo. Deve então
elevar os cotovelos tentando deixá-los paralelos ao solo (ou o
mais próximo disso que sua flexibilidade permitir), mantendo as
palmas das mão em total contato uma com a outra. A posição
deve ser mantida de 10 a 30 segundos, e então os cotovelos
devem ser novamente baixados, terminando assim uma
repetição.
Resumo:
Quadríceps
77
Este exercício tem como objetivo alongar os músculos da parte
anterior da coxa, sendo que o conjunto destes músculos é
chamado de quadríceps femoral. O executante deve deitar-se de
lado no chão (podendo utilizar um colchonete para aumentar o
conforto), alinhando os quadris, de maneira que um dos lados
esteja posicionado exatamente acima do outro. A cabeça deve
ser colocada em cima de um travesseiro, ou pode-se usar a mão
como apoio. O joelho da perna posicionada acima deve ser
flexionado.
Resumo:
Resumo:
79
Resumo:
Rotação de Ombro
Este exercício alonga a musculatura envolvida na articulação do
ombro. O executante deve deitar-se de costas (decúbito dorsal)
no solo e colocar um travesseiro para apoiar a cabeça. Também
é importante colocar uma almofada embaixo dos joelhos,
mantendo-os levemente flexionados (o que serve para diminuir a
tensão na coluna vertebral enquanto o indivíduo está deitado). O
executante deve então esticar os braços para os lados,
mantendo-os alinhados na altura dos ombros. Os cotovelos
devem então ser flexionados, de maneira que as pontas dos
dedos devem apontar o teto (os antebraços perdem o contato
com o solo, mas os braços devem continuar em contato com ele
durante toda a execução do exercício), e os antebraços devem
estar paralelos.
Resumo:
Rotação de Pescoço
Este exercício alonga a musculatura do pescoço. O executante
deve deitar-se no chão, apoiando a cabeça em um livro grosso
(um colchonete pode ser usado para aumentar o conforto). O
exercício consiste em virar a cabeça de um lado para o outro,
mantendo a posição de 10 a 20 segundos em cada lado
(extremidade do movimento). A cabeça não deve estar pendendo
para frente ou para trás durante a execução do exercício, o que
torna necessário encontrar um livro com uma espessura ideal
para manter a cabeça alinhada com o tronco. Para aumentar o
conforto, ainda é aconselhável manter os joelhos flexionados, o
que diminui a tensão na região lombar da coluna vertebral.
Resumo:
81
2. Apóie a cabeça em um livro grosso (por exemplo, uma lista
telefônica);
Vire a cabeça de um lado para o outro, mantendo a posição em
cada lado.
Introdução
82
Evitar o evento de queda é considerado hoje uma conduta de boa
prática geriátrico-gerontológica, tanto em hospitais quanto em
instituições de longa permanência, sendo considerado um dos
indicadores de qualidade de serviços para idosos. Além disso,
constitui-se em política pública indispensável, não só porque
afeta de maneira desastrosa a vida dos idosos e de suas famílias,
como também drena montantes expressivos de recursos
econômicos no tratamento de suas conseqüências, como a
fratura de quadril (19,42,45).
Cenário do problema
Cerca de 30% a 60% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano
e cerca da metade cai de forma recorrente, variando de acordo
com a precisão do monitoramento realizado pelo estudo (39,44).
83
presentes nesta população, associado ao declínio funcional
decorrente do processo de envelhecimento, como o aumento do
tempo reação e diminuição da eficácia das estratégias motoras
do equilíbrio corporal, fazendo de uma queda leve um evento
potencialmente perigoso.
Dos que caem a cada ano, entre 5% a 10% dos idosos residentes
na comunidade tem como conseqüência lesões severas como
fratura, traumatismo craniano e lacerações sérias, que reduzem
sua mobilidade e independência, aumentando as chances de
morte prematura. Cerca de metade dos idosos hospitalizados por
fratura de quadril não recuperam a mobilidade prévia ao evento.
(1,8).
84
percepção subjetiva de saúde física e mental ruim e condições
econômicas desfavoráveis (53).
Definição e classificação
Queda é uma mudança de posição inesperada, não intencional
que faz com que o indivíduo permaneça em um nível inferior, por
exemplo, sobre o mobiliário ou no chão. Este evento não é
conseqüência de uma paralisia súbita, ataque epilético ou força
externa extrema (25).
85
deste evento ou que têm uma maior propensão a
experimentarem quedas recorrentes o que aumenta a
probabilidade de perda de capacidade funcional, seja ela
decorrente de um único evento grave ou da perda de confiança e
do senso de auto-eficácia o que com o tempo acaba por provocar
uma restrição de atividades e um declínio na mobilidade,
expondo este idoso a um maior risco de tornar-se frágil.
86
quedas com lesão
(2,5,6,9,11,18,21,27,29,32,35,,37,39,46,51,52,54)
87
atividades de vida diária, depressão, declínio cognitivo e idade
igual ou superior a 80 anos (440.
