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All content following this page was uploaded by Maria Dalila Espírito-Santo on 28 February 2020.
”
Texto do Professor Galopim de Carvalho
…Foi numa das várias vezes que ali fomos em busca das
saborosas ervas, que conhecemos esta alentejana. O ti’ Justo
falava pouco, mas a mulher era uma tagarela, uma “algarvia”,
no dizer do marido. Vivia-se um tempo difícil, sobretudo, para
os camponeses, sofrendo as agruras dos meses sem trabalho
e sem pão para dar aos filhos, intimidados e perseguidos pela
GNR e pela polícia política.
- São barrigadas de fome que só a gente é que sabe. Os fiados
na venda do Germano são sempre muitos e o pessoal nem
sempre tem dinheiro para os pagar. Comemos beldroegas,
acelgas, labaças, cardinhos, espargos, cilarcas e o mais que o
campo possa dar à gente...
Asparagus acutifolius
turião de espargo-bravo
Asparagus aphyllus
Ovos mexidos com espargos e silarcas Comece por arranjar os espargos, retirando a
película grossa e fibrosa com um descascador
(o descascador de batatas é perfeito para
arranjar espargos). Corte os espargos em
pedaços e reserve.
Lave as túberas para lhes tirar a terra.
Descasque-as e volte a lavar bem. Corte-as
em fatias finas. Deite metade da manteiga
numa frigideira. Quando a manteiga estiver
quente, junte as fatias de túberas. Tempere
com flor de sal e deixe saltear dois a três
minutos. Entretanto junte os espargos e deixe
saltear. Se achar que os espargos são muito
rijos e não vão ficar tenros, dado que os
espargos selvagens são mais fibrosos,
escalde-os primeiro durante poucos minutos
em água fervente.
Por fim junte os ovos ligeiramente batidos e
temperados com flor de sal e pimenta. Deixe-
os cozinhar poucos minutos para ficarem
cremosos. No fim polvilhe com cebolinho
fresco picado e sirva em cima de fatias de pão
torrado (alentejano de preferência).
Sopa de feijão branco com tengarrinhas (cardos) – Escolha e limpe as tengarrinhas. Num
decilitro de azeite deite uma cebola picada e dois dentes de alho igualmente picados. Deixe
alourar um pouco e depois deite as tengarrinhas. Coza meio litro de feijão branco em muita
água com sal e depois de cozido junte-o às tengarrinhas. Complete com a água onde cozeu o
feijão. Pode migar sopas de pão na terrina antes de deitar a sopa.
www.colegiof3.ulisboa.pt/docs/Herbario.pdf
"VENHA PASTAR CONNOSCO" consistiu numa atividade com orientação temática que deu a conhecer ervas
silvestres que nascem, por exemplo, nas bordas das hortas. Estas ervas serviram desde tempos imemoriais
para enriquecer os cozinhados enquanto as hortaliças não crescem. A atividade decorreu no âmbito da
missão do Colégio F3, num dos seus Laboratórios Naturais, permitindo uma experiência ‘hands-on’ e o
contacto com situações reais. Assim, num passeio pela Tapada da Ajuda cerca de 30 participantes colheram,
prepararam e cozinharam labaças, acelgas, serralhas, mostarda selvagem e muitas outras, e regalaram-se
com uma boa refeição em que não faltou tradição e uma pitada de ciência e modernidade na arte culinária
Rumex crispus
SOPA DE BELDROEGAS
2,5 L de água
1Kg de batata
1 cabeça de nabo
1 cebola
1 molho de urtigas
Uns bagos de arroz
Azeite e sal
RESUMO
(http://docplayer.com.br/43463487-Caracterizacao-nutricional-e-
toxicologica-de-especies-de-plantas-silvestres.html
• Os minerais são substâncias inorgânicas que ocorrem naturalmente e são
essenciais em diversas atividades fisiológicas dos tecidos do corpo. Nos alimentos,
estes elementos contribuem para o seu sabor e textura (Belitz, 2009).
• Os antioxidantes são compostos importantes na proteção do organismo contra
radicais livres que contribuem para o desenvolvimento de várias doenças
degenerativas. Nos tecidos das plantas, os compostos fenólicos atuam como
antioxidantes naturais, sendo utilizados pelo Homem como suplementos
alimentares ou em formulações farmacêuticas (Belitz, 2009). Atualmente, na
indústria e investigação cientifica há um crescente interesse nas plantas silvestres
devido às suas propriedades antioxidantes.
• No entanto, nas plantas existem metabolitos secundários altamente ativos e que
são conhecidos como compostos antinutricionais porque provocam efeitos
deletérios por precipitação e/ou atuam reduzindo a absorção de nutrientes no
organismo humano. Nas plantas, estão presentes diversos grupos de
antinutrientes (taninos, fitatos, oxalatos, saponinas, alcalóides, inibidores de
protéases, glicósidos cianogénicos e lectinas) que são utilizados como mecanismos
de defesa (Gemede & Ratta, 2014).
• Este estudo revelou que as folhas destas plantas tem uma boa composição mineral e uma
capacidade antioxidante relativamente elevada. Os estudos de avaliação da composição
mineral, demonstraram que as plantas silvestres estudadas se destacam pelos seus elevados
níveis de magnésio, ferro e zinco, comparativamente com as espécies cultivadas
correspondentes (Rheum rhabarbarum (ruibarbo), Brassica napus (nabiças), Beta vulgaris
(acelga-comum) e Lactuca sativa (alface).
• Em relação ao teor fenólico e à capacidade antioxidante, as quatro plantas silvestres
utilizadas neste trabalho, apresentaram um elevado teor fenólico (891,55 – 105,84 mg/ 100 g
massa seca em EAG) e poder antioxidante
• O Rumex crispus não apresentou atividade lectina, tanto nas folhas cruas como nas
confecionadas, concluindo-se que, a nível deste composto antinutricional, não há riscos de
consumo desta espécie silvestre.
• Do ponto de vista toxicológico, a Sinapis arvensis, a Beta maritima e o Sonchus oleraceus
contêm lectinas, ainda que inativas no estado cru, pelo que o seu consumo alimentar não é
aconselhado. Estes diferentes extratos quando sujeitos a tratamento térmico (+100 °C),
expõem a atividade de lectina. Estes resultados, pela primeira vez evidenciados, traduzem-se
em diferentes abordagens destas espécies, relativamente ao estudo dos inibidores de
lectinas e em estratégias de purificação de novas lectinas. Atualmente, as lectinas são
ferramentas de topo, usadas em glicómica (identificação de genes associados a glicosilação).
O seu mecanismo de ação confere-lhes propriedades biológicas, biomédicas e
biotecnológicas. Assim num estudo futuro, poder-se-ia explorar as lectinas destas plantas e o
impacto da sua utilização.
http://stopogm.net/sites/stopogm.net/files/
webfm/plataforma/receitaservas.pdf
Mentha pulegium L.
Calamintha baetica Boisset poejo Rosmarinus officinalis L.
& Reuter, erva-das-azeitonas
alecrim
Origanum vulgare L.
subsp. virens (Hoffmanns. & Link)
Bonnier & Layens Satureja montana L.
orégão segurelha
Nerium oleander
loendro, sevadilha
• OBRIGADA!