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Direito Marítimo - GODOFREDO MENDES VIANNA PDF
Direito Marítimo - GODOFREDO MENDES VIANNA PDF
Volume 1
GRADUAÇÃO
2016.2
Sumário
Direito Marítimo
AULA VIII — CAPITANIA OS PORTOS, TRIBUNAL MARÍTIMO E ACIDENTES E FATOS DA NAVEGAÇÃO...................................... 156
Promulgação
Título Data Decreto
Data
nº
Convenção sobre a Organização Marítima Consultiva Inter-
gorvenamental (IMCO) Atualmente Convenção Relativa à 06/03/1948 52.493 23/09/1963
Criação da Organização Marítima Internacional (IMO)
Emendas aos Artigos 17 e 18 da Convenção sobre a Organi-
15/09/1964 64.988 13/08/1969
zação Marítima Consultiva Intergovernamental
Convenção para a Facilitação do Tráfego Marítimo Interna-
09/04/1965 80.672 07/11/1977
cional. (FAL-65)
Emenda ao Artigo 28 da Convenção sobre a Organização
28/09/1965 64.989 13/08/1969
Marítima Consultiva Intergovernamental
Convenção Internacional sobre Linhas de Carga. (LL-66) 05/04/1966 66.103 22/01/1970
Protocolo de Emenda à Convenção para a Unificação de
Certas Regras em Matéria de Assistência e Salvamento Marí- 27/05/1967 87.975 22/12/1982
timos de 1910
Convenção Internacional sobre Medida de Arqueamento de
23/06/1969
Navios, 1969. (TONNAGE-69)
Convenção Internacional sobre Responsabilidade Civil em
29/11/1969 79.437 28/03/1977
Danos Causados por Poluição por Óleo, 1969 (CLC-69)
Convenção sobre o Regulamento Internacional para Evitar
20/10/1972 80.068 02/08/1977
Abalroamento no Mar, 1972. (COLREG-72) e (RIPEAM-72)
Emenda ao Artigo VII da Convenção para Facilitação do Trá-
19/11/1973 89.957 12/07/1984
fego Marítimo Internacional, 1965
Emendas aos artigos 10, 16, 17, 18, 20, 28, 31 e 32 da Con-
venção sobre a Organização Marítima Consultiva Intergover- 17/10/1974 82.533 01/11/1978
namental. (IMCO). Resolução A.315
13
Atos Multilaterais Assinados pelo
Brasil no Âmbito da Organização Ma-
rítima Internacional, retirado do site:
<www2.mre.gov.br/dai/imo.htm> .
Acesso em: 19 ago. 2011.
O instituto surgiu em 1926 como órgão auxiliar da extinta Liga das Na-
ções. É uma organização intergovernamental independente, sediada em
Roma. Tem como objetivo a harmonização e coordenação do direito privado.
O Brasil tornou-se um membro em 18 de junho de 1940.
Dentre importantes convenções e protocolos publicados pela Unidroit,
podemos destacar:
- Convenção Internacional relativa ao contrato de viagem (Bruxelas,
1970);
- Convention on Agency in the International Sale of Goods (Gene-
bra, 1983);
- Convenção sobre contratos de compra e venda de mercadorias (Con-
vention relating to a Uniform Law on the International Sale of Goods).
4 REGRAS DE YORK-ANTUÉRPIA18
6 REGRAS DE HAMBURGO23
7 REGRAS DE ROTERDÃ26
www.rotterdamrules.com/sites/de-
de mercadorias. fault/files/pdf/convention.pdf>. Aces-
so em: 21 jun. 2016.
CASO GERADOR
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
1 Utilizadas
Eletrônicas
Jurisprudenciais
Legislativas
1 NAVIO E EMBARCAÇÃO
Assim, é correto afirmar que o navio é uma espécie cujo gênero é a em-
barcação.
30
SIMAS, Hugo. Compêndio de direito
marítimo brasileiro. São Paulo: Saraiva
1.1 Natureza jurídica & Cia Editores, 1938, p. 48.
31
Art. 3º do Decreto n° 15.788/22.