88
Idade ≥ 75 anos Alto (acidentais,
recorrentes e com lesões sérias)
Psico-Cognitivos
Declínio Cognitivo Alto (acidentais,
recorrentes)
Depressão Baixo (acidentais)
89
Anemia Baixo (com
lesões sérias)
Insônia Baixo
(recorrentes, com lesões sérias)
Funcionalidade
Comprometimento em AVD Alto
(acidentais,recorrentes, com lesões sérias)
Inatividade Alto
(acidentais,recorrentes, com lesões sérias)
Comprometimento sensorial
Comprometimento visual Moderado
(acidentais,recorrentes,com lesões sérias)
Distúrbio neuromuscular
90
Fraqueza muscular de MMII Alto (acidentais,
recorrentes)
Uso de medicações
Psicotrópicas :Benzodiazepínicos Alto
(recorrentes, com lesões sérias)
91
Quadro 2 – Causas de quedas em idosos: resumo de 12 estudos
levantados por Rubenstein, Josephson, 2002.
Epilepsia Dor
Medicamentos Álcool
Queda da cama
Síncope
92
associada à presença de disfunções vestibulares. O roteiro
apresenta as principais perguntas a serem realizadas na
investigação do evento de queda. A queda pode ser o reflexo de
uma doença aguda como infecção urinária ou respiratória,
arritmia cardíaca, acidente vascular encefálico, delirium, dentre
outras. A mesma pessoa pode cair em diferentes momentos por
várias razões. A queda de causa desconhecida deve ser
amplamente investigada até que um fator ou vários fatores seja
apontado como agentes etiológicos ou precipitantes do evento.
93
o Como a queda ocorreu? Desequilibrou-se, os joelhos
falsearam, sentiu-se fraco subitamente, sentiu-se tonto ?
o Que parte do corpo bateu primeiro no chão ou no mobiliário?
o Estava usando óculos ou aparelho auditivo (quando se
aplicar)?
o Como estava se sentindo antes de cair (na semana prévia)?
Houve alguma modificação na sua saúde? Como fraqueza
generalizada, cansaço, apatia, falta de ar, problemas de
memória, febre, taquicardia, dor no peito, etc.
o Houve alguma modificação na medicação usada
habitualmente? Algum medicamento novo foi introduzido ou
retirado? Fez uso de alguma medicação por conta própria?
o No último ano, o Sr.(a) esteve hospitalizado?
o O Sr.(a) diria que tem tido maior dificuldade para andar dentro
de casa, vestir-se, tomar banho, andar fora de casa, ir ao
banheiro em tempo, tomar remédios na hora certa ?
94
Figura 1 - Algoritmo adaptado proposto pela OPAS,2002.
95
Nenhum instrumento aplicado de forma isolada é capaz de
identificar idosos de risco para quedas, assim como estratificar
este risco. Uma combinação de instrumentos em geral contidos
na avaliação geriátrico-gerontológica abrangente deve ser
utilizada como rastreio para maior vulnerabilidade a quedas.
97
“Guidelines” para Prevenção de Quedas em
Idosos
“Guidelines” para Prevenção de Quedas em Idosos
98
O diagrama acima tem como objetivo nortear as intervenções
para idosos vivendo na comunidade. A partir do levantamento da
ocorrência de queda no último ano e da suspeita de alterações de
marcha ou equilíbrio, é necessária uma avaliação sistematizada
por meio de uma avaliação geriátrico-gerontológica abrangente e
de avaliações do equilíbrio funcional e da marcha, que em
conjunto possam classificar os idosos em função risco de queda.
A partir daí, implementa-se intervenções específicas para cada
grupo. O monitoramento subseqüente diz respeito não só a
ocorrência, a freqüência, a gravidade como também do intervalo
entre os eventos.
99
Programas multidimensionais bem-sucedidos incluem avaliação e
aconselhamento médico e ambiental, mudança na prescrição
medicamentosa, exercícios individualizados, treino de
transferências posturais e de marcha e, encaminhamento a
especialistas de acordo com a necessidade (7,10, 16, 22, 23,
53);
100
diferença entre o grupo que sofreu intervenção e o grupo
controle quanto ao número cumulativo de quedas, o número
médio de quedas e quanto à freqüência das quedas. Encontrou-
se uma diferença significante quanto ao intervalo entre os
eventos de queda. Em uma meta-análise recente envolvendo 12
estudos, os resultados apontam que houve uma redução de 4%
na ocorrência de quedas para os idosos que estavam no grupo
de tratamento que receberam várias e diferentes intervenções.
Reforçou-se ainda que intervenções isoladas tem um menor
impacto na redução das quedas, independentemente da
intervenção realizada, e que os programas direcionados para
idosos de risco mas, vivendo na comunidade têm maior eficácia
do que aqueles direcionados à idosos institucionalizados (22,23).
