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Geometria VW PDF
Geometria VW PDF
NESTA EDIÇÃO!
REPARAÇÃO
PASSO A PASSO:
Acompanhe a evolução do
automóvel até os dias de GESTÃO DA OFICINA TECNOLOGIA
hoje, passando pela injeção Oficina Nipo Brasileiro se destaca pelo Linha Economy Volkswagen: marca
eletrônica e, com esta, os sistema PDCA, que garante o controle reforça utilização de peças e
processos de diagnósticos de de qualidade dos serviços prestados. pastilhas de freio originais.
falhas.
ÍNDICe
6 21
é a nova estrela da utilizar a filosofia PDCA
Volkswagen e expandir os negócios
OFICINA em DeSTAque
Mídias Sociais
representam o sucesso
10
da Santa Oficina
na internet
peçA CerTA
22
no mercado de
murAl DO repArADOr reparação
A Volkswagen responde
às dúvidas dos
9
reparadores
11
construtivas para sua oficina de reparação reforça suas vendas
24
com a utilização do
sistema CRM p
TeCNOlOGIA
LinhaE conomy:
pastilhas de freios já
25
estão disponíveis no
mercado
uma indústria
campeã!
Do ponto de vista econômico, o ano está sendo difícil para diversos setores e as incerte-
zas do mercado brasileiro trazem a baixa perspectiva de crescimento para o país em 2014.
Porém, quando olhamos para a área da reparação automotiva o cenário é diferente.
As oficinas estão cheias de serviços, pelo menos é o que mostra o indicador “IGD” (In-
dicador de Geração de Demanda) da CINAU (Central de Inteligência Automotiva), que está
projetando: o volume de serviços em 2014 superior a 2013, que, diga-se de passagem já foi
um ano bom.
JORNALISTA RESPONSÁVEL:
Nunca a frota “reparável” brasileira foi tão grande, assim como o número de veículos Margarida Putti
“per capita” na oficina alcançou um patamar inédito, e agora o dono do automóvel parece (MTB 32392/RJ)
mais disposto a investir na manutenção do que na compra de um novo.
Assim, em agosto, o cenário otimista para a reparação automotiva, projetado no início COLABORADORES:
do ano, começa a se concretizar. E você, amigo reparador, está sentindo este ambiente po- Jeferson Gozzo
sitivo na sua oficina?
Esperamos que sim, caso contrário fique atento às novidades do mercado e tenha foco CONSELHO EDITORIAL:
no seu cliente, pois o resultado de qualquer negócio é sempre o “freguês”. Aguinaldo Rodrigues
Pensando nisso, é que a edição deste mês de sua Revista Notícias da Oficina, além do Bruna Tashima
riquíssimo conteúdo técnico de sempre, traz ainda algumas dicas para atrair e fidelizar os Cecília Bianchi
clientes. Afinal, sua empresa está inserida numa indústria campeã, e nós, seus parceiros da Daniel Morroni
equipe de Pós-Vendas da Volkswagen também torcemos e procuramos contribuir para o Décio Martins
Favio Beccaria
sucesso do seu negócio.
Felipe Serafim Albaladejo
Jean Cheverry
Boa leitura, e bons negócios! Luiz Fernando Tiosso
Luciana Braghetto
Marco Aurélio Fróes
Paulo Toshio Suzuki
Equipe Pós-Vendas Volkswagen Rafael Armelin
Renata Sampar
Ricardo Casagrande
Ricardo Iwamoto
Rodrigo Facini
pAlAVrA DO leITOr Sidney Jarina
Vederval Barata
Wagner Carrieri
“Queremos parabenizar a Volkswagen pela iniciativa de ministrar estas palestras, que são de
grande importância. Quem anda na frente não come poeira”. COLABORAÇÃO TÉCNICA:
Norberto luís Souza Campos - Conceição Alagoas – mG Fatec Santo André – SP
EDITORAÇÃO / COMERCIALIZAÇÃO:
“Quero dizer que estamos juntos nesta parceria. Muito obrigado pela ajuda Volkswagen”. Germinal Editora e Marketing Ltda.
eudes pereira dos Santos - São paulo – Sp IMPRESSÃO:
Log&Print Gráfica | Tiragem: 50 mil exemplares
“Participei dos treinamentos nas concessionárias, e achei todos excelentes!”.
