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Tutorial Operacional do Boeing 737 PMDG

O tutorial a seguir foi feito baseando-se nos procedimentos padrão utilizados pela GOL Transportes
Aéreos nas operações do Boeing 737-700 e Boeing 737-800.
Para a realização desse tutorial foram utilizados os seguintes manuais:
- Boeing 737-700/800 Flight Crew Operations Manual (FCOM).
- Boeing 737-700/800 Quick Reference Handbook (QRH).
- Boeing 737-700/800 Manual de Performance.
- GOL Transportes Aéreos Standard Operating Procedures (SOP).
- Checklist Boeing 737-700.

Foram utilizados os seguintes materiais de apoio:

- GOL Take-off and Landing Data Card.

- Navegação SITA da rota SBCT – SBSP.

- Carta de vôo ERC H1.

- Cartas de SBCT.

- Cartas de SBSP.

Antes de iniciar este tutorial, é importante salientar que para que o vôo seja tranqüilo e nenhum
procedimento seja esquecido é de suma importância a realização do Checklist da Aeronave.

Obs.: Antes de iniciar o Flight Simulator, é de suma


importância calcular o peso e balanceamento da
aeronave com o “Load Manager” do PMDG para ter
as informações de peso a serem inseridas
posteriormente no Flight Management Computer
(FMC).
O Vôo apresentado nesse tutorial é o GOL1791, operado por um Boeing 737-700 ligando as
cidades de Curitiba e São Paulo.
Para a realização desse vôo contei com o precioso auxílio de uma Navegação SITA, que é a
navegação utilizada pela GOL nesses vôos.
Para cada rota é feita uma navegação SITA, nela estão todas as informações pertinentes ao vôo
como Callsign, Rota, Combustível, Peso da Aeronave, Rota para as Alternativas e uma estimativa
do consumo de combustível em cada fixo que a aeronave vai passar.
A rota do 1791 é:
SBCT DCT PNG UW47 RDE
FL330
A Alternativa desse vôo é o Galeão.
No SITA consta todo o Planejamento de Combustível que, para essa rota, é o seguinte:
SBCT – SBSP = 1.640 kg
Reserva de 10% = 140 kg
Alternativa = 1.410 kg (Fuel necessário para as Alternativas do Plano de Vôo)
Espera = 930 kg (Fuel para espera no aeroporto de destino)
Combustível Necessário = 4.120 kg
Extra = 2.080 kg (Fuel Extra por questões de segurança)
Táxi = 200 (Fuel que será consumido no táxi)
TOTAL = 6.400 kg (Combustível total que abastecido na aeronave)
Com os dados de Combustível já é possível fazer o abastecimento da aeronave, que, nesse caso
será de 3.200 kg de querosene em cada asa.
IMPORTANTE: Só será colocado combustível no tanque central quando os tanques das asas já
estiverem cheios.
Agora que a aeronave já está abastecida e pronta para o vôo, basta selecionar o aeroporto de
Curitiba e colocar a aeronave no pátio:

Para que os procedimentos sejam todos feitos corretamente, a aeronave deverá estar
completamente desligada, Cockpit Cold and Dark.
Agora, abrindo o Panel Superior ele deverá estar assim:

Ligue a bateria e o Standby Power. O Painel Superior ficará assim:


Agora vamos acionar o APU, para que ele forneça energia e ar condicionado à aeronave enquanto
os motores estiverem desligados. Para isso, acione a bomba de combustível do tanque da asa
esquerda (se o tanque central tiver combustível acione a bomba da esquerda dele):

Agora, vamos fazer o teste de foto e superaquecimento, para isso vá ao Painel Principal, resete o
Master Caution, abra o console de manetes e coloque o switch de teste para a esquerda para o
teste de superaquecimento. O alarme Master Caution vai acender.
Resete o Master Caution após concluído o teste de superaquecimento.
Agora vamos ao teste de detecção de fogo.
Passe a switch de teste para a direita, nesse instante as luzes FIRE WARNING e Master Caution
vão se acender, bem como os punhos de fogo dos motores e do APU.

Para silenciar o alarme clique sobre a Fire Warning e a Master Caution.


