Você está na página 1de 28

EDIÇÃO XXXVI • Nº 251 • AGOSTO DE 2014 • TRIMESTRAL • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Motores EA211 representam


um show de tecnologia

NESTA EDIÇÃO!
REPARAÇÃO
PASSO A PASSO:
Acompanhe a evolução do
automóvel até os dias de GESTÃO DA OFICINA TECNOLOGIA
hoje, passando pela injeção Oficina Nipo Brasileiro se destaca pelo Linha Economy Volkswagen: marca
eletrônica e, com esta, os sistema PDCA, que garante o controle reforça utilização de peças e
processos de diagnósticos de de qualidade dos serviços prestados. pastilhas de freio originais.
falhas.
ÍNDICe

mATérIA De CApA GeSTãO De OFICINA


Motor 1.6l MSI de Sócios da Oficina Nipo
16V da família EA211 Brasileiro revelam como

6 21
é a nova estrela da utilizar a filosofia PDCA
Volkswagen e expandir os negócios

OFICINA em DeSTAque
Mídias Sociais
representam o sucesso

10
da Santa Oficina
na internet
peçA CerTA

Palhetas: como utilizar e


adquirir a peça original

22
no mercado de
murAl DO repArADOr reparação
A Volkswagen responde
às dúvidas dos

9
reparadores

repArAçãO pASSO A pASSO


INCremeNTe SuAS VeNDAS
Geometria de Direção: conceito e características Duda Auto Center

11
construtivas para sua oficina de reparação reforça suas vendas

24
com a utilização do
sistema CRM p

TeCNOlOGIA
LinhaE conomy:
pastilhas de freios já

25
estão disponíveis no
mercado

4 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


eDITOrIAl eXpeDIeNTe

uma indústria
campeã!
Do ponto de vista econômico, o ano está sendo difícil para diversos setores e as incerte-
zas do mercado brasileiro trazem a baixa perspectiva de crescimento para o país em 2014.
Porém, quando olhamos para a área da reparação automotiva o cenário é diferente.
As oficinas estão cheias de serviços, pelo menos é o que mostra o indicador “IGD” (In-
dicador de Geração de Demanda) da CINAU (Central de Inteligência Automotiva), que está
projetando: o volume de serviços em 2014 superior a 2013, que, diga-se de passagem já foi
um ano bom.
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Nunca a frota “reparável” brasileira foi tão grande, assim como o número de veículos Margarida Putti
“per capita” na oficina alcançou um patamar inédito, e agora o dono do automóvel parece (MTB 32392/RJ)
mais disposto a investir na manutenção do que na compra de um novo.
Assim, em agosto, o cenário otimista para a reparação automotiva, projetado no início COLABORADORES:
do ano, começa a se concretizar. E você, amigo reparador, está sentindo este ambiente po- Jeferson Gozzo
sitivo na sua oficina?
Esperamos que sim, caso contrário fique atento às novidades do mercado e tenha foco CONSELHO EDITORIAL:
no seu cliente, pois o resultado de qualquer negócio é sempre o “freguês”. Aguinaldo Rodrigues
Pensando nisso, é que a edição deste mês de sua Revista Notícias da Oficina, além do Bruna Tashima
riquíssimo conteúdo técnico de sempre, traz ainda algumas dicas para atrair e fidelizar os Cecília Bianchi
clientes. Afinal, sua empresa está inserida numa indústria campeã, e nós, seus parceiros da Daniel Morroni
equipe de Pós-Vendas da Volkswagen também torcemos e procuramos contribuir para o Décio Martins
Favio Beccaria
sucesso do seu negócio.
Felipe Serafim Albaladejo
Jean Cheverry
Boa leitura, e bons negócios! Luiz Fernando Tiosso
Luciana Braghetto
Marco Aurélio Fróes
Paulo Toshio Suzuki
Equipe Pós-Vendas Volkswagen Rafael Armelin
Renata Sampar
Ricardo Casagrande
Ricardo Iwamoto
Rodrigo Facini
pAlAVrA DO leITOr Sidney Jarina
Vederval Barata
Wagner Carrieri
“Queremos parabenizar a Volkswagen pela iniciativa de ministrar estas palestras, que são de
grande importância. Quem anda na frente não come poeira”. COLABORAÇÃO TÉCNICA:
Norberto luís Souza Campos - Conceição Alagoas – mG Fatec Santo André – SP

EDITORAÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO:
“Quero dizer que estamos juntos nesta parceria. Muito obrigado pela ajuda Volkswagen”. Germinal Editora e Marketing Ltda.
eudes pereira dos Santos - São paulo – Sp IMPRESSÃO:
Log&Print Gráfica | Tiragem: 50 mil exemplares
“Participei dos treinamentos nas concessionárias, e achei todos excelentes!”.
Claudemir de Almeida - rio de Janeiro - rJ

A revista Notícias da Oficina quer saber mais sobre


Nós queremos saber a sua opinião. você. Mantenha sempre atualizada a sua assina-
tura através do site noticiasdaoficinavw.com.br ou
Email: leitor@noticiasdaoficinavw.com.br entre em contato pela Central de Relacionamento
ou pelo telefone (11) 3071 4633. Notícias da Oficina: (11) 3071-4633.

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 5


mATérIA De CApA

Novo motor 1.6 da família EA211


estreia no Gol Rallye e na Saveiro Cross

Volkswagen Gol Rallye 2015 Volkswagen Saveiro Cross 2015

Linha 2015 da marca chega com totalizaram mais de 2,2 milhões de quilômetros, de 120 cv (88 kW) a 5.750 rpm, quando abastecido
além de mais de 14.100 horas em dinamômetro com etanol (E100), e de 110 cv (81 kW) à mesma
aprimoramentos mecânicos, que (equivalente a 1,8 milhão de quilômetros) e mais rotação, com gasolina (E22).
contemplam motor com quatro de 1.000 testes do novo sistema de partida a frio O torque máximo é de 16,8 kgfm (165 Nm)
válvulas por cilindro, bloco e aquecida (E-Flex). com etanol e 15,8 kgfm (155 Nm) com gasolina,
ambos a 4.000 rpm. Já a partir de 2.000 rpm mais
cabeçote de alumínio e sistema Mais força de 85% do torque máximo está disponível. Essa
variável de válvulas na admissão Produzido em São Carlos, no interior de São ampla faixa de distribuição do torque melhora
Paulo, o motor EA211 foi gerado segundo critérios o desempenho em baixos regimes (por exemplo,
de maior eficiência energética e desempenho. A em cidade) e dá ótimo fôlego para retomadas de

A produção nacional de motores está a todo


vapor no quesito “inovação tecnológica”, e
a Volkswagen aproveita o momento e apresenta
Volkswagen optou pela configuração de quatro velocidade.

Partida a frio aquecida – pioneirismo


os novos motores que equipam a linha 2015 dos O novo motor 1.6l MSI utiliza o processo de
modelos Gol Rallye e Saveiro Cross. partida a frio que dispensa a utilização do tan-
Se o visual já encanta, é debaixo do capô que que auxiliar para gasolina. A evolução do sis-
os veículos apresentam a evolução da mecâ- tema introduzido no Brasil de forma pioneira
nica. A geração de motores de quatro cilindros
1.6l MSI (Multipoint Sequential Injection) e 16v,
da família EA211, com até 120 cv de potência, é
um dos mais modernos motores fabricados pela
Volkswagen no Brasil e oferece excelentes resul-
tados de performance e consumo de combustí-
vel para a categoria.
A produção vem para complementar a gama Motor 1.6 16v MSI
de versões dos modelos Volkswagen, junto com
o renomado motor 1.6l, com potência máxima de cilindros e 16 válvulas (4 válvulas por cilindro),
104 cv. Assim como a nova geração de motores no Gol Rallye e na Saveiro Cross. O novo motor
1.0l três cilindros, também da família EA211, que 1.6l MSI é Total Flex, capaz de rodar com gaso-
equipa o up!, o desenvolvimento do novo motor lina, etanol ou a mistura dos dois combustíveis
1.6l MSI incluiu extensos testes de rodagem que em qualquer proporção. Sua potência máxima é Sistema E-flex de Aquecimento do Combustível

6 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


pela Volkswagen no Polo E-Flex, em 2009, agora utilização de um módulo com duas válvulas
é aplicado no motor da linha 2015, que utiliza termostáticas. O líquido de arrefecimento leva
galeria de injeção feita de material polimérico, o menos tempo para ser aquecido durante a fase
que aprimora a eficiência do conjunto. fria do motor, porque recebe o calor dos gases de
O sistema de partida a frio é gerenciado pela escape. Por outro lado, em alto regime de utili-
Unidade Eletrônica de Controle (ECU) do motor. zação, ocorre um controle da temperatura dos
O combustível é aquecido em câmaras ao lado gases de escape na entrada do conversor catalí-
das válvulas injetoras e opera com temperatura tico (catalisador), permitindo que se opere mais
ambiente abaixo de 16°C. tempo com a mistura ar-combustível estequio-
métrica (ideal).
Quatro válvulas por cilindro
Bloco e cabeçote de alumínio A temperatura de arrefecimento do cabeçote,
O robusto 1.6l MSI possui bloco e cabeçote cilindros. Essa tecnologia reduz o consumo de por sua vez, é menor, o que minimiza a possibili-
feitos de alumínio, o que colabora para reduzir combustível e as emissões de gases poluentes, dade de detonação, melhorando o desempenho
o peso do conjunto. Comparado a um motor de além de melhorar sensivelmente a resposta do do veículo e diminuindo o consumo de combus-
mesma cilindrada com bloco em ferro fundido, motor em baixos regimes de rotação. A taxa de tível. Além disso, o novo EA211 é equipado com
o novo EA211 é 15 kg mais leve. compressão é de 11,5:1 e proporciona excelente um radiador de óleo, que possibilita uma melhor
Os cilindros têm 76,5 mm de diâmetro e 86,9 eficiência de combustão. As válvulas são acio- estabilidade da temperatura do óleo do motor.
mm de curso, o que permite ótimo enchimento nadas por balancins roletados (RSH, sigla para
da câmara de combustão. Combinada a essa ca- o termo alemão Rollenschlepphebel), recurso que Câmbio manual MQ200
racterística está a vela de ignição colocada em minimiza o atrito entre os componentes e apri- A Volkswagen dedicou atenção especial à
posição central, entre as válvulas de admissão e mora sua eficiência. caixa de câmbio de 5 marchas, feita de alumí-
escape, o que garante melhor frente de chama, O cabeçote do novo motor possui ainda co- nio, para combiná-la perfeitamente à proposta
letor de escape integrado, formando uma peça de conforto e segurança do Gol Rallye e da Sa-
única, com refrigeração líquida. Isso permite ao veiro Cross, linha 2015. A transmissão manual,
motor atingir sua temperatura ideal de funcio- com comando a cabos, é a consagrada MQ200,
namento mais rapidamente, melhorando sua projetada para o motor 1.6l MSI e para o package
eficiência térmica e reduzindo emissões. específico dos modelos.
O conversor catalítico (catalisador), insta-
lado logo na saída do coletor de escape, atinge
rapidamente sua temperatura adequada de ope-
ração. A chamada fase fria do motor dura menos
e são reduzidas as emissões nesse estágio de
funcionamento.