Programa de fortalecimento
Fraqueza muscular de muscular de quadríceps e dorsi-
MMII flexores de tornozelo. Exercícios
excêntricos são recomendados.
Distúrbios de marcha
Adequação e ou prescrição de
dispositivos de auxílio à marcha. O
treino de uso adequado é
recomendável.
Acompanhamento cuidadoso do
equilíbrio corporal após cirurgia de
catarata.
Déficit auditivo
102
queda sintomática de 20
mmHg na PA sistólica
mensurada entre 1 a 5 Revisão da medicação, elevação
minutos após ficar de pé da cabeceira da cama, orientação
a partir da posição deitadade movimentos de MMII antes de
ou sentada se levantar.
Uso de medicações
psicotrópicas
Rever a necessidade de uso de
anti-psicóticos, anti-depressivos e
benzodiazepínicos (curta e longa
duração). Prescrever um número
reduzido de medicações e levantar
o uso de medicações sem
prescrição médica
Presença de riscos
ambientais Modificação ambiental só foi eficaz
na redução das quedas quando
realizada após avaliação feita por
profissional de terapia ocupacional
e fornecido as adaptações
necessárias.
103
Necessidades específicas Evitar ingesta hídrica antes de
nas eliminações dormir.
Distúrbios de
comportamento: agitação Avaliar se há presença de quadro
psicomotora. Confusão de estado confusional agudo.
mental
Adequar o ciclo vigília-sono.
Fisioterapia especializada.
Distúrbio de atenção:
dificuldade em dupla
tarefa: motora e cognitiva
Avaliação específica do
104
concomitantes desempenho por meio do Timed
up & go modificado.
105
o Restrições financeiras
o Redução do funcionamento cognitivo
(capacidade de compreender e pensar de uma
forma lógica, com prejuízo na memória).
o Demência
o Demência tipo Alzheimer
o Demência vascular
o Esquizofrenia
o Transtornos depressivos
o Transtorno bipolar (do humor)
o Transtorno delirante
o Transtornos de ansiedade
o Transtornos somatoformes
o Transtornos por uso de álcool e outras
substâncias
Demência
Demência
106
pessoas com mais de 65 anos e aumenta para 20% nas pessoas
com mais de 80 anos.
107
violentos. A desorientação leva a pessoa a andar sem rumo
podendo ser encontrada longe de casa em uma condição de total
confusão. Aparecem também alterações neurológicas como
problemas na marcha, na fala, no desempenhar uma função
motora e na compreensão do que lhe é falado.
Esquizofrenia
Esquizofrenia (esquizofrenia e outras psicoses)
Transtornos depressivos
108
Transtornos depressivos
Transtorno Delirante
Transtorno delirante
109
A idade de início ocorre por volta da meia-idade mas pode
ocorrer em idosos. Os sintomas são alterações do pensamento
mais comumente de natureza persecutória (os pacientes crêem
que estão sendo espionados, seguidos, envenenados ou de
algum modo assediados). Podem tornar-se violentos contra seus
supostos perseguidores, trancarem-se em seus aposentos e
viverem em reclusão. A natureza dos pensamentos pode ser em
relação ao corpo, como acreditar ter uma doença fatal
(hipocondria).
Transtornos de Ansiedade
Transtornos de ansiedade
Transtornos Somatoformes
Transtornos Somatoformes
111
Os pacientes idosos com dependência de álcool, geralmente,
apresentam uma história de consumo excessivo que começou na
idade adulta e apresenta uma doença médica, principalmente
doença hepática. Além disso, um grande número tem demência
causada pelo álcool.
Depressão
Depressão
O que é a depressão?
Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado
de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de
tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer
faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas
vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a
doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência
em ambos os grupos também freqüente.
112
As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas
podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da
pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos
(neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais,
sociais e psicológicos, como:
o Estresse
o Estilo de vida
o Acontecimentos vitais, tais como crises e
separações conjugais, morte na família, climatério,
crise da meia-idade, entre outros.
113
relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo
dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da
noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo
voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de
energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro
problema físico.
Doença de Alzheimer
1. Doença de Alzheimer - Dúvidas Freqüentes
116
Existem dois tipos de doença de Alzheimer: a doença de
Alzheimer familiar que ocorre em adultos jovens e parece ter um
caráter hereditário importante e a forma esporádica na qual o
fator hereditário não é óbvio.
117
O nível educacional está relacionado com o risco de se ter à
doença de Alzheimer?
Pesquisas sugerem que quanto maior o número de anos de
educação formal que uma pessoa tem, menor é a chance dela ou
dele desenvolver a doença quando for idoso. Alguns estudos
sugerem que manter uma atividade intelectual como fazer
palavras cruzadas por exemplo pode reduzir a probabilidade de
se adquirir a doença de Alzheimer.
