Você está na página 1de 12

Ib◊ria By Night

Suas cidades são disputadas por Brujah, Ventrue, Lasombra e Assamitas (na
parte sarracena). O clã Lasombra é o mais forte, porém suas divergências
internas são enormes e muitos brigam entre si por poder, fazendo com que o
clã não consiga expulsar os demais do principado de algumas cidades. Existem
Lasombra que apóiam os católicos, os que apóiam os muçulmanos e os que
não apóiam nenhum dos lados; todos brigando entre si e considerando-se
inimigos.

The Kindred of the Cities

• Silvester De Ruiz, Lord of Shadows – 6ª Geração –


Lasombra – controla toda a Ibéria e o Mar das Sombras (Reino
dos Lasombra na Idade Média). Responde diretamente ao Lord
Montano na Sicília (Cria do Antediluviano Lasombra). Reside
em Madrid junto com sua cria o Lasombra Monçada (futuro
Cardeal, senhor de Lucita), o qual delega a maioria dos
afazeres.

• Guilherme – Clama Coimbra como seu principado, fazendo da cidade


um refugio para cainitas de qualquer clã – 9ª Geração – Brujah.

• Macário – Fraco Príncipe de Lisboa – 8ª Geração – Brujah. Ele é uma


marionete dos Lasombra, mas a cidade de Lisboa possui muitos grupos
de disputa, o que significa que nem os Lasombra controlam a cidade,
mesmo controlando seu príncipe. Ele sobe ao poder mais exatamente
em 1211 com a morte de Sancho rei sucessor de Portugal após a morte
de Afonso Henriques em 1185.

• Mireia Subira – Príncipe de Barcelona – 8ª Geração – Ventrue –


Costuma quebrar o protocolo entre High e Low Clans, o que causa
desconfianças por parte de ventrue mais velhos.

• Reinaldo de Rubio – Cavaleiro que se tornou príncipe de Compostela


(extremo noroeste da Espanha, acima de Portugal) e que atrai a atenção
de neófitos que o idolatram – 8ª Geração – Lasombra.

• Roque – Príncipe de Pamplona (Norte de Navarra) a muitos séculos.


Tem rixa com vampiros franceses próximos a fronteira com Espanha. –
6ª Geração – Malkavian.

Regra de Lingüística
Ling stica (opcional):
(opcional):
As línguas faladas na região são: Árabe, Aragonês, Castelhano, Catalão,
Euskera (Basco), Hebreu, Leonês, Mossarábico e Português.
Para falar cada uma dessas línguas é necessário colocar um ponto em
lingüística, porém, quem fala Castelhano, Aragonês, Leonês, Catalão ou
Português (nesta época muito parecido com um dialeto espanhol), pode
entender e ser entendido pelos falantes dessas línguas se passar num teste
de Inteligência + Lingüística (dificuldade 5). Isso só é possível para pessoas
que tenham Inteligência mínima de 3.

Quanto ao Mossarábico, pode entender uma língua espanhola com o


mesmo teste, porém com uma dificuldade igual à 7 ou invés de 5. Se a
parada de dados do personagem igualar ou exceder a dificuldade da
jogada, ele tem sucesso automático no teste, não precisando realiza-lo.
Exemplo: Um personagem com Inteligência 3 + Lingüística 2 teria cinco
dados para realizar o teste com dificuldade 5, logo entenderia
automaticamente sem precisar realizá-lo.

O árabe não deve ser compreendido a não ser que o personagem saiba
falar, conforme especificado em sua ficha.

História da Península Ibérica


A Ibéria teve dentre seus primeiros habitantes tribos cuja superstição bíblica
aponta como descendentes de Jafet, o filho de Noé. Alguns clamam que os
Bascos eram os descendentes diretos das tribos conhecidas como Ibéricos.
Com o passar dos séculos os Ibéricos se aproximaram dos Celtas (que
habitavam a França, a Inglaterra e a Irlanda) e consequentemente de
vampiros Gangrel que andavam com esses povos, trazendo a raça Cainita
para a região, no entanto nenhum traço de antigos Gangrel foi encontrado
até hoje.