Bloco de alumínio Duplo circuito de arrefecimento

maior velocidade e eficiência na queima da mis-


tura ar-combustível e consequentemente maior
eficiência térmica.
As bielas foram melhoradas e possuem dese-
Câmbio do Gol Rallye 2015
nho inovador. Cerca de 26% mais leves do que as
convencionais, têm menor seção transversal e O sistema ainda traz o recurso que indica no
são guiadas no virabrequim. instrumento combinado a marcha ideal a ser se-
A otimização da construção do motor está lecionada. Como em outros produtos da marca,
presente também na árvore de manivelas (vira- a unidade de comando, ECU, calcula continua-
brequim), que tem menor quantidade de contra- mente qual marcha deve ser engatada para uma
pesos e o diâmetro de seus mancais principais condução mais econômica, mas sem abrir mão
reduzido. de segurança, durabilidade e conforto.
Com quatro válvulas por cilindro, sendo duas Duplo circuito de arrefecimento
para admissão e duas para escape, o cabeçote Polia com formato oval
tem comando das válvulas de admissão variável O duplo circuito de arrefecimento permi- A polia de acionamento do sistema de sincro-
– a variação é contínua, com 50º de liberdade, o te que o bloco e o cabeçote do motor alcancem nização localizada na árvore de manivelas (vi-
que permite melhor posição de enchimento dos temperaturas de trabalho diferentes através da rabrequim), tem formato oval. Esse mecanismo

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 7


mATérIA De CApA

permite estabilização da força na correia denta- nas trocas de marcha em todas as condições de de tornar mais fácil a escolha do consumidor –
da e de sua flutuação angular, além de minimi- uso dos veículos. reforça todas as versões com mais equipamen-
zar atrito e vibração, aumentando a durabilida- Além das trocas de marcha de forma auto- tos de série.
de do sistema. mática, a transmissão I-Motion do Gol Rallye
O coletor de admissão é feito de material poli- permite trocas manuais em modo sequencial, Lançamento Volkswagen - Voyage Evidence
mérico de alta resistência e baixa rugosidade, ga- acionado por meio da manopla de câmbio ou por
rantindo fluxo de ar com baixa restrição. Como paddle shifts instalados atrás no volante multi-
em todos os modelos Volkswagen, o conjunto de funcional. Dessa forma, o motorista pode dirigir
corpo de borboleta e acelerador é eletrônico. de forma mais esportiva, aproveitando toda a
potência e o torque do novo motor 1.6l MSI.
Na versão I-Motion, a partida do motor é
assistida, o que significa que não é necessário
manter a chave acionada para que ela se proces-
se – basta um leve toque na chave para a ECU co-
mandar todo o processo de partida. Como pré-
requisito, o motorista deve aguardar a indicação
do instrumento combinado para efetuar esse
procedimento. Voyage Evidence 2015

Desempenho esportivo A Volkswagen completou e lançou uma


Em geral, o Gol Rallye e a Saveiro Cross com- nova versão para o sedan derivado do Gol. Po-
binam características como: economia de com- sicionado acima do modelo Highline, o Voyage
bustível e ótima performance, para um modelo Evidence chega ao mercado disponível com
“aventureiro” nessa faixa de cilindrada. o motor 1.6l MSI e com visual diferenciado e
Quando abastecido com etanol, o Gol Rallye conteúdo exclusivo.
- com o novo motor 1.6l MSI - acelera de 0 a 100 O modelo 2015 agrega, frisos cromados na
Polia oval eleva o tempo de vida do sistema km/h em 9,5 segundos e atinge velocidade máxi- parte inferior das laterais, rodas de liga leve de
ma de 190 km/h. Já com gasolina, são 9,9 segun- 16” em nova tonalidade, adesivo preto na coluna
O novo motor 1.6l MSI utiliza sistema de igni- dos para a aceleração de 0 a 100 km/h e 184 km/h “B” e o logotipo alusivo à configuração nos para-
ção com uma bobina por cilindro, o que elimina de velocidade máxima. Quando equipado com a lamas dianteiros. Internamente, a nova versão
os cabos de velas e as perdas elétricas, colabo- transmissão automatizada I-Motion, o modelo apresenta todo o conteúdo do Voyage Highline,
rando para maior eficácia na combustão. acelera de 0 a 100 km/h em 10 segundos e atin- além de painel em tonalidade cinza clara e re-
ge velocidade máxima de 190 km/h (etanol). Na vestimento dos bancos em Alcantara (mesmo
Upgrade na Transmissão I-Motion gasolina, são 10,5 segundos para a aceleração de material utilizado nos bancos do Tiguan).
Além do motor, a transmissão automatiza- 0 a 100 km/h e 184 km/h de velocidade máxima, O material em Alcantara, desenhado com
da I-Motion também recebeu melhorias. Com com a transmissão automatizada. tramas e costuras enviesadas, confere um aca-
o novo software de gerenciamento eletrônico, Por sua vez, a Saveiro Cross, também apre- bamento mais refinado. É também de série no
a transmissão realiza as trocas das marchas de senta ótimos números de desempenho: acelera Voyage Evidence os sobretapetes (assim como
forma mais precisa e suave, tanto no modo auto- de 0 a 100 km/h em 10 segundos e atinge velo- nos modelos Highline e Gol Rallye).
mático, como no manual sequencial. cidade máxima de 182 km/h (com etanol). Com O veículo é oferecido nas cores Branco Cris-
No momento da troca automática de marcha gasolina, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em tal, Preto Ninja, Prata Sirius, Prata Egito, Azul
em D (Drive), em décimos de segundos o sistema 10,4 segundos e a velocidade máxima é de 179 Night, Vermelho Opera e Prata Lunar.
reduz gradativamente o torque do motor, que re- km/h.
torna assim que a próxima marcha é engatada.
Essa característica proporciona maior conforto Nomes Globais
A linha 2015 também adotou aos modelos a
nova nomenclatura MSI, para diferenciar suas
respectivas versões: Trendline, Comfortline e Hi-
ghline.
O novo propulsor adota a nova nomenclatura
MSI. A sigla MSI segue a estratégia de nomencla-
turas da marca e se distingue da tecnologia uti-
lizada nos motores TSI (Turbocharged Stratified
Injection, ou Turbocompressor com Injeção Es-
tratificada de Combustível).
Ao alinhar toda a oferta de conteúdo desses
Geração do câmbio I-Motion que equipa o Gol Rallye modelos com essas três versões, a marca – além Novo modelo possui inscrição lateral nomeando a versão

8 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


murAl DO repArADOr

Nesta seção a Volkswagen engatada no veículo e compará-la com a Prefixo do Motor UNF UDH/BJY
responde às dúvidas dos relação de transmissão daquela respectiva Compressão dos cilindros
Limite de desgaste
bar
bar
14 a 15
10
15,2 a 17,2
10,6
reparadores e ajuda na hora marcha, calculando qual deveria ser a rota- Diferença máxima de com-
bar 3,00 3,00
ção do motor para qualquer velocidade. Se pressão entre os cilindros
de resolver os problemas de essa comparação não for plausível, detecta
reparação uma avaria no sistema, podendo entrar em Caso seja detectada uma divergência dos
modo de emergência, limitando o torque e a valores de pressão de compressão em algu-
potência entregue pelo motor. ma das medições nos cilindros, verifique a
vedação do mesmo através das análises dos
Tenho um Polo 2.0 com ABS que está seguintes componentes: anéis de segmento
cortando a ignição ou o combustível aci- Estou com um Volkswagen Gol Power que e compressão dos pistões, vedação e estan-
ma dos 3 mil giros, paralelamente perco apresenta dificuldade na partida, pois não queidade das válvulas de admissão e es-
o sinal da velocidade. Após alguns testes estabiliza e morre facilmente. Esta falha co- cape, empenamento do cabeçote, junta de
descobri que o defeito é decorrente de uma meçou após ter realizado a troca da correia vedação entre cabeçote e bloco do motor e
alteração nos pneus e rodas, quanto ao aro dentada. Qual poderia ser a causa deste de- dimensionamento dos cilindros através de
e o perfil. Por que o sistema não aceitou as feito? um súbito, seguindo os valores estipulados
rodas? Dimitrius Ventura Barreira nas tabelas abaixo:
Gil C. Dantas (Alagoinhas-BA)
A primeira checagem que Motores com os prefixos: UNF e BJF
Com a tecnologia de ABS deve ser realizada neste Especificações de pistões e cilindros
sendo implantada nos veí- caso é a verificação do sin- Especificações
Pistão-Ø
Ø interior do identificação
de retífica cilindro do cilindro
culos, os sensores de veloci- cronismo entre árvore de Fabricante
dade foram reposicionados manivelas e eixo de coman- Especificação
80,985 a 81,005 81,01 a 81,03 não há e 103
e passados da transmissão do de válvulas novamente, básica - mm
Retífica I - mm 81,235 a 81,255 81,26 a 81,28 126 e 128
para as rodas do veículo. O pois uma vez que a correia dentada foi tro- Retífica II - mm 81,485 a 81,505 81,51 a 81,53 151 e 153
cálculo da velocidade depende diretamen- cada, se o sincronismo entre estes dois ei- Retífica III - mm 81,985 a 82,005 82,01 a 82,03 201 e 203
te dos diâmetros externos dos pneus, pois xos não estiver correto o motor do veículo
basicamente através deles o perímetro de se comportará com muitas falhas, podendo CCRA
cada pneu é calculado através da fórmula: ocasionar até empenamentos ou quebras de Pistão e cilindro - dimensões
Perímetro = 2ϖR. Sendo ϖ aproximadamen- alguns componentes móveis do motor, como Medidas de retífica Pistão Ø - Rodapé
Fabricante Mahle
te π e R = o raio externo do pneu. O períme- válvulas de admissão e escape, por exemplo. Medida básica - mm 76,465
tro de cada pneu representa o deslocamento Uma vez garantido o correto sincronismo Retífica I - mm 76,715
Retífica II - mm 76,965
linear do veículo em cada volta do mesmo. do motor o que pode ser verificado é a com- Retífica III - mm 77,215
Isso significa que se o pneu tem um períme- pressão dos cilindros do mesmo. Para isto,
tro de 1m, a cada volta deste pneu o veícu- inicialmente iniba o funcionamento do sis- Pistão e cilindro - dimensões
lo tem o deslocamento linear de um metro. tema de injeção e ignição do veículo e reali- Medidas de retífica Pistão Ø - Rodapé
Fabricante Federal Mogul
Consequentemente, se o pneu gira uma vez ze a medição de pressão de compressão de Medida básica - mm 76,463... 76,477
a cada um segundo, a velocidade deste veí- todos os cilindros seguindo os dados da ta- Retífica I - mm 76,713... 76,727
culo seria de 1m/s. Uma vez que o diâmetro bela abaixo: Retífica II - mm 76,963... 76,977
Retífica III - mm 77,213... 77,227
externo do pneu é alterado, o perímetro do
Prefixo do Motor CCRA CFZA
mesmo também se altera. Desta forma, alte- Compressão dos cilindros bar 16,0 a 19,0 10,0 a 15,0 Pistão e cilindro - dimensões
rando também o sinal de velocidade enviado Limite de desgaste bar 11,0 7,0 Medidas de retífica Interior do cilindro Ø
Diferença máxima de com- Fabricante
para a unidade do ABS que por consequên- bar 3,0 3,0
pressão entre os cilindros Medida básica - mm 76,505... 76,515
cia é enviado para o painel de instrumentos Retífica I - mm 76,755... 76,765
erroneamente através de uma rede CAN. Prefixo do Motor BJF BWX Retífica II - mm 77,005... 77,015
Retífica III - mm 77,255... 77,265
Essa situação é ainda mais adversa quando Compressão dos cilindros bar 15,2 a 17,2 15,2 a 17,2
Limite de desgaste bar 10,6 10,6
o veículo é equipado com uma transmis- Diferença máxima de com-
Os dados de dimensões são relativos a pistões sem revestimento. Pistões
bar 3,00 3,00 que apresentem revestimento nos pontos de medição podem ser até
são automática ou automatizada, pois neste pressão entre os cilindros 0,030mm maiores em Ø, dependendo da quilometragem percorrida.
caso é possível identificar qual é a marcha
AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 9
OFICINA em DeSTAque

Mídias Sociais revelam as novas


estratégias de marketing das oficinas
Facebook, twitter, blog,
aplicativos para tablet e
smartphones conquistam clientes
e fazem do seu negócio um
sucesso na internet

Q ualquer tipo de empresa pode prosperar


usando de forma criativa as diferentes
possibilidades e ferramentas disponíveis na
internet. Basta apenas ter um computador
com acesso à internet e alguns conhecimen- Fabiano Patrone acessando a página do Facebook da Santa Oficina
tos, para apresentar sua empresa no mundo
digital. Falar de redes sociais em oficinas de De acordo com o reparador, o grande desafio nados e 10 em serviços de reparação. Utilizo
reparação é algo muito raro, porque a maioria de sua carreira está sendo administrar a ofici- somente peças originais e ainda estou próxi-
dos clientes chegam por indicação de amigos na e as redes sociais ao mesmo tempo. “Minha mo da concessionária da Volkswagen Diauto,
ou de pessoas que conhecem o reparador. As- esposa Erica Tavares administra a oficina e as e isto ajuda muito no momento de conseguir-
sim sendo, as mídias digitais tornaram-se im- redes sociais em paralelo comigo. Atualmente, mos uma peça rapidamente”, reforça Patrone.
portantes ferramentas de marketing para os uma simples busca no google já demonstra a
profissionais do setor. nossa forte campanha na internet”, afirma. A oficina
Segundo o reparador e proprietário da O empreendedor ressalta que recebe diaria- Fundada em 2009, a Santa Oficina - nome su-
Santa Oficina, Fabiano Patrone, com 19 anos mente e-mails com dúvidas e sugestões de anti- gerido pelo amigo Viktor devido aos “milagres
de experiência no mercado, a publicação dos gos e novos clientes. Além disso, segundo Patro- “que Patrone realizava nos carros - é uma me-
seus serviços nas plataformas sociais tem au- ne, todos os orçamentos são documentados por cânica sediada em São Caetano do Sul, na região
mentado a demanda de clientes, o que tornou e-mail. “Recebo todos os dias dezenas de e-mails do grande ABC, com larga experiência em repa-
esse tipo de atividade extremamente rentável e respondo todos com o maior prazer. Em alguns ração automotiva de veículos nacionais e impor-
para sua oficina. “Começamos a trabalhar o casos, entramos em contato com o cliente para tados. A oficina oferece serviços de manutenção
marketing digital depois que meus amigos apresentar uma rápida solução ao problema no preventiva, injeção eletrônica, discos e pastilhas
Rodrigo Brandão e Viktor Juncker, tiveram a veículo consultado. Também usamos o facebook e troca de óleo para veículos de passeio, pick-up
ideia de desenvolver um site completamente para postar comentários sobre peças, nossos ou frota.
diferente, voltado para divulgação de notícias serviços e novidades do setor. Colocamos no site
relacionadas aos serviços da oficina e minha matérias clipadas de sites parceiros, que ajudam
participação na Porsche Cup. A intenção ini- a tirar dúvidas de nossos leitores e ainda agre-
cial era fidelizar os clientes com propagação gam conhecimento técnico. Em meu blog, as
das informações nas redes sociais”, disse. postagens são em sua maioria matérias escritas
por mim com relatos importantes sobre injeção
eletrônica”, completa Fabiano Patrone.
“Os meios digitais se tornaram a O reparador explica que a interação com os
melhor ferramenta de divulgação visitantes nas redes sociais criou uma relação de
confiança e aproximou o cliente da oficina.
dos nossos serviços e vem sendo
“Nossa oficina é ampla e com boa estrutura
um negócio lucrativo para nós” organizacional para receber o cliente. Temos Proprietário da Santa Oficina, Fabiano Patrone, realiza a
capacidade para armazenar 20 carros estacio- restauração do motor do Volkswagen Passat