Agora que o sistema de detecção de fogo foi testado já é possível acionar a APU, para isso, vá ao
Painel Superior e clique sobre a Switch do APU. Acompanhe o ciclo de partida e aguarde que a luz
azul se acenda.
Após a luz estar acesa, clique nos 2 switches para colocar o APU na barra. Assim ele passar a
fornecer energia para a aeronave:

Pronto, agora o APU já está fornecendo energia para a aeronave e estamos prontos para começar
o Cockpit Preparation.
Abra o FMC e confira na Página IDENT. Veja se o Database ainda está válido e se o AIRAC é o
mais recente.
Agora clique em POS INIT e no campo REF AIRPORT coloque SBCT.

Agora feche o FMC e volte ao Painel Superior para configurar os sistemas da aeronave para o vôo.
Nesse momento as atividades são divididas entre o Comandante e o Co-piloto, onde o
Comandante é responsável pela maior parte do Painel Superior, a responsabilidade do Co-piloto é
somente o lado direito, onde estão os sistemas pneumáticos da aeronave como ar-condicionado e
pressurização.
Como no Flight Simulator sempre estamos sozinhos, inicialmente iremos programar a parte do
Comandante, para depois partirmos para a parte do co-piloto. Os Procedimentos descritos a seguir
são retirados do SOP da GOL.
A seqüência de Scan Flow do Painel Superior é sempre de cima para baixo da esquerda para a
direita. Iniciando dessa forma, os itens a serem feitos são na ordem:
Yaw Damper – ON
Fuel Pumps – ON (somente ligue as bombas dos tanques que estão com combustível)
DC Indicator em BAT (padrão GOL)
AC Indicator em STBY Power (padrão GOL)
CAB/UTIL power switch – ON
IFE PASS SEAT Power – ON
Emergency Exit Lights – ARMED
No Smoking switch – ON
FASTN BELTS switch – ON
Window Heat – ON
ELEC 2 HYD PUMPS – ON
ELEC 1 HYD PUMPS – ON
IGNITION Select Switch – L ou R
Se o número do vôo for ímpar, Select L (padrão GOL)
Se o número do vôo for par, Select R (padrão GOL)
Lightning Panel (Se o vôo for noturno):
LOGO Light – ON
Position Light – ON (deve ficar acesa para vôos noturnos e vôos internacionais)
Como esse vôo está sendo feito durante o dia essas luzes devem ficar OFF.
STROBE LIGHTS – OFF, não são utilizadas em nenhuma fase do vôo (padrão GOL).
Após o Scan Flow concluído, o Painel Superior deverá ficar assim:

Agora voltando ao Painel Principal, no Glareshield, é hora de setar o altímetro e selecionar no RMI
a referência de saída, se for um VOR, passe o switch para VOR, se for um NDB, passe o switch
para ADF e clique no botão TFC para que apareçam os “anéis” no EFIS.
Após feito isso o painel deverá ficar assim:

Agora no MCP, coloque o Curso da primeira radial que será interceptada após a decolagem,
coloque a MSA do aeródromo em ALTITUDE e acione o Flight Director (FD).
Agora sete os rádios. A seqüência é a mesma que a do Painel Superior, de cima para baixo da
esquerda para a direita.

Agora, a parte de responsabilidade do Comandante está concluída vamos para a parte do Co-
piloto no Painel Superior. A seqüência é:
Painel de Ar Condicionado: Painel de Pressurização:
RECIRCULATION FAN – AUTO Coloque a altitude de Cruzeiro em FLT ALT
Air Conditioning Packs – AUTO Coloque a altitude do aeroporto de destino em
ISOLATION VALVE – OPEN LAND ALT
APU Bleed – ON
Após feito isso o Overhead ficará assim:
Após concluído isso, é hora de fazer o Preflight Checklist que consiste nos seguintes itens:
TECHNICAL LOG – CHECKED
PRELIMINARY PROCEDURE – COMPLETED
LIGHT TEST – CHECKED
YAW DAMPER – ON
NAV. TRANSFER & DISPLAY SWS – NORMAL & AUTO
FUEL PANEL – SET
CAB/UTIL & IFE/PASS SEAT POWER SWS – ON
EMERGENCY EXIT LIGHTS – ARMED
PASSENGER SIGNS – SET
WINDOW HEAT – ON
HYDRAULICS – NORMAL
AIR CONDITIONING – SET
PRESSURIZATION – AUTO/LTS OFF
OXYGEN & INTERPHONE – CHECKED/__PSI
FLIGHT INSTRUMENTS – X-CHECKED
SPEED BRAKE – DOWN DETENT
PARKING BRAKE – AS REQUIRED
STABILIZER TRIM CUTOUT SWITCHES – NORMAL
ENGINE START LEVERS – CUTOFF
FIRE WARNING PANELS – CHECKED
RADIOS, RADAR & TRANSPONDER – SER
RUDDER & AILERON TRIM – FREE & ZERO
Concluídos os checks é hora de programar o FMC para a rota. Toda vez que a tecla EXEC
acender, clique sobre ela para que a informação seja inserida no FMC. Abra o FMC e vá na página
RTE para programar a rota.
• No campo ORIGIN coloque o aeródromo de partida, SBCT.
• No campo DEST, coloque o aeródromo de destino, SBSP.
• No campo FLT NO. coloque o callsign, GOL1791.
• No campo RUNWAY, coloque a pista em uso, 33.
Após feito isso, o FMC ficará assim:
Agora clique em NEXT PAGE e insira PNG (Paranaguá) do lado direito. PNG é o nosso fixo de
entrada na aerovia UW47.

