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Sorvetes
Autor
Fevereiro
2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
1 Introdução......................................................................................................................... 3
2 Objetivo............................................................................................................................ 3
3 Definições......................................................................................................................... 4
3.1 Gelados Comestíveis................................................................................................. 3
3.2 Boas Práticas de Fabricação..................................................................................... 3
3.3 Manual de Boas Práticas de Fabricação....................................................................3
3.4 Procedimento Operacional Padronizado-POP
...............................................................4
3.5 Higienização..................................................................................................................4
3.6 Contaminantes ..............................................................................................................4
3.7 Medida de Controle .......................................................................................................5
3.8 Registro .....................................................................................................................5
4 Produção industrial ..........................................................................................................5
4.1 Recepção .....................................................................................................................5
4.2 Armazenagem ..............................................................................................................6
4.3 Pesagem .....................................................................................................................6
4.4 Preparo da mistura .......................................................................................................6
4.5 Pasteurização lenta .......................................................................................................8
4.6 Filtração .....................................................................................................................8
4.7 Homogeneização..........................................................................................................8
4.8 Resfriamento .............................................................................................................8
4.9 Maturação .................................................................................................................8
4.10 Congelamento e batimento .......................................................................................9
4.11 Envase .....................................................................................................................9
4.12 Congelamento rápido ...............................................................................................9
4.13 Armazenamento ......................................................................................................9
4.14 Expedição e distribuição ...........................................................................................9
5 Produção Artesanal ..........................................................................................................9
5.1 Processo produtivo .....................................................................................................10
5.2 Plano de investimentos .............................................................................................11
5.3 Requisitos para produção .........................................................................................13
6 APPCC ..........................................................................................................................14
6.1 Perigos nos alimentos.................................................................................................15
6.2 Delineamento do APPCC ..........................................................................................15
6.3 Desenvolvimento da documentação do plano APPCC, incluindo as seguintes partes:
.........................................................................................................................................16
6.4 Conduzir a análise de perigos ...................................................................................16
6.5 Determinar os pontos críticos de controle – PCCs .....................................................16
6.6 Estabelecer limites críticos ..........................................................................................17
6.7 Estabelecer procedimentos de monitoramento .........................................................17
6.8 Estabelecer ações corretivas ......................................................................................17
6.9 Estabelecer procedimentos de verificação ................................................................18
6.10 Estabelecer procedimentos de documentação e registro .......................................18
7 BPF ..................................................................................................................................18
8 Insatalações: Máquinas e equipamentos ........................................................................19
8.1 Recepção e estocagem da matéria-prima ................................................................19
8.2 Dosagem de matéria-prima ......................................................................................19
8.3 Produção do mix para sorvete ...................................................................................19
8.4 Homogeneização........................................................................................................19
8.5 Pasteurização ............................................................................................................20
8.6 Resfriamento ............................................................................................................20
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8.7 Maturação ................................................................................................................20
8.8 Batimento e congelamento ..........................................................................................20
8.9 Processamento do sorvete soft ...................................................................................21
8.10 Processamento de picolés e sorvetes em barra .....................................................21
8.11 Envase ...................................................................................................................22
8.12 Armazenamento .....................................................................................................22
8.13 Distribuição ............................................................................................................22
9 Legislação .......................................................................................................................23
9.1 Legislação Brasileira de embalagens para contato com alimentos ............................25
9.2 Embalagens Plásticas.................................................................................................25
9.3 Marketing ...................................................................................................................27
9.4 Embalagem ...............................................................................................................28
9.5 Armazenamento....................................................................................................... 32
9.6 Transporte ...............................................................................................................33
Referências ......................................................................................................................34
Anexos .............................................................................................................................35
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DOSSIÊ TÉCNICO
Título
Assunto
Alimentos e bebidas
Resumo
Palavras-chave
Conteúdo
1) Introdução
2) Objetivo
3) Definições
3.2) Boas Práticas de Fabricação: são práticas de fabricação que devem ser
adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a
conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos específicos.
4) Produção industrial
4.1) Recepção: sempre devem ser veirificadas as embalagens. Estas devem estar
íntegras, próprias para cada tipo, dentro do prazo de validade e com identificações
corretas no rótulo. Não receber quando o rótulo estiver danificado ou ilegível.