Os fenícios foram os primeiros integrantes de um império que tomaram


conta do local, principalmente no sul, com capital em Gadir, região hoje
conhecida como Cádiz e que durante o período romano chamava-se
Gades. Estabeleceram um comércio próspero no Mediterrâneo, erigindo um
culto ao deus Melqart (o Hércules grego que depois deu nome ao estreito
de Gibraltar como “Pilares de Hércules”, até a conquista árabe na batalha
de Gibral-Tarik em 711). Boatos dizem que os Seguidores de Set
floresceram aqui junto a um comércio marítimo que ligava o Mediterrâneo
ao Egito.

Após os fenícios vieram os gregos, que estabeleceram diversas colônias e


postos de vigilância. Ambos os povos (fenícios e gregos) fizeram da Ibéria
um local chave para o comércio no Mediterrâneo. O próximo povo a chegar
na península foram os Cartagineses, que ocuparam primeiro as Ilhas
Baleares (Ibiza, Maiorca e Menorca) durante o sétimo século antes de
Cristo. Junto com eles chegaram diversos clãs, mas com maior número
para Brujah e Lasombra. Esses dois clãs tinham a idéia de fundar uma
sociedade em que os Cainitas governassem abertamente os mortais, porém
anciões Lasombra discordavam da opinião.
Começa uma guerra entre o clã Brujah aliado com neófitos Lasombra,
contra anciões do clã Lasombra. Os Brujah e os neófitos estavam sendo
liderados por Yzebel, cuja vitória parecia garantida, porém com a chegada
de Zinnridi (Ancião Lasombra), a balança oscilou. A guerra durou alguns
anos até que Yzebel conseguiu matar Zinnridi, mas sua vitória custou muito
de suas forças, permitindo que Ventrue misturados à exércitos romanos se
fixassem na região no fim do século terceiro antes de Cristo.

Após as Guerras Púnicas (Cartago X Roma), os Ventrue se estabelecem de


vez na península e ganham um aliado para sua causa, o filho de Zinnridi,
que não apóia os Ventrue deliberadamente, mas vê neles a única
oportunidade de dominar a Ibéria em nome de seu falecido pai. Ele
rapidamente abraça os principais líderes militares na região e vai crescendo
sua influência acima dos Ventrue, mas de forma a não chamar a atenção
dos Brujah cartagineses.

Começa uma guerra entre Brujah Ibéricos e Ventrue Romanos, impedindo


uma conquista militar na região. Com o passar dos anos a Ibéria acaba
assimilando a cultura romana, não sendo mais necessário que uma guerra
física atravesse o local. A época de colônia romana dura até as invasões
bárbaras, quando Vândalos, Visigodos e outros povos germânicos
conquistam a península e trazem a heresia ariana com eles. A população
local não aceitou bem a idéia ariana e acabou dando apoio aos Francos
para tentar afastar os Visigodos da região. A disputa acabou gerando mais
heresias católicas, e dentre os Cainitas não foi diferente. A futura região de
Portugal acabou sendo a base central de uma das heresias cainitas
desenvolvidas pelos Lasombra.

Brujah, Lasombra e Ventrue usaram a cobertura visigótica para travarem


uma guerra entre si. Os Ventrue esperavam restaurar um domínio romano,
os Brujah esperavam forjar uma nova idéia de Cartago, transcendendo
todos os elementos anteriores e criando uma nova identidade na península.
Quanto aos Lasombra, esses se negavam a abraçar qualquer idéia e
procuravam jogar seus rivais uns contra os outros, tomando o controle dos
mortais através da instituição da Igreja. Por mais que fosse um jogo cínico
demais, acabou dando certo quando cavaleiros Ventrue, em 585, mataram
a anciã Brujah Yzebel, e foram mortos pelos Lasombra que arquitetaram
todo o plano. Esse período ficou conhecido como Era da Supremacia
Magistrada (Magistrado é o apelido dos Lasombra).

A supremacia Lasombra só foi quebrada com a invasão sarracena vinda do


Maghreb no século oitavo. Esse período foi seguido de muita disputa entre
diversos califados e visões distintas do islamismo (os almohades, os
almoravides, os emirados independentes etc.). Os vampiros muçulmanos,
em sua maioria Assamitas e Lasombra, expulsaram seus “primos” e
conquistaram toda a península até o norte de Navarra, chegando mesmo a
tomar o controle da cidade de Toulouse na França, do outro lado dos
Pirineus. Após um curto período de relativa paz na região, os Toreador
mulçumanos começaram a chegar junto com o clã Capadócio.
Foi somente no século X que a Europa começou a reagir. Os Francos foram
expulsando os árabes de suas regiões e, junto com o auxílio dos espanhóis
e ingleses (fiéis ao papa), acabaram por recuperar o norte da península.
Durante esse período, o grande Matusalém Gangrel Shabaqo o Núbio se
juntou aos exércitos islamitas, fazendo grandes aliados dentre os Ashirra
(vampiros muçulmanos) como o sultão Hilel al-Masaari. Lendas sobre o
poder de destruição de Shabaqo persistiram por muitos anos entre os
Cristãos.