Nos termos da noção dada pelo direito civil para os bens móveis e
atendendo ao conceito de navio supra-indicado, deve o navio figurar en-
tre aqueles bens. E assim tem sido considerado desde o direito romano
até os dias presentes, exceto na época medieval, em que o valor do navio,
crescendo grandiosamente, fez que se o admitisse imóvel, a fim de me-
lhor explicar a necessidade de aumentar o crédito aos senhores feudais35.
35
LACERDA, José Candido Sampaio de.
1.2.1.1 NOME DO NAVIO Curso de direito privado da navegação.
Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1984,
3ª ed. rev. e atual. por Aurélio Pitanga
Obrigatoriamente, todo navio deve ter um nome, que é considerado uma Seixas Filho, p.53.
das principais características no que concerne à individualização de num na- Lei n° 7.652/1988.
36
São aqueles pertencentes aos entes privados, como, por exemplo, os porta-
-contêineres, os petroleiros, os de transporte de gás, entre outros, integrando
o ramo civil das atividades maritimas.
A Lei nº 9.432/1997 define, nos incisos de seu art. 2º, os tipos de navega-
ção que um navio pode ser classificado. São eles:
VII — Navegação de apoio portuário: a realizada exclusivamente nos
portos e terminais aquaviários, para atendimento a embarcações e instalações
portuárias;
VIII — Navegação de apoio marítimo: a realizada para o apoio logís-
tico a embarcações e instalações em águas territoriais nacionais e na Zona
Econômica, que atuem nas atividades de pesquisas e lavras de minerais e
hidrocarbonetos;
IX — Navegação de cabotagem: a realizada entre portos ou pontos do
território brasileiro, utilizando a via marítima ou esta e as vias navegáveis
interiores;
X — Navegação interior: a realizada em hidrovias interiores, em percurso
nacional ou internacional;
[...]
1.6 Armador
[...]
1.6.2 Armador-locatário
1.8 Fretador
1.9 Afretador
1.10 NVOCC
—X—
[...]
[...]
—X—
1.12.2 Transitários
duas pessoas para facilitar a conclusão de um negócio jurídico, a ele GIBERTONI, Carla Adriana Comitre. Te-
54
1.12.5 Reboque
1.12.6 Praticagem
58
PIMENTA, Matusalém Gonçalves. Res-
ponsabilidade Civil do Prático. Rio de Ja-
neiro: Lúmen Júris: 2007, 1ª ed., p. 135.
dente: colisão de N/M com o cais, com danos materiais de monta, sem
vítimas; b) quanto à causa determinante: erro de manobra, excesso de
velocidade na aproximação; c) decisão: julgar procedente a preliminar
apresentada por [...]; e julgar improcedente a preliminar apresentada
pelo Comandante do NM ‘SANKO REJOICE’. [..] Decisão por maio-
ria nos termos do voto do Juiz-Relator: julgar.o acidente da navegação
previsto no art. 14, letra ‘a’, da Lei nº 2.180/54, como decorrente da
imperícia do prático [...] e da negligência do comandante [...], conde-
nando cada um à pena de multa de R$ 1.000,00 (mil reais) e custas
[...]59.
—X—
[...]
28) instaurar inquérito e demais atos de direito, para o que ocorrer
a bordo;
29) superintender os serviços de abastecimento e reparos, manu-
tenção, docagem e reclassificação da embarcação. Visar às respectivas
faturas, relatórios de serviço e pedidos, assim como todos e quaisquer
outros documentos;
[...]
31) delegar poderes aos Subordinados para distribuição de serviços,
visando ao bom andamento dos trabalhos de bordo;
[...]
35) responder pelo fiel cumprimento das leis, convenções, acordos
nacionais e internacionais, e de todas as demais normas que regem o
Transporte Marítimo, devendo zelar pelo bom nome da Empresa, res-
guardando os interesses da mesma e a boa apresentação da Marinha
Mercante do Brasil, nos portos nacionais e estrangeiros;
[...]
39) implantar e fazer cumprir a bordo um plano de prevenção e
combate a poluição.
—X—
1.14.1 Intermodalidade
1.14.2 Multimodalidade
CASO GERADOR
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
1 Utilizadas
KOVATS, L. J. The Law of Tugs and Towage. Londres: Barry Rose (Publi-
shers) Ltd, 1980.