4.2) Armazenagem:
- produto seco – os ingredientes são armazenados em temperatura ambiente
conforme especificação do próprio produto e recomendação dos fabricantes,
constantes na rotulagem.
- produto sob refrigeração – devem ser mantidos a uma temperatura de 0 –
10ºC, de acordo com as recomendações dos frabricantes constantes na rotulagem
ou critérios de uso já estabelecidos pela empresa.
4.3) Pesagem:
- ingredientes – devem ser respeitados os critérios estabelecidos pelo
departamento de novos produtos (DNP), tendo como objetivo o rendimento e
balanceamento na formulação.
- aditivos – usados de acordo com as BPF, devem ser respeitados os limites
estabelecidos, pela empresa, na formulação.
4.6) Filtração:
- o produto pasteurizado é conduzido via tubulação ao filtro, que reterá
possíveis sujidades.
4.7) Homogeneização:
- após filtrado, o produto, será homogeneizado a fim de diminuir os glóbulos de
gordura, melhorando o batimento e a textura do produto final.
4.8) Resfriamento:
- é feito em um resfriador de placas a uma temperatura de 3 – 4.ºc.
4.9) Maturação:
- a mistura é mantida nos tanques de maturação durante um período
determinado de acordo com o que se deseje obter como produto final. Quanto maior
o tempo de maturação melhor a formação da rede que irá dar consistência ao
produto. Algumas referências apontam para períodos de 16 a 24 hora, a uma
temperatura de 5.ºc. Nesta etapa é adicionado à mistura o aroma desejado.
4.11) Envase:
- o sorvete é acondicionado, manualmente, em caixas revestidas com
polieltileno de baixa densidade (PEBD), é importante que esta operação seja feita
sem que haja uma aumento significativo da temperatura do sorvete; após
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enchimento da caixa , a data de fabricação pode ser marcada via jato de tinta, ou
outro equipamento disponível.
4.13) Armazenamento:
- a câmara de armazenamento deve operar entre temperatura de –30 à –35ºC.
É importante que não ocorram grandes variações na temperatura, o produto fica
retido durante 48 horas até liberação do controle de qualidade.
5) Produção Artesanal
3. Investimento total:
• investimento fixo + capital de giro
7. Custo unitário do produto (rateio dos custos fixos e custos variáveis diretos):
• compreende a soma entre: custo fixo unitário (custo fixo ÷ unidades produzidas) +
custo variável direto unitário (matérias-primas, embalagens, mão-de-obra direta,
insumos ÷ unidades produzidas).
7) BPF
8.4) Homogeneização
Pode ser realizada em pasteurizador com hélice de homogeneização ou
homogeneizador.
Para fazer uma emulsão de uma calda com 14% de gordura, recomenda-se a
utilização de homogeneizadores de dois estágios, sendo que a pressão no primeiro
estágio deve estar entre 1500 e 1800 psi e no segundo, 5000 psi. Dessa forma,
pode-se evitar um reagrupamento dos glóbulos de gordura depois de terem o seu
tamanho reduzido.
8.5) Pasteurização
Pode ocorrer por processo contínuo ou batelada (batch).
No primeiro caso, a calda é pasteurizada por meio de um trocador de calor a
placas. A seção de alimentação inclui um homogeneizador disposto em dois
estágios de homogeneização e todo o equipamento necessário para controle de
temperatura e fluxo. Depois de pasteurizado, a calda quente é bombeada para um
tanque homogeneizador
O processo em batelada pode ser realizado em tinas de pasteurização.
8.6) Resfriamento
A mistura pode ser resfriada no pasteurizador ou em placas de resfriamento.
8.7) Maturação
Nas plantas contínuas, a calda pasteurizada é acondicionada em grandes tanques
maturadores, sob agitação constante, para manter a mistura uniforme. A calda é
maturada durante a noite em quatro tanques isolados com camisas de resfriamento
para circulação forçada de água resfriada. Aromatizantes, corantes e chocolate em
pó são adicionados em tanques individuais com agitador.
Em plantas descontínuas, a maturação é realizada no próprio pasteurizador.