(a partir daqui acho que você conhece a história, pois é a época em que
você vai mestrar, portanto darei prioridade à cidade de Liboa).

Portugal (Segundo o Ibéria By Night)


História Recente: Afonso Henriques se torna rei de Portugal em 1139,
aproveitando-se de uma disputa entre o reino de Navarra contra Castela e
Aragão. Após alguns anos de diplomacia e luta, o rei de Leão Afonso VII
(cujo as terras de Portugal pertencia) reconhece Afonso Henriques como
rei. Em 1143, Henriques oferece o reino de Portugal para a Igreja,
declarando-se vassalo do papa. Em adição a sua oferta, ele promete o
pagamento vitalício de tributo feudal anual para a Santa Sé, no valor de 4
onças (algo em torno de 1,2 kg, algo imenso na época!). O papa Lucius II
aceita a oferta, trazendo o reino de Portugal sob sua proteção e
reconhecendo sua independência. Em 1179 o papa Alexandre III confirmará
Afonso Henriques como rei de Portugal, marcando de vez o nascimento de
uma nova nação na península.

Com a confirmação do papa, Afonso Henriques decide estender seus


domínios além dos rios Douro e Minho, que formavam as fronteiras norte e
leste, ocasionando a ira de seu senhor o Rei de Leão – algo que ele
procurou arremedar de todas as formas possíveis. Acabou voltando sua
atenção para os reinos muçulmanos, realizando ataques regulares com
sábias estratégias e pegando seus inimigos de forma inesperada (com
diversos ataques noturnos). Em 1147 ele conquista uma das mais
fortificadas cidades, Santarém. Neste mesmo ano ele cerca Lisboa por
quatro meses e acaba conquistando-a com seu exército. Nesta grande
vitória, Afonso Henriques foi assistido por um batalhão de 164 navios que
participariam da Segunda Cruzada (e que tinham parado em Coimbra antes
de seguir para Jerusalém). Uma vez Lisboa salva nas mãos dos
portugueses, ele declarou a cidade a nova capital. Afonso então apontou o
inglês Gilbert como bispo e transportou a relíquia de São Vicente1 para a sé
da cidade (catedral).

A captura de Lisboa marca o começo de uma longa e produtiva aliança


entre portugueses e cruzados, sendo que muitos decidiram permanecer na
região para assistir na Reconquista cristã. No entanto, Afonso não teve
tempo de tomar a cidade muçulmana de Alcacer do Sal até que outro grupo

1
Sobre a relíquia será relatado mais adiante.
de cruzados chegasse em 1158. Com essa ajuda, as cidades de Évora e
Beja caíram sob seu controle. Infelizmente, a perícia militar de Afonso
excedia sua habilidade para governar suas conquistas. Logo em seguida,
os muçulmanos conseguiram recapturar todas as terras ao sul do rio Tejo.
Os últimos dias de vida de Afonso Henriques foram gastos tentando manter
seu reino inteiro. Porém, jamais se pôde dizer que seu reinado foi em vão.
Quando ele morre em 1185, a independência de Portugal já havia sido
garantida, sua área dobrou de tamanho e o nome de seu reino ficou famoso
através da Europa por sua persistência e força frente aos muçulmanos.
Afonso conseguiu realizar atos que superaram qualquer um de seus
contemporâneos.

Da perspectiva cainita, Afonso Henriques conseguiu libertar a maior parte


do noroeste da península das mãos dos Ashirra. Isto serviu muito bem aos
anciões Brujah que haviam interrompidos seus planos de utopia desde as
invasões árabes. No entanto, a aliança de Afonso com a Igreja atraiu a
atenção de Lasombra cristãos, que começaram a se infiltrar em Portugal em
pequenos números. Isso gerou uma disputa entre Brujah e Lasombra,
abrindo espaço para a Heresia Cainita.