10 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


repArAçãO pASSO A pASSO

Geometria de direção: CApÍTulO 1:


Direção- conceitos

conceitos e características
e CArACTerÍSTICAS
CONSTruTIvAS
A geometria de direção vai muito

construtivas além do simples alinhamento das


rodas, ela influência diretamente
na segura condução do veículo e
também na vida útil de diversos
componentes - desde pneus até
amortecedores.

CApÍTulO 2:
prINCÍpIO De ACkerMANN:
COMO TuDO COMeçOu
Tudo na vida começa com
uma ideia, e foi em 1818 que
o alemão Rudolf Arckmann,
iniciou o estudo sobre geometria
da direção. Ele percebeu que
os ângulos da posição das
rodas são diferentes durante
a execução de uma curva e
que a variação destes ângulos
poderiam influenciar diretamente
na dirigibilidade do veículo.
A posição das rodas no solo é determinada pelos componentes do sistema de suspensão, direção, rodas, pneus e
resultantes de forças. A harmonia dimensional e posicional entre estes componentes físicos, geométricos e resultantes de
forças é expressa pelo comportamento direcional do veículo e pelo desgaste dos pneus

CApÍTulO 3:
Muitas vezes após reparar a suspenção de um veículo o mesmo
relAçõeS eNTre OS eIxOS
continua fora de suas condições ideais de uso, apresentando baixa
estabilidade, dirigibilidade ruim e pouca segurança na direção. FÍSICOS e GeOMéTrICOS DO
Quando isto ocorre, é possível que as causas destas irregularidades, veÍCulO
seja devido às deficiências na geometria da direção ou deficiências É importante entender que
no alinhamento e balanceamento de rodas. Sendo assim, é vital ao o princípio de Arckemann é
reparador compreender de maneira técnica e objetiva como e por desenvolvido em cima de dados,
sendo assim para ser aplicado de
que estes tipos de problemas ocorrem. Por conta disto, o estudo da maneira eficiente e prática, temos
geometria de direção é tão importante. Veremos a seguir, os conceitos que harmonizar o funcionamento
e suas principais características, quais fundamentos foram utilizados e de diversos componentes. Desta
como é feito o “famoso” princípio de Ackermann. maneira, conseguimos aplicar o
alinhamento ideal para cada tipo
de veículo.
AGOSTO
MAIO 2014
2013 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 11
repArAçãO pASSO A pASSO

CApÍTulO 1:
Direção- conceitos e características
CONSTruTIvAS
O desempenho dos automóveis da atualidade e as melhores condições de tráfego exigem do carro
performance superior para garantir dirigibilidade, estabilidade e frenagens seguras. A evolução da
geometria de direção e dos seus conceitos está entre as soluções. Hoje, para alinhamento das rodas, é
necessário equipamentos de tecnologia recentíssima, experiência e muita especialização profissional.

Q uando o assunto é geometria de direção, nor-


malmente se pensa na posição das rodas para
a condição de marcha. O objetivo é combinar a con-
dução segura do veiculo, anulando as tendências
direcionais, com a elevada vida útil dos pneus. Este
fundamento básico, atualmente é um tanto sim-
plista, em função da evolução dos conceitos sobre
o tema.
Hoje, com todos os recursos tecnológicos que
auxiliam nos processos produtivos dos veículos,
nas possibilidades de aplicação de novos materiais,
nos estudos individualizados em função das dinâ-
micas de cada produto, desenvolvimento de novos
sistemas de suspensão, direção e freios, ampliam- Suspensão four link (de quatro braços) do Passat Sistema de direção
se rapidamente as perspectivas de soluções, geran- Passat, além da convencional especificação de va- que o veículo seja conduzido para o sentido selecio-
do, a cada lançamento, novos elementos de analise lores mínimo e máximo, regulável pelas barras de nado pelo motorista e evitando que uma das rodas
e controle para geometria de direção. direção, existe também uma curva de valores que se arraste em relação às demais.
Foi assim com o raio negativo de rolagem, lan- varia em função do curso da suspensão. Esta espe-
çado na década de 1970 pela Volkswagen no Brasil. cificação, no Passat, é chamada de ponto S, e é ajus- Fundamentos - Inicialmente um sistema de di-
A combinação desta solução com o circuito de freio tável na junção de união da barra de direção com a reção deve apresentar respostas rápidas e seguras
em diagonal garante frenagens em linha reta, mes- manga de eixo. entre o volante e as rodas e retornar à posição de ro-
mo que o veiculo esteja com um dos pneus direcio- das alinhadas a frente após a realização de ângulo
nais murchos. Este efeito modificou o paradigma Um pouco sobre o sistema de direção de esterçamento. A transformação do movimento
que dizia, na época: “Ao murchar um pneu, a ten- Do nosso ponto de vista, o tema geometria de rotativo em linear é feita pelo conjunto pinhão e cre-
dência do veiculo é girar em torno da roda que está direção é tratado erroneamente como geometria da malheira. Como resultante desta relação teremos, a
com baixa pressão”. suspensão. Para nós, o correto é dizer que a suspen- cada volta do pinhão, um deslocamento linear cor-
Outro exemplo que retrata bem esta situação são tem interferência no comportamento direcio- respondente na cremalheira. E o movimento line-
é a geometria de direção do Passat, só que, agora, nal do veículo, pois seus componentes influenciam ar da cremalheira será novamente convertido em
nos referimos às versões lançadas a partir de 1997: na posição das rodas e na estabilidade do auto- angular pela junção manga de eixo e pino-mestre,
este carro possui valores de convergência e cáster móvel. Porém, quando tratamos das posições das resultando no esterçamento das rodas.
que variam em função do curso da suspensão e da rodas e eixos para a condição de marcha, estamos Assim, a movimentação no volante em valor an-
altura do veículo. Tudo isso tem o objetivo de evitar trabalhando com o sistema que deve garantir que o gular corresponde a um determinado movimento,
que a roda, ao passar por depressões acentuadas, veículo siga a trajetória desejada pelo motorista em também em valor angular, nas rodas. Isto resulta
seja forçada, por falta de curso ou comprimento na qualquer condição de condução (aceleração, desa- na relação de “desmultiplição” do sistema de dire-
barra de direção, a uma tendência direcional. E im- celeração e frenagem), tanto em linha reta quanto ção, que atua de duas formas: modifica o esforço do
pede que a barra de direção “puxe” a manga de eixo ao descrever curvas, por isso, adotamos como título motorista ao volante, ou altera o ângulo de esterça-
durante a distensão da suspensão. Geometria de direção. mento nas rodas. Para diminuir o esforço do con-
Isto pode ocorrer num veículo convencional Assim, antes de detalhamos o assunto, é funda- dutor, é necessário reduzir o diâmetro do pinhão,
porque, com a distensão total da suspensão, a barra mental conhecer algumas características impor- o que eleva a altura dos dentes da cremalheira. Este
de direção pode ser puxada, ficando “curta” para tantes dos sistemas de direção, pois, influem di- recurso exige mais voltas no volante para se reali-
este regime. Desta forma, para a convergência do retamente na estabilidade de marcha, permitindo zar um mesmo ângulo de esterçamento nas rodas

12 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


(com o pinhão menor, são necessárias mais voltas corresponde a um ângulo de esterçamento 20 ve- Todas essas variáveis interferem no comporta-
no volante para o mesmo deslocamento linear da zes menor na roda (neste caso, 18°). Quanto maior mento direcional do veículo e são consideradas na
cremalheira). a relação de “desmultiplicação”, menor o esforço ao determinação da geometria de direção por meio
O que mostramos volante, porém, será necessário maior número de de exaustivos testes em pistas especiais com piso
pode tornar o dirigir voltas para a obtenção do mesmo ângulo de ester- secos, molhados, mistos, tráfego em superfícies
uma operação descon- çamento, comprometendo a rapidez da manobra e de vidro, medições com sensores de carga etc. Esta
fortável, daí a vantagem a precisão da resposta (sensibilidade de condução). explicação nos dá a dimensão da importância para
do sistema de direção Tal consideração é importante porque um sis- a geometria de direção de uma simples regulagem
hidráulica. Enquanto tema de direção combinado com boa geometria e dos rolamentos que determinam a folga do cubo
num sistema mecânico suspensão não devem transmitir ao volante as ir- das rodas.
é necessário muito mais regularidades da pista. Mas o motorista deve ter a É importante levarmos em conta que, adicional-
do que duas voltas no sensação de contato entre a pista e o pneu para que mente às forças de tração, frenagem e das massas,
volante para, a partir do o conjunto lhe passe segurança. um pneu também é submetido à força centrífuga
centro, realizar uma ma- que atua nas rodas, deformando o pneu no sentido
nobra de esterçamento As forças que atuam no veículo e nas rodas radial, de maneira que, quando o sentido de direção
total, num sistema de di- Para definir as especificações da geometria de é modificado, a deformação resultante atua na roda
reção com servo-assis- direção devemos, além de considerar a harmonia como força lateral pela ação da força centrífuga da
tência hidráulica, a mes- dimensional entre os fundamentos relativos às po- mesma. Somando-se este grupo de forças, obtemos
ma manobra é realizada sições dos eixos que definem a posição das rodas, um diagrama conhecido com círculo Kamm.
Um sistema de direção com pouco mais de uma levar em conta o comportamento dinâmico do veí-
mecânica exige muitas
voltas ao volante para a
volta (também a partir culo e das rodas propriamente ditas. Esse compor-
realização dos ângulos de da posição central do vo- tamento está diretamente ligado ao deslocamento
esterçamento nas rodas lante). A servo-assistên- das massas que ocorre ao frear, trafegar com car-
cia hidráulica fornece a ga total ou descrever curvas. Numa frenagem, por
força adicional para a realização da manobra, pos- exemplo, o deslocamento das massas para o eixo
sibilitando o uso de pinhões maiores. Na essência, dianteiro pode modificar a posição do cáster, ele-
essa relação entre o movimento angular do volante vando a carga de trabalho sobre as rodas de diretri-
e do esterçamento nas rodas é representada pela zes, deixando o sistema mais sensível às oscilações
“desmultiplicação” do sistema de direção. Trata-se laterais. Porém, este comportamento se modifica
do quociente entre esses valores. Se, por exemplo, completamente com o porta-malas do veículos car-
numa volta completa do volante (360°) se obtém um regado. A redução de altura da traseira é respondida
ângulo de esterçamento na roda que corresponde a proporcionalmente por uma elevação no eixo dian-
18° dizemos que a relação de “desmultiplicação” é teiro, resultando em um novo ângulo de cáster, que
360/18 (a cada 360° girados no volante, obtém-se 18° pode reduzir a sensibilidade ao volante, deixando a A roda deve manter seu curso, mesmo sob influência da
de esterçamento nas rodas). Este dado resulta numa direção muito leve, mesmo com o carro transpor- força centrífuga que tende a desviá-la para o lado externo
da curva. Este esforço é chamado força lateral
relação de 20:1 ou seja: uma volta de 360° no volante tando cargas. São as forças que atuam no veículo
influenciando o comportamento da suspensão e da Se a força lateral (resultante da força centrí-
geometria de direção. fuga que tende a tirar a roda do sentido dirigido)
Os ângulos da geometria de direção também permanecer dentro da área do círculo Kamm, o
são dimensionados para atuar nas rodas, equili- atrito do pneu será suficiente para manter a ade-
brando as forças dinâmicas que agem diretamente rência na estrada e o veículo permanecerá estável.
nelas, como a de aplicação de torque (tração), a for- Se a resultante ou uma das forças se estender para
ça da gravidade, a centrífuga das rodas (forças late- fora do círculo, ocorre o deslizamento do pneu e o
rais), a força de atrito entre pneu e a pista, e a força veículo ficará instável. Esta resultante de força que
de frenagem. sai do círculo Kamm colabora para a tendência di-
recional. Tais forças são estudadas e compensadas
pelos ângulos posicionais das rodas para garantir o
correto comportamento dinâmico no piso e a ade-
rência adequada, com paralelismo entre as rodas e
a concentricidade ao descrever curvas.
Quando as forças não são compensadas pelos
ângulos da geometria de direção, a resultante for-
ça lateral, por exemplo, deforma elasticamente os
pneus, desviando da trajetória definida pelo condu-
tor. Nesta condição, surge o ângulo de deriva- que é
1. Força de tração - 2. Força de frenagem (se opõe a força a diferença entre a trajetória teórica (definida pelo
de tração) - 3. Força lateral (força centrífuga que atua no
sistema de direção) - 4. Força de adesão (resultante da
condutor) e a direção seguida pela roda- e o veículo
força de atrito e da gravidade) apresenta tendência direcional.