8.11) Envase
Numa sorveteria artesanal, esta etapa é realizada manualmente. No processo
contínuo utilizam-se bombas e máquinas de embalagens.
8.12) Armazenamento
O processo de congelamento continua em freezers verticais ou horizontais ou
câmaras de armazenamento, com temperaturas preferencialmente entre -25ºC e
-30ºC. O tempo necessário de armazenamento depende de fatores como o tamanho
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e a forma da embalagem, a temperatura de congelamento, a temperatura da câmara
ou túnel e a velocidade do ar.
8.13) Distribuição
A distribuição do sorvete deve ser feita em carros refrigerados, ou pelo menos
com paredes isoladas termicamente.
9) Legislação
A ANVISA possui diversas legislações para alimentos, inclusive para sorvetes, que
são classificados como gelados comestíveis. Abaixo estão algumas delas:
O novo empresário deve procurar a prefeitura da cidade onde pretende montar a sua
sorveteria para obter informações relativas às instalações físicas da empresa
(localização) e
ao Alvará de funcionamento.
Além disso, deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às
especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990),
e o Código Sanitário (especificações legais sobre as condições físicas) no qual a
fiscalização federal cabe a Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Em estados e
municípios a fiscalização cabe, respectivamente, às Secretarias Estaduais e
Municipais de Saúde.
Regulamentações Gerais
¾ Decreto-Lei nº986 de 21 de outubro de 1969, publicado no Diário Oficial,
em 29 de outubro de 1969, Institui normas básicas sobre alimentos. Neste Decreto-
Lei são apresentadas definições da área de alimentos, visando harmonizar os
conceitos sobre a nomenclatura de processos, materiais e insumos utilizados na
indústria de alimentos.
¾ Resolução RDC nº 91 de 11 de maio de 2001, publicada no Diário Oficial
em 13 de junho de 2001 Regulamento Técnico - Critérios gerais para embalagens e
equipamentos em contato com alimentos. Este regulamento revoga a Portaria nº 30
de 18 de março de 1995.
Esta resolução apresenta definições e critérios gerais relativos às embalagens e aos
termos específicos dos ensaios de migração de componentes, realizados para o
controle das embalagens destinadas ao contato com alimentos; classificação de
materiais utilizados na fabricação das embalagens; critérios gerais para a inclusão
de componentes de embalagens nas listas positivas e critérios gerais para adesivos
utilizados na fabricação de embalagens.
9.3) Marketing
Cartuchos, luvas, tampas e rótulos puxam as vendas do material para sorvetes
Outro material que segue com destaque no segmento de sorvetes é o
papel cartão. A versatilidade do material e a característica forte depermitir
reproduções gráficas de alta qualidade o mantém no páreo quando o assunto é
embalagem para sorvetes.
Há alguns anos, os cartuchos tinham presença maior nesse mercado,
quando as linhas de "leve para casa" apoiavam-se bastante no formato
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"tijolo". Com a disseminação dos potes plásticos para acondicionamento do produto
com apelo doméstico, seria possível pensar em redução drástica, para não dizer
eliminação total, do consumo de papel cartão pela indústria do segmento. Ledo
engano.
O material amoldou-se à nova realidade, tendo presença garantida em
cartuchos para tijolos de massa (embora o segmento tenha decaído), tortas e
sorvetes com valor agregado, alguns picolés premium e, numa tendência crescente,
como multipacks de picolés para se consumir em casa. Isso sem falar que a
tendência do uso dos potes retangulares para sorvetes trouxe consigo a difusão do
uso conjunto das luvas (cintas) de cartão, que dão o suporte para a comunicação
com o consumidor e na diferenciação de sabores. "Após um declínio apontado nos
últimos anos, pela substituição por outros tipos de embalagens, o consumo de
embalagens de cartão vem crescendo, devido principalmente a chegada das
embalagens tipo multipack. As luvas para potes representam também um segmento
a se considerar", reforça Célio Coelho de Magalhães, diretor de marketing da
paulistana Brasilgráfica, uma das maiores empresas a atuar na conversão de papel
cartão para o mercado de sorvetes.