O sucessor de Afonso Henriques, Sancho I continuou a Reconquista e uma


grande parte da região de Algarves caiu em suas mãos. Triste para Sancho,
novos ataques dos sarracenos empurraram os portugueses para as bordas
do rio Tejo. Desnecessário dizer, Sancho era um homem duro que não
aceitou a derrota. Ele resolutamente resistiu aos avanços Almohades e,
como demonstração de sua confiança, foi ativo em construir diversas
cidades-fortes fronteiriças que lhe renderam o nome de Sancho O Popular.
Durante todo seu reinado Sancho investiu frequentemente contra as ricas
cidades sarracenas, saqueando seus tesouros.

Desde que herdou o trono, Sancho honrou com todos os compromissos que
seu pai firmou em relação à Igreja, garantindo seu título nobre e a proteção
de Roma contra os vizinhos espanhóis. Sancho fez questão de pagar
adiantado os tributos que Afonso havia prometido, demonstrando que
Portugal não estava numa situação precária a ponto de precisar de ajuda da
Santa Sé. Cainitas portugueses colocaram diversos obstáculos adicionais
contra a influência do clero tentando se prevenir de avanços da Heresia
Cainita e dos Lasombra com suas garras na igreja. Portugal se tornou uma
terra em que os vampiros ganharam influencia através de guerreiros e
cavaleiros do que através de homens da igreja.

Sancho continuou com seus ataques às terras dos mouros junto aos
cruzados. Em adição a isso, ele convidou ordens militares, como os
TEMPLÁRIOS e os HOSPITALÁRIOS, para participarem das batalhas,
fornecendo grande influencia e terras para essas ordens, em troca de
proteção no castelo real e nas fronteiras do reinado. Sancho no entanto era
um homem muito supersticioso, consultando constantemente a astrologia e
outros auspícios para agir. De fato, uma sabia mulher regularmente viaja
em sua companhia, causando muito desconforto no clero, preocupados com
que a fé cristã do rei possa sofrer abalos.
Isso se mostrou no episódio em que Sancho resolveu mediar, sem a
autorização da igreja, um conflito entre o Bispo do Porto e os habitantes
desta cidade, dando causa contra o bispo. O papa Inocêncio III reverteu a
decisão e puniu Sancho colocando um interdito sobre Portugal, que acabou
sendo ignorado por seu rei. Outro caso foi a prisão do Bispo de Coimbra,
acusado por Sancho de exercer independência demais, sendo torturado por
isso! Isso provou que Sancho era o mais tirano (na concepção da igreja)
dos reis da Ibéria, perseguindo a Reconquista mais por razões pessoais
(poder), do que por razões religiosas.

Sancho atacou muitos dos direitos e privilégios da Igreja, influenciado por


Cainitas locais, recusando-se a reconhecer a imunidade clerical para o
serviço militar e as jurisdições das cortes eclesiástica em seu reino. Isso
acabou atraindo a atenção dos reinos vizinhos (Leão, Castela, Navarra,
Aragão) que anseiam por uma terra que dispõe de ouro a ponto de pagar
tributo a Sé.

Afonso II, filho de Sancho, irá procurar estabelecer uma política de


reaproximação com a Igreja, causando conflitos entre as ordens de
cavaleiros, entre a nobreza (com privilégios que não querem perder para a
Igreja) e entre o clero que quer mais poder na região. É durante o reinado
de Afonso II que Portugal irá lutar ao lado de Castela na grande batalha de
Las Navas de Tolosa (1212), que irá conquistar a maior parte dos territórios
da península Ibérica das mãos dos mouros.

Lisboa
É dito que Lisboa teve sua fundação na época de Ulysses, e que seu nome
antigo era Ulisaypo ou Olissípo. Os fenícios chamavam-na de Alisubbo, o
que significa “baía amiga”, e os romanos inspirados pelos outros a
nomearam de Felicitas Julia. A cidade foi capturada pelos Muçulmanos em
716 e permaneceu sob poder até 1145. Neste tempo Afonso Henriques
expulsou os invasores com ajuda de um exército de Cruzados, formado por
ingleses, normandos e flamengos que iam sentido a Terra Santa. Pouco
tempo depois ele removeu a capital de Coimbra para Lisboa. Os reis
portugueses que se seguiram acabaram continuando os trabalhos de
Afonso Henriques, apoiando-se nos cruzados para vencer suas batalhas e
conquistarem mais territórios.