Claudemir de Almeida - rio de Janeiro - rJ
Linha 2015 da marca chega com totalizaram mais de 2,2 milhões de quilômetros, de 120 cv (88 kW) a 5.750 rpm, quando abastecido
além de mais de 14.100 horas em dinamômetro com etanol (E100), e de 110 cv (81 kW) à mesma
aprimoramentos mecânicos, que (equivalente a 1,8 milhão de quilômetros) e mais rotação, com gasolina (E22).
contemplam motor com quatro de 1.000 testes do novo sistema de partida a frio O torque máximo é de 16,8 kgfm (165 Nm)
válvulas por cilindro, bloco e aquecida (E-Flex). com etanol e 15,8 kgfm (155 Nm) com gasolina,
ambos a 4.000 rpm. Já a partir de 2.000 rpm mais
cabeçote de alumínio e sistema Mais força de 85% do torque máximo está disponível. Essa
variável de válvulas na admissão Produzido em São Carlos, no interior de São ampla faixa de distribuição do torque melhora
Paulo, o motor EA211 foi gerado segundo critérios o desempenho em baixos regimes (por exemplo,
de maior eficiência energética e desempenho. A em cidade) e dá ótimo fôlego para retomadas de
permite estabilização da força na correia denta- nas trocas de marcha em todas as condições de de tornar mais fácil a escolha do consumidor –
da e de sua flutuação angular, além de minimi- uso dos veículos. reforça todas as versões com mais equipamen-
zar atrito e vibração, aumentando a durabilida- Além das trocas de marcha de forma auto- tos de série.
de do sistema. mática, a transmissão I-Motion do Gol Rallye
O coletor de admissão é feito de material poli- permite trocas manuais em modo sequencial, Lançamento Volkswagen - Voyage Evidence
mérico de alta resistência e baixa rugosidade, ga- acionado por meio da manopla de câmbio ou por
rantindo fluxo de ar com baixa restrição. Como paddle shifts instalados atrás no volante multi-
em todos os modelos Volkswagen, o conjunto de funcional. Dessa forma, o motorista pode dirigir
corpo de borboleta e acelerador é eletrônico. de forma mais esportiva, aproveitando toda a
potência e o torque do novo motor 1.6l MSI.
Na versão I-Motion, a partida do motor é
assistida, o que significa que não é necessário
manter a chave acionada para que ela se proces-
se – basta um leve toque na chave para a ECU co-
mandar todo o processo de partida. Como pré-
requisito, o motorista deve aguardar a indicação
do instrumento combinado para efetuar esse
procedimento. Voyage Evidence 2015
Nesta seção a Volkswagen engatada no veículo e compará-la com a Prefixo do Motor UNF UDH/BJY
responde às dúvidas dos relação de transmissão daquela respectiva Compressão dos cilindros
Limite de desgaste
bar
bar
14 a 15
10
15,2 a 17,2
10,6
reparadores e ajuda na hora marcha, calculando qual deveria ser a rota- Diferença máxima de com-
bar 3,00 3,00
ção do motor para qualquer velocidade. Se pressão entre os cilindros
de resolver os problemas de essa comparação não for plausível, detecta
reparação uma avaria no sistema, podendo entrar em Caso seja detectada uma divergência dos
modo de emergência, limitando o torque e a valores de pressão de compressão em algu-
potência entregue pelo motor. ma das medições nos cilindros, verifique a
vedação do mesmo através das análises dos
Tenho um Polo 2.0 com ABS que está seguintes componentes: anéis de segmento
cortando a ignição ou o combustível aci- Estou com um Volkswagen Gol Power que e compressão dos pistões, vedação e estan-
ma dos 3 mil giros, paralelamente perco apresenta dificuldade na partida, pois não queidade das válvulas de admissão e es-
o sinal da velocidade. Após alguns testes estabiliza e morre facilmente. Esta falha co- cape, empenamento do cabeçote, junta de
descobri que o defeito é decorrente de uma meçou após ter realizado a troca da correia vedação entre cabeçote e bloco do motor e
alteração nos pneus e rodas, quanto ao aro dentada. Qual poderia ser a causa deste de- dimensionamento dos cilindros através de
e o perfil. Por que o sistema não aceitou as feito? um súbito, seguindo os valores estipulados
rodas? Dimitrius Ventura Barreira nas tabelas abaixo:
Gil C. Dantas (Alagoinhas-BA)
A primeira checagem que Motores com os prefixos: UNF e BJF