A Brasilgráfica produz cartuchos, caixas, multipacks, luvas, discos de tampa e
rótulos para o segmento. De acordo com Magalhães, esses produtos têm base em
cartões especiais, frigorificados, fornecidos pela Ripasa (Ice Card Kot), Cia. Suzano
(Super 6 Quartz) e Itapagé (Itafreezer). "O segmento de embalagens para sorvetes
representa uma fatia muito importante dentro do faturamento global da empresa",
salienta Magalhães.
Segundo o profissional, o leque de acabamentos destinado a esse mercado é
bastante rico. "Destacamos o alto relevo, verniz barreira a água de alto brilho, verniz
ultravioleta, verniz hi-gloss e a laminação com polietileno ou polipropileno bi-
orientado (BOPP)". Magalhães ressalta que a Brasilgráfica dispõe de amplo know-
how para a aplicação de alto relevo diferenciado, em várias alturas, e dos
revestimentos aplicados, "o que proporciona uma garantia de resistência à umidade
provocada pelas baixas temperaturas das câmaras frias".
9.4) Embalagem
A embalagem é fundamental na preservação dos alimentos durante toda sua vida
útil. É a embalagem que vai garantir que todo o esforço dedicado no processamento
de um alimento de qualidade vai ser respeitado e mantido durante o transporte,
distribuição, comercialização, chegando o alimento à mesa do consumidor,
adequado para o seu consumo.
A embalagem, especificada corretamente para cada tipo de alimento e
processamento, deve proteger o produto alimentício de fatores como oxigênio, luz,
umidade, absorção de odores estranhos, perda de valor nutricional e de aroma e
contaminação microbiológica, entre outros, permitindo que ele atinja a vida útil
desejada.
Neste conceito, o material de embalagem deve ser cuidadosamente especificado
para assegurar que ele seja compatível com o alimento e não seja um veículo de
contaminação, tendo-se em conta que os materiais de embalagem não são
totalmente inertes e podem transferir substâncias para o alimento. Esta
compatibilidade da embalagem com o alimento refere-se a segurança de que as
substâncias que venham a migrar da embalagem para o alimento, não ocasionem
alterações nas características sensoriais dos alimentos ou incorporação de resíduos
tóxicos que possam torná-los impróprios para o consumo.
A embalagem pouco pode fazer para evitar os danos causados ao sorvete, devido à
flutuação de temperatura durante a estocagem. Entretanto, algumas embalagens
podem isolar o produto da temperatura ambiente por algum tempo, evitando
elevação acentuada de sua temperatura durante o transporte pelo consumidor, do
ponto de venda ao freezer doméstico, a exemplo das caixas de PS expandido.
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Considerando-se as características intrínsecas do produto e de seu sistema de
distribuição, a embalagem de sorvete deve atender aos seguintes requisitos:
− apresentar boa resistência mecânica à baixa temperatura (de –25° a –15°);
− apresentar resistência à absorção de umidade, que, em alguns casos, pode
comprometer a resistência mecânica do material e a aparência da embalagem, a
exemplo de materiais celulósicos;
− ser livre de componentes voláteis que podem migrar para o produto,
conferindo-lhe sabor/odor estranhos, a exemplo de solventes residuais, monômeros,
produtos de termodegradação de polímeros, entre outros;
− apresentar boca larga e/ou sistemas de abertura que facilitem o consumo ou
permitam o consumo individual (barras, picolés etc);
− apresentar um sistema de fechamento que desestimule e/ou evidencie
violações e fraudes;
− apresentar aspecto atraente, moderno e que permita boa exploração gráfica
dos painéis, uma vez que grande parte do consumo desse produto se deve às
vendas impulsivas.
Muitas são as opções de embalagem para sorvete, uma vez que os requisitos para
sua conservação não são complexos e podem ser atendidos pelos mais variados
tipos e formatos de embalagem.
Nas linhas de produtos mais nobres e sofisticados, são empregadas embalagens
mais inovadoras em design e de aparência mais atraentes. Para os produtos
populares é possível a utilização de embalagens mais simples e de custo mais
acessível.