Jurisprudencial
Legislativa
ROTEIRO DE ESTUDO
“163. We note with concern that the health of oceans and mari-
ne biodiversity are negatively affected by marine pollution, including
marine debris, especially plastic, persistent organic pollutants, heavy
metals and nitrogen-based compounds, from a number of marine and
land-based sources, including shipping and land run-off. We commit
to take action to reduce the incidence and impacts of such pollution
on marine ecosystems, including through the effective implementation
of relevant conventions adopted in the framework of the International
Maritime Organization, and the follow-up of relevant initiatives such
as the Global Programme of Action for the Protection of the Marine
Environment from Land-based Activities,42 as well as the adoption of
coordinated strategies to this end. We further commit to take action
to, by 2025, based on collected scientific data, achieve significant re-
ductions in marine debris to prevent harm to the coastal and marine
environment.”
(649 km). Tal demanda foi negada em 2007, sendo “sugerida” uma diminui-
ção de 35% deste pleito. Neste momento novo pleito está em estudo com
reais chances de sucesso e o Brasil poderá ser o primeiro país no mundo a ter
sua proposta de ampliação de limites da Plataforma Continental aceita pela
ONU, sob a égide da CNUDM III.
Parágrafo único. Nos casos de que trata este artigo, é vedada a apli-
cação das sanções previstas nesta Lei antes da decisão final do Tribunal
Marítimo, sempre que uma infração for constatada no curso de inqué-
rito administrativo para apurar fato ou acidente da navegação, com
exceção da hipótese de poluição das águas.
• Lei Federal nº 7.347 de 24/07/85: Ação Civil Pública por Danos Cau-
sados ao Meio Ambiente — Institui a Ação Civil Pública de Respon-
sabilidade por Danos Causados ao Meio Ambiente, ao Consumidor,
a Bens e Direitos de Valor Artístico, Estético, Histórico e Paisagístico.
Estas ações objetivam responsabilizar e obrigar o poluidor a reparar o
dano gerado. A lei disciplina as Ações Civis Públicas que podem ser
propostas pelo Ministério Público, pela União, Estados e Municípios
ou por autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades de eco-
nomia mista ou associações de defesa ao meio ambiente.
3. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
3.4 Responsabilidades
3.4.3.2 COMPETÊNCIAS
• Advertência;
• Multa simples;
• Multa diária;
• Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, ins-
trumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza
utilizados na infração;
• Destruição ou inutilização do produto;
• Suspensão de venda e fabricação do produto;
• Embargo de obra ou atividade;
• Demolição de obra;
• Suspensão parcial ou total de atividades;
• Restritiva de direitos: que poderá ser suspensão de registro, licença ou
autorização; cancelamento de registro, licença ou autorização; perda
ou restrição de incentivos e benefícios fiscais; perda ou suspensão da
participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais
de crédito; proibição de contratar com a Administração Pública, pelo
período de até três anos.
• Reparação dos danos causados;
75
Lei nº 9.605/1998.
Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico,
quilograma ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurí-
dico lesado.
Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no
regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índi-
ces estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00
e o máximo de R$ 50.000.000,00.
envolve áreas dos portos públicos, TUP e obras de acesso terrestre e marí-
timo, a Secretaria de Portos (SEP) acompanha e coordena os processos de
licenciamento ambiental.
O processo de licenciamento ambiental é classificado três etapas, quais
sejam: Licença Prévia (LP); Licença de Instalação (LI) e Licença de Opera-
ção (LO), como previsto no artigo 8° da Resolução CONAMA n° 237/97;
vejamos:
4.4 Dragagem
89
DPC. NORMAM 11. Disponível
em: <https://www.dpc.mar.mil.br/
normam/N_11/normam11.pdf>.
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
1 Utilizadas
POLIDO, Walter. Seguros para riscos ambientais. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2005.