São Vicente, o santo patrono da cidade, foi martirizado por defender sua fé
perante as perseguições do Imperador Diocleciano. De acordo com as
lendas locais, seu corpo foi preso à uma rocha e lançado ao mar em 336,
mas miraculosamente foi encontrado nas areias de Valencia pelos cristãos
da cidade.

No século VIII, os mulçumanos capturaram Valencia, sendo que seus


habitantes fugiram para o mar carregando a relíquia de São Vicente. Eles
se refugiaram na costa de Algarves num cabo hoje conhecido como Cabo
de São Vicente. Permaneceram ali até que Afonso Henriques expulsasse os
muçulmanos de Lisboa. A relíquia do santo foi então trazida para a cidade e
depositada na catedral que Afonso construiu. O rei então começou a
construir o monastério Cisterciano de Alcobaça, em cumprimento a uma
promessa feita aos monges de São Bernardo caso ele viesse a ser bem
sucedido na guerra contra os mouros.

Descrição: A parte velha da cidade circunda o Castelo de São Jorge, que


serviu de fortaleza para os muçulmanos. Nas vizinhanças da catedral
(chamada de Sé), ficam as ruínas romanas, incluindo o que restou de um
teatro. Não usado pelos mortais, o teatro serve mensalmente ao encontro
dos “Apóstolos do Terceiro Caim”. Suas reuniões ocorrem na primeira noite
de lua nova, e se retiram depois para um armazém nas docas a fim de
praticarem um comum festim de sangue. Os Apóstolos operam com grande
segredo, pois temem serem descobertos por outros Cainitas heréticos ou
agentes do ambicioso Lasombra Vicente de Cardona, cujos ambos não
hesitariam em destruí-los (as heresias competem entre si). O príncipe da
cidade, o Brujah Macário, não faz nada para impedir as ações dos
Apóstolos, mas também não se colocará para defendê-los de quaisquer
inimigos.

A Catedral de Santa Maria é a igreja mais velha de Lisboa, datando de


antes do ano de 306. Ela serviu como mesquita durante a ocupação dos
mouros na cidade. As fachadas de suas torres e seu arco central ainda
precisam ser reconstruídas, a despeito das promessas feitas pelos civis e
oficiais eclesiásticos. Do lado de fora do que era o velho muro da cidade
fica a igreja de São Vicente da Fora. Esta igreja contém uma capela
mortuária dos reis de Portugal, bem como um pequeno monastério. Esta
capela atrai muito dos “Apóstolos do Terceiro Caim”, pois acreditam que a
linhagem de Sancho I (sobrinho de Afonso Henriques) é a que ressuscitará
como Caim. Um único Capadócio chamado Nyssa ajuda os heréticos por
acreditar que o rei Sancho falseou sua própria morte em 1211 e pretende
voltar um dia.

Outra parte significante de Lisboa é o Castelo de São Jorge. Ele foi


construído no tempo de Julio César e reforçado pelos muçulmanos, que o
usaram em defesa da cidade contra Afonso Henriques. Possui três torres,
conhecidas como Ulysses, Albarram e Managem. O Castelo hoje serve
como residência do rei de Portugal. Sua aparência de grande fortaleza
serve como lembrete de que Portugal permanece como uma nação sob
armas. A Reconquista é muito ativa nestes reinos Ibéricos, assim como o
temor de que os mouros possam atacar a qualquer momento. Por conta
disso, Lisboa permanece pesadamente fortificada, e sua população
composta em grande escala por soldados e mercenários de toda espécie.

Políticas e Religião: Lisboa é uma cidade armada. Suas ruas ressoam os


sons de pés cobertos por armaduras, tanto de portugueses quanto de
cavaleiros estrangeiros das mais diversas cidades. Este é o jeito que o rei
prefere. Afonso Henriques conquistou a independência graças à seus
cavaleiros, e não quer por a perder uma aliança tão produtiva. As
conseqüências disto são que Lisboa aparenta ser (se não for) a cidade mais
pesadamente fortificada dentre todas as cidades Cristãs da Ibéria.

