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A doença mental, que se desdobra em estados mentais e comportamentos, apresenta uma relação
diversa mas ainda ligada à denominada psicologia do normal. Com raízes na tradição médica, na
filosofia, nas artes e na psicologia, apropria-se destas tradições de exploração da diversidade das
dimensões humanas encontrada na doença mental.
A psicopatologia difere tanto da neurologia quanto das neurociências, embora ligue-se a ambas. Trata-
se de uma ciência básica que ampara a psiquiatria e a psicologia, buscando elaboração de conceitos de
forma sistemática para que possam ser comunicados coerentemente.
Um dos componentes da psicopatologia é a intuição pessoal, que dá conta das dimensões existenciais,
estéticas, éticas, e metafísicas do humano que escapam ao pensamento sistemático e conceitual da
ciência e permanecem no mistério.
O enfoque no estudo dos sintomas psicopatológicos é duplo: a forma (sua estrutura básica,
relativamente consistente nos pacientes e como se estruturam – a patogênese) e o conteúdo (o que
preenche a alteração e seus contornos culturais, subjetivos e específicos, como culpa, alucinação,
perseguição, etc. – a patoplasia)
Temas centrais da existência humana, como sobrevivência, segurança, sexualidade, religião e temores
básicos, formam o substrato fundamental da experiência psicopatológica e ligam-se a necessidades e
desejos básicos humanos como controle, reconhecimento, sentido da vida, perda de identidade ou
prazer.