Com a tecnologia de ABS deve ser realizada neste Especificações de pistões e cilindros
sendo implantada nos veí- caso é a verificação do sin- Especificações
Pistão-Ø
Ø interior do identificação
de retífica cilindro do cilindro
culos, os sensores de veloci- cronismo entre árvore de Fabricante
dade foram reposicionados manivelas e eixo de coman- Especificação
80,985 a 81,005 81,01 a 81,03 não há e 103
e passados da transmissão do de válvulas novamente, básica - mm
Retífica I - mm 81,235 a 81,255 81,26 a 81,28 126 e 128
para as rodas do veículo. O pois uma vez que a correia dentada foi tro- Retífica II - mm 81,485 a 81,505 81,51 a 81,53 151 e 153
cálculo da velocidade depende diretamen- cada, se o sincronismo entre estes dois ei- Retífica III - mm 81,985 a 82,005 82,01 a 82,03 201 e 203
te dos diâmetros externos dos pneus, pois xos não estiver correto o motor do veículo
basicamente através deles o perímetro de se comportará com muitas falhas, podendo CCRA
cada pneu é calculado através da fórmula: ocasionar até empenamentos ou quebras de Pistão e cilindro - dimensões
Perímetro = 2ϖR. Sendo ϖ aproximadamen- alguns componentes móveis do motor, como Medidas de retífica Pistão Ø - Rodapé
Fabricante Mahle
te π e R = o raio externo do pneu. O períme- válvulas de admissão e escape, por exemplo. Medida básica - mm 76,465
tro de cada pneu representa o deslocamento Uma vez garantido o correto sincronismo Retífica I - mm 76,715
Retífica II - mm 76,965
linear do veículo em cada volta do mesmo. do motor o que pode ser verificado é a com- Retífica III - mm 77,215
Isso significa que se o pneu tem um períme- pressão dos cilindros do mesmo. Para isto,
tro de 1m, a cada volta deste pneu o veícu- inicialmente iniba o funcionamento do sis- Pistão e cilindro - dimensões
lo tem o deslocamento linear de um metro. tema de injeção e ignição do veículo e reali- Medidas de retífica Pistão Ø - Rodapé
Fabricante Federal Mogul
Consequentemente, se o pneu gira uma vez ze a medição de pressão de compressão de Medida básica - mm 76,463... 76,477
a cada um segundo, a velocidade deste veí- todos os cilindros seguindo os dados da ta- Retífica I - mm 76,713... 76,727
culo seria de 1m/s. Uma vez que o diâmetro bela abaixo: Retífica II - mm 76,963... 76,977
Retífica III - mm 77,213... 77,227
externo do pneu é alterado, o perímetro do
Prefixo do Motor CCRA CFZA
mesmo também se altera. Desta forma, alte- Compressão dos cilindros bar 16,0 a 19,0 10,0 a 15,0 Pistão e cilindro - dimensões
rando também o sinal de velocidade enviado Limite de desgaste bar 11,0 7,0 Medidas de retífica Interior do cilindro Ø
Diferença máxima de com- Fabricante
para a unidade do ABS que por consequên- bar 3,0 3,0
pressão entre os cilindros Medida básica - mm 76,505... 76,515
cia é enviado para o painel de instrumentos Retífica I - mm 76,755... 76,765
erroneamente através de uma rede CAN. Prefixo do Motor BJF BWX Retífica II - mm 77,005... 77,015
Retífica III - mm 77,255... 77,265
Essa situação é ainda mais adversa quando Compressão dos cilindros bar 15,2 a 17,2 15,2 a 17,2
Limite de desgaste bar 10,6 10,6
o veículo é equipado com uma transmis- Diferença máxima de com-
Os dados de dimensões são relativos a pistões sem revestimento. Pistões
bar 3,00 3,00 que apresentem revestimento nos pontos de medição podem ser até
são automática ou automatizada, pois neste pressão entre os cilindros 0,030mm maiores em Ø, dependendo da quilometragem percorrida.
caso é possível identificar qual é a marcha
AGOSTO 2014 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 9
OFICINA em DeSTAque
conceitos e características
e CArACTerÍSTICAS
CONSTruTIvAS
A geometria de direção vai muito
CApÍTulO 2:
prINCÍpIO De ACkerMANN:
COMO TuDO COMeçOu
Tudo na vida começa com
uma ideia, e foi em 1818 que
o alemão Rudolf Arckmann,
iniciou o estudo sobre geometria
da direção. Ele percebeu que
os ângulos da posição das
rodas são diferentes durante
a execução de uma curva e
que a variação destes ângulos
poderiam influenciar diretamente
na dirigibilidade do veículo.