Uma importante facção entre os soldados são os cruzados estrangeiros,


muitos deles Hospitalários e Templários, que têm dedicado suas lutas ao
combate com os infiéis em Portugal. O rei trata generosamente esses
cavaleiros, fazendo-os serem reconhecidos como heróis nacionais de
Portugal. Muitos tem conseguido ganhar grandes riquezas e influência por
conta dessa agraciação do rei. Naturalmente essa presença tem atraído a
inveja de muitos soldados e nobres portugueses, que consideram a
importância dos estrangeiros apenas nas batalhas da Reconquista e não
nos privilégios da cidade. Junto a esses patriotas infiltram-se alguns cainitas
que não gostam nem um pouco de ver vampiros chegando à Lisboa junto
com os cavaleiros cruzados.

Vida na Cidade: Lisboa explode em ventos comerciais! É possível ver


constantemente navios chegando e partindo de diversos portos que a
cidade possui. Eles não trazem somente soldados para a Reconquista, mas
também suprimentos e noticias do resto do mundo. Por enquanto a maioria
dos habitantes é de mendigos e ignorantes, mas conforme a cidade se
restabelece nas mãos dos cristãos, a população tende a mudar. Nos últimos
anos os contatos com o resto da Europa cresceram vertiginosamente,
colocando Portugal numa posição estratégica dentre o grande esquema das
coisas. O Rei Afonso encoraja isso, assim como a príncipe Brujah Ayzebel
(príncipe antes de Macário, ver adiante), acreditando que essas
comunicações servem somente ao bem de Lisboa.

Devido a isso, Lisboa rapidamente adquiriu a reputação de “casa” para


diversos marinheiros da Europa. Apesar de nem todos esses marinheiros
serem portugueses, muitos chamam Lisboa de “porto-lar”, pois dizem
oferecer mais oportunidades do que qualquer outro porto conhecido. A partir
de Lisboa, a costa Atlântica da França e os Países Baixos – bem como a
Inglaterra e Escandinávia – estão abertos aos navios mercantes. Da mesma
forma, o norte da África e as regiões além atraem os navios. Estas regiões
oferecem grandes oportunidades dos marinheiros conseguirem riquezas,
mas os riscos são altos. Até Afonso II (filho de Sancho) não se arriscará a
navegar por esses mares, mas a intenção deste rei é de construir uma forte
embarcação assim que sua posição na península Ibérica ficar mais estável.
Por sua parte, os Brujah possuem poucos interesses nas viagens
marítimas, exceto para estender aquilo que consideram seus sonhos
utópicos de Cartago.

Assuntos Cainitas: Vampiros do clã Brujah há muito se infiltraram nos


círculos mais próximos do rei. Um de seus membros, a Cainita chamada de
Ayzebel, serviu como príncipe e depois também conselheira astrológica do
rei Sancho I. Ela fornecia todas as pistas místicas para que o rei fizesse sua
guerra contra os mouros. O clã acreditava que Ayzebel poderia influenciar
todos os atos do rei, dirigindo-o conforme os planos dos Brujah,
principalmente nas tentativas de enfraquecer a Igreja e a nobreza local.
Essas esperanças vieram por terra com a morte de Sancho em 1211.
Ayzebel desapareceu sem deixar traços, como se ela tivesse simplesmente
sumido da face da Terra. Nenhum de seus companheiros de clã, nem
mesmo seus inimigos possuem alguma idéia do que ocorreu com ela.
Entretanto, os “Apóstolos do Terceiro Caim” comandados por Balesquida
(Lasombra), estão desconfiados do que poderia ter acontecido neste
evento. Eles acreditavam que o Rei Sancho seria o Terceiro Caim, mas sua
morte tem atribuído muitas questões a esse respeito. O desaparecimento
de Ayzebel tem feito com que alguns dos Apóstolos acredite que tudo não
passa de um plano forjado para que todos acreditem na morte de Sancho,
enquanto que isso resultará simplesmente em seu reaparecimento como o
vampiro messias que eles tanto aguardam.

Além das maquinações dos Apóstolos e dos Brujah, estão as ambições de


Vicente de Cardona. Após muitos anos de maquinações, ele foi enviado
para Lisboa a fim de proclamar Portugal como reino dos Lasombra. Ele
aparenta ser um homem grosseiro, e tem cometido diversos erros, porém
possui uma perigosa lista de aliados e contatos, entre mortais e cainitas,
que deixaria qualquer um receoso de enfrentá-lo.
Vicente é um Lasombra de 10ª Geração que no fundo não passa de um
peão para os Lasombra anciões da península. Seu futuro será cair frente ao
Baali Muhammad ibn Farouk (ver Sarracenos), e acabar morto por sua cria
Rodrigo Toca (que assumirá seu lugar próximo ao século XIV). Toca é um
enviado dos Amici Noctis para “manter as coisas na linha”.