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 13


repArAçãO pASSO A pASSO

CApÍTulO 2:
prINCÍpIO De ACkerMANN: COMO TuDO
COMeçOu

A preocupação com os ângulos posicionais


das rodas começou muito antes da invenção
do automóvel. Em 1818, o inventor alemão Ru-
ângulo maior do que o da esquerda. O mesmo
acontece ao se descrever uma curva para a es-
querda: a roda esquerda faz um ângulo maior do
dolf Ackermann registrou a patente de um dis- que a direita.
positivo de direção que denominou “o princípio
de direção geometricamente correta”, segundo
o qual quando um veículo percorre uma curva,
as suas rodas devem descrever segmentos de cír- Sistema de direção com princípio de Ackermann
culos concêntricos. Se uma roda descrever uma
trajetória diferente, tenderá a derrapar o corres-
pondente à diferença das trajetórias, resultan-
do no desgaste do pneu por arraste e perda de
atrito na roda que desliza. Num sistema de dire-
ção simples, de atuação no eixo e não nas rodas,
para se conseguir este efeito de concentricidade
é necessário realizar um grande ângulo no eixo
direcional, tornando a operação de manobra
desgastante, demorada e de baixa segurança. Em linha reta, o afastamento mais longo é representado
pela distância existente entre os pontos de esterçamento
das rodas. O afastamento mais curto é representado pela
distância entre os pontos de acionamento das barras de
direção

O pino-mestre de direção e os ângulos da


O sistema de direção baseada no princípio de Ackermann geometria
utiliza mangas de eixo para o esterçamento das rodas
Como já vimos, o termo geometria de dire-
independentes (para cada lado), cujo objetivo é fazer com
que as rodas descrevam circunferências concêntricas ção se refere ao conjunto de grandezas geomé-
tricas que definem a posição relativa das rodas
A aplicação deste princípio faz com que as para combinar a condução segura do veículo,
Mecanismo mais simples de direção - o eixo da frente linhas imaginárias que passam pelos eixos de anulando as tendências direcionais, com o au-
roda em torno de um eixo central. As rodas giram em volta todas as rodas, da frente e de trás, passem tam- mento da vida útil dos pneus. Para atingir esses
do mesmo centro
bém pelo mesmo ponto ou muito próximo deste, objetivos nas mais diversas condições de uso,
Com este conceito era necessário que o eixo o qual deverá corresponder ao centro da curva teoricamente esses ângulos devem fazer com
dianteiro girasse parcialmente em torno de um que o automóvel irá descrever. Para obter este que as rodas trabalhem perpendiculares à via
ponto central (pivô). Nesta condição, se fazia neces- efeito, a roda dianteira do lado de dentro da cur-
sário um grande movimento angular do eixo dian- va deve ser mais esterçada do que a outra, o que
teiro. Para resolver o problema, segundo o princípio se consegue com o auxílio da geometria do sis-
Ackermann, o eixo direcional (dianteiro) passou a tema de direção, relacionando-se o afastamento
trabalhar fixo e os movimentos de esterçamentos entre os pontos de centro para os esterçamentos
passaram a ser individuais, por roda, usando as das rodas dianteiras e o afastamento entre os
conhecidas mangas de eixo independentes no eixo pontos de acionamento das barras de direção.
dianteiro. Esta solução com a geometria do trapézio (Veja ilustração acima).
da direção, fez com que uma roda esterçasse mais Como o afastamento entre os pontos de
do que a outra ao descrever curvas, dando concen- atuação da barra de direção é mais curto que o
tricidade aos diâmetros de giros, segundo o princí- existente entre os pontos de esterçamento das
pios de Ackermann, que foi aplicado num automó- rodas (trapézio), a roda direita (descrevendo-se Ao descrever uma curva para a direita, a roda do lado
vel francês em 1878 por Jeantaud. uma curva para a direita), move-se segundo um direito esterça mais do que a da esquerda

14 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


de tráfego e tenham suas faixas de rolamentos Inclinação do pino-mestre da direção - Ao Nas suspensões McPherson, o pino-mes-
tangentes à trajetória do veículo. Este conceito, se esterçar uma roda, esta é movimentada ra- tre não é uma peça física, mas, geométrica.
um tanto óbvio, é incompleto, pois existem ou- dialmente em torno de um centro, semelhante Nelas, o esterçamento das rodas acontece
tros requisitos que devem ser atendidos porque ao que acontece quando se usa um compasso. girando a coluna de suspensão praticamente
algumas condições devem ser respeitadas, em Para descrever um círculo com um compasso, em torno do seu eixo, tendo, como segundo
nome de segurança de tráfego e em função dos deve-se apoiar uma agulha (chamada de pon- ponto de apoio, a ponteira de articulação ins-
seguintes motivos: ta seca) no papel e girar o grafite no diâme- talada no braço da suspensão (braço triangu-
-O movimento das rodas direcionais, por tro desejado. O pino-mestre da direção tem a lar ou bandeja). Projetando-se uma linha que
exemplo, deve retornar automaticamente à po- mesma função da ponta seca do compasso: é ligue o centro da haste do amortecedor, pas-
sição de marcha retilínea, o que serve para que o o centro de giro para formação do raio de es- sando pelo centro da ponteira de articulação
motorista sinta a posição assumida pelas rodas terçamento das rodas diretrizes. Pode ser físi- e projetando-a até o solo, teremos a linha de
diretrizes, após a manobra; co, como acontece na Kombi, ou geométrico, centro do pino-mestre da direção na suspen-
-Ao trafegar por vias acidentadas, a movi- como nos demais modelos Volkswagen. são McPherson. A distância entre os dois pon-
mentação vertical da roda em relação ao veícu- Projetando-se o centro do pino-mestre no tos é o raio de rolagem direcional.
lo certamente ocorre nos limites dos cursos da solo e traçando-se uma linha de centro que
suspensão (superior e inferior). Este trabalho da determine o eixo vertical central da roda, te-
suspensão deve ocorre sem influenciar no posi- remos dois pontos. O afastamento entre eles
cionamento da roda em relação ao solo, nem dar forma um raio de rolagem direcional. Rela-
golpes no volante; cionando-se a inclinação do pino-mestre com
o plano central vertical da roda, consegue-se
modificar a suavidade da direção para redu-
zir o esforço do motorista ao orientar as ro-
das diretrizes, bem como facilitar o retorno
destas à posição de marcha a frente(posição
inicial).
Com base nesta análise, é mais fácil en-
tender porque a inclinação do pino-mestre
da direção influencia na facilidade de ma-
nobra e no retorno do volante à posição cen-
tral. Quanto menor a alavanca de resistência
(braço de alavanca do raio de rolagem dire-
cional), menor o esforço a ser aplicado no
volante. Este efeito também deve ser anali-
sado pensando-se que uma roda direcional
pode encontrar um obstáculo ao rolamento.
Aplicando-se um raio de rolagem de alavan-
ca elevada, certamente se sentirá um golpe ao
volante que dificilmente poderá ser neutrali-
O pino-mestre permite a movimentação radial da manga zado pela força do motorista, o que, decerto,
de eixo (raio de esterçamento da roda) em relação aos resultará em mudança brusca de direção.
braços da suspensão

-A posição da roda em relação ao solo não As forças que agem na banda de rodagem são
multiplicadas pelo braço de alavanca, formando a força
deve ser influenciada pelas forças que atuam de resistência ao esterçamento feito no volante
nela. Prevendo posicionamentos, que conside-
rem as deformações da banda de rodagem ou
banda lateral dos pneus para impedir o surgi- Raio de rolagem direcional positivo ou ne-
mento do ângulo de deriva que resultará em ten- gativo- Nos veículos com suspensão McPher-
dência direcional. son, para se modificar a dimensão do raio de
Para atender a esses requisitos e outras va- rolagem direcional é necessário mudar a in-
riáveis que surgem durante o desenvolvimento clinação da coluna de suspensão no sentido
do projeto, o engenheiro automotivo lança mão transversal do veículo (para dentro, eleva-se
dos recursos angulares da geometria de direção o raio de rolagem e para fora, diminui). Com a
que são representados pelas diversas variáveis alteração posicional da coluna para o centro
que definem a posição das rodas em relação ao do veículo, a projeção do eixo do pino-mestre
Para o esterçamento das rodas é necessário vencer a
solo e pela posição do pino-mestre da direção alavanca de resistência formada pelo ponto de projeção no solo aproxima-se do centro da banda de
em relação aos eixos longitudinal e transversal do eixo do pino-mestre no solo e o centro de contato da rodagem do pneu, podendo até ultrapassar
do veículo. banda de rodagem esta posição.

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 15


repArAçãO pASSO A pASSO
Com este conceito, do raio de rolagem negativo pode ser alterada, pelo centro do pino-mestre da direção. A prin-
podemos dizer que o ou até anulada, quando se troca um aro de roda cipal finalidade do ângulo de cáster é manter as
raio de rolagem pode por outro que não atenda às especificações di- rodas retas para a frente, resultado da força apli-
ser positivo (localiza- mensionais previstas para o veículo. Afirmamos cada ao eixo e ao grau de inclinação.
do do centro da banda isto porque uma das especificações importantes
de rodagem do pneu para as rodas é chamada de off set, normalmen-
para o lado de dentro te representada pelas letras ET seguidas de um
da bitola das rodas) ou numero (por exemplo : ET 38). Essa especifica-
negativo (do centro da ção representa a distância, em milímetros, entre
banda de rodagem do a flange de apoio da roda no cubo até o centro da
pneu para fora). Ana- banda de rodagem do pneu. No exemplo dado, a
lisando o comporta- medida e 38 mm. Alterando-se a especificação
mento dinâmico da muda-se também a localização do centro da roda
Nos veículos Volkswagen, roda com raio de rola- e, consequentemente, o raio de rolagem, poden-
o braço de alavanca fica gem direcional positi- do até modificá-lo de negativo para positivo.
deslocado para fora do vo, a alavanca formada
centro do contato do pneu pelo raio de rolagem
com o solo, característica sempre deverá ser ven-
que chamamos de raio
negativo de rolagem cida pelo sistema de
direção. Quando uma
das rodas direcionais encontra um obstáculo,
esta força é facilmente sentida no volante, em
função do momento de torque gerado.