118
o Dificuldade em tomar decisões.
o Perder-se em ambientes conhecidos.
o Alucinações, inapetência, perda de peso,
incontinência urinária e fecal.
o Dificuldades com a fala e a comunicação.
o Movimentos e fala repetitiva.
119
Exames de imagem como a tomografia computadorizada,
ressonância nuclear magnética, spect e pet, são utilizados para
determinar o tipo de demência e/ou avaliar sua gravidade.
120
Existem 4 fases:
121
Início de dificuldades motoras.
Na fase final:
Dependência total.
Imobilidade crescente.
Incontinência urinária e fecal.
Tendência em assumir a posição fetal.
Mutismo.
Restrito a poltrona ou ao leito.
Presença de úlceras por pressão (escaras).
Perda progressiva de peso.
Infecções urinárias e respiratórias freqüentes.
Término da comunicação.
Na fase terminal:
122
Alimentação enterall
Infecções de repetição
Morte
123
Como a doença de Alzheimer é tratada?
Não existe nenhuma droga que garanta a cura, ou que
interrompa definitivamente o curso da doença de Alzheimer.
124
Estudo recente concluiu que a administração de estrógeno em
conjunto com progesterona aumentou o risco da doença em duas
vezes quando comparada com o grupo que não fez uso da
medicação.
Mais estudos precisam ser realizados mas essa não deixa de ser
uma opção interessante.
125
humana e de saúde pública. Um site foi construído exatamente
para preencher essa lacuna
definitivamentewww.alzheimermed.com.br
Artigos de Interesse
Estudo aponta que religião é fator preventivo contra
depressão em idosos
Fonte: http://www.hospitalar.com/cientificas/not0097.html
***
127
boas condições de vida para os mais velhos, num país em que
previdência, para muitos, significa ser sustentado pelo filho – isso
somente se ele tiver nascido homem - e o controle de natalidade
é rígido e permite apenas um filho por casal, com exceções para
determinados casos e regiões.
Nas áreas rurais, os casais que têm uma filha podem engravidar
novamente, com o objetivo de ver se na segunda vez nasce um
menino. Nas áreas que contêm parques industriais, é permitido
que casais tenham dois filhos. Em qualquer lugar da China,
casais podem engravidar uma segunda vez se tiverem o primeiro
filho com algum problema físico ou mental. A regra geral é de
128
apenas um filho, desde 1979. O limite, mesmo quando permitidas
as exceções, é sempre de dois filhos por casal.
129
de idade é de 27 em cada mil entre os meninos e de 36 em cada
mil entre as meninas.
***
Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1050812,00.html
***
131
O Brasil, que já foi celebrado como o país dos jovens, tem hoje
cerca de 13,5 milhões de idosos, que representam 8% de sua
população. Em 20 anos, o País será o sexto no mundo com o
maior número de pessoas idosas. O dado serve de alerta para
que o governo e a sociedade se preparem para essa nova
realidade não tão distante.
++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
+++++++++++++++++++++++++
132
1º de Outubro, o dia do idoso foi transferido para esta data de
acordo com a lei número 11.433 de 28 de Dezembro de 2006.
***
A VELHICE
133
• Diminuição da taxa de fecundidade das mulheres que, de uma
média de 6 filhos, em 1960, em 1991 já baixava para 2,5
Que bom, hoje o ser humano vive mais, mas a sociedade ainda
não conseguiu atender adequadamente a esta parcela da
população. Portanto, embora o aumento da longevidade seja uma
conquista da humanidade, o envelhecer com qualidade de vida é
um dos grandes desafios da sociedade moderna. Delicada é, de
fato, a situação do idoso em nossas famílias e no seio da
sociedade de consumo que, com seu espírito de produtividade,
rendimento e eficiência, considera um peso a presença do idoso.
134
CULTO AO CORPO
INCAPACIDADE OU EXPERIÊNCIA?
135
criança, pessoa sem incidência efetiva. Trata-se de uma
verdadeira conspiração silenciosa contra a velhice.
UM PRÊMIO!
136
A vida longa é um prêmio. A velhice pode ser um tempo de
intenso desenvolvimento social e espiritual. Não há nada que
justifique a exclusão dos velhos.
Quem envelhece não deseja que sua vida sofra uma contração,
pois, apesar das perdas, das dificuldades e dos problemas, o
idoso quer viver, contando com a ajuda de sua experiência e ser
premiado por ter lutado sempre.
***
137
A assistência religiosa: Cultivar a religiosidade do idoso é
ajudá-lo a descobrir os valores humano-religiosos de sua idade e
a viver esse tempo de sua existência na serenidade e na paz que
só Deus sabe dar. É ajudá-lo a descobrir que mesmo os
sofrimentos podem ser ocasião de crescimento interior, tanto
para quem sofre como para os outros.
Otimismo e realismo: Encarar a realidade com clareza e
coragem. A fé e a esperança nos ensinam a olhar para a frente,
para a estrada que ainda temos que percorrer.