Sobre os Apóstolos do Terceiro Caim: Terceiro Caim é uma profecia final


no livro Haemophotikon; uma figura representada como a segunda vinda de
Cristo e a Terceira de Caim (a primeira vez que Cristo veio era já a segunda
vez de Caim). Essa heresia segue os mesmos preceitos cristãos, porém
acreditam que Cristo nada mais é do que reencarnação de Caim. Esperam
ansiosamente o retorno do messias para guia-los à salvação no momento
da Gehenna (que segundo eles está próxima!).

Sobre Lisboa no Livro Dark Ages: Europe: O príncipe de Lisboa, Macário


(que assume após o sumiço de Ayzebel em 1211), é de certa forma muito
fraco frente às intrigas da cidade. Ele não consegue manter sua influência
frente a seus conselheiros e cortesãos, que fazem da cidade um campo de
batalhas entre as mais diversas forças hostis, dentre os quais se destaca os
estrangeiros que guardam as ruas da cidade (ordens de cavaleiros). Os
Apóstolos do Terceiro Caim mantêm uma presença considerável em Lisboa.
Seu líder, Balesquida, tem se estabelecido pessoalmente em Lisboa e
pregado de forma aberta suas blasfêmias para outros Cainitas (isso diverge
do que consta no Ibéria By Night, que diz que eles agem cautelosamente
para não serem destruídos), muitas vezes misturando ritos ortodoxos à
formas heréticas de estudos bíblicos. De todo modo, a cidade recebe
muitos neófitos em busca de aventuras, que pouco se importam com
Macário ou com aqueles que o manipulam para seus próprios fins.

Em meio a tudo isso se insere o Lasombra Vicente de Cardona. Ele chegou


à Lisboa como um representante de seu clã, e tem feito de tudo para se
infiltrar na corte do príncipe Macário. Vicente usa a fraqueza do príncipe
para sua própria vantagem, assegurando para si um lugar na cidade que
permita minar os objetivos dos Brujah em Lisboa. Falta muito pouco para
que Vicente se torne príncipe, e também pouco cuidado a tomar. Nem os
Apóstolos, nem os neófitos Brujah se envolvem muito com a política local, e
a corte do príncipe Macário vê em Vicente apenas uma peça que possam
utilizar nas questões de poder que envolvem a cidade.

Claro que os Apóstolos jogam um importante jogo na vida de Lisboa.


Apoiados por uma Capadócio chamada Nyssa, estes cainitas
estabeleceram a cidade como epicentro do culto ao Rei Sancho como
Terceiro Caim. Quando Sancho morre em 1211, Balesquida anuncia sua
confirmação da profecia contida no Book of the Shining Blood (tradução de
Haemophotikon), a bíblia herética usada pelos Apóstolos. Sancho estaria
escondido, da maneira que o livro tem profetizado, e esperando que seus
Apóstolos preparem o seu retorno. Nyssa na verdade está intrigada com a
devoção dos Apóstolos, situando-se num meio termo entre acreditar na
profecia e manipular seus seguidores. Como uma Capadócio ela procura ter
acesso a todos os segredos que rondam esse culto, além de investigar a
possibilidade de ser real o conto dos heréticos que fala de um mortal que
superou a morte sem primeiro receber o Abraço.

Balesquida é um Lasombra de 8ª Geração, abraçado em 962 e seguidor do


Caminho do Paraíso. Ele evita colocar sua heresia em conflitos, o que tem
feito o culto prosperar, ganhando a aprovação do líder máximo da seita na
península – o cainita Vibius Fimbria.

Sarracenos
Quando são citados por alguém, pronunciam-se somente seus sobrenomes –
exemplo: Al-Masaari ao invés de Hilel ou de Hilel Al-Masaari.

Reinado de Al Andalus (Andaluzia)


• Salah Ibn Qaboos – controla o comércio de escravos entre as cidades do
reinado – 8ª Geração – Walid Set (Seguidor de Set)

- Granada
• Badr (Mulher) – Sultão – 8ª geração – Qabilat Al-Khayal (Lasombra) – sempre
usa uma capa negra volumosa que só mostra seus olhos. Isso fornece uma
aura de intimidação e impede os outros de saberem seu sexo.

