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Os estereótipos são percepções automáticas, socialmente partilhadas e têm origem na

interação social. São descritos como organizados, rígidos, simplistas, erróneos e com
elevado grau de generalização, podendo ser positivos ou negativos. Geralmente, estão
na base de atitudes de discriminação social (Castro, 2007).

Alguns dos estereótipos mais frequentemente associados aos idosos são:

“Os idosos são doentes e dependentes dos outros”

Dependência não é sinónimo de envelhecimento. O fato de a maioria dos idosos ter


alguma doença não significa que eles não sejam autónomos para realizar as atividades
da vida diária.

“Os idosos apresentam uma deterioração intelectual”

Estudos demonstram que existe uma preservação do intelecto e de outras funções


mentais no envelhecimento normal, continuando a possibilidade de aprendizagem e de
memorização. O envelhecimento normal não prejudica as faculdades mentais do idoso.

“Os idosos vivem isolados”

Os estudos provam que um grande número de idosos mantém os laços de amizade,


continuam em contato com a família e participam em atividades sociais. Centros de
convívio e Universidades de terceira idade, têm sido procurados pelos idosos como
atividades de socialização e aprendizagem.

“Os idosos não se interessam pela atividade sexual”

A sexualidade é uma condição que permanece durante toda a vida. Os idosos gostam de
partilhar carinho, afeto e amor. Ribeiro (2005), afirma que o interesse sexual do idoso é
maior do que se pensa e do que eles próprios imaginam. A assexualidade não é típica do
envelhecimento e não se aplica a todos os idosos.

“Os idosos são inúteis para a sociedade e incapazes de trabalhar”

Trabalhadores idosos são mais assíduos ao trabalho, e têm um rendimento mais


constante comparativamente a trabalhadores jovens. Apesar da diminuição na perceção
e na velocidade de reação, a maioria geralmente desempenha as suas funções tão bem
como os jovens.

“Os idosos são conservadores e incapazes de mudar”

É verdade que as pessoas são mais estáveis quando envelhecem, mas os idosos não
recusam totalmente a mudança. Quando surgem situações novas são capazes de se
adaptar a elas, tal como os mais jovens.

“Os idosos são todos iguais”

À medida que o Ser Humano envelhece, diferenciasse dos outros sob diversos aspetos
(humor, personalidade, modo de vida, entre outros). A velhice é um período vivenciado
de forma diversificada nas diferentes classes sociais, e o ritmo de envelhecimento é
diferente de indivíduo para indivíduo.

“Os idosos têm mau feitio”

Há quem costume dizer que as pessoas idosas são “rabujentas”. Não é certo que seja
uma caraterística associada à idade, há pessoas que são assim ao longo da sua vida e
com o passar dos anos, esse mesmo traço de personalidade mantém-se e reforça-se.

Hoje em dia as mentalidades começam a mudar lentamente. Cabe a nós profissionais da


área do envelhecimento ajudar nesta mudança de mentalidades.

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