A posição das rodas no solo é determinada pelos componentes do sistema de suspensão, direção, rodas, pneus e
resultantes de forças. A harmonia dimensional e posicional entre estes componentes físicos, geométricos e resultantes de
forças é expressa pelo comportamento direcional do veículo e pelo desgaste dos pneus
CApÍTulO 3:
Muitas vezes após reparar a suspenção de um veículo o mesmo
relAçõeS eNTre OS eIxOS
continua fora de suas condições ideais de uso, apresentando baixa
estabilidade, dirigibilidade ruim e pouca segurança na direção. FÍSICOS e GeOMéTrICOS DO
Quando isto ocorre, é possível que as causas destas irregularidades, veÍCulO
seja devido às deficiências na geometria da direção ou deficiências É importante entender que
no alinhamento e balanceamento de rodas. Sendo assim, é vital ao o princípio de Arckemann é
reparador compreender de maneira técnica e objetiva como e por desenvolvido em cima de dados,
sendo assim para ser aplicado de
que estes tipos de problemas ocorrem. Por conta disto, o estudo da maneira eficiente e prática, temos
geometria de direção é tão importante. Veremos a seguir, os conceitos que harmonizar o funcionamento
e suas principais características, quais fundamentos foram utilizados e de diversos componentes. Desta
como é feito o “famoso” princípio de Ackermann. maneira, conseguimos aplicar o
alinhamento ideal para cada tipo
de veículo.
AGOSTO
MAIO 2014
2013 | NOTÍCIAS DA OFICINA | 11
repArAçãO pASSO A pASSO
CApÍTulO 1:
Direção- conceitos e características
CONSTruTIvAS
O desempenho dos automóveis da atualidade e as melhores condições de tráfego exigem do carro
performance superior para garantir dirigibilidade, estabilidade e frenagens seguras. A evolução da
geometria de direção e dos seus conceitos está entre as soluções. Hoje, para alinhamento das rodas, é
necessário equipamentos de tecnologia recentíssima, experiência e muita especialização profissional.
CApÍTulO 2:
prINCÍpIO De ACkerMANN: COMO TuDO
COMeçOu
-A posição da roda em relação ao solo não As forças que agem na banda de rodagem são
multiplicadas pelo braço de alavanca, formando a força
deve ser influenciada pelas forças que atuam de resistência ao esterçamento feito no volante
nela. Prevendo posicionamentos, que conside-
rem as deformações da banda de rodagem ou
banda lateral dos pneus para impedir o surgi- Raio de rolagem direcional positivo ou ne-
mento do ângulo de deriva que resultará em ten- gativo- Nos veículos com suspensão McPher-
dência direcional. son, para se modificar a dimensão do raio de
Para atender a esses requisitos e outras va- rolagem direcional é necessário mudar a in-
riáveis que surgem durante o desenvolvimento clinação da coluna de suspensão no sentido
do projeto, o engenheiro automotivo lança mão transversal do veículo (para dentro, eleva-se
dos recursos angulares da geometria de direção o raio de rolagem e para fora, diminui). Com a
que são representados pelas diversas variáveis alteração posicional da coluna para o centro
que definem a posição das rodas em relação ao do veículo, a projeção do eixo do pino-mestre
Para o esterçamento das rodas é necessário vencer a
solo e pela posição do pino-mestre da direção alavanca de resistência formada pelo ponto de projeção no solo aproxima-se do centro da banda de
em relação aos eixos longitudinal e transversal do eixo do pino-mestre no solo e o centro de contato da rodagem do pneu, podendo até ultrapassar
do veículo. banda de rodagem esta posição.
O ângulo de cás-
ter gera uma força
Durante o desenvolvimento do projeto, essa solução
de reação no senti-
é calculada para concentrar a carga de trabalho nos
rolamentos e atuar na geometria da direção, em função do do de marcha do ve-
raio de rolagem direcional ículo, proporcional
à carga que atua no
Nos equipamentos de alinhamento, a inclinação do pino- Portanto, para a avaliação do raio de rolagem pino-mestre da di-
mestre no sentido transversal é conhecido como KPI (King direcional no veículo, é fundamental que as ro- reção. Tal força se
Pin Inclination - inclinação do pino-mestre) das respeitem a especificação para o produto, aplica no ponto de
particularmente, a distância off set. A especifi- interseção do eixo
O raio negativo da rola- cação é conhecida como KPI (King Pin Inclina- do pino-mestre com a pista. Quando a roda é
gem neutraliza essa carate- tion - inclinação do pino-mestre) porque é esta esterçada, o ponto de interseção se separa do
rística. Seu efeito pode ser a grandeza medida, e não o raio de rolagem. eixo tangente e logitudinal da roda com a pista.