Contemplação: uma espiritualidade mais plena exige a abertura
para a contemplação: saber parar, refletir, encontrar a Deus na
oração e na prática da caridade.
Celebrar: esta idade pode trazer grandes alegrias, tais como
chegar às bodas de ouro, ver os filhos se realizarem, ter velhos
amigos. Isso tudo pode se tornar motivo de festa e celebração.
Autocompreensão: é fundamental aceitar a própria realidade.
Aceitação que não significa resignação, mas aquela atitude e
dignidade que vem da consciência esclarecida do processo
natural da vida.
Relacionar-se: A felicidade dos idosos depende muito do
entrelaçamento de relações estabelecidas com o cônjuge, com os
filhos e netos e também no interior da sociedade mais ampla:
amigos, vizinhos...
Conviver é contribuir: Para que a velhice não seja vazia e
monótona, é preciso continuar a perseguir ideais que dêem
sentido à vida: dedicação a instituições, trabalho social e político,
intelectual... O amor é o critério último para o discernimento de
toda autêntica espiritualidade, em qualquer idade.
Ser um eterno aprendiz: a assimilação de novos
conhecimentos, atitudes e hábitos pode ocorrer em qualquer
idade.
138
Não sei quanto tempo tenho ainda para viver, mas tudo aceito
como dom precioso de tuas mãos.
Quero só o que tu queres, e só desejo o que tu, Senhor, desejas
para mim.
Senhor!
Às vezes sinto que o meu corpo está cada vez mais frágil, mas,
de tudo isto, não tenho medo e nem quero ter, porque tu, Senhor,
és meu Pastor e nada me falta.
Senhor!
Se não posso enxergar com os olhos do corpo, que possa ver
com os olhos da fé.
Se os meus pés não podem mais andar, que eu seja peregrino e
missionário no exercício do amor.
Se nada posso fazer que exija força, que eu tenha plena
confiança na tua bondade.
Senhor!
Dai-me a força da esperança para crer no amanhã.
Que eu sirva somente de estímulo para todos os que de mim se
aproximarem.
Que eu seja, com a tua força e a proteção de Maria, um idoso
experiente e alegre.
Nada de amargura e raiva esteja em mim.
Senhor!
Dai-me a alegria de ver os jovens realizarem seus ideais, e que
eu saiba oferecer-lhes os meus.
Que tenha a consciência da minha missão de ser fermento, sal e
luz.
Que os jovens, olhando para mim, já experiente na vida, possam
sentir e descobrir que vale a pena viver, com amor radical, o dom
da vida.
Senhor!
Não estou cansado de viver!
Quero viver com alegria!
Quando e como Tu quiseres, quero partir deste mundo...
Se viver neste mundo é tão bom, sem dúvida será bem melhor
viver contigo por toda eternidade. Amém!
Frei Patrício Sciadini
139
venha a
amargar um futuro sem sentido.
Só o amor é capaz
de superar os conflitos
de idade e de mentalidade
PARA REFLETIR
Testamento e Inventário
Testamento e Inventário
141
Na sucessão testamentária, deveremos encontrar herdeiros
sucedendo a título universal, mas poderemos encontrar
legatários, porque estes sucedem a título singular, ou seja,
legatário não responde pelas dívidas do falecido.
142
OPRESIDENTEDAREPÚBLICA
...............................................................................................” (NR)
143
por escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à
descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão alimentícia e,
ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome
de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o
casamento.
144
de mortes de idosos nas regiões mínimo de limitações
metropolitanas. físicas e mentais
Mais idosos
145
não praticam nenhuma atividade física.
Viver...melhor
148
Definir quem será o cuidador familiar de um idoso doente no
domicílio constitui-se numa situação em que a família, na maioria
das vezes, necessita reorganizar-se e negociar possibilidades,
que incluem identificar, conforme o parentesco, a disponibilidade
de tempo e o desejo pessoal, quem poderá assumir essa tarefa.
“Penso assim que, que eu tenho que cuidar dele, porque estou
junto com ele. É meu companheiro, então tenho que cuidar”.
(Shenna)
Em investigação realizada por SILVA (1995) na qual buscou
conhecer as relações de gênero e poder entre cuidadoras –
mulheres e pacientes acometidos por Acidente Vascular Cerebral
(AVC) e que perderam sua independência, constatou que para
algumas cuidadoras a “opção” de cuidar é vista como uma
obrigação que está embutida no seu papel de esposa, estando
149
relacionado ao projeto de vida do casal, já que o casamento se
constitui em um projeto de vida comum que inclui a questão do
cuidado pelo outro.
150
está se referindo a uma obrigação moral determinada, expressa
em uma regra de ação, que nesse caso é o cuidar.
151
dependente seja outro idoso, que por sua vez também pode ter
restrições em sua saúde, porém, encontra-se em melhores
condições, o que os possibilita cuidar”.