Agora do lado esquerdo insira a aerovia UW47 e do lado direito o último fixo da aerovia que vamos
bloquear, RDE. O FMC ficará assim:

Agora clique em DEP ARR no FMC para programar a saída de SBCT.


Nossa saída será Paranaguá 1 com transição em NEGUS, selecione o procedimento no FMC.
Clique em ACTIVATE e depois em EXEC.
O FMC ficará assim:

Agora chegou a hora de programar a página da performance da aeronave, para isso clique em INIT
REF.

Agora no campo ZFW coloque o valor de ZFW que foi encontrado no Load Manager, nesse caso é
de 47.300 kg.
No campo Reserves coloque a reserva de combustível, que nesse caso é de 2.000 kg.
No campo Cost Index coloque o valor 25 (padrão GOL).
Feito isso, o FMC irá mostrar o nível de vôo máximo com o atual peso da aeronave.

Agora do lado direito do FMC, no campo CRZ ALT insira o nível de vôo, que nesse caso é o FL330.
No campo TRANS ALT insira a altitude de transição, que no caso de CWB é o FL060.
Feito isso clique em EXEC.

Agora clique em N1 LIMIT e selecione 22K DERATE.


Todos os Boeing 737-700 operados pela GOL tem 22.000 libras de empuxo em cada motor,
clicando em 22K DERATE você estará colocando no PMDG a mesma potência utilizada pela GOL
nas aeronaves reais, observe que ao clicar em TO-1, o N1 disponível irá diminuir, isso também
acontece no real, porém, no cockpit preparation nos aviões reais da GOL esse procedimento não é
necessário uma vez que a Boeing programou os 700 da GOL para só terem disponível 22K nos
motores, no PMDG, toda vez que for voar tem que fazer isso.

Agora, com o manual de performance do 737-700 real em mãos, nas tabelas de temperatura
assumida é possível concluir que a temperatura máxima que pode ser assumida nessa decolagem,
tendo em vista que a temperatura externa está na marca dos 15 graus e o aeródromo está a 3.000
pés acima do nível do mar é de 57 graus.
O procedimento de utilizar temperatura assumida é muito utilizado na GOL pois economiza
combustível na decolagem e principalmente não expõe o motor a uma alta potência desnecessaria,
aumentando assim sua vida útil e reduzindo gastos com manutenção corretiva, pois a chance de
algum componente ter problema é mais baixo.
Para fazer a decolagem com temperatura assumida coloque 57 em SEL no lado esquerdo.
Após feito isso, é possível notar uma queda no N1 disponível, porém, essa potência que está
disponível para decolagem é mais que suficiente para tirar o 737 do chão com total segurança.
Agora vamos para a página TAKEOFF do FMC.

Com esse peso, a decolagem será feita com Flap na posição 5, insira isso no FMC no campo
FLAPS.
Feito isso, clique nos botões correspondentes as V-Speeds e o FMC irá calcular as velocidades de
decolagem.
Uma coisa que me chama muito a atenção no PMDG é o fato das velocidades resultantes desse
calculo automático serem muito próximas as velocidades do 737 Real, a diferença é sempre de 1
ou 2 nós apenas entre a calculada pelo PMDG e a velocidade no manual de performance do 737.
Agora clique em NEXT PAGE e no campo THR REDUCTION insira 1.000. Com isso o A/T vai
reduzir para o regime de subida a 1.000 pés acima do solo. (padrão GOL).

Clique em PREV PAGE para voltar para a página Takeoff.