sentido quando uma das Por exemplo, uma Parati com direção mecâni- Assim, surge um braço de alavanca transversal,
rodas apresenta um coefi- ca possui uma inclinação de 12°15’ (12 graus e 15 efeito que gera um torque no sentido contrário
ciente de atrito ou de arraste minutos) no eixo do pino-mestre da direção em ao de esterçamento, dependendo do tamanho
muito elevado (semelhante relação ao plano vertical da roda. da alavanca e do sentido da força. É ele que recu-
ao que acontece quando um pera a posição de linha reta à roda.
pneu murcha). Quando o ve- Cáster - Até aqui abordamos a inclinação do
ículo trabalha com raio po- pino-mestre no sentido transversal do veículo Cambagem ou câmber - É o ângulo da geo-
sitivo de rolagem, a tendên- (KPI). Do mesmo modo que analisarmos essa metria de direção mais famoso e geometrica-
cia natural é que este gire inclinação, temos que estudar a inclinação do mente menos conhecido. Fisicamente, trata-se
em torno da roda cujo coeficiente de arraste está pino mestre no sentido longitudinal. Quando da inclinação lateral da roda em relação a sua
mais elevado. Com o raio negativo de rolagem, fazemos isto, estamos falando do cáster. linha de centro vertical. No princípio do siste-
a alavanca que se forma faz com que a roda seja Detalhando a informação, visto pela lateral ma de transporte por carroças (tração animal),
forçada a abrir, evitando a derrapagem de trasei- do veículo, o ângulo de cáster é dado pelo ân- se utilizavam grandes rodas raiadas para vencer
ra do veículo. gulo formado pela linha vertical que passa pelo as “toscas” estradas da época. Uma roda menor
É importante destacar que a característica centro da roda dianteira e pela linha que passa facilmente ficaria presa num buraco. Esta condi-
CApÍTulO 3:
relAçõeS eNTre OS eIxOS FÍSICOS e
GeOMéTrICOS DO veÍCulO
dedicação e paixão do reparador e empresário “Desenvolvemos a reparação apontando as mentar desde a placa do veículo e histórico de
João de Oliveira Neves, que iniciou sua carreira possíveis causas e peças que devem ser trocas reparos até a data de vencimento da carteira de
no Estado do Paraná. aos nossos funcionários. Durante a realização habilitação do condutor do carro. Eduardo ex-
João relata que no começo se sentia incomo- dos serviços, controlamos e oferecemos todo o põe que o controle de qualidade não se limita
dado com a gestão de sua oficina e buscava algu- suporte para a manutenção correta. Qualquer apenas a reparação automotiva, mas também
ma alternativa para se destacar no mercado da peça que o reparador necessite pode ser solicita- pode ser aplicado a todos os departamentos da
reparação automotiva, e diante deste impasse, da através do nosso departamento de logística, empresa.
Eduardo Neves (filho de João Neves), apresentou onde um estoquista fica incumbido de fornecer
uma filosofia de trabalho que agregaria valores a peça certa – sempre original - para a manu- Formação e qualificação profissional
aos processos internos e externos do estabele- tenção. Após o serviço concluído, realizamos o Na Nipo Brasileiro a maioria dos reparado-
cimento. Surgiu então a ideia de adotar um sis- último “check-up” para verificar se nada deixou res são formados pela própria oficina. “Mesmo
tema de controle da qualidade, hoje conhecido de ser feito. Nunca entregamos o carro ao clien- aqueles que já possuem alguma qualificação
como PDCA (Plan, Do, Check, Act) em português te sem esta análise. Para finalizar, perguntamos técnica, precisamos treiná-los para garantir a
- Planejar, Executar, Checar e Agir. ao reparador que realizou o serviço sobre as di- eficiência e qualidade dos serviços. Os cursos
O reparador explica que o princípio PDCA ficuldades encontradas na solução das tarefas são oferecidos de diversas maneiras, como por
revelou a preocupação com a organização de e ainda após uma semana é realizado um feed- exemplo o Treinamento sobre Injeção Eletrô-
cadastros dos clientes, a limpeza da oficina, o back com o cliente para saber se o mesmo ficou nica do Volkswagen Golf, que agregou grande
uniforme padronizado para os funcionários, a satisfeito”, completa Eduardo. conhecimento técnico à nossa equipe. Também
adoção de uma logomarca, os treinamentos e O técnico reforça ainda que consegue docu- participamos de palestras presenciais no Senai e
principalmente a informatização dos sistemas. Sindirepa-SP”, completa Eduardo.