• Nazirah (Mulher) – Feiticeira da Cidade – 8ª Geração – Banu Haquim


(Assamita) – casta dos feiticeiros.

- Córdoba
• Hilel Al-Masaari – Sultão – 6ª Geração – Banu Haquim (Assamita)
• Enam Bint Ayub Al Dimshaq (Mulher) – 11ª Geração – Banu Haquim
(Assamita) – Negociadora de paz entre conflitos religiosos na região.

• Aighar Akhu Quzman – Poeta do Sultanato – 10ª Geração – Ray´een Al-Fen


(Toreador)

• Junius – Ex-soldado romano que se uniu aos Ashirra (vampiros islâmicos) – 7ª


geração – Ventrue – Goza de bom prestigio entre os islâmicos por sua
sabedoria e habilidade de comandar batalhas.

• Al-Wali – Besta da Cidade (espécie de Xerife) – 8ª Geração – Wah´Sheen


(Gangrel)

• Miriam Bint Aisha – Inimiga de Umar de Sevilla – Contato dos Amici Nocti – 8ª
geração - Qabilat Al-Khayal (Lasombra).

• Jakeem Ibn Aliyyah – guardião da biblioteca de Córdoba – 9ª Geração –


Qabilat Al-Mawt (Capadócio).

• Viktor Nagy The Black Magus – Húngaro que veio pesquisar os segredos
místicos do mundo mouro. Aliyyah tenta impedir isso – 8ª Geração – Tremere.

- Sevilla
• Gerushah Bint Yoav (Mulher) – Sultão – 7ª geração – Bay´t Mushakis (Brujah)

• Nadim Ibn Nuri – Guia entre terras cristãs e muçulmanas – 9ª Geração -


Ventrue – política de neutralidade, ele tenta sobreviver vendendo informações
a ambos os lados.

• Umar Al-Rashid – Guerreiro – 7ª geração – Banu Haquim (Assamita) – Amigo


do sultão de Córdoba e de Badajoz.

• Aliyyah, O sussurro da Morte (Mulher) – Senhora de Jakeem (Córdoba).


Procura guardar os segredos do ocultismo árabe e diminuir o poder do sultão
de Sevilla para que seu aliado Ibrahim (Lasombra) tome o poder – 8ª Geração -
Qabilat Al-Mawt (Capadócio).

- Silves
Região de Algarves, Portugal – começa a sofrer ataques de portugueses com
apoio dos ingleses em 1210.
• Muhammad ibn Farouk – Sultão – Geração desconhecida – Baali (está
disfarçado de Lasombra). Pretende entregar a cidade aos portugueses quando
a península se tornar de maioria cristã, assim poderá estender a influencia
Baali dentro dos reinos cristãos da Espanha.

- Valencia
Cidade em meio a uma guerra civil entre os cainitas
• Abu Al-Fulani – Sultão – geração desconhecida (muito baixa) - Qabilat Al-
Khayal (Lasombra). Assumiu o sultanato recentemente, após a queda de
Abdullah o Sábio. Estabeleceu paz entre cainitas e mortais através do
islamismo.
• Abdullah The Wise – Sultão deposto – geração desconhecida (muito baixa) –
Bay´t Mainoon (Malkavian). Achava que Cainitas deviam governar os mortais.

• Shabaqo The Nubian – Matusalém – apóia Abdullah e é contra Al-Fulani – 5ª


Geração (!!!) - Wah´Sheen (Gangrel).

- Murcia
Em 1146 o sultão Nosferatu Yasar al-Nahyan fecha um acordo com os
Lasombra de Castela e permite que um emissário cristão permaneça na cidade
(o padre Lasombra Ermengol), fazendo com que o sultanato seja independente
do Império Almohad. Isso permanece por 26 anos até que em 1172 os
Assamitas fecham um acordo com o Lasombra Al-Aziz para retomar a cidade.

• Omar al-Aziz – sultão – geração desconhecida - Qabilat Al-Khayal (Lasombra).


Principal inimigo dos Amici Noctis. Matou um mensageiro dos Lasombra
cristãos quando estes tentaram negociar.

Você também pode gostar