Para sorvete em palito ou em barra, empregam-se invólucros flexíveis. Estes
invólucros são as embalagens mais usadas para sorvete em porção individual,
sendo que a estrutura verniz/papel/PEBD ainda é utilizada no país. Embora o verniz
diminua a absorção de água pelo papel nesse tipo de estrutura, essa proteção
muitas vezes não é suficiente, principalmente quando há flutuações na temperatura.
Neste caso, a embalagem poderá absorver muita água e perder sua rigidez,
aderindo ao sorvete. Uma estrutura alternativa para minimizar este tipo de problema
é o laminado verniz/AI/papel/PEBD. A função do papel é dar rigidez à embalagem. O
alumínio melhora o desempenho do laminado nos equipamentos de
acondicionamento e diminui os problemas de aderência ao sorvete, que
normalmente ocorre quando o papel absorve umidade. Alem disso, o alumínio
confere aparência nobre ao produto, sendo usado para sorvetes especiais.
Nas estruturas de invólucros para sorvetes em palito e em barra, o PEBD foi
substituído, em grande parte, por um revestimento para selagem a frio, o cold seal,
que permite o fechamento da embalagem apenas por pressão das mandíbulas da
máquina de acondicionamento. A aplicação desse revestimento interno no filme é
feita em registro, ou seja, apenas nas regiões de fechamento da embalagem. O
fechamento a frio é uma opção excelente para produtos sensíveis à temperatura,
como os sorvetes, e permite um aumento da velocidade de produção.
Outras opções de estrutura para invólucros que vêm sendo utilizadas nesse
segmento são: BOPP/BOPPcoex, BOPP/BOPPmet/cold seal,
BOPP/BOPPperolizado/cold seal e PET/papel/PE, com espessuras totais entre 40 e
60 µm. Estes materiais, alem de melhorarem a aparência do produto embalado,
evitam a absorção de água pelo laminado, não ocorrendo problemas de aderência
da embalagem ao produto. Alem disso, a estrutura com BOPP perolizado permite a
eliminação do uso do papel, mantendo a qualidade de impressão e a rigidez
desejadas. A desvantagem da estrutura com PET é a dificuldade de abertura, o que
é solucionado fazendo-se um pré-corte na embalagem, para facilitar a abertura.
Considerando-se o consumo individual de sorvete em massa, o mercado brasileiro
emprega copos plásticos em PP ou OS, ou casquinhas cônicas tipo waffer, envoltas
em um laminado de Al/papel.
Quanto às opções de embalagens plásticas rígidas, destinadas a porções de
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consumo familiar, os potes injetados de PEAD com tampas tipo snap on em PEBD
são muito utilizados para 2 litros de sorvete. Para dar maior flexibilidade ao pote,
pode ser utilizada uma mistura de PEAD com uma pequena quantidade de PEBD na
injeção dos potes. Este tipo de apresenta elevada resistência mecânica, inclusive a
temperaturas abaixo de –15°C, não tem problema de absorção de umidade, permite
o refechamento da embalagem após consumo parcial e tem aspecto limpo e
agradável. Adicionalmente, pela sua durabilidade e seu sistema de fechamento, a
reutilização desse tipo de embalagem para armazenamento de alimentos é muito
popular entre donas de casa brasileiras.
Como alternativas também são utilizados potes termoformados de PS e de PP, em
diversos tamanhos, para porções individuais ou familiares. Normalmente os potes de
PS apresentam formato retangular e tampas de encaixe também em PS
termoformado. O PS é um material de fácil termoformação, inclusive em
profundidade, é resistente à umidade e há muito tempo é uma opção para
acondicionamento de sorvete. Entretanto, seu desempenho mecânico é inferior ao
do PEAD. Outro tipo de embalagem que está entrando no mercado de sorvetes é o
pote injetado de ciclo rápido e parede fina em PP, com capacidade para 5 litros de
sorvete, similar ao que está sendo utilizado no mercado internacional.
Os potes de PP hoje em uso apresentam tampas de encaixe, que também podem
ser termoformadas em PP. O desenvolvimento dessa alternativa foi impulsionado
pelo menor custo e aparência atraente das embalagens termoformadas de PP, no
Brasil. No entanto, a termoformação em profundidade do PP foi resultado de um
significativo desenvolvimento tecnológico por parte dos fornecedores desse tipo de
embalagem e lançamento de novas resinas.