Feito isso, a programação do FMC estará concluída.
O painel deverá ficar assim:
Agora no MCP coloque a V2 em IASMACH e o rumo da pista em HEADING.

Agora sete o TRIM para o valor calculado pelo FMC na página TAKEOFF, nesse caso esse valor é
de 5.5. Aqui um bug grave do PMDG.
Independente de qual seja o peso e o CG, o Trim será sempre o mesmo, coisa que não acontece
no 737 real.
Agora passe o Autobrake para RTO.

Após a conclusão da preparação de cabine o co-piloto preenche o cartão com os dados da


decolagem, o Takeoff Data Card:

Após o TKOFF ser preenchido é feito um Briefing de decolagem entre os pilotos, geralmente feito
pelo comandante.
Um exemplo de Briefing de decolagem:
“Vôo 1791, um Boeing 737-700 com 22K de potência, estamos com um peso de decolagem de
53.700 kg, abaixo do nosso peso máximo de decolagem limitado pelos obstáculos a 60.600 kg.
Vamos decolar com Bleeds ON, N1 máximo de 93,5%, vamos usar uma temperatura assumida de
57º, o que nos dá um N1 de 87%. Nossas velocidades são V1 117 nós, Rotate 120 nós e V2 128
nós. Nossa altitude de Aceleração é de 4.000 pés, 1.000 pés acima do terreno. O trim está setado
em 5,5 e nossa decolagem será com Flap 5. O vento está em 300 graus com 04 nós, visibilidade
maior que 10 km. Qualquer problema abaixo dos 80 nós a decolagem será abortada
imediatamente, acima de 80 nós eu só vou abortar em caso de fogo, falha ou Windshear, meu
callout vai ser REJECT e eu freio a aeronave, você monitora os Spoilers, frenagem da aeronave e
fala com a torre, caso seja necessária a evacuação da aeronave será feita ao meu comando. Caso
eu opte por prosseguir a decolagem nada será feito abaixo de 1.000 pés a não ser silenciar o
alarme e recolher o trem de pouso. Nesse caso iremos tomar as medidas necessárias tão logo
possível e iremos subir para 10.000 pés onde iremos analisar melhor a situação e decidir com a
companhia se prosseguimos até São Paulo ou se retornamos para Curitiba. Nossa decolagem será
pela pista 33 e vamos sair no perfil da saída Paranaguá 1 com transição em NEGUS, após a
decolagem curva a esquerda para interceptar a radial 108 do VOR de Curitiba, mantendo 7.000
pés até 10 milhas fora de Curitiba ou até sermos liberados pelo controle. Eu serei o Pilot Flying
nessa etapa”.
Feito isso, o Comandante solicita o Before Start Checklist Down to the Line:
PAPERS – ABOARD
FUEL - __KGS/PUMPS ON
SEAT BELT – ON
AIR COND & PRESS. - __PACK(S), BLEEDS ON SET
ACCELERATION ALTITUDE - __FT
MCP – V2___ HDG___
AUTO BRAKE – RTO
ENGINE OIL QTY – CHECKED
CDU ROUTE/SID – ATC CHECK & INSERT
N1 – 22K, FULL/REDUCED
IAS BUGS – V1___, VR___, V2___
PARKING BRAKE – AS REQUIRED
TRIM - __UNITS, 0, 0
NAV RADIOS/TRANSPONDER – SET
TAXI/TAKEOFF BRIEFING – COMPLETED
Após concluído o Checklist e com a confirmação de portas fechadas, é solicitado o pushback e
acionamento.
Tão logo autorizado, o comandante chama o pessoal da manutenção para coordenar o push:
“Manutenção, check de segurança, seqüência será 2 e 1”.
Nesse momento o pessoal da manutenção faz o check para confirmar se o pino de segurança está
inserido e se está tudo certo para o início do pushback.
Após confirmado pela manutenção que está tudo ok o co-piloto anuncia pelo PA:
“Tripulação, Preparar para a partida”.
É feito então o Scan Flow de partida que consiste checar se portas e janelas estão fechadas,
desligar as packs e acender a Anti Collision Light.
Após isso o Painel Superior ficaria assim:
Após isso, o Comandante solicita o Before Start Checklist Bellow the Line:
DOORS/WINDOWS – CLOSED
AIR CONDITIONING PACKS – OFF
ANTI COLLISION LIGHT – ON
Logo após o início do pushback tem início o acionamento dos motores. A seqüência é sempre
motor 2 e depois motor 1 (padrão Boeing). Para isso abra o cronômetro e ao passar a Engine Start
Switch para a posição GND acione-o imediatamente.
Agora volte para o Painel principal e abra o EICAS (tela dos motores), manetes de potência e fique
de olho no N2, quando ele chegar próximo a 25% abra a Start Lever.
Aqui está outro bug grande do PMDG, no 737 real o N2 não cai depois que a Start Lever é aberta,
ele continua aumentando, no PMDG, o N2 cai e depois volta a aumentar.