Ser cuidador da própria mãe (ou pai) transcende o ato em si, pois
resgata o carinho, o amor, as desavenças do cotidiano e
possibilita a retribuição de valores, de cuidados e também, de
certa forma, o fato de existirem.
“Eu (filha) tenho amor por ela, à gente se não fosse ela, a
gente não estava no mundo”. (Mulher Maravilha)
“É eu cuido, é minha mãe, tenho carinho por ela. É o que eu
posso fazer hoje por ela, é cuidar”. (Super-homem)
Mesmo que esta obrigação seja vista como um fator inerente à
condição de filhos, outras figuras se apresentam neste estudo
como cuidadoras. A neta, embora não seja filha, sente-se como
tal e, portanto, imbui-se da mesma obrigação filial. Ao residir com
a avó, passou a cuidá-la diariamente, sentindo-se responsável
por ela. Além disso, separada dos pais, por motivos familiares,
relata que com o passar do tempo, do carinho e da atenção da
avó a considera como a própria mãe.
153
envolve, mais os não-cuidadores se desvencilham do cuidado
(KARSCH, 1998). Assim percebemos que, uma vez assumindo, o
cuidado dificilmente é transferível.
154
sentimento é temporário, efêmero e que com o passar do tempo,
na medida do possível, tudo volta ao “normal”.
“Me dava raiva assim, mas depois que a raiva passava, daí
(...)”. (Tempestade)
“Bem, às vezes tem umas resmunguinhas ou outra, mas ela
não aceita, às vezes a gente briga por causa de remédio dela e
outras coisas, mas é coisinha, assim”. (Bat girl)
O cotidiano do cuidado favorece o surgimento de sentimentos de
insatisfação por parte do cuidador e a manifestação do seu
descontentamento, entre outros motivos, pode produzir situações
de conflito entre ele e o familiar. Refletir sobre estes
desencontros desencadeia sentimentos ambíguos para ambos os
lados. Ao cuidador o sentimento de compaixão pela dependência
do idoso e de desagrado pelas limitações que lhe impõe a
condição de cuidador. Ao familiar que está sendo cuidado, a
indignação pela dependência e o reconhecimento pela ajuda
recebida. Conforme KARSCH (1998), o cuidador não pode ficar
pensando nos problemas de relacionamento que poderão surgir
no decorrer do cuidado, mas este deve fazer o que tem que ser
feito, porque, ao ficar preocupado, não cuida e nem muda a
situação.
155
O exercício de cuidar do idoso doente no domicílio é um
aprendizado constante, baseado nas necessidades físicas e
biológicas e de acordo com o nível de dependência do idoso. Na
maioria das vezes se torna difícil, pela inexperiênciado cuidador,
atender as demandas que vão surgindo no transcorrer do
processo do cuidar e que necessitam ser aprendidas no
enfrentamento do cotidiano.
Atividades que parecem ser simples, para quem já as
desenvolve, se tornam árduas para quem nunca precisou
enfrentá-las. Assim, o cuidar, que inicialmente abrange atividades
simples que se limitam a ajudar na realização de atividades da
vida diária, como ajudar no vestir-se ou a servir de apoio para
andar na rua, podem, gradativamente, ir se complexificando e
exigindo do cuidador conhecimento e habilidades para o exercício
do cuidar de acordo com as necessidades físicas do idoso.
156
idoso está bem, pelo compromisso de administrar medicamentos
nos horários corretos e pela repetição de tarefas.
157
Assim, ao cuidador familiar é apresentada a necessidade de
incorporar a nova realidade ao seu cotidiano, muitas vezes árdua
e desgastante, conforme o que o idoso doente apresenta, e
conviver com ela.
159
pode se autocuidar nem, muitas vezes, colaborar nos cuidados, o
cuidador tem de fazer as atividades, superando as próprias
dificuldades e limitações. Diante do desgaste pessoal e da
dependência do outro, chega a se questionar se o familiar
realmente não consegue cooperar nos cuidados, surgindo dai um
certo conflito interno e de culpa por estar em dúvida quanto a
dependência do outro. Esta constatação pode ser reforçada com
a afirmação de FREITAS et al. (2002) de que cuidar não é uma
situação linear em que são vivenciados sempre os mesmos
sentimentos e por isso existem conflitos e ambivalências.
A gente diz que também não está, como é que a gente diz,
assim, com muita vontade de fazer isso. Isso cansa, fico
nervosa e até a gente não devia ficar, porque ele também não
tem culpa, mas a gente pensa, será que ele está tanto assim
que, não podia se ajudar um pouco”. (Sherra)
Para SILVA (1995) o esgotamento físico e emocional relatado
pelas cuidadoras, está associado a múltiplos fatores. Além das
tarefas dos cuidados, sofrem pressão cotidiana decorrentes do
próprio estado de saúde do doente, que gera a dependência
física e emocional; da falta de ajuda de outros familiares; das
dificuldades financeiras para a manutenção da própria família; da
ausência de suporte formal por parte do Estado, como por
exemplo, atendimento domiciliar médico, de enfermagem, de
fisioterapia e medicamentos. Prestar cuidados a um idoso muitas
vezes leva o cuidador a reestruturar sua vida, alterando
costumes, rotinas, hábitos e até mesmo a natureza de sua
relação com o idoso (NERI, 1993).