Quando o eixo do pino-mestre da direção está inclinado


para a parte traseira do veículo, dizemos que o cáster é
positivo. Quando a inclinação é para a parte dianteira da
roda, o cáster é negativo

O ângulo de cás-
ter gera uma força
Durante o desenvolvimento do projeto, essa solução
de reação no senti-
é calculada para concentrar a carga de trabalho nos
rolamentos e atuar na geometria da direção, em função do do de marcha do ve-
raio de rolagem direcional ículo, proporcional
à carga que atua no
Nos equipamentos de alinhamento, a inclinação do pino- Portanto, para a avaliação do raio de rolagem pino-mestre da di-
mestre no sentido transversal é conhecido como KPI (King direcional no veículo, é fundamental que as ro- reção. Tal força se
Pin Inclination - inclinação do pino-mestre) das respeitem a especificação para o produto, aplica no ponto de
particularmente, a distância off set. A especifi- interseção do eixo
O raio negativo da rola- cação é conhecida como KPI (King Pin Inclina- do pino-mestre com a pista. Quando a roda é
gem neutraliza essa carate- tion - inclinação do pino-mestre) porque é esta esterçada, o ponto de interseção se separa do
rística. Seu efeito pode ser a grandeza medida, e não o raio de rolagem. eixo tangente e logitudinal da roda com a pista.
sentido quando uma das Por exemplo, uma Parati com direção mecâni- Assim, surge um braço de alavanca transversal,
rodas apresenta um coefi- ca possui uma inclinação de 12°15’ (12 graus e 15 efeito que gera um torque no sentido contrário
ciente de atrito ou de arraste minutos) no eixo do pino-mestre da direção em ao de esterçamento, dependendo do tamanho
muito elevado (semelhante relação ao plano vertical da roda. da alavanca e do sentido da força. É ele que recu-
ao que acontece quando um pera a posição de linha reta à roda.
pneu murcha). Quando o ve- Cáster - Até aqui abordamos a inclinação do
ículo trabalha com raio po- pino-mestre no sentido transversal do veículo Cambagem ou câmber - É o ângulo da geo-
sitivo de rolagem, a tendên- (KPI). Do mesmo modo que analisarmos essa metria de direção mais famoso e geometrica-
cia natural é que este gire inclinação, temos que estudar a inclinação do mente menos conhecido. Fisicamente, trata-se
em torno da roda cujo coeficiente de arraste está pino mestre no sentido longitudinal. Quando da inclinação lateral da roda em relação a sua
mais elevado. Com o raio negativo de rolagem, fazemos isto, estamos falando do cáster. linha de centro vertical. No princípio do siste-
a alavanca que se forma faz com que a roda seja Detalhando a informação, visto pela lateral ma de transporte por carroças (tração animal),
forçada a abrir, evitando a derrapagem de trasei- do veículo, o ângulo de cáster é dado pelo ân- se utilizavam grandes rodas raiadas para vencer
ra do veículo. gulo formado pela linha vertical que passa pelo as “toscas” estradas da época. Uma roda menor
É importante destacar que a característica centro da roda dianteira e pela linha que passa facilmente ficaria presa num buraco. Esta condi-

16 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


ção resultava em frequentes fraturas dos raios, veiculo sempre ocorre para lado de maior cam- o paralelismo das rodas. A convergência visa
devido a deficiência de distribuição da carga. bagem. Por isso é essencial seguir as especifi- compensar essas variações. Trata-se do ângulo
Como alternativa, surgiram as rodas com dupla cações à risca, e que a diferença da cambagem formado entre linha de centro da banda de ro-
fileira de raios, semelhante ao que se aplica ain- entre os lados no mesmo eixo seja a menor possí- dagem do pneu e a linha que passa longitudinal-
da hoje nas rodas das bicicletas. Isso melhorou a vel. Os valores de cambagem podem ser positivo, mente ao centro dos eixos.
distribuição da carga, mas, ainda não resolveu negativo ou neutro. A convergência será positiva quando as ro-
a mudança de concentração desta quando o ve- das estiverem voltadas para o centro da linha
ículo era carregado. Em geral, a carga defletia o longitudinal, em sentido de marcha, e negativa,
eixo, fazia com que as rodas trabalhassem com quando a linha central da banda de rodagem
contato irregular entre o pneu e a pista e ainda do pneu estiver para fora da linha longitudinal,
forçava a condição de trabalho do mancal de em movimento (este ângulo negativo também é
deslizamento e, mais tarde, de rolamento. chamado de divergência).
Fora da especificação a convergência cau-
sa desgaste irregular, do tipo escamado, nos
pneus. Em geral, veículos de tração dianteira
trabalham segundo uma convergência negativa
porque a tração tende a fechar as rodas. Naque-
les de tração traseira, a convergência é normal-
mente positiva porque as rodas tendem a abrir
Ângulo incluído - Num carro com suspensão ao trafegar em linha reta.
Variação da cambagem em função do peso independente, que trafegue em piso de diferen-
tes alturas, durante o trabalho, rodas do mesmo
A Cambagem ou câmber foi a resposta a es- eixo podem assumir uma posição de cambagem
ses problemas. Trata-se do ângulo formado en- muito diferente das opostas. Essas variações de
tre a linha, vertical perpendicular ao solo e a que cambagem podem gerar uma tendência direcio-
passa pelo centro da banca de rodagem do pneu. nal. Somando-se a inclinação do pino-mestre da
Dando-se uma inclinação às rodas, de forma direção(KPI) com a cambagem, temos o ângulo
que fiquem com a parte superior para fora, ao se incluído determinado para inibir essa tendência.
carregar o veículo, estas assumem uma posição É um efeito de especial importância porque, so-
mais perpendicular ao solo, reduzindo a carga mando-se a cambagem com a inclinação do pino-
sobre o pino-mestre da direção e os rolamentos mestre, obtém-se alavancas que alteram o raio de
das rodas. rolagem. Convergência positiva
O ângulo de cambagem facilita o giro do Quando a suspensão de um dos lados é for-
volante, ao reduzir a carga de trabalho sobre o çada para cima, a cambagem da roda tende ao
pino-mestre da direção e rolamentos das rodas. negativo e a inclinação do pino-mestre, a au-
Quando a roda está inclinada, a banda lateral do mentar para o positivo. Isto faz com que o raio
pneu se deforma devido ao seu peso e intensida- de rolagem seja reduzido, minimizando as in-
de da inclinação. A deformação dá a roda uma fluências de obstáculos a serem vencidos pelas
conicidade que impedirá que esta siga em linha rodas no comportamento direcional.
reta. Isto acontece porque o raio de giro varia e o
contato do pneu com o solo apresenta diferentes
diâmetros (conicidade), fazendo com que a roda
tenda a descrever um círculo em torno do vérti-
ce do ângulo determinado pela conicidade.
O resultado
disto é um des-
gaste concen- Convergência Negativa (Divergência)
trado no ombro
externo do pneu,
fazendo com que
o veículo tenha
tendência dire- O ângulo incluído é obtido da soma do valor da
cional. É impor- cambagem com o KPI
tante destacar
que, em função Convergência - Como já foi comentado, du-
desta caracterís- rante a marcha do veículo surge uma série de
tica, a tendência forças nas rodas que, combinadas com os ân-
direcional de um gulos de cambagem, cáster e KPI, modificam Paralelismo entre as rodas

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 17


repArAçãO pASSO A pASSO

CApÍTulO 3:
relAçõeS eNTre OS eIxOS FÍSICOS e
GeOMéTrICOS DO veÍCulO

C omo vimos, para que o princípio de Acker-


mann funcione perfeitamente é necessária
uma harmonia posicional entre as rodas, defini-
cada roda traseira) à frente do veículo, veremos
que essas linhas se encontram num ponto que
podem estar mais á frente ou mais próximo do
Este dado é funda-
mental para análise da
tendência direcional,
da pela distância entre eixos, bitola das rodas e veículo, dependendo do valor das convergências que define a linha na
ângulos de esterçamentos individuais para cada das rodas traseiras. qual o veículo deve tra-
roda direcional. Isto resolve a questão de arraste fegar, ou seja: o eixo de
das rodas ao descrever curvas, mas não evita a rolamento do veículo.
tendência para um dos lados, quando o veículo Por isso, podemos di-
trafegar em linha reta. Para atender a este re- zer que a trajetória do
quisito, é necessário uma harmonia posicional veículo é definida pelo
entre eixos físicos (dianteiro e traseiro) que defi- eixo traseiro e não pelo
nirão geometricamente outros eixos em relação dianteiro, como nor-
ao plano de rolamento do automóvel. malmente se pensa.
É importante entender que esses dados não Este último só define
são apenas teóricos e não interessam somente a direção a ser tomada
aos engenheiros projetistas do automóvel. Trata- pelo veículo, depen-
se de uma especificação importante para o dia a dendo da escolha do
dia da oficina de alinhamento e só pode ser ob- motorista. Portanto e
tida para análise usando equipamentos de geo- concluindo, estando
metria mais elaborados como os que possuem tudo bem com a geo-
oito sensores (dois por roda) ou alinhadores 3D. metria de direção do
O eixo geométrico do veí-
A geometria de direção começa a ser avaliada a veículo, sua trajetória é
culo é dado pela projeção
partir destas referências, que são: o plano cen- definida pelo eixo geo- da convergência das rodas
tral longitudinal e o eixo geométrico do veículo. métrico, cuja projeção traseiras. A interseção entre
é dada pela convergên- as duas linhas medianas das
Plano central longitudinal - É definido como cia das rodas traseiras. rodas deve ocorrer no eixo
Partindo do princípio teórico que considera as rodas perfei- central longitudinal
um plano que divide o veículo exatamente ao Caso ocorra um
meio, no sentido longitudinal, portanto, central tamente perpendiculares ao solo e paralelas entre si, o pla- desvio entre a perpen-
no central longitudinal divide ao meio a bitola das rodas.
vertical, longitudinal e perpendicular aos eixos Com isto, temos a perfeita simetria dimensional no veículo
dicular do eixo trasei-
dianteiro e traseiro do veículo, dando origem a ro e o plano central,
metades longitudinais. Tem como principal fi- Este ponto de projeção também pode estar modifica-se o valor de
nalidade determinar o paralelismo das rodas à direita ou à esquerda do plano central longi- convergência em re-
dianteiras e traseiras em relação ao eixo longitu- tudinal, dependendo da inclinação do eixo tra- lação ao eixo central.
dinal do veículo, definindo a equidistância entre seiro ou da convergência individual (uma roda Este valor será positivo
os lados esquerdo e direito e dos entre-eixos dos com convergência muito diferente da outra, ou quando a projeção do
dois lados. até divergente, modifica a projeção do ponto de eixo geométrico estiver
encontro das convergências das rodas trasei- à esquerda do plano
Eixo geométrico do veículo - A relação geo- ras). Unindo-se o ponto de encontro da projeção central longitudinal, e
métrica entre o plano central longitudinal e o mediana das rodas traseiras e o centro do eixo negativo, quando a pro-
eixo traseiro é um dos pontos que modifica um traseiro, teremos uma linha que chamaremos de jeção encontra-se à di-
falso paradigma alimentado há anos. Tão im- eixo geométrico do veículo. reita do plano central.
portante quanto os valores de geometria do eixo Teoricamente o encontro destas linhas de O ângulo formado
dianteiro, são aqueles obtidos no eixo traseiro. projeção, dadas pela convergência das rodas entre os eixos central e
Esta afirmação é verdadeira porque, projetando- traseiras, deve ocorrer à frente do veículo, exa- geométrico do veículo, Plano central longitudinal
se a linha média posicional das rodas traseiras tamente na linha que representa o plano central por não estar alinha- do veículo e distância entre
(considerando a convergência individual em longitudinal. do com o plano central eixos

18 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


longitudinal, faz surgir um ângulo de reação as ocorrências particulares a cada veículo. Tra-
que tira o veículo da trajetória em linha reta. fegando em linhas reta, os esforços laterais são
Assim, um desvio do eixo traseiro em relação mínimos nas rodas traseiras, porém, quando
ao plano central longitudinal modifica o ponto se faz uma curva, a roda oposta a esta é o pon-
de projeção da convergência das rodas trasei- to de apoio para a tendência sobresterçante do
ras, causando uma tendência de giro continua e veículo (sair de traseira). Este ponto de apoio
contraria ao lado em que se produz o desvio do modifica a posição relativa do eixo traseiro, al-
eixo traseiro. terando, portanto, o eixo geométrico do veículo
Nestes casos, este eixo dita a tendência dire- e gerando um novo eixo de rolamento, ou seja,
cional do veículo. uma nova tendência direcional a ser corrigida
A inclinação ou desalinhamento do eixo tra- pelo motorista.
seiro em relação ao plano central do veículo, Isto ocorre porque os mancais de fixação do
além da tendência direcional, também é facil- eixo traseiro, normalmente feitos de borracha
mente notada pelo desalinhamento do volan- vulcanizada sobre metal e conhecidos como si-
te de direção. No novo Polo, por exemplo, para lent block (blocos de silêncio), devem permitir o
cada minuto (1’) de desalinhamento do eixo trabalho do braço da suspensão que transforma
traseiro, se faz necessária a correção do volan- o movimento vertical da roda em movimento
te em torno de 16 minutos e 15 segundos(16’15”). radial no braço da suspensão. Por isso, esses
Neste veículo, a inclinação máxima do eixo geo- mancais possuem uma parte vazada (sem bor-
métrico está limitada em 20 minutos (20’), con- racha) e outra cheia, o que, ao mesmo tempo em
sequentemente, para correção deste, será ne- que garantem a flexão necessária para o traba-
cessário o deslocamento do volante 6°56’ (cada lho do braço da suspensão, agem como ponto de
dente da coluna de direção permite a defasagem deformação quando submetidos a forças laterais
em 4°12’). Portanto, é mais um dos paradigmas a nas rodas, desviando o eixo traseiro. Para inibir
ser analisado. Ao identificar um volante desali- este efeito, foram desenvolvidos novos mancais
nhado, não basta simplesmente reposicioná-lo. silent block de fixação para o eixo traseiro, cujo
Deve-se, primeiro, corrigir a geometria de dire- objetivo é garantir a posição de trabalho, mesmo
ção para depois reposicionar o volante. ao descrever curvas acentuadas e com o veículo
carregado. São mancais bipartidos, assimétri-
cos e, portanto, possuem posição de montagem
para garantir o alinhamento do eixo traseiro em
relação ao veículo.