Agora observe o motor estabilizar e a Start Valve se fechar, você vai ouvir o som dela se fechando
e a Start Switch voltando para OFF, nesse instante é feito o call-out “Starter Cuttout”.
Após a Starter se fechar dispare o cronômetro e aguarde no mínimo 10 segundos para iniciar o
acionamento do outro motor.

Agora zere o cronômetro e passe a Start Switch do motor 1 para GND disparando o cronômetro
novamente logo que a Start Switch for acionada.
A seqüência é a mesma, 25% Start Lever em Idle, motor estabiliza, “Starter Cuttout” pare o
cronômetro.

Após concluído o acionamento dos motores clique em ET no cronômetro. Ele ficará ligado até o
corte dos motores e o tempo entre o acionamento e o corte é o que vai pro livro de bordo da
aeronave como hora de vôo.

Após feito isso vá para o Painel Superior, coloque os geradores na barra (botões GEN 1 e GEN 2
no painel elétrico), acione o Probe Heat, se for necessário acione também o Anti Ice, desligue o
APU, passe a Engine Start Switch para CONT, coloque as Packs em AUTO, passe a Isolation
Valve para AUTO e desligue o APU Bleed.
Agora clique no painel de alarmes para checar o Recall:

Agora selecione os Flaps que serão usados para decolagem, nesse caso Flaps 5:

Após feito isso o Comandante solicita o Before taxi Checklist:


ELECTRICAL – GENERATORS ON
PROBE HEAT – ON
ANTI-ICE – AS REQUIRED
AIR CONDITIONING – PACKS ON
ISOLATION VALVE – AS REQUIRED
PRESSURIZATION – ENG or APU BLEED
APU – AS REQUIRED
ENGINE START SWITCHES – CONT
RECALL – CHECKED
START LEVERS – IDLE DETENT
FLIGHT DECK DOOR – LOCKED
GROUND EQUIP/GEAR PINS – REMOVED
Após a conclusão do Before táxi, o comandante solicita o Taxi Light On:

Durante o táxi toda a atenção deve estar focada no que acontece em volta da aeronave. Todo
cuidado para evitar esbarrões ou bater a asa em outra aeronave.
Nas retas a velocidade máxima é de 20 nós, nas curvas deve ficar entre 5 e 10 nós. Durante o Táxi
é feito o check de controles onde o manche é posicionado nas batentes de comando para ver se o
comando está livre, o mesmo acontece com o leme de direção.
Ainda durante o táxi o Comandante solicita o Before Take-Off Checks Down to the line:
FLAPS - ___ GREEN LIGHT
FLIGHT CONTROLS – CHECKED
RUNWAY CHANGE – NA/PERFORM
No caso de durante o taxi a pista em uso mudar, durante a leitura do Checklist no item Runway
Change deverá ser feito um novo briefing de decolagem, caso não aconteçam mudanças, a
resposta ao item é Not Applicable.
Se o tanque central estiver com menos de 2.300 kg de combustível, as bombas deverão ser
desligadas antes da decolagem.
Ao ser autorizada a decolagem o Co-piloto fala pelo PA:
“Tripulação, preparar para decolagem”.
Nesse instante o Comandante inicia o alinhamento na pista.
Durante o ingresso na pista o Auto Throttle e o Transponder deverão ser acionados:
Logo após são acionadas as Runway Turnoff Lights e as Landing Lights:

Após isso, o Comandante solicita o Before Takeoff Checks Below the Line:
LIGHTS – ON
AUTOTHROTTLE – ARMED
TRANSPONDER – ON
Nesse instante se o co-piloto for o Pilot Flying é passado o controle da aeronave para ele, no nosso
caso, como no FS não temos Co-piloto o procedimento é igual como se o Comandante fosse o PF.
Após concluídos os checks, o Comandante faz o Call-out:
“Take-off Runway 33 heading 333”.
Então o Comandante leva as manetes de potência até 40% de N1, ao estabilizar aciona o
“botãozinho da felicidade” TOGA, que no PMDG é o parafuso superior do lado esquerdo do MCP e
toda a potência disponível entra nos motores:

Após o TOGA entrar o Comandante tira a mão das manetes e solicita ao Co-piloto “Check Thrust”.
Após a potência estabilizar no N1 de decolagem o Co-piloto diz: “Thrust Set”, então o Comandante
coloca novamente a mão na manete para no caso de uma abortagem ele ter o controle total de
imediato.
Outro bug do PMDG é que o N1 nunca estabiliza certinho no programado, sempre sobe um
pouquinho a mais.
Com 80 nós o Co-piloto faz o Callout: “80 KNOTS”:

Ao atingir a V1, o Co-piloto faz o callout: “VEE ONE”:


Ao atingir a VR, o Co-piloto faz o Callout: “ROTATE”:

Nesse momento comece a tirar a aeronave do chão, vá puxando o manche com uma razão de
aproximadamente 3º por segundo até atingir um pitch de 15º.
Após a aeronave sair do chão e for verificada uma razão positiva de subida, o Co-piloto faz o
Callout: “Positive Climb”.
O Comandante checa o seu altímetro e solicita: “Gear Up, Landing Lights OFF”.
Após Cruzar 400 pés acima do solo, o Comandante solicita o Roll Mode, que pode ser LNAV, HDG
SELL ou VOR/LOC. Nesse caso o Roll Mode aplicável é o LNAV, então, ao cruzar 400ft AGL o
Comandante faz o Callout:
“LNAV”
Então o co-piloto aciona no MCP o módulo LNAV.

Ao atingir 1.000 ft AGL, é feita a redução para o regime de subida e também é feita a aceleração
para o início do recolhimento dos flaps.
Nesse momento o Comandante seleciona o módulo N1 no MCP:
Após o módulo N1 acoplar, o Comandante solicita “BUG UP”, então o co-piloto coloca o bug da
velocidade na marca de Flap Up, após isso o Comandante aciona o Auto Pilot A, uma vez que ele
é o Pilot Flying, seleciona o módulo LVL CHG e começa a monitorar a aceleração da aeronave.

Durante a aceleração, conforme a velocidade for aumentando é iniciado o recolhimento dos flaps.
Quando a velocidade passar pela marca 1 no Airspeed Indicator, selecione Flap 1.
Quando a velocidade passar pela marca UP no Airspeed Indicator, selecione Flap UP.

Após concluído o recolhimento dos flaps, acelere para 250 nós ou se o procedimento de saída tiver
alguma restrição, acelere para essa velocidade.

Ao chegar na MSA, que no caso desse setor de CWB é 7.000 pés o Comandante inicia o Scan
Flow do After Takeoff.
Caso não seja previsto encontrar chuva forte na rota, passe as Engine Start Switches para OFF.

Passe a alavanca do trem de pouso para OFF, o Autobrake para OFF e o Altímetro para 1013 hpa.

Após concluído o Scan Flow o Comandante pede o After Takeoff Checks:


PACKS – ON
ISOLATION – AS REQUIRED
ENGINE BLEEDS – ON
ENGINE START SWITCHES – AS REQUIRED
APU – AS REQUIRED
LANDING GEAR – UP AND OFF
FLAPS – UP, NO LIGHTS
ALTIMETERS – SET
Após cruzar a MSA já é possível acionar o VNAV:

Ao Cruzar o FL100, se não for previsto encontrar turbulência durante a subida, passe o Seat Belt
para AUTO e se tiver combustível no tanque central, cujas bombas foram desligadas antes da
decolagem por conterem menos de 2.300 kg, passe as bombas para ON.
Durante a subida, com combustível no tanque central, fique atento para a quantidade, quando
atingir 950 kg desligue uma das bombas e abra a Crossfeed até zerar a quantidade, quando
acender FUEL no Master Caution, desligue a outra bomba do tanque central e feche a Crossfeed.
Durante a subida, quando a aeronave estiver a 1.000 pés para o nivelamente é feito o Callout:
“1.000 TO LEVEL OFF”
Quando estiver a 900 pés do nivelamento vai soar a “buzina” do Altitude Alert:

Ao nivelar no FL de cruzeiro, é feito o Callout:


“ALTIMETER _____ FT”
Tão logo nivelar, desligue as Runway Turnoff Lights.

