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A imigração ilegal refere-se à migração de pessoas para um país em violação das leis de

imigração desse país, ou a residência contínua de pessoas sem o direito legal de viver
naquele país. Tende a ser financeiramente ascendente, ou seja, ocorre dos países mais pobres
(países em desenvolvimento) para os mais ricos (países desenvolvidos). A residência ilegal
noutro país tem como consequências a detenção e a deportação, entre outras. Em Portugal,
o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) é o órgão judicial e policial que tem o poder
de fazer este controlo.

Razões para a imigração ilegal


Pobreza
As classes mais pobres de um país em desenvolvimento podem não ter os recursos
necessários para uma tentativa de imigração legal, ou conexões com amigos ou familiares
que já estão no país de destino.

Alguns estudos mostram que o aumento da pobreza, especialmente quando associado a


crises imediatas, pode aumentar a probabilidade de migração ilegal.

Superpopulação
O crescimento populacional que excede a capacidade de uma área ou ambiente resulta num
fenómeno denominado superpopulação.

A imigração torna-se, nestas circunstâncias, uma estrada que fornece um “escape" para a
superpopulação. Este fenómeno tem maior impacto nos países em desenvolvimento, pelo
que os indivíduos destes países têm uma maior tendência à imigração.

Reunificação familiar
Alguns imigrantes indocumentados procuram viver junto de familiares.

Ter família que imigrou ou ser de uma comunidade com muitos imigrantes é um fator
relevante na decisão de imigração. O visto de reagrupamento familiar pode ser requerido
por residentes legais ou cidadãos naturalizados para trazer os seus membros da família para
outro país legalmente. No entanto esses vistos podem ser limitados em número e sujeitos a
cotas anuais, o que resulta na entrada ilegal de membros da família, com o intuito de se
reunirem. Estudos já provaram que o número de indivíduos que imigra ilegalmente, aumenta
drasticamente se eles tiverem um ou mais membros da família que já residam no país de
destino, legal ou ilegalmente
Guerras e asilo
A chegada não autorizada a outro país pode ser motivada pela necessidade de escapar da
guerra civil ou da repressão no país de origem.

Métodos de ilegalização

Cruzamento ilegal da fronteira


Imigrantes de países que não têm acordos automáticos de visto, ou que não se qualificariam
para um visto, muitas vezes cruzam as fronteiras ilegalmente em algumas áreas como
a fronteira dos Estados Unidos com o México, o Canal de Mona entre a República
Dominicana e Porto Rico, o Estreito de Gibraltar e o Estreito de Otranto.

Como esses métodos são ilegais, geralmente são também perigosos. Os supostos imigrantes
são conhecidos por morrer em vagões de comboios e camiões, afundar em naufrágios
causados por embarcações improvisadas e sem segurança, ou morrerem de desidratação
durante longas caminhadas sem água.

Casamentos por conveniência


Outro método é entrar em um casamento por conveniência que é usado para obter uma
vantagem meramente imigratória por um casal que não tem um relacionamento genuíno.

As razões comuns para os casamentos simulados são obter residência permanente (isso é
chamado de fraude de imigração), trabalho ou cidadania para um ou ambos os indivíduos,
ou outros benefícios.

Ficar além do permitido


Muitos imigrantes ilegais são migrantes que chegam a um país legalmente, mas que
ultrapassam o seu tempo de permanência autorizada (ultrapassando o prazo de um visto).
Problemas enfrentados pelos imigrantes Ilegais
Além da possibilidade de serem intercetados, presos, interrogados e/ou deportados, os
imigrantes ilegais também enfrentam outros problemas.

Falta de serviços
Os imigrantes ilegais geralmente não têm acesso limitado aos sistemas públicos de saúde,
moradia adequada, educação e bancos. Alguns imigrantes falsificam documentos de
identidade para obter esse acesso.

Escravidão
Alguns imigrantes são levados à escravidão para trabalhar como operários, depois de
entrarem no país, por exemplo, em fábricas. Os traficados dessa maneira enfrentam muitas
vezes barreiras adicionais para escapar da escravidão, uma vez que o seu estado de imigrante
ilegal dificulta o acesso a ajuda ou serviços.

Sequestros
Em algumas regiões, as pessoas que ainda estão a caminho do seu país de destino também
são sequestradas, por exemplo, por resgate.

Exploração do trabalho
A maioria dos países tem leis que exigem que os trabalhadores tenham documentação
adequada, muitas vezes com a intenção de prevenir ou minimizar o emprego de imigrantes
ilegais.