Este tipo de mancal é bipartido e possui posição de mon-


tagem característica (o mancal externo é montado com a
parte cheia voltada para trás e o interno, com a outra para
a frente do veículo), só encontrada nos veículos cuja potên-
cia do motor ultrapasse 99 cavalos

Mancais com essa característica construtiva


evitam a ocorrência do desvio do eixo traseiro
quando o veículo descreve curvas e garantem a
posição do eixo geométrico do automóvel o mais
próximo possível do plano longitudinal central.
Nos modelos Polo, Fox, Golf, Beetle e Bora, no-
tamos que a fixação do eixo traseiro na carroce-
ria é feita num ângulo de aproximadamente 25°
em relação ao eixo traseiro. Isto faz com que o
momento de força aplicado à roda durante as
O ângulo de reação ou empuxo, além da tendência dire-
curvas, seja sensivelmente reduzido, em função
cional, também pode provocar um desgaste irregular nos
pneus traseiros do braço de alavanca em ação, o que minimiza o
desvio do eixo traseiro.
Este conceito explica, com detalhes, a in- Tal fato, contudo, não dispensa o uso de um
fluência do eixo traseiro no comportamento mancal que iniba o desvio do eixo. Por isso, os
direcional do veículo. Os engenheiros envidam Em geral, ao descrever curvas, um veículo recebe no eixo cincos modelos citados também possuem man-
traseiro um esterçamento natural, devido à força lateral
energia para desenvolver novos valores dimen- (centrífuga) exercida em curvas. Este efeito provoca a fuga cais de silêncio com essa finalidade e que, de-
sionais e resultantes de forças para que as influ- da traseira, aumentando o esterçamento, e modifica o pon- vido às posições cheias e vazadas de borracha,
ência sejam mínimas, considerando as massas e to de projeção do eixo geométrico do veículo também devem ser montados segundo posição

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 19


repArAçãO pASSO A pASSO
pré-estabelecida, definida por marca na peça e uma roda possa fica mais recuada em relação
no alojamento do eixo traseiro. à outra, alterando a distância entre eixos e os
Apesar de sempre se dizer que, no eixo tra- valores de cáster.
seiro, os valores angulares são apenas possí- Mais conhecido como set back, o desvio
veis de inspeção e não de regulagem, os furos do eixo dianteiro é formado pelo ângulo en-
de fixação do eixo na carroceria permitem tre o plano central longitudinal e a linha que
reposicionamentos, corrigindo valores de intercepta o solo no centro da banda de roda-
convergência. Nas famílias Gol e Santana, o gem das rodas dianteiras, caracterizando que
eixo é fixado à carroceria por uma flange de uma delas está mais recuada ou avançada que
união. Um parafuso central une o eixo à car- a outra.
roceria. A fixação só deve ser apertada com o
veículo no solo, pois, apertos com o mancal
tensionado modificam a altura do veículo e,
consequentemente, a convergência traseira.
Com o eixo removido, a flange deve ser aper-
tada nele formando um ângulo de 6°.
A flange de união do eixo com a carroce-
ria possui furos superdimensionados para
permitir correções nos valores da convergên-
cia traseira (valor total da convergência) e no
deslocamento lateral do eixo traseiro. Esses
furos recebem os prisioneiros que fixam o
Mancal de fixação do eixo traseiro eixo à carroceria. É o deslocamento transver-
(Polo, Fox, Golf, Beetle e Bora) sal do eixo, ou no sentido rotacional deste,
que se consegue corrigir os valores de conver-
gência total traseira. Essa razão para que as
especificações deixem de ser avaliadas isola-
damente, por roda, e passem a ser analisadas
no valor da convergência total.

Posição de montagem do mancal de fixação do eixo trasei-


ro (Polo, Fox, Golf, Beetle e Bora)

Set back (desvio do eixo dianteiro)

Para a análise do set back, deve-se enten-


der que a medição é feita em relação à roda
dianteira esquerda. Quando a roda dianteira
direta está à frente da esquerda, convencio-
nou-se dizer que o set back é positivo. Quan-
do está atrás da roda esquerda, o set back é
negativo. Portanto, a referência para avalia-
Suporte do eixo traseiro (famílias Gol e Santana) ção deste desvio é a roda dianteira esquerda.
Caso um dos ângulos geométricos comen-
Desvio do eixo dianteiro - O eixo dian- tados no texto estiverem fora do especificado
teiro, normalmente visto como referência, o reparador deve seguir com o processo de
também pode apresentar desalinhamento ou alinhamento do veículo seguindo as prescri-
Fixação da flange do eixo traseiro (famílias Gol e Santana). desvios em relação em relação ao plano lon- ções do fabricantes de acordo com a disponi-
A medição deve ser feita usando um goniômetro gitudinal central do veículo. Isto faz com que bilidade de recursos do veículo.

20 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


GeSTãO De OFICINA

Conceito de qualidade desenvolvido


na oficina é baseado no ciclo “PDCA”
Melhoria contínua na gestão Eduardo, a primeira
etapa é realizada atra-
das atividades desenvolvidas na vés de um pré-diag-
mecânica Nipo Brasileiro evita nóstico, no qual são
identificados os princi-
problemas e agrega qualidade pais componentes com
nos serviços prestados. Nesta problemas. Depois, o
matéria, você irá conhecer uma proprietário do carro
passa por uma entre-
filosofia adotada por reparado- vista para completar
res que representou a mudança a avaliação, seguindo
com o próximo passo
de sua oficina que consiste em arqui-
var todas as informa-
ções e disponibilizar

I naugurada em 1982, a oficina Nipo Brasileiro,


localizada na Vila Sônia, região do Morumbi
em São Paulo, é o resultado de muito esforço,
as mesmas a equipe
de profissionais da ofi- João de Oliveira Neves (esquerda) e seu filho Eduardo Neves (direita) acompanham sua
cina.
equipe na oficina Nipo Brasileiro

dedicação e paixão do reparador e empresário “Desenvolvemos a reparação apontando as mentar desde a placa do veículo e histórico de
João de Oliveira Neves, que iniciou sua carreira possíveis causas e peças que devem ser trocas reparos até a data de vencimento da carteira de
no Estado do Paraná. aos nossos funcionários. Durante a realização habilitação do condutor do carro. Eduardo ex-
João relata que no começo se sentia incomo- dos serviços, controlamos e oferecemos todo o põe que o controle de qualidade não se limita
dado com a gestão de sua oficina e buscava algu- suporte para a manutenção correta. Qualquer apenas a reparação automotiva, mas também
ma alternativa para se destacar no mercado da peça que o reparador necessite pode ser solicita- pode ser aplicado a todos os departamentos da
reparação automotiva, e diante deste impasse, da através do nosso departamento de logística, empresa.
Eduardo Neves (filho de João Neves), apresentou onde um estoquista fica incumbido de fornecer
uma filosofia de trabalho que agregaria valores a peça certa – sempre original - para a manu- Formação e qualificação profissional
aos processos internos e externos do estabele- tenção. Após o serviço concluído, realizamos o Na Nipo Brasileiro a maioria dos reparado-
cimento. Surgiu então a ideia de adotar um sis- último “check-up” para verificar se nada deixou res são formados pela própria oficina. “Mesmo
tema de controle da qualidade, hoje conhecido de ser feito. Nunca entregamos o carro ao clien- aqueles que já possuem alguma qualificação
como PDCA (Plan, Do, Check, Act) em português te sem esta análise. Para finalizar, perguntamos técnica, precisamos treiná-los para garantir a
- Planejar, Executar, Checar e Agir. ao reparador que realizou o serviço sobre as di- eficiência e qualidade dos serviços. Os cursos
O reparador explica que o princípio PDCA ficuldades encontradas na solução das tarefas são oferecidos de diversas maneiras, como por
revelou a preocupação com a organização de e ainda após uma semana é realizado um feed- exemplo o Treinamento sobre Injeção Eletrô-
cadastros dos clientes, a limpeza da oficina, o back com o cliente para saber se o mesmo ficou nica do Volkswagen Golf, que agregou grande
uniforme padronizado para os funcionários, a satisfeito”, completa Eduardo. conhecimento técnico à nossa equipe. Também
adoção de uma logomarca, os treinamentos e O técnico reforça ainda que consegue docu- participamos de palestras presenciais no Senai e
principalmente a informatização dos sistemas. Sindirepa-SP”, completa Eduardo.
“Decidimos implementar um programa de ge-
renciamento de oficinas (interligado com siste- “Buscamos com esta filosofia Curiosidade
ma financeiro e estoque), que controlasse toda desenvolver um melhor O nome da oficina homenageia a ascendência
a informação do veículo e proprietário”, lembra. da esposa. “O primo da minha esposa e também
trabalho desde a manutenção meu antigo sócio era japonês, minha esposa He-
A utilização e adaptação do PDCA dos veículos até a limpeza da lena Okano de Oliveira é japonesa, assim sendo
Assumindo a gestão dos negócios do pai, oficina. Consertamos os veículos resolvi adotar o nome Nipo Brasileiro”, comenta
Eduardo Neves, que também é formado no cur- João Neves, o proprietário da Oficina.
so superior de Tecnologia em Eletrotécnica, re- e impedimos que a sujeira se Hoje, aos 59 anos, João reforça que a oficina
lata que tudo começou com um planejamento espalhe”, diz Eduardo. possui nove elevadores para carros e estaciona-
do que seria realizado nos veículos. Segundo mento para 25 veículos e 12 boxes de reparação.

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 21


PeçA CertA

Palhetas: saiba a hora de trocar


e como escolher a peça certa
Os limpadores são itens importantes no
desenvolvimento
importantes na segurança de de um sistema de
quem está dentro e fora do limpador. Muitas
vezes a palheta re-
veículo. A visão prejudicada pelo cebe a responsabi-
mau funcionamento da peça lidade de uma boa
pode ocasionar acidente performance de
todo este conjunto
porque ela é o pro-
duto que ao fim é o
mais notado pelo
usuário final.