Alguns potes de sorvete de 2 litros vêm sendo rotulados com filmes de PEBD
metalizados, aplicados na forma de mangas, que conferem boa apresentação ao
produto. A fim de garantir a inviolabilidade, os potes plásticos apresentam selos de
segurança em plástico termoencolhível, sobre o sistema de fechamento.
9.5) Armazenamento
Qualidade do produto
O corpo, a textura, o sabor e a cor do sorvete são fatores importantes para a sua
aceitação. As alterações desses parâmetros podem acarretar perda de qualidade.
O parâmetro crítico de perda de qualidade do sorvete ao longo da estocagem é a
perda de estabilidade do complexo sistema físico-químico em que se constitui.
Dentre os fatores que mais contribuem para a quebra de da emulsão estão a
elevação da temperatura de estocagem. Com a flutuação da temperatura, os
pequenos cristais de gela derretem e, ao se congelarem novamente, a tendência é
aumentar de tamanho. Com isto, há comprometimento da estrutura cristalina original
e o colapso das células de ar. Como conseqüência pratica, o produto torna-se
“arenoso”, perde a textura suave e diminui em volume.
Portanto, o controle da temperatura de estocagem é o parâmetro fundamental na
manutenção da qualidade do sorvete. O sorvete não deve ser estocado acima de –
18 °C e as flutuações na temperatura devem ser evitadas, pois afetam
negativamente a textura do produto e contribuem para a desidratação superficial.
Alterações de cor e sabor do produto podem ocorrer ao longo da estocagem, em
função dos ingredientes utilizados para colorir e aromatizar o sorvete. Visto que
muitos pigmentos são susceptíveis à oxidação e foto degradação e muitos
componentes de aromas são oxidáveis, a necessidade de proteção contra a ação do
oxigênio e da luz depende da estabilidade desses ingredientes.
As condições de armazenagem
As boas condições de armazenagem para um produto tanto a curto como a longo
prazo, dependem da natureza de cada produto, do espaço de tempo em que ele
deve ser mantido armazenado, e se o produto deve ser acondicionado ou não.
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Geralmente, as condições requeridas pela armazenagem a curto prazo são mais
flexíveis que as requeridas pela armazenagem a longo prazo e, usualmente, são
permitidas temperaturas de armazenagem mais elevadas. As condições de
armazenamento recomendadas para sorvete, tanto para curto como para longo
prazo são:
Max Movim ar
Temperatura Umid Relat Temp produto
Pto Cong ºF
% Teor água
ºF
Tempo
(h)
Grad Recom % Recom Início Fim
9.6) Transporte
Das câmaras de estocagem o sorvete é transportado aos pontos de venda ou
distribuídos em caminhões frigoríficos especiais que possuam equipamento de frio
para manutenção da temperatura. Estes caminhões devem estar livres de odores
residuais que possam afetar o sabor e odor do sorvete a ser transportado. A
temperatura de transporte deve ser mantida entre -20°C a -30°C.
Referências
Anexos
Artegel
Máquinas para produção de picolé e sorvete.
End.: Alameda dos Ubiatans, 409, CEP: 04070-030.
Planalto Paulista - SP.
Telefax: (11) 2578-8848 / 2578-8868.
Site: http://www.artegel.com.br
Comercial Cezar
Equipamentos, matérias-primas e assessoria técnica especializada para a produção
de sorvetes.
End: Rua Francisco Rodrigues Pereira, 173, Bairro Carvalho, CEP: 88307-600.
Itajaí - SC
E-mail: comercialcezar@matrix.com.br
Site: http://www.cezarmaquinas.com.br
Informações adicionais:
Engetecno On Line
Projeto para construção de fábricas para produção de sorvetes e picolés, disponível
para aquisição.
End: Rua Santa Catarina, 184, sala 2, CEP: 37701-015.
Poços de Caldas - MG.
Tel: (35) 3721-1488
Site: http://www.engetecno.com.br/sorvetes.htm
Regina Célia Tozato, Rafaela guadalupe G. da Silva, Maria Silvia Lemos e Silva
Data de finalização
15 fev. 2007
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