Eletrônicas
Legislativas
ROTEIRO DE ESTUDO
1 SEGUROS MARÍTIMOS
1.4 Resseguro
1.5 Retrocessão
1.6.1 O LLOYD’S
to (AS), Avaria Grossa (AG), Responsabilidade Civil por Abalroação (RCA), tino, ou em violação de bloqueio, e
Avaria Particular (AP); a Seguradora não admitirá qualquer
pedido de indenização de prejuízos
Depreende-se da análise do sumário das Coberturas Básicas que a Cober- proximamente causados ou atribuíveis
àqueles riscos, quer tal emprego ocorra
tura Básica 1 é a garantia mínima a ser concedida, sendo que há ampliações com a conivência do Segurado, arma-
dor ou administrador da embarcação,
nas outras duas. quer decorra de sua negligência carac-
terizada ou omissão culposa (subitem
5.2.1) em relação ao disposto na alínea
“c” do item 5.2 da Cláusula 5.
6.5 – Desvio de Rota – Nos seguros
1.8.1 Perda Total (PT) por viagem, a agravação dos riscos re-
sultante do desvio ou prolongamento
voluntário da rota originalmente pre-
A Perda Total da embarcação, para fins do Seguro Casco e Máquinas, pode vista na apólice e os prejuízos daí de-
correntes só terão cobertura mediante
ser considerada Real ou Construtiva. o cumprimento do disposto no item 1.2
A Perda Total Real ocorre quando: a) o objeto segurado é destruído ou tão da Cláusula 1 (COBERTURA); salvo em
caso de força maior, como medida de
extensamente danificado que deixa de ter as características da coisa segurada; segurança para o navio e/ou sua carga,
ou para prestação de socorro ou assis-
b) o Segurado fica irremediavelmente privado do objeto ou interesse segu- tência a outra embarcação em apuros
e/ou visando ao salvamento de vida
rado; ou c) o objeto segurado é dado como desaparecido após um período humana em perigo.
razoável de efetivas buscas e pesquisas sem resultados positivos.98 6.6 – Roeduras por Vermes, etc.
– Esta apólice não cobre os danos
A Perda Total Construtiva ocorre quando o custo da preservação, recupe- causados a embarcação ou seus per-
tences por roeduras ou perfurações
ração, reparação e/ou reconstrução do objeto segurado for igual ou superior por vermes, insetos ou outros bichos,
nem as despesas de substituição das
a 75% de seu valor ajustado. partes afetadas; quanto aos prejuízos
No cálculo do percentual de 75% acima mencionado não deve ser con- consequentes daqueles danos e apenas
quando caracterizado o “vício oculto”,
siderado o valor que possa ter o objeto segurado ou o que dele restar após o aplica-se o disposto no item 6.2.
6.7 – Quarentena e Estadia em Por-
sinistro, nem a contribuição que se tornaria exigível de terceiros a título de to – Nenhuma reclamação ou indeni-
Avaria Grossa, porém, deve-se computar os custos das operações de salva- zação será admitida sob esta apólice
com base em despesas de invernada
mento ou remoção que se fariam necessárias e a contribuição que caberia à ou quarentena por motivos sanitários
ou regulamentares. Em caso de sinistro
embarcação em caso de Avaria Grossa. coberto por esta apólice, as despesas de
estadia só serão indenizáveis quando e
na medida em que compreendidas em
condição particular anexa à presente
apólice. Em nenhuma outra hipótese
1.8.2 Assistência e Salvamento (AS) caberá qualquer indenização a título
de demora ou estadia da embarcação
no porto.
A cobertura de Assistência e Salvamento refere-se: a) à remuneração ou 6.8 – Lucros Cessantes – Acham-
-se excluídos da cobertura concedida
recompensa devida pelo Segurado a quem atuando por iniciativa própria ou por esta apólice os lucros cessantes,
ou perdas equivalentes sofridas pelo
mediante acordo firmado em termos usualmente aceitos pelos seguradores Segurado ou beneficiário deste seguro,
seja qual for sua causa, origem ou con-
tenha salvado ou participado do salvamento da embarcação ou do objeto ceituação e ainda que decorrentes de
segurado quando em situação de grave perigo real de se perder totalmen- sinistro coberto por esta apólice.