“Decidimos implementar um programa de ge-
renciamento de oficinas (interligado com siste- “Buscamos com esta filosofia Curiosidade
ma financeiro e estoque), que controlasse toda desenvolver um melhor O nome da oficina homenageia a ascendência
a informação do veículo e proprietário”, lembra. da esposa. “O primo da minha esposa e também
trabalho desde a manutenção meu antigo sócio era japonês, minha esposa He-
A utilização e adaptação do PDCA dos veículos até a limpeza da lena Okano de Oliveira é japonesa, assim sendo
Assumindo a gestão dos negócios do pai, oficina. Consertamos os veículos resolvi adotar o nome Nipo Brasileiro”, comenta
Eduardo Neves, que também é formado no cur- João Neves, o proprietário da Oficina.
so superior de Tecnologia em Eletrotécnica, re- e impedimos que a sujeira se Hoje, aos 59 anos, João reforça que a oficina
lata que tudo começou com um planejamento espalhe”, diz Eduardo. possui nove elevadores para carros e estaciona-
do que seria realizado nos veículos. Segundo mento para 25 veículos e 12 boxes de reparação.
muitos insetos que se chocam contra o para-bri- são genéricas, uma média que serve para vários Existem muitos pontos de venda, distribui-
sa, deixando um líquido que acaba se secando e carros, e que não são otimizadas em função da dores, além das próprias concessionárias, que
grudando na superfície, ou ao estacionar debai- curvatura do para-brisa. O resultado da aquisi- oferecem o produto original. A Volkswagen re-
xo de árvores, sujeira de pássaros ou a seiva da ção de um produto mais barato no mercado, é comenda evitar produtos genéricos e desconhe-
árvore caem e também acabam grudando. Cada que o mesmo não irá durar muito tempo. Exis- cidas, pois são produtos ainda de qualidade in-
vez que a borracha da palheta passa por cima da tem muitos casos em que o consumidor compra ferior. Também não se deve adquirir essas peças
sujeira grudada no para-brisa acontece um cho- um produto paralelo e na primeira necessidade nas redes de supermercados. Normalmente não
que mecânico imenso com o lábio do material e de uso o mesmo não funciona como deveria, se tem um critério técnico na escolha deste tipo
se isso for feito por muitas vezes, acaba gerando sendo necessário trocar novamente. Há situa- de produto para a revenda. Contudo, para ter um
microtrincas e danificando de forma perma- ções, ainda, em que a conexão da palheta se solta produto aprovado com a qualidade requerida
nente a borracha. O efeito disso na prática é que durante o uso. Imagine você numa estrada com pela Volkswagen, as palhetas passam por testes
mesmo ao retirar a sujeira incrustada do vidro, sua família, num dia chuvoso e de repente não rigorosos.
teremos filetes de água que não saem mais du- consegue mais limpar o para-brisa com o carro Como já comentado anteriormente, as peças
rante o funcionamento da palheta. em movimento. Um perigo imenso! Quando se foram desenvolvidas para respeitar as exigên-
Para as palhetas do tipo Flat blade, das mais adquire uma palheta original, você está garan- cias de cada carro, utilizando sempre as origi-
modernas, curvadas, a Valeo possui softwa- tindo a mesma qualidade daquela peça que saiu nais e da marca Volkswagen você está assegu-
res de simulação para calcular a curvatura da de fábrica com o seu carro zero, sendo este um rando a qualidade e a segurança do seu produto.
palheta. Isto é fundamental para que este tipo produto confiável e seguro. O custo-benefício
de palheta trabalhe corretamente, sem vibrar também compensa. Na compra da peça parale-
e limpando corretamente, e mais, manter esta la, você tem a falsa impressão que economizou,
condição com o passar dos meses, quando a além de estar assumindo um risco de segurança Todo o conteúdo deste material foi cedido pela
fornecedora da Volkswagen Valeo Automotive Systems
borracha vai se desgastando pelo uso. Muitas que muitos nem percebem.
horas de engenharia são usadas para todos estes
cálculos e testes. Mas isto não é feito por todos
os fabricantes. Poucos possuem estes recursos
tecnológicos. Muitos fazem um produto aproxi-
mado, que funciona razoavelmente no começo,
quando tudo é novo ainda.
Itens de Desgaste
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Manutenção
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