161
Um dos maiores obstáculos apontados enquanto vivenciam o
processo de cuidar é a impossibilidade de sair de casa, passear,
pois, de forma geral ficam atrelados à responsabilidade e a
preocupação diária com a doença e cuidado do idoso. A pouca
realização de atividades de lazer no cotidiano e a limitadas
possibilidades de conversar com outras pessoas contribuem para
o sentimento de solidão e de perda da liberdade.
162
idoso, sendo comum à busca de valores religiosos como suporte
para a aceitação deste cotidiano e dos sentimentos que afloram.
163
de uma descontinuidade, mas mantém-se articuladas pela
história de cada um (MENDES, 1995).
http://www.aidscongress.net/article.php?id_comunicacao=294
168
homem retraído (1) é muito difícil a gente achar na terceira idade
(13) é tão difícil uma pessoa idosa ter relações sexuais completas
(1) idoso não tem ligação com aidético, convivência, não tem
sexo, nessa idade eu não quero nem saber (2)
“É porque assim a família dele fica muito distante. E ele nem tem
contato com outras pessoas porque tem gente que não gosta de
fazer favor pra ninguém, só gosta de fazer favor por dinheiro, né
isso? Enfim, a gente se dá muito bem...” (Suj. 3).
171
- Aids:as mais jovens associam a Aids à necessidade de
cuidado,enquanto as mais velhas ao sofrimento e grupo de risco.
“Eu não tenho bem assim aquele conhecimento como é que você
pode, eu acho que o risco é no beijo, no assento, no toalete, no
exame”... (Educadora física, 47 anos;“a falta de informação, o
pior é isso”... (Professora aposentada, 67 anos). “é por transfusão
de sangue...(Assistente social, 53 anos), “eu acho que é na
intervenção cirúrgica e na transfusão de sangue”... (Professora
aposentada, 72 anos),(“é através de alguma injeção
sabe”...(Psicóloga, 49 anos)
172
Aumentanto o Grau de Segurança no
Ambiente da Pessoa Idosa
Aumentanto o Grau de Segurança no Ambiente da Pessoa
Idosa
34.1. MOBÍLIA
34.2. COZINHA
173
Pernas de cadeira mau estado Evitar cadeiras com rodas;
consertar pernas frouxas cadeiras resistentes e estáveis não
escorregam durante a transferência.
34.3. BANHEIRO
34.4. ILUMINAÇÃO
174
degraus, especialmente para pessoas com comprometimento de
visão ou da percepção
Infecções
Desnutrição
177
Incontinência urinária
178
Embora não se relacione ao enfoque principal do presente artigo,
a referência a que esses distúrbios são passíveis de tratamento
não necessariamente medicamentoso. Deve-se considerar essa
opção pela necessidade de mais estudos controlados sobre o uso
de psicofármacos em distúrbios comportamentais em
dementados (Gorzoni, 1995; Forlenza, 2000; MacDonald et al.,
2002; Tamai, 2002; Cummings, 2004).
35.5. Imobilidade
Cartilha do Idoso
Cartilha do Idoso
179
Apresentação
"A família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao
idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação
na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito
à vida" (Lei 8.842/94 - Política Nacional do Idoso, artigo 3º, inciso
I)
Introdução
O progresso da medicina e o avanço tecnológico trouxeram para
a sociedade moderna a possibilidade de maior expectativa de
vida. Para o brasileiro, que há poucas décadas convivia com uma
média de expectativa de vida de até 40 anos, o avanço da
medicina alterou a realidade nacional, elevando essa média para
70 anos. Isso significa dizer que, associado ao fato de que o
índice de natalidade brasileiro vem se reduzindo, a população
brasileira está ficando mais velha.
180
Os idosos já representam cerca de 9% de nossa população. No
Distrito Federal representam 5% da população, ou seja, mais de
100 mil pessoas. A tendência é que, em futuro próximo, o número
de idosos seja equivalente ao de jovens. Diante dessa realidade,
governo, sociedade e família precisam promover uma ampla
conscientização e priorizar a instalação de políticas de
reeducação social em relação à pessoa idosa. É fundamental que
se criem mecanismos para uma saudável convivência com a
velhice, garantindo a dignidade como um bem legitimamente
reconhecido a qualquer ser humano e o respeito aos seus direitos
não como algo próprio de minoria a ser protegida, mas como
verdadeira regra de convívio de gerações.
Papel do Estado
181
Atente-se para os seguintes princípios, diretrizes e obrigações do
Estado tratados pela Política Nacional do Idoso:
182
idosos caminhem com as próprias forças, mediante os seguintes
princípios:
183
que não tenha condições de se manter ou de ser mantido pela
família.