6.9 – Poluição – A poluição que
te ou quando na iminência de sofrer ou gerar outros prejuízos indenizáveis venha a ser causada pela embarcação
segurada, ou que dela se origine, bem
sob apólice pactuada; b) às despesas razoáveis e necessárias, inerentes a tais como as multas, prejuízos, danos e
operações, bem como aos danos por elas causados à embarcação ou objeto responsabilidades que dela resultarem,
acham-se totalmente excluídas da co-
segurado.99 bertura concedida por esta apólice.
6.10 – Riscos de Radioatividade –
Importante destacar que se os serviços de salvamento, reboque ou ou- Ressalvado o disposto na alínea “e”
do item 1.3 da Cláusula 1, a presente
tra assistência, forem prestados por embarcação pertencente, no todo ou em apólice não dá qualquer cobertura aos
parte, ao mesmo armador, ou que seja por este administrada, o valor de tais riscos de radioatividades e às responsa-
bilidades decorrentes.
serviços e a responsabilidade da Seguradora serão igualmente apurados por 6.11 – Roubo e Furto – Não estão
compreendidos na cobertura, nem
arbitramento, como se as embarcações fossem de inteira propriedade e admi- equiparados à pilhagem e a predação,
para fins desta apólice, o roubo e/ou
nistração de armadores diferentes. furto de peças, pertences ou provisões
da embarcação ou de sua tripulação,
nem o da própria embarcação, pratica-
do por tripulantes ou por outrem.
6.12 – Riscos de Guerra, Greves e
1.8.3 Avaria Grossa (AG) Correlatos – Acham-se igualmente ex-
cluídos da cobertura, salvo disposição
expressa em contrário nas cláusulas
A cobertura de Avaria Grossa abrange a quota de contribuição da embar- ou condições particulares anexas a esta
apólice ou que a ela venham a incorpo-
cação segurada e do frete (este quando em risco e objeto de seguro específico) radas por endosso e apenas na medida
em que tais cláusulas ou condições par-
que for apurada na repartição da Avaria Grossa. ticulares revoguem e prevaleçam sobre
Saliente-se que, em nenhuma hipótese, haverá cobertura securitária para as exclusões objeto desta cláusula e
unicamente enquanto permaneçam
despesas e prejuízos quando feitos ou suportados visando exclusivamente ao em vigor.
I – qualquer perdas, danos ou des-
salvamento e preservação da carga e somente a esta beneficiarem. pesas proximamente causados por,
Importante destacar que a cobertura concedida a título de Avaria Grossa resultantes de, ou incorridas em con-
sequência de:
a) captura, sequestro, arresto, reten-
ção ou detenção ou qualquer tentativa
[...] entende-se absolutamente livre de reclamação por Avaria Par- nesse sentido;
b) hostilidade ou operações bélicas
ticular e de danos ao casco da embarcação segurada por ato de Avaria ou equivalentes tenha ou não havido
Grossa, porém a contribuição da embarcação em Avaria Grossa será uma declaração de guerra; ressalvado
que estas exclusões não se aplicam em
indenizável quando esta se originar da perda de, ou de dano ao equipa- casos de abalroação ou de contato com
aeronaves, foguetes ou mísseis simila-
mento, túneis de amarras, caldeiras, maquinaria, máquinas e motores res, ou com quaisquer objetos fixos ou
flutuantes que não minas, torpedos
auxiliares e de refrigeração, revestimentos térmicos, instalações elétri- ou engenhos de guerra semelhantes,
cas, controles de direção (excluído o leme), âncoras, amarras, cabos, de mau tempo, de encalhe, incêndio
ou explosão que não causados direta-
mastros, guindastes, vergas, velas, botes e respectivas conexões, bem mente por ato hostil de ou contra uma
potência beligerante e independente-
como de qualquer dano causado à embarcação ou a seu equipamento mente da natureza da viagem ou do
para extinção de incêndio a bordo, ou por contatos com outras em- serviço que a embarcação segurada ou
qualquer outra embarcação nela envol-
barcações que lhe estejam prestando assistência ou participando de seu vida esteja executando; e ressalvando
ainda que a expressão “potência”, na
salvamento.100 forma aqui empregada inclui qualquer
autoridade mantendo força naval, ter-
restre ou aérea em associação com uma
potência;
II – qualquer perda, dano, responsa-
1.8.4 Responsabilidade Civil por Abalroação (RCA) bilidade ou despesa causada por qual-
quer pessoa agindo maliciosamente ou
por motivação política e que se origine:
A cobertura de Responsabilidade Civil por Abalroação prevista no Seguro a) de detonação de um explosivo;
b) de qualquer arma de guerra.
