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GESTÃO FINANCEIRA-I

O BALANÇ0 SINTÉTICO (Clássico)


O balanço tradicional continua a ser um documento importante para a análise da situação
financeira da empresa, existem outros documentos Demonstração de Resultados, o mapa de
origem e aplicação de fundos, Mapa demonstrativo de fluxo de caixa (fluxo de tesouria) e o
rçamento de tesouraria que constituem peças indispensáveis para um estudo mais produndo da
sua vida económica efinanceira. Com o objectivo de determinarmos alguns conceitos essenciais,
vamos proceder a uma síntese do balanço, no pressuposto de que se encontra preparado com base
nos princípios contabilísticos e financeiros internacionais e geralmente aceites, muitos dos quais
se encontram consagrados no Plano Geral de contabilidade para Empresas de grande, médio e
pequenas empresas (PGC-NIRF e PGC-PE), aprovado pelo Decreto nº70/2009, de 22 de
Dezembro.

Aplicações de Fundos Origens de Fundos


ACTIVOS NÃO CORRENTE CAPITAIS PERMANENTES
ACTIVO CORRENTE PASSIVO CORRENTE

As aplicações de fundos ou activo total (líquido de provisões e amortizações) correspondem ao


somatório do activo corrente e activo não corrente total (líquido) e, segundo alguns autores, o
activo total bruto de exploração designa-se por capital económico da empresa.

O capital circulante (activo corrente) compreende o capital circulante de exploração, (activo


corrente), extra-exploração e outros elementos activos caracterizados por um menor grau de
permanência (rotatividade) na empresa, líquido das diversas provisões destinadas acobrir os
riscos de depreciação física ou valórica dos elementos que o constituem.

O activo corrente de exploração é o somatório do disponível, do realizável de exploração a curto


prazo e das existência (inventários), compreende essencialmente os elementos patrimoniais
activos (crédito comercial concedido eexistênciasde materiais, de produtos em vias de fabrico e
de produtos acabados), que se encontram directamente ligados ao ciclo das operações de

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exploração da empresa, e que por isso dodam incessantemente; embora os elementos
componentes do activo corrente de exploração apresentam, como afirmámos, características
rotativas e sejam constantemente renovados fisicamente, a empresa tem de investir de umaforma
permanente, para garantir o seu normal funcionamento, um determinado nível de recursos
financeiros: é o que constitui o capital circulante permanente de exploração.

As origens de fundos identificams-se com o somatório da dívida a curto prazo, da dívida a médio
ea longo prazo e dos capitais próprios (situação líquida total).

A dívida a curto prazo corresponde às dívidas efectivas ou potenciais da empresa a terceiros,


resultantes do ciclo de exploração (passivo corrente ou passivo não corrente) e de operações
extra-exploração (passivo corrente extra-exploração e outros elementos passivos), vincendas
(exigíveis) no ano seguinte àquele a que o balanço se reporta.

A dívida a curto prazo de exploração agrange os créditos de terceiros sobre a empresa


directamente relacionados com o ciclo das operações de exploração e independentemente do seu
carácter normal ou anormal, sem qualquer apreciação sobre o efectivo cumprimento dos prazos
de pagamento em relação a terceiros (fornecedores, trabalhadores, Estado, etc.) negociados ou
tradicionais no sector de actividade em que a empresa se insere.

A dívida a curto prazo extra-exploração compreende os débitos a terceiros decorrentes de


operações inorgânicas e totativas (passivo corrente extra-exploração) ou de operações meramente
esporádica, respectivamente, os débitos permanentes renováveis das associadas e os empréstimos
bancários não renováveis.

A dívida a curto prazo extra-exploração resulta fundamentalmente do ciclo das operações


financeiras.

Os capitais permanentes são constituídos pelos recursos que permanecem na empresa durante um
período de tempo relativamente longo, pelo somatório dos capitais próprios e dos capitais alheios
com um grau de exigibilidade (permanência) superior a um ano.

Os capitais próprios compreendem o capital social, as prestações suplementares de capital, as


diferentes reservas (reavaliação, revalorização, capital e lucros), os resultados transitados
(positivos ou negativos) e os resultados líquidos do exercício retidos (após a sua aplicação);

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observa-se que os subsídios estatais ou para estatais gratuitos e não reembolsáveis podem
assimilar-se a capitais próprios e que os suprimentos consolidados na base de compromissos
escritos assumidos pelos sócios (accionistas) perante a empresa ou entidades externas
(instituições bancárias) só muito precariamente se devem identificar com capitais próprios, pois
são realmente créditos dos sócios.

Repare-se no relativismo da expressão (capitais permanentes), pois, em rigor apenas o capital


social e determinadas reservas (reserva legal, reserva de emissão, reserva de reavaliação) se
poderão classificar como permantes, dado que alguns dos outros componentes dos capatais
próprios são susceptíveis de ser distribuídos, e a dívida d médio e longo prazos é sempre mais ou
menos lentamente reembolsáveis.