P ara assegurar as condições mínimas de visi-


bilidade e garantir a segurança dos conduto-
res e passageiros em condições adversas como
Uma palheta
de qualidade ajuda
a absorver defici-
chuva e remoção da sujeira em qualquer condi- ências que porven-
ção de luminosidade externa, surgem as famo- tura possam vir de
sas palhetas. parte deste siste- Volkswagen Gol 1.0 modelo 2010/2011
O inverno é a estação do ano em que os lim- ma complexo. Exe-
padores de para-brisa, ou melhor, as palhetas, cutar a função “limpar” cada vez mais eficiente qualquer oficina. Basta soltar a presilha no cen-
são testadas, trocadas e algumas vezes repro- e com maior durabilidade no uso é um grande tro da haste do limpador e encaixar a peça nova
vadas. Nesta época, a frequência das chuvas e a desafio. Uma vez que a palheta é um item de des- e original.
neblina exigem a utilização reforçada da peça, gaste, proporcionar um trabalho silencioso so- 4. Abastecimento - Muita pessoas esquecem
enquanto no período do verão, o perigo é de res- bre o vidro é aumentar o tempo de necessidade de repor a água do reservatório do limpador e, ao
secamento das borrachas. A troca da peça, que de troca da mesma. acioná-lo, as palhetas trabalham na superfície
deve ser feita pelo menos uma vez por ano, tem Atualmente existem várias tecnologias de seca (e suja). Por isso, encha sempre o recipiente,
de ser antecipada nesses casos. Saiba mais in- materiais empregados, assim como o reves- evitando líquidos que danificam a peça.
formações sobre a evolução tecnológica das pa- timento aplicado na lâmina de borracha. Isto
lhetas e como trocar a peça de forma correta no depende muito de cada fabricante da palheta. Análises de especialistas
mercado da reposição. No mercado, encontramos palhetas que não A Valeo estudou o mercado brasileiro e suas
chegam a durar três meses, e outras que podem características de clima, assim como particula-
Avanços tecnológicos da peça perdurar por até um ano de uso sem deteriora- ridades características dos ambientes quentes.
Em uma palheta, encontramos diferentes ção do material. Cuidados sempre geram bons Após confirmações em testes de laboratórios e
modelos conforme os segmentos da engenha- resultados. Para isso, a Volkswagen dá as dicas retorno de experiência do campo, foram esco-
ria. A alta tecnologia, empregada nos materiais de como prolongar a vida útil de suas palhetas: lhidos o composto de borracha e revestimento
que produzem a borracha e nos revestimentos que mais se adaptaram às nossas característi-
da mesma para aumentar a sua durabilidade e 1. Manutenção - Você precisa realizar uma cas. Assim temos, hoje, uma palheta de baixo
reduzir coeficientes de atrito, é um item muito boa revisão no para-brisa para alongar a dura- coeficiente de atrito, que a torna bem silenciosa
importante no momento da fabricação. Tam- ção da sua palheta. Não utilize produtos quími- e com uma durabilidade prolongada graças ao
bém há reforço na pintura e materiais para re- cos para a limpeza da peça, pois muitos agridem revestimento empregado.
sistência à corrosão, estudos de vibro-acústica, a borracha e seu revestimento. A borracha é bem resistente e com a flexibi-
sem contar todos os equipamentos de produção 2. Preservação - Use sempre o detergente lidade necessária para dar estabilidade durante
envolvidos na manufatura dos componentes. neutro, que é um produto eficiente para limpar o funcionamento, evitando trepidações e vibra-
A palheta sozinha não é a única responsá- sua peça. Ao lavar o vidro, é recomendável lim- ções e a resistência mecânica adequada para su-
vel por garantir a excelência no funcionamento par as borrachas com um pano úmido para eli- portar impactos constantes em resíduos sólidos
de um sistema de limpador. Os braços, o meca- minar grãos de sujeira. incrustados no para-brisa. Uma curiosidade,
nismo de acionamento, a superfície e forma do 3. Troca - A troca das palhetas não demora por exemplo, com relação à resistência mecâni-
para-brisa, a estrutura da carroceria são partes mais do que cinco minutos e pode ser feita em ca da borracha é o fato de existirem no campo

22 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


PeçAs OriginAis VOlkswAgen PeçAs PArAlelAs
Modelos desenvolvidos e homologados, comprovando
Possui projeto genérico e não especifico para cada carro
sua alta eficiência
Curvatura da palheta elaborada para obter o melhor desempenho
Curvatura da palheta feita de maneira genérica, de baixo desempenho
possível
Em caso de chuva intensa, garantem a visibilidade ao condutor Reduz a eficiência na visibilidade do motorista
Materiais utilizados de alta qualidade Materiais genéricos de baixa qualidade

muitos insetos que se chocam contra o para-bri- são genéricas, uma média que serve para vários Existem muitos pontos de venda, distribui-
sa, deixando um líquido que acaba se secando e carros, e que não são otimizadas em função da dores, além das próprias concessionárias, que
grudando na superfície, ou ao estacionar debai- curvatura do para-brisa. O resultado da aquisi- oferecem o produto original. A Volkswagen re-
xo de árvores, sujeira de pássaros ou a seiva da ção de um produto mais barato no mercado, é comenda evitar produtos genéricos e desconhe-
árvore caem e também acabam grudando. Cada que o mesmo não irá durar muito tempo. Exis- cidas, pois são produtos ainda de qualidade in-
vez que a borracha da palheta passa por cima da tem muitos casos em que o consumidor compra ferior. Também não se deve adquirir essas peças
sujeira grudada no para-brisa acontece um cho- um produto paralelo e na primeira necessidade nas redes de supermercados. Normalmente não
que mecânico imenso com o lábio do material e de uso o mesmo não funciona como deveria, se tem um critério técnico na escolha deste tipo
se isso for feito por muitas vezes, acaba gerando sendo necessário trocar novamente. Há situa- de produto para a revenda. Contudo, para ter um
microtrincas e danificando de forma perma- ções, ainda, em que a conexão da palheta se solta produto aprovado com a qualidade requerida
nente a borracha. O efeito disso na prática é que durante o uso. Imagine você numa estrada com pela Volkswagen, as palhetas passam por testes
mesmo ao retirar a sujeira incrustada do vidro, sua família, num dia chuvoso e de repente não rigorosos.
teremos filetes de água que não saem mais du- consegue mais limpar o para-brisa com o carro Como já comentado anteriormente, as peças
rante o funcionamento da palheta. em movimento. Um perigo imenso! Quando se foram desenvolvidas para respeitar as exigên-
Para as palhetas do tipo Flat blade, das mais adquire uma palheta original, você está garan- cias de cada carro, utilizando sempre as origi-
modernas, curvadas, a Valeo possui softwa- tindo a mesma qualidade daquela peça que saiu nais e da marca Volkswagen você está assegu-
res de simulação para calcular a curvatura da de fábrica com o seu carro zero, sendo este um rando a qualidade e a segurança do seu produto.
palheta. Isto é fundamental para que este tipo produto confiável e seguro. O custo-benefício
de palheta trabalhe corretamente, sem vibrar também compensa. Na compra da peça parale-
e limpando corretamente, e mais, manter esta la, você tem a falsa impressão que economizou,
condição com o passar dos meses, quando a além de estar assumindo um risco de segurança Todo o conteúdo deste material foi cedido pela
fornecedora da Volkswagen Valeo Automotive Systems
borracha vai se desgastando pelo uso. Muitas que muitos nem percebem.
horas de engenharia são usadas para todos estes
cálculos e testes. Mas isto não é feito por todos
os fabricantes. Poucos possuem estes recursos
tecnológicos. Muitos fazem um produto aproxi-
mado, que funciona razoavelmente no começo,
quando tudo é novo ainda.

Palhetas originais e paralelas


No visual não se percebe muito, mas exis-
te muita diferença. Os compostos de borracha
usados nos produtos paralelos são de materiais
inferiores, sem revestimentos, a pintura não é a
mesma, os aços de baixa qualidade para os com-
ponentes metálicos e componentes plásticos
provém de reciclados, sem controle nenhum.
Nas do tipo flat blades, é desenvolvido um proje-
to genérico para todos os carros. As curvaturas Lâmina convencional com revestimento Lâmina flat blade com revestimento

Conheça o catálogo online de Peças Volkswagen. Acesse: www.partslink24.com

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 23


inCreMente suAs VenDAs

CrM: sua utilização é extremamente


importante para a tomada de decisões
de aprendizado no uso
Um software capaz de gerir da ferramenta. O sistema
todas as informações colhidas estabelece estatísticas
nos diversos pontos de contato sobre os produtos mais
vendidos e até sugere a
com o cliente e tê-las facilmente possibilidade de outros
acessíveis para tornar o que possam ser ofere-
cidos para aumentar a
relacionamento cada vez mais rentabilidade de clientes.
proveitoso chega ao mercado Diariamente realizamos
da reparação. Fantástico, não? o mapeamento de todos
os contatos já efetuados
Aproveite a matéria desta edição com o cliente, tornando
e turbine suas vendas esses dados disponíveis
a todos na hierarquia da
empresa. Assim, pode-
mos entrar em contato

O CRM (Customer Relationship Manage-


ment) é uma oportunidade para quem
trabalha no mercado da reparação automoti-
com nossos clientes e
orientá-los, por exemplo,
sobre as próximas trocas
va e deseja incrementar as vendas através do de óleo, revisões, repa-
gerenciamento de produtos e serviços. Desen- ração de peças, etc. En-
volvido para ser um banco de dados, o softwa- viamos também um SMS Proprietário da Duda Auto Center, Alexandre Henrique Duda, apresenta o sistema
re armazena uma quantidade infinita de infor- para confirmar o atendi- CRM à equipe do Notícias da Oficina
mações que o dono da oficina nem sonharia. mento”, comenta Alexan-
Segundo o proprietário da Rede Duda Auto dre Duda. Para a gerente administrativa da Duda
Center, Alexandre Henrique Duda, 39 anos, O reparador reforça que também é necessá- Auto Center, Mariana Vitkauskas, responsável
que possui três oficinas na região do ABC, em rio investir num profissional competente para pela gestão do software, o sistema é simples,
Diadema, Santo André e Piraporinha, a efici- gerenciar o programa, pois apesar da facilida- porém é preciso entender como ele funciona.
ência do CRM é algo impressionante e mudou de de acesso o software exige conhecimentos “Não há segredos no CRM. Contudo, é pre-
a rotina de trabalho da sua empresa. “Identi- específicos. ciso muita atenção no momento de alimentar
fiquei a necessidade que o mercado de repa- “Este é um programa que muda drastica- o programa, pois ao inserir dados errados o
ração tinha neste aspecto [armazenamento de mente o dia a dia da oficina, tudo deve ser feito sistema se tornará falho. Temos mais de seis
dados] e visualizei uma oportunidade de ex- de maneira controlada e com muita atenção. dígitos para cadastrar novos clientes. Atual-
pandir meus negócios e reforçar meu relacio- Não é possível dar um “jeitinho”, para ele fun- mente, estamos com cerca de 3.500 consumi-
namento com o cliente através da utilização cionar plenamente. Sem uma pessoa responsá- dores cadastrados em toda a rede”, informou
da ferramenta”, ressalta Duda. vel por trás do sistema ele não funcionará sozi- Mariana.
O empresário revela que o segredo desta nho. Por isso, a contratação de um profisisonal O sistema foi implantando pela Ultracar
solução tecnológica está no cadastro, que deve gabaritado é fundamental”, explica. para o controle administrativo e financeiro
conter a maior quantidade de dados possíveis, da Duda Auto Center. Segundo a empresa, o
como e-mail, telefones, dados pessoais, con- soft ware possibilita uma visão geral da oficina
trole de manutenções do veículo, últimas re- “O CRM traz alguns recursos mecânica, gerando uma economia de tempo e
parações realizadas, entre outras informações agilidade no atendimento, melhorando a qua-
importantes que a própria oficina pode esta-
nativos e que são separados lidade nos serviços, otimizando os gastos, evi-
belecer quando adquire o software. em três pilares principais no tando reclamações e retrabalhos. A Ultracar
“A ferramenta traz inúmeros recursos que relacionamento com o cliente: informa ainda que o sistema também controla
são parametrizados para atender a necessi- o estoque, eliminando a falta de peças, evitan-
dade operacional do cliente. Sua grande se- Marketing, Vendas e Serviços” do desperdícios, garantindo a confiabilidade
melhança com o Outlook reduz os impactos dos clientes e mantendo-os fiéis à oficina.

24 | NOTÍCIAS DA OFICINA | AGOSTO 2014


teCnOlOgiA

linha economy: mais vantagem,


economia e qualidade em suas peças
sultados permitem o fabricante e
Encontrados com facilidade nas a montadora desenvolverem um
concessionárias, os produtos produto que atenda à todas as ne-
cessidades e exigências do consu-
da Linha Economy atendem à midor. Atualmente existem exten-
demanda de veículos com mais sos planos de testes para avaliação
e aprovação de peças, nos quais as
de três anos de uso principais características obser-
vadas nas pastilhas - performan-
ce, durabilidade e nível de ruído
Peças da Linha Economy possuem identificação própria e autenticidade
- são testadas em veículos e em