de Casco e Máquinas garante o reembolso de 3/4 (três quartos) das indeni- III - qualquer perda, dano, responsa-
bilidade ou despesa que se origine de
zações que, em razão de abalroação ocorrida entre a embarcação segurada qualquer arma de guerra empregando
e outra ou outras embarcações, o Segurado seja condenado, por força de fissão e/ou fusão atômica ou nuclear
ou outra reação semelhante ou força ou
decisão proferida por autoridade competente (judicial ou arbitral) a pagar a matéria-radioativa.
terceiros, por perdas ou danos materiais, lucros cessantes e/ou outros prejuí- 98
Incumbe ao Segurado, ao reclamar
a indenização por Perda Total Real na
zos e despesas. hipótese em comento, fornecer ao Se-
gurador indícios convincentes de que o
Observe-se, por outro lado, que de acordo com o item 3.1 da Circular desaparecimento do objeto segurado
SUSEP n° 001/1985 a cobertura em questão não abrange a prestação de teve lugar durante a vigência desta
apólice.
qualquer fiança ou garantia, nem qualquer quantia que o Segurado custear 99
Circular SUSEP n° 001/1985.
relacionado à: 2.7 – Se a embarcação tiver carga
a bordo e os serviços de Assistência e
Salvamento, prestados ou aceitos sob
acordo formal e no interesse da pre-
ticular diz respeito a perdas ou avarias sofridas pelo objeto segurado que não 102
Item 3.6 da Circular SUSEP n°
001/1985.
constituam prejuízo por Avaria Grossa e não sejam tratadas como Perda Total
Construtiva.”
Admite-se para fins de Avaria Particular: a) os custos razoáveis dos repa-
ros e/ou substituições recomendados ou reconhecidos como necessário por
peritos vistoriadores indicados ou aceitos pela Seguradora, comprovados,
por faturas quitadas ou documentos equivalentes; b) as despesas em que o
Segurado tenha incorrido em consequência da perda ou avaria e necessária
à execução dos reparos e/ou substituições, na medida em que forem assim
reconhecidos como parte integrante da Avaria Particular e tidas como razoá-
veis nas circunstâncias; c) os honorários e despesas de regulação de avaria; d)
outros custos e despesas admitidos pelo árbitro Regulador e pelo Segurador.
Via de regra, os reparos e/ou substituições devem ter caráter definitivo,
aprovando-se excepcionalmente provisórios quando: a) expressamente reco-
mendados pelo perito da Seguradora; ou, b) indispensáveis à boa execução
posterior dos reparos definitivos; ou, c) proporcionarem uma redução com-
pensadora nos custos e despesas com os reparos definitivos.
Necessário salientar que a cobertura de AP não engloba: a) reparos ou
substituições de partes ou peças que apresentem defeitos de construção, fa-
bricação, reparação ou instalação, vício próprio conhecido ou oculto ou afe-
tadas pelo uso e desgaste natural ou por deterioração gradual; b) despesas
de raspagem e/ou pintura do fundo do casco, salvo quando tais despesas
constituírem parte do reparo da avaria parcial indenizável do fundo do casco
e limitadas à parte assim preparada; c) despesas com rancho e soldadas do
Capitão, Oficiais e demais tripulantes, ou de qualquer deles, exceto quando
for necessário remover a embarcação de um para outro porto onde as avarias
devam ser reparadas, ou durante viagem de experiência para testar os reparos
efetuados, casos em que tais despesas serão admitidas em Avaria Particular
exclusivamente pelo tempo em que a embarcação estiver efetivamente sendo
removida ou em viagem de experiência e na medida em que não sejam, no
todo ou em parte recuperáveis em Avaria Grossa; d) despesas de ratificação
de Protesto Marítimo, feitas no exclusivo interesse da cobertura de Avaria
Particular concedida sob esta cláusula; e) perdas ou avarias parciais que não
tiverem sido substituídas ou reparadas, quando, ainda durante a vigência des-
ta apólice, ocorrer a Perda Total do objeto segurado, ou quando esta Perda
Total tiver ocorrido após o vencimento desta apólice e o objeto segurado não
houver sido vendido.