Por ser um vôo curto, tão logo a aeronave esteja estabilizada em Cruzeiro já começam os
preparativos para a descida.
Na página ARR do FMC selecione o procedimento em uso e a pista.
Na página CRZ do FMC nos mostra a distância para o T/D (Ideal de descida), a velocidade Mach
que a aeronave está mantendo e o estimado de combustível em SBSP.
O FMC nos informa que vamos chegar em SBSP com 4.600 kg de combustível. Nosso MFOD
(Minimum Fuel Over Destination) é de 2.340 kg, ou seja, vamos chegar bem confortável em SBSP.
Fazendo uma rápida conta, nosso peso de pouso será de 51.900 kg, pois nosso ZFW é de 47.300
kg com mais 4.600 kg de Fuel o total é de 51.900 kg, ainda abaixo do nosso peso máximo de
pouso em SBSP que é de 58.059 kg tanto para pista seca como para pista molhada.
O pouso em Congonhas é efetuado obrigatoriamente com Flap 40 (padrão GOL), com isso nossa
VREF é de 123 nós, VAPP de 128 nós.

Seguindo o Padrão GOL, para pistas de comprimento inferior a 2.500 metros, o Auto Brake deverá
estar setado em 3 para pista seca e MAX para pista molhada, as condições em SBSP estão
ótimas, vento 170 graus com 2 nós, visibilidade maior que 10km, ajuste 1013 hpa, então Auto
brake 3 é suficiente.
Para setar os mínimos, utilize o primeiro botão no Glareshield até que a marca fique a 2.820 pés.
Aqui está outro bug do PMDG, pois no avião real aparece escrito em baixo do altímetro qual a
altitude que está a tal marquinha verde.
Antes de iniciar a descida é preenchido o Landing Data Card, com todos os dados referentes ao
pouso. Isso facilita muito na hora do briefing e na aproximação para uma rápida conferida nos
dados.

Após a confecção do Landing Data Card o Pilot Flying faz um Briefing da aproximação e pouso, um
exemplo de Briefing seria:
• Nosso peso de pouso será 51.900 kg, o peso máximo de pouso é de 58.059 kg, Congonhas
opera visual, vento 170 graus com 02 nós, ajuste 1013, nossa componente máxima de vento de
cauda na final é de 5 nós, o pouso será efetuado com Flap 40 e uma VREF de 123 nós.
• Caso seja necessária uma arremetida nosso Go Around N1 será de 92,5%.
• Vamos efetuar o procedimento Rede 17 com Final Hotel 3.
• Vamos aproximar pelo Curso 053 de Rede descendo para o FL100.
• Sobre Rede deveremos estar no FL100 a uma velocidade máxima de 250 nós.
• Após o bloqueio de Rede vamos afastar na Radial 338 do VOR descendo para o FL070
mantendo uma velocidade máxima de 210 nós sobre BIRO.
• Mantendo o 070 até Zeka onde deveremos estar a 190 nós.
• Após Zeka, curva a direito na proa de EVER, descendo para 5.200 pés a uma velocidade
máxima de 180 nós, já limitado pelo Localizador.
• Os NOTAMs da companhia informam que o Glide da 17 não está confiável, foram reportados
diversos casos de Glide oscilando na final, fiquemos atentos para isso.
• O inbound é 167 graus, após estabilizado no localizador vamos prosseguir na aproximação
descendo para 4.300 pés para bloqueio de Mada, IS freqüência 290 que é o nosso Marcador
externo, mantendo descida até os mínimos que são 2.820 pés.
• Nosso marcador médio é São Paulo, SPO, freqüência 250.
• O VOR Congonhas, CGO, é nossa referência para o aeródromo, freqüência 116.90.
• O ILS ISP tem freqüência 109.30.
• Em caso de arremetida, vamos subir para 6.000 pés na proa de Rede para iniciar uma nova
aproximação.
Quando o FMC mostrar a Mensagem RESET MCP ALT é que está na hora de iniciar a descida.