A Volkswagen, sempre preocupada em estar


próxima do reparador, lança no mecado bra-
sileiro da reposição a linha Economy, que possui
além de atender aos requisitos legais e técnicos
de senso comum aos fabricantes de autopeças,
trazem os cuidados e ajustes das montadoras
laboratórios especiais, utilizando
modernos equipamentos e sistemas informati-
zados. Esses planos possuem etapas muito bem
alta tecnologia e robustez, assegurando ao clien- de veículos, de modo a obter a melhor aplicação definidas, nas quais cada teste, seu objetivo e
te eficiência e confiança a preços competitivos. possível. As pastilhas de freio da linha Economy resultado são aferidos por um corpo técnico, a
Os produtos obedecem rigorosos requisitos in- por sua vez são submetidas à mesma quantida- fim de validar completamente uma nova pas-
ternacionais de qualidade e segurança que sus- de de testes, porém com tempo e/ou quilome- tilha antes de seu lançamento. Os resultados
tentam as necessidades dos veículos e mantém tragem diferenciada, mas garantindo a mesma são comparados com os critérios de validação
seu valor de mercado. eficiência e segurança das pastilhas originais. e aprovação da Volkswagen. Até que todos os
A originalidade das peças, eleva a qualidade Desta forma, são realizados três testes para resultados estejam dentro destes critérios, as
do mercado, estabelecendo um patamar supe- aprovação do produto: atividades de desenvolvimento e melhorias no
rior, atendendo assim as expectativas de consu- 1. Testes veiculares e laboratoriais: avaliam, produto têm continuidade e mesmo após a apro-
midores cada vez mais exigentes. A linha Eco- não somente, mas principalmente, as caracte- vação final, novos estudos de melhoria contínua
nomy foi desenvolvida para atender à demanda rísticas de performance, durabilidade e ruído. são implementados para buscar uma evolução
de veículos com mais de três anos de uso, sendo Tais avaliações expõem as peças a condições de permanente do produto.
uma alternativa muito mais econômica e van- utilização comuns à maioria dos usuários e tam-
tajosa na manutenção das peças em relação às bém, a situações mais severas, como uma desci- Componentes seguros
opções concorrentes. da de serra, por exemplo; As pastilhas de freios são peças constituin-
Nesta fase de lançamento, será apresentado 2. Testes de laboratório como Compressibi- tes de um sistema de freios e, por tal razão, são
para comercialização as “pastilhas de freios e lidade, Densidade, Cisalhamento, Análise Di- consideradas componentes de segurança, re-
discos”. A Volkswagen ressalta ainda que grada- mensional e Estrutural: são realizados durante querendo assim muito rigor técnico e qualidade,
tivamente novos itens integrarão a lista da gama o desenvolvimento e também durante a produ- pois são fundamentais nos processos de frena-
de produtos da marca. Para que você possa ofe- ção da série dos produtos. Os resultados obtidos gens dos veículos. O salto evolutivo nos sistemas
recer esta novidade aos seus clientes, a Volkswa- durante o desenvolvimentos são definidos como de freios observados nas últimas duas décadas,
gen preparou um estudo detalhado sobre pasti- parâmetros a serem atendidos durante a produ- trouxe à indústria de material de fricção para
lhas de freios, que será destacado na matéria a ção. Desta forma, as características e compor- pastilhas de freios enormes desafios tecnológi-
seguir: tamento das pastilhas de freio são asseguradas cos, pois houve, e há, a constante necessidade de
desde o início do projeto e mantidas durante se desenvolver novas matérias primas, materiais
toda a vida do produto; de fricção, isoladores antirruído e seus proces-
3. Testes em dinamômetro: simulam de for- sos de fabricação. Os testes para assegurar ca-
ma acelerada e cobrindo as mais diferentes for- racterísticas básicas estão sendo discutidos por
mas de uso, também são mandatórios para as órgãos reguladores a fim de estabelecer parâme-
pastilhas de freio. Com estes testes é possível tros mínimos para determinar a segurança dos
avaliar a eficiência de frenagem em alta e baixa consumidores do Brasil. A Volkswagen buscou
Pastilhas de freios da Linha Economy é sempre a melhor
escolha velocidade, diferentes pressões e temperatura e na exibição deste material reafirmar a seguran-
nas mais críticas situações. Estes testes possibi- ça, conforto e uma vida útil do produto.
Pastilhas de freios originais no mercado litam também calcular a vida útil das pastilhas
As peças originais possuem uma carga de de freio e seu comportamento em questões de Todo o conteúdo deste material foi cedido pela
testes com exposição mais prolongada, pois conforto como propensão a ruídos. Estes re- fornecedora da Volkswagen TMD Friction.

AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 25


Aproveite nossa seleção de ofertas!
Itens de Colisão

DENOMINAÇÃO DA PEÇA CÓDIGO DA PEÇA APLICAÇÃO PREÇO PÚBLICO


Alma do para-choque 5U0-807-109-C Gol, Saveiro e Voyage 2009 a 2014 R$ 180,22
Cobertura do para-choque standard com tratamento superficial 5U0-807-221-J-GRU Gol e Voyage 2012 a 2014 R$ 569,29
Capô dianteiro 5Z0-823-031-C Fox e SpaceFox 2010 a 2014 R$ 680,33
Grade de ventilação central inferior 5Z0-853-677-B Fox e SpaceFox 2010 a 2015 R$ 140,76
Lanterna traseira LE 5U6-945-095 Gol G5 2009 a 2012 R$ 276,82
Lanterna traseira LD 5U6-945-096 Gol G5 2009 a 2012 R$ 276,82
Lanterna traseira LE 5U6-945-095-AB Gol G6 2012 a 2014 R$ 229,32
Lanterna traseira LD 5U6-945-096-P Gol G6 2012 a 2014 R$ 172,54
Para-lama LE 5U0-821-021 Gol e Voyage G5 2009 a 2013 R$ 220,40
Para-lama LD 5U0-821-022 Gol e Voyage G5 2009 a 2013 R$ 220,40
Para-lama LE 5U0-821-021-B-GRU Gol e Voyage G5 2009 a 2013 R$ 225,96
Para-lama LD 5U0-821-022-B-GRU Gol e Voyage G5 2009 a 2013 R$ 225,96
Gol, Saveiro e Voyage de 2009 a 2014 e
Radiador 5Z0-121-253-D R$ 278,50
Fox e SpaceFox 2004 a 2014
Tampa traseira 5Z6-827-025-F-CTR Fox 2010 a 2014 R$ 1.018,62
Suporte para radiador de água 5U0-805-588-A-CTR Gol, Saveiro e Voyage G5 2009 a 2013 R$ 531,84

Itens de Desgaste

DENOMINAÇÃO DA PEÇA CÓDIGO DA PEÇA APLICAÇÃO PREÇO PÚBLICO


Fox 2004 a 2014, Gol 2009 a 2014, Saveiro 2010 a 2014,
Batente limitador do amortecedor dianteiro 1H0-412-303-B R$ 15,87
Voyage 2009 a 2014 e Golf 2000 a 2014
Batente limitador do amortecedor dianteiro 6N0-412-303-A Polo 2003 a 2010 e SpaceFox 2011 a 2014 R$ 82,09
Gol 1994 a 2014, Saveiro 1994 a 2010
Batente limitador do amortecedor traseiro 377-512-137 R$ 38,37
e Voyage 2009 a 2014
Batente limitador do amortecedor traseiro 6Q0-512-131-B Fox 2004 a 2014, Polo 2003 a 2015 e SpaceFox 2006 a 2014 R$ 27,55
Gol 2009 a 2014, Saveiro 2010 a 2014
Coifa do amortecedor dianteiro 5U7-413-175 R$ 22,58
e Voyage 2012 a 2014

Fox 2004 a 2014, SpaceFox 2006 a 2015, Polo 2003 a 2014,


Coifa do amortecedor dianteiro 6N0-413-175-A R$ 87,15
Jetta 2005 a 2014, Passat 2006 a 2014 e Tiguan 2009 a 2014
Mola helicoidal dianteira 6Q0-411-105-P Gol e Voyage 2009 a 2014 e Saveiro 2010 a 2014 R$ 93,25
Mola helicoidal dianteira 6Q0-411-105-R Fox 2004 a 2014, Polo 2003 a 2014 e SpaceFox 2006 a 2014 R$ 99,65
Mola helicoidal traseira 5U0-511-115-AD Gol e Voyage 2009 a 2014 e Saveiro 2010 a 2014 R$ 103,49
Mola helicoidal traseira 5Z0-511-115-C Fox 2004 a 2014 e SpaceFox 2011 a 2014 R$ 124,15
Mola helicoidal traseira 6Q0-511-115-AC Polo 2003 a 2014 e SpaceFox 2006 a 2010 R$ 135,60

Consulte a Concessionária mais próxima e adquira


Peças Originais Volkswagen com três meses de garantia.
Acesse o site: www.vw.com.br
Ofertas válidas até 31/10/2014. Preços públicos sugeridos (base SP). *3 meses de garantia para peças compradas no balcão.

an_tabela_pecas_50x28cm_af.indd 1
Itens de
Manutenção

DENOMINAÇÃO DA PEÇA CÓDIGO DA PEÇA APLICAÇÃO PREÇO PÚBLICO


Fox e SpaceFox 2004 a 2013, Gol, Parati
Filtro de combustível 5Z0-201-511-B R$ 19,66
e Saveiro motor AP 2006 a 2010
Filtro de combustível 2H0-127-401-B Amarok 2010 a 2013 R$ 135,72
Motor EA 111 - 1.6 / Gol, Voyage, Saveiro,
Filtro de combustível 6QE-201-511-C R$ 19,66
Polo, Golf e Kombi de 2006 a 2014

Motor EA 111 - 1.0 e 1.6 / Gol, Voyage, Saveiro,


Filtro de óleo 030-115-561-AQ R$ 19,89
Fox, SpaceFox, Polo, Golf e Kombi
Filtro de ar 030-129-620-K Motor EA 111 - 1.0 / Gol, Voyage e Fox R$ 18,08
Motor EA 111 - 1.6 / Gol, Voyage, Saveiro,
Filtro de ar 5Z0-129-620-B R$ 29,36
Fox, SpaceFox e Polo

Fox e SpaceFox 2004 a 2014, Gol, Voyage e


Filtro de ar-condicionado 6Q0-820-367-B R$ 32,89
Saveiro G5 2009 a 2013 e Polo 2003 a 2012
Correia dentada do motor AT 030-109-119-AA Gol 1994 a 2006 e Saveiro 1994 a 2002 motor AT R$ 39,79
Correia dentada do motor AP e EA 1.6 030-109-119-AB Motor EA / AP 1.6 / Gol, Voyage, Saveiro, Polo, Golf e Kombi R$ 65,23
Gol, Saveiro, Voyage de 2012 a 2014, Fox e SpaceFox 2010
Rolo tensor 030-109-243-Q R$ 143,27
a 2014, Polo 1.6 2012 a 2014 e Golf 1.6 2008 a 2014

Fox 2004 a 2010, Gol e Saveiro 2006 a 2011,


Vela de ignição NGK 101-905-625 R$ 19,55
Polo 1.6 2007 a 2013 e Golf 1.6 2008 a 2014

Fox 2004 a 2010, Gol e Saveiro 2006 a 2011,


Vela de ignição Bosh 101-905-610-C R$ 13,16
Polo 1.6 2007 a 2013 e Golf 1.6 2008 a 2015
Vela de ignição 101-905-601-F Jetta 2005 a 2013 e Polo 2007 a 2010 R$ 49,88
Filtro de óleo SPA-115-561 Fox 2004 a 2010, Gol e Saveiro 2003 a 2006 e Polo 2003 a 2006 R$ 27,98
Motor EA 111 - 1.0 / Fox 2004 a 2010 e
Filtro de ar 030-129-620-L R$ 18,81
Motor AT 1.0 / Gol 2003 a 2014
Fluido de freio DOT 4 250 ml B-000-750-M1 Toda a linha Volkswagen R$ 25,86

Itens de Reparo
e Elétrica

DENOMINAÇÃO DA PEÇA CÓDIGO DA PEÇA APLICAÇÃO PREÇO PÚBLICO


Bomba de óleo de motor AP 1.6 e 1.8 – com distribuidor de ignição 026-115-105-F Gol, Parati e Saveiro motor AP 1.6 e 1.8 R$ 225,69
Bomba de óleo de motor AP 1.6 e 1.8 – com transformador de ignição 041-115-105 Gol, Parati e Saveiro motor AP 1.6 e 1.8 R$ 218,34
Kit correia trapezoidal para veículos com ar-condicionado
030-198-955-C Fox, Gol, Polo, Saveiro, SpaceFox, Voyage e Golf R$ 83,40
motorização 1.0 e 1.6
Peça compensadora do tucho do cabeçote do motor EA 111 1.0 e 1.6 030-109-423-B Fox, Gol, Golf, Polo, Parati, Saveiro, SpaceFox, Kombi e Voyage R$ 24,87
Rolamento esfera duplo, cubo da roda dianteira com ABS 5U0-407-625-A Fox de 2001 a 2014 e Voyage 2013 a 2014 R$ 127,57
Sensor lambda 030-906-262-Q Fox, Gol, Golf, Polo, Parati, Saveiro, SpaceFox e Voyage R$ 208,89

Fox 2010 a 2014, Gol 2012 a 2013, Golf 2008 a 2014,


Sensor de pressão para veículo com ar-condicionado 5K0-959-126 Polo 2007 a 2014, Saveiro 2012 a 2014, SpaceFox 2011 a 2014 R$ 266,81
e Voyage 2012 a 2014

Jogo de cabos de vela de ignição 032-905-409-B Fox, Gol, Golf, Polo, Parati, Saveiro e Voyage R$ 203,12
Bomba de água com vedação do motor EA 111 - 1.0 e 1.6 030-121-016 Fox, Gol, Golf, Polo, Saveiro, SpaceFox, Kombi e Voyage R$ 162,93
Transformador de ignição 030-905-110-D Fox 2010 a 2014, Gol 2013 a 2014 e Voyage 2013 a 2014 R$ 155,99

Respeite os limites de velocidade.

7/21/14 5:21 PM
Preço

R$ 263,90

Respeite os limites de velocidade.

Você também pode gostar