[…] a person may belong to a society (such as a P. & I. Club) whose ru-
les do not entitle him to an indemnity but only to contributions from other
members towards his loss. Since the essence of a contract of insurance is that
the insured should be entitled to an indemnity, it seems that in such a case
there cannot be a contract of insurance.103
1.10 DPEM
mais comuns para uma empresa que possui um fluxo considerável e continu-
ado de negócios que demandam a utilização de transporte.
As condições padronizadas da Circular SUSEP n° 354/2007 apresentam
três tipos de coberturas básicas (A, B e C), as quais podem ser ampliadas com
a inserção de cláusulas adicionais.
A cobertura básica ampla (A — All Risks) oferece a garantia mais abran-
gente para eventuais prejuízos à mercadoria objeto do seguro sem enumerar/
limitar os riscos, sendo plenamente indenizáveis as avarias particulares (dano
ou perda parcial).
A cobertura básica restrita B abrange uma garantia intermediária sem co-
brir tantos riscos com a All Risks. Referida cobertura garante ao segurado os
danos causados ao objeto segurado exclusivamente por a) incêndio, raio ou
explosão; b) encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio ou embarcação; c)
capotagem, colisão, tombamento ou descarrilamento de veículo terrestre; d)
abalroamento, colisão ou contato do navio ou embarcação com qualquer ob-
jeto externo que não seja água; e) colisão, queda e/ou aterrissagem forçada da
aeronave, devidamente comprovada; f ) descarga da carga em porto de arri-
bada; g) carga lançada ao mar; h) perda total de qualquer volume, durante as
operações de carga e descarga do navio; e i) perda total decorrente de fortuna
do mar e/ou de arrebatamento pelo mar; j) inundação, transbordamento de
cursos d’água, represas, lagos ou lagoas, durante a viagem terrestre; k) desmo-
ronamento ou queda de pedras, terras, obras de arte de qualquer natureza ou
outros objetos, durante a viagem terrestre; l) terremoto ou erupção vulcânica;
e m) entrada de água do mar, lago ou rio, na embarcação ou no navio, veícu-
lo, “container”, furgão (“liftvan”) ou local de armazenagem.
A cobertura básica restrita C apresenta amplitude de cobertura similar à
básica restrita B, com exclusão dos riscos cobertos descritos nos itens j a m
acima.
Importante observar que todas as três coberturas básicas apresentam ca-
racterísticas em comum, tais como cobertura para avaria grossa e despesas de
salvamento incorridas pelo Segurado e/ou Beneficiário e excludentes de in-
denização por perdas, danos ou despesas decorrentes direta ou indiretamente
por atos ilícitos do Segurado e/ou Beneficiário, inadequação ou insuficiência
de embalagem, vício próprio da mercadoria, atos terroristas, greve etc.
A importância segurada normalmente deve corresponder ao valor da mer-
cadoria segurada, contudo, é possível que outras verbas como frete, despesas,
lucros esperados e tributos sejam abrangidas, desde que haja cobertura adi-
cional pactuada.106
Para a contratação do seguro, o segurado deve fornecer as seguintes in-
formações básicas ao segurador viabilizando a avaliação do risco: descrição
e natureza da carga, peso bruto e líquido, cubagem, embalagem, valor total 106
Dentre outras coberturas adicionais,
podem-se citar ainda as específicas
para riscos de greve e de guerra.
FIUZA, César. Direito Civil — Curso Completo. 5. ed. Rio de Janeiro: Del
Rey, 2002.
Jurisprudenciais
Legislativas
ROTEIRO DE ESTUDO
1 HISTÓRICO / INTRODUÇÃO
manência dos navios no porto, foram decorrências diretas da antiga Lei dos
Portos (Lei nº 8.630 de 1993).