Como tivemos oportunidade de verificar, o conceito estático de aplicações de fundos identifica-


se com o activo total líquido, ao contrário do conceito dinâmico de aplicações de fundos que as
assimila aos aumentos do activo bruto, as diminuições da dívida total e as diminuições dos
capitais próprios ocrridos durante um certo exercício económico.

Paralelamente, o conceito estático de origens e fundos indica-nos a proveniência dos recursos


financeiros utilizados pela empresa em certo momento, é o somatório da dívida a curto prazo, da
dívida a médio e a longo prazos e dos capitais próprios; inversamente, o conceitos dinâmico de
origens de fundos compreende as diminuições do activo bruto, os aumentos passivo e os
aumentos dos capitais próprios verificados ao longo de um determinado exercício económico.

Os conceitos de aplicação de fundos e de origens de fundos, no sentido dinâmico, é que estão na


base de um importante documentos utilizado na análise financeira das empresas: o mapa de
origens e aplicação de fundos.

O balanço sintético apresentado agrega, como vimos, a aplicações de fundos e as origens de


fundos, com base, respectivamente, na homogeneidade temporal do grau de liquidez e do prazo
de exigibilidade dos seus elementos componentes; na verdade, o grau de liquidez do capital
circulante (activo corrente) é de curto prazo, enquanto o do imobilizado (activo não corrente) é
de médio e longo prazos, pois as amortizações só geram, e quando geram.... meios líquidos ao
longo da sua vida útil e, por outro lado, o grau de exigibilidade do passivio também aparece
desagregado em curto e médio prazos.

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O estudo tradicional da situação financeira da empresa pretende, com aquela classificação das
aplicações e das origens de fundos, evidenciar as relações existentes entre o grau de liquidez das
aplicações de fundos e o prazo de exigibilidade das origens de fundos, pois como resultado desta
comparação poder-se-á concluir pela existência (ou inesistência) de uma situação financeira
estrutralmente equilibrada, ou seja, se a liquidez gerada pela aplicaçõe é (ou não) suficiente para
satisfazer a exigibilidade das origens de fundos.

O conceito tradicional do equilíbrio financeiro da empresa considera, então, como fundamentais


o grau de liquidez das aplacações de fundos e o grau de exigibilidade das origens de fundos,
contribuindo assim para serem ignorados aspectos essenciais como a sua natureza (exploração ou
extra-exploração) e o seu grau de permanência na empresa (renováveis ou não); efectivamente,
teremos a oportunidade de estudar ao longo as aulas, a influência que estes dois aspectos
exercem sobre a situação financeira da empresa, bem como verificar que o nível e a estrutura das
aplicações e das origens de fundos variam de sector para sector de actividade e de empresa para
empresa, de acordo com uma multiplicidade de factores.

O QUE É GESTÃO FINANCEIRA?

É um conjunto de actividades administrativas que envolvem as bases da administração,


planeamento, análise e controlo, com o objectivo de maximizar os resultados económicos e/ou
financeiros gerados pelas operações empresariais.

Entre as funções da actividade, estão à integração das acções de obtenção, operação e controlo
dos recursos financeiros; determinação das necessidades dos recursos financeiros; planeamento e
inventário dos recursos disponíveis; captação de recursos externos de forma eficiente (em relação
aos custos, prazos, condições fiscais e demais condições); e aplicação e equilíbrio adequados na
perspectiva da eficiência e rentabilidade.

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A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO FINANCEIRA NA EMPRESA

O Objectivo da gestão financeira é melhorar os resultados apresentados pela empresa e aumentar


o valor do património por meio da geração do lucro líquido proveniente das actividades
operacionais, mas nem sempre ocorre uma adequada gestão financeira na empresa.
Uma gestão correcta permite que se visualize a atual situação da empreas. Registos adequados
permitem análises e colaboram com o planeamento para optimizar resultados. A gestão
financeira abrange muitos aspectos dentro da empresa, tudo necessita de um certo cálculo
financeiro.

FINANÇAS

É a arte e a ciência de administrar fundos. Ocupa-se do processo, instituições, mercados e


instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre pessoas, empresas e governos.

A maioria das decisões empresariais são medidas em termos financeiros. Todas as áreas da
empresa: contabilidade, produção, marketing, recursos humanos, pesquisas e outras necessitam
interagir com a área de finanças apara realizarem seu trabalho.

Principais Providências que a empresa deve tomar em relação às finanças:

• Organizar os registros e conferir se todos os documentos estão sendo devidamente


controlados.
• Acompanhar as contas a pagar e a receber, montando um fluxo de pagamentos e
recebimentos.
• Controlar o movimento de caixa e os controles bancários.
• Classificar custos e despesas em fixos e variáveis.
• Definir a retirada dos sócios.
• Fazer previsão de vendas e fluxo de caixas.

• Acompanhar a evolução do patrimônio da empresa, conhecer lucratividade e


rentabilidade.

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