No entanto, as penalidades contra as entidades empregadoras costumam ser pequenas e os


requisitos de identificação raramente são controlados ou aplicados, facilitando a contratação
de mão-de-obra ilegal. Assim, estes imigrantes ilegais trabalham, na maioria das vezes, em
condições inseguras e nem lhes chegam a pagar o salário mínimo legal.

Doenças
A busca por emprego é fundamental para a migração ilegal.

Além do perigo físico, muitas vezes estes trabalhos também afetam a saúde física, mental
e social dos imigrantes e das suas famílias.
Efeitos da imigração ilegal
Economia e mercado de trabalho
Um estudo mostra que "aumentar as taxas de deportação e apertar o controlo das fronteiras
enfraquece os mercados de mão-de-obra pouco qualificada, aumentando o desemprego dos
trabalhadores nativos menos qualificados e a renda por país".

Como os imigrantes, especialmente os ilegais, têm uma opção externa pior do que os
nativos, os seus salários são mais baixos. Portanto, a sua presença reduz o custo da mão-de-
obra das entidades empregadoras que, como consequência, criam mais empregos quando há
mais imigrantes.

Devido a esse efeito, o aumento das taxas de deportação e o controlo rigoroso das fronteiras
enfraquecem os mercados de trabalho, aumentando o desemprego dos nativos com baixa
qualificação.

Exemplos de imigração ilegal


Um exemplo clássico deste tipo de imigração dá-se entre o México e os Estados Unidos. A
fonteira entre os dois países é muito utilizada para a passagem de imigrantes ilegais de toda
a América Latina para os Estados Unidos. Durante os anos 90, por exemplo, um dos
principais fluxos de imigração clandestina dava-se entre Cuba e os Estados Unidos.

Outro fluxo comum acontece entre as ex-colônias e os países que as colonizaram, por
exemplo entre diversos países africanos e países da Europa.

Atualmente um importante fluxo migratório acontece nos países asiáticos entre si, para
austrália e para os EUA.

Este mapa representa as principais rotas de imigração ilegal na Europa. Primeiramente,


verificamos que entre 2012 e 2013 houve um aumento significativo do número de
imigrações.

De seguida, podemos ver que o principal país de origem de imigrantes ilegais é a Síria de
onde provêm o que chamamos de “refugiados”.
Refugiado é a pessoa que imigra ilegalmente, tentando fugir da guerra e da violação dos
direitos humanos no seu país e não pode ou não quer regressar ao mesmo.

No mundo inteiro, milhares de pessoas vêem-se obrigadas a procurar proteção noutros


países.

Existem cerca de 40 milhões de pessoas que imigram devido à guerra e à pobreza do seu
país- 22,5 milhões são refugiados, sendo que 1 em cada 2 refugiados é criança.

Geralmente, viajam pelo mar, em condições mínimas, pelo que muitos acabam por morrer
no caminho e os que chegam, acabam por, na maioria, chegar aos CAMPOS DE
REFUGIADOS, onde permanecem longos anos, pelo simples facto de terem perdido os seus
documentos, ou não lhes ser permitida a entrada no país de destino.

Além da péssima situação económica, os habitantes desse campos são expostos a uma
degradação psicológica e social, já que muitas vezes não são bem-vindos aos novos lugares
onde montam as suas tendas, gerando-se frequentemente conflitos dentro dos campos.

Outro problema é a SUPERLOTAÇÃO destes campos, uma vez que há mais pessoas do que
propriamente espaço. Nesta situação os direitos humanos são quase sempre esquecidos!

Nestas condições, os refugiados não sabem se poderão retornar a antiga vida e, para além
disso, não têm destino ou perspetiva de vida.

A ajuda humanitária é temporária e dificilmente resolve os graves problemas que essa


pessoas têm. Por isso mesmo, a ONU procura constantemente sensibilizar os governos dos
países desenvolvidos para que disponibilizem fundos e projetem mecanismos e ações que
permitam aos refugiados ter um futuro em paz e uma qualidade de vida adequada.

CONCLUSÃO
Desigualdades sociais e políticas, bem como outros fatores, levam à migração. Na medida
em que estas situações persistam nos países economicamente desfavorecidos,
continuaremos a observar o aumento destes deslocamentos populacionais, representando um
desafio para os países que os recebem. São necessários esforços coordenados entre os países
para procurar soluções para este problema. Nesta situação, organizações internacionais,
como a OMI, podem desempenhar um papel muito importante. Esta organização baseia-se
no princípio de que a migração, de forma ordenada e sob condições humanitárias, beneficia
a sociedade e os próprios migrantes. Além disso, enfrenta os diversos desafios estabelecidos
pela gestão da migração no nível operativo, incentiva a compreensão dos assuntos
migratórios, estimula o desenvolvimento social e econômico e assegura o respeito da
dignidade humana e o bem-estar dos migrantes.

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