Nesse momento o Comandante solicita Descent Checks:


BRIEFING – COMPLETED
ANTI-ICE – AS REQUIRED
PRESSURIZATION – SET FOR ____
EXTERNAL LTS – ON
MINIMUM - ___ DA/MDA
RECALL – CHECKED
CDU STAR/APPROACH – CHECK & INSERT
FLAP/SPEED - __/ VREF__
Coloque a altitude autorizada pelo controle no MCP, e faça a descida pelo VNAV. Antes de iniciar a
descida acenda as Runway Turnoff Lights.
Pode acontecer do avião não manter o perfil de descida, isso acontece direto no 737 real também,
nesse caso faça a descida pelo LVL CHG:

Ao cruzar o FL100, o Co-piloto fala pelo PA:


“Tripulação preparar para o pouso”.
Durante a descida, quando a velocidade chegar na indicação UP, selecione Flap 1, nesse instante,
os avisos luminoso de atar cintos irão se acender automaticamente.
A Seqüência de extensão dos Flaps é: 1 - 5 - 15 - 25 - Landing Flap que pode ser 30 ou 40.

Quando estiver cruzando o FL de transição, o Comandante solicita:


“Set Radios for Hotel 3 Approach, Runway 17 Right, Runway Dry”.
O Co-piloto então seleciona as frequências do rádio para aproximação e aciona os Markers no
painel de áudio.
Nesse momento o Comandante solicita o Approach Checklist:
NAV RADIOS – SET
RWY/AUTOBRAKE – COND (dry or wet) /SET
MISSED APPROACH – REVIEW
ALTIMETERS - ___ QNH
Durante a aproximação pra pouso, o FMC deverá ficar na página Approach:

A 3 milhas do marcador externo (OM), os Flaps terão que estar a 5 graus:


Ao estabilizar no Glide Slope, baixe o trem e reduza a velocidade para Flap 15.

Passe o Marcador Externo (OM) com Flap 15 e reduzindo a velocidade.


Reduza para Flap 25 e arme e Speed Brake.

A 1.500 pés você deverá estar estabilizado, configurado para pouso na VAPP.

Nesse momento o Comandante solicita Landing Checklist:


ENGINE START SWITCHES – CONT
RECALL – CHECKED
AUTOBRAKE - ___
SPEEDBRAKE – ARMED
LANDING GEAR – DOWN 3 GREEN LTS
FLAP - ___ GREEN LT

Caso seja necessário arremeter, acione TOGA, selecione flap 15, eleve o nariz da aeronave e,
quando a razão for positiva, recolha o trem.
Após a subida inicial e recolhimento dos flaps, faça o After TakeOff Checklist. Quando estiver
estabilizado e desejar desacoplar o Auto Pilot, desacople também o Auto Throttle. O limite para
desacoplar A/P e A/T são os mínimos do procedimento.
Quando estiver a 500 pés AGL acenda as Landing Lights.
Após pousar a aeronave e livrar a pista o Scan Flow de After Landing deverá seguir a seqüência:
Speed brake – Down Flight Director – OFF
Flap Lever – Up MCP Speed Cursor – 100
APU – ON Auto Brake – OFF
Probe Heat – OFF Stab Trim – 5 Nose Up
Position Lights – As required VHF Radios – VOR Frequency
Engine Start Switches – OFF TCAS – STBY
Landing Lights – OFF Transponder – OFF
Taxi Lights – ON
Ao chegar no gate, acione o Parking Brake e coloque o APU na barra:
Corte os motores pelas Start Levers e pare o Cronômetro:

Nesse momento o Co-piloto fala pelo PA:


“Tripulação, Preparar para o desembarque” e as portas são abertas.
Desligue o Seat Belt Sign, passe a Isolation Valve para OPEN, APU Bleed para ON, apague a Anti
Collision Light, desligue as bombas de combustível deixando apenas a bomba da esquerda ligada.
O Painel Superior ficará assim:
Passe o Fuel Flow para RESET:

Nesse momento o Comandante solicita o Shutdown Checklist:


ELECTRICAL – ON APU
FASTEN BELTS – OFF
PROBE HEAT – OFF
ANTI-ICE – OFF
AIR COND – PACK(s), BLEEDS ON
EXTERIOR LIGHTS – AS REQUIRED
ENGINE START SWITCHES – OFF
ANTICOLLISION LIGHT – OFF
AUTOBRAKE – OFF
SPEED BRAKE – DOWN DETENT
FLAPS – UP, NO LIGHTS
PARKING BRAKE – AS REQUIRED
START LEVERS – CUTOFF
WEATHER RADAR – OFF
TRANSPONDER – OFF
FUEL FLOW – RESET
Pronto. Assim termina um vôo dentro do padrão utilizado pela GOL Transportes Aéreos em suas
aeronaves.

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