Na área da Saúde
184
- Garantir, no Distrito Federal, cartão facilitador de saúde para o
idoso, com o objetivo de tornar mais fácil o atendimento na rede
do SUS.
Na área da Educação
185
- Atender prioritariamente o idoso em via de aposentadoria e
prestar-lhe esclarecimentos sobre os seus direitos
previdenciários, bem como os meios de exercê-los;
186
- Estabelecimento de diretrizes para que os projetos eliminem
barreiras arquitetônicas e urbanas e utilizem tipologias
habitacionais adequadas à população idosa identificada;
187
- Tratar com respeito o idoso vítima de crimes, dando imediata
atenção a seus reclamos e apurando com rigor os delitos ainda
que sejam considerados de menor potencial ofensivo ou
praticados no seio familiar, onde a violência é corriqueira e
dissimulada.
188
- Elaborar critérios que garantam o acesso da pessoa idosa à
habitação popular; diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas.
Na área de Transportes
Papel da Sociedade
189
abusos contra idosos, cada um de nós deve cobrar dos
responsáveis, particulares ou agentes públicos, imediatas
providências para evitá-los ou coibir sua ocorrência.
190
As entidades que desenvolvem programas de asilo
deverão adotar os seguintes princípios, de acordo com o
estatuto do idoso
191
- Comunicar às autoridades competentes a ocorrência de
moléstias infecto-contagiosas;
Papel da família
I - Dever de assistência:
192
A pessoa idosa que necessite dos alimentos deve requerê-los na
Justiça, por meio de advogado ou da Defensoria Pública.
II - Administração de bens.
193
Nos casos de comprovada incapacidade do idoso apenas para
gerir seus bens, o Juiz nomeará curador especial exclusivamente
com essa função. Neste caso, o idoso continua com capacidade
plena para os demais atos da vida civil. Muitos parentes, mesmo
diante da incapacidade do idoso, continuam a administrar seus
bens por procuração. Isso não é correto e pode gerar prejuízos
para o idoso e sérios transtornos penais e civis para o
procurador.
Papel do Idoso
194
O papel do Ministério Público
Instrumentos de atuação
Bibliografia/Links Recomendados
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Legters K. Fear of Falling. Physical Therapy 2002;
82(3):264-272.
Introdução
202
com o nascimento e termina com a morte. Durante o período
de crescimento, processos de construção dos tecidos
sobrepõem-se às alterações degenerativas. Quando o corpo
atinge a maturidade fisiológica, a mudança degenerativa se
torna maior do que a taxa de regeneração celular, resultando
em uma perda de células, que leva à diminuição da função
orgânica.
203
determinadas substâncias nocivas à saúde, como excesso de
sal, açúcares, gordura e, até mesmo, substâncias químicas
normalmente detectadas pelos sentidos.
204
apresentando dificuldade para digerir alimentos mais duros e
secos.
tamanho da
alimentos porções exemplos
porção
pão 1 francês
arroz cozido,
macarrão 1 xícara**
cozido
biscoito água e
6 unidades
sal
205
legumes
1 xícara
cozidos
1 xícara ou 1
frutas frescas
média
frutas 2a3
suco natural de
1/2 xícara
frutas
leite, coalhada,
1 xícara
iogurte
laticínios 1a2
queijo 2 fatias
feijão, lentilha,
ervilha-seca,
leguminosas 1 a 2** 1/2 xícara
grão-de-bico,
soja cozidos
amendoim,
oleaginosas 1 a 2** castanha, 1/4 xícara
nozes
carne (boi,
1 bife médio ou
frango, peixe,
carne 1a2 4 pedaços
porco e
pequenos
derivados)
* 2 a 3 para homens
206
Dia Alimentar
1 xícara de salada
de agrião 1 xícara de salada de
tomate
1/2 xícara de arroz
Almoço 1 xícara de arroz
1/4 de xícara de
feijão 1/2 xícara de feijão
1 xícara de chá
207
Glossário
DOENÇAS ESPECÍFICAS
208
VITAMINA B12
ÁCIDO FÓLICO
FERRO
209
respiração difícil. O excesso causa náusea, vômito, diarréia,
taquiquardia, tontura, confusão.
VITAMINA A
VITAMINA C
210
CARBOIDRATOS COMPLEXOS
LATICÍNIOS
CÁLCIO
VITAMINA D
PROTEÍNAS
FIBRAS
FAIXA DE NORMALIDADE
212
IMC entre 22 e 27 kg/m2
ENERGÉTICOS
HORTALIÇAS
VERDURAS
213
LEGUMES
FRUTAS
LEGUMINOSAS
OLEAGINOSAS
214
CARNES
OVOS
CAFEÍNA
Conclusão
Bibliografia
216
Envelheça com Saúde - por Erly Catarina de Moura
217