É sabido que até o ano de 1993 o Estado detinha não apenas a administra-
ção dos portos como também a operação direta. Porém este formato não se
mostrava adequado às necessidades do mercado, tanto que os portos ficaram
sucateados e ineficientes por muitos anos quer seja pela falta de investimento
como pela pequena participação do capital privado.
Com o advento do Regime Jurídico preconizado na Lei nº 8.630/93, as
Companhias Docas de todo o Brasil (em geral sociedades de economia mista
com participação da União) passaram a administrar a atividade portuária,
como autoridades portuárias, arrendantes de terminais públicos, através de
licitação, onde as vencedoras —empresas privadas — passaram a realizar di-
retamente a operação portuária, sempre respeitando as regras do contrato de
arrendamento de caráter publico.
Além dos terminais públicos, o cenário portuário contava também com a
operação dos terminais de uso privativos exclusivos que movimentavam carga
própria e os terminais de uso privativos mistos que movimentavam cargas
próprias e de terceiros.
A ruptura com o antigo regime, onde o Estado detinha o controle prati-
camente absoluto da atividade portuária, foi um grande passo para a moder-
nização dos portos.
No entanto, com o passar dos anos, este modelo inicialmente festejado
pelo setor, se mostrou inadequado frente ao aumento de demandas do merca-
do mundial, gerando os chamados “gargalos logísticos”, fato que exigia nova
solução regulatória.
É previsível que mudanças regulatórias nunca ocorram de forma pacífica
e a atividade portuária não foi exceção, principalmente com as mudanças
radicais ocorridas no setor após a Lei de Modernização dos Portos de 1993.
Com a edição do Decreto nº 6.620 em 2008, os terminais privativos so-
freram restrições para movimentar cargas de terceiros, e, portanto, ficaram
impedidos de explorar a atividade portuária em concorrência com os termi-
nais de uso público.
Este modelo foi amplamente modificado pela já citada Medida Provisória
nº 595 de 2012, aprovada no Congresso Nacional e Convertida na Lei nº
12.815 de 5 de Junho de 2013 (sancionada pela Presidente da República com
vetos a alguns dispositivos acrescentados e alterados pelo poder Legislativo).
Não se pode deixar de observar que as mudanças regulatórias do setor
portuário ocorreram por meio de mecanismos legislativos inerentes ao Poder
Executivo, primeiro através de Decreto em 2008 que limitou a participação
do capital privado e, posteriormente, com a Medida Provisória n. 595 de
2012 que permitiu um maior protagonismo dos terminais privados.
c) (VETADO);
IX — concessão: cessão onerosa do porto organizado, com vistas à
administração e à exploração de sua infraestrutura por prazo determi-
nado;
X — delegação: transferência, mediante convênio, da administra-
ção e da exploração do porto organizado para Municípios ou Estados,
ou a consórcio público, nos termos da Lei nº 9.277, de 10 de maio de
1996;
XI — arrendamento: cessão onerosa de área e infraestrutura públi-
cas localizadas dentro do porto organizado, para exploração por prazo
determinado;
XII — autorização: outorga de direito à exploração de instalação
portuária localizada fora da área do porto organizado e formalizada
mediante contrato de adesão; e
XIII — operador portuário: pessoa jurídica pré-qualificada para
exercer as atividades de movimentação de passageiros ou movimen-
tação e armazenagem de mercadorias, destinadas ou provenientes de
transporte aquaviário, dentro da área do porto organizado.”
Importante ressaltar ainda a distinção que a lei trouxe em relação aos con- 118
Idem.
ceitos de concessão e arrendamento, deixando claro que a concessão é cessão 119
O Termo de Liberação de Operação só
é emitido após o cumprimento das eta-
onerosa do próprio porto organizado (administração e exploração de sua in- pas descritas no artigo 27 da Resolução
fraestrutura), enquanto que o arrendamento é a cessão onerosa de área loca- da ANTAQ 3.290 de 14 de fevereiro de
2014.
lizada dentro do porto organizado, portanto, cessão de apenas uma parcela 120
Ver art. 11 da Resolução nº 3274 da
do porto que pode ser denominada como instalação portuária ou terminal ANTAQ de 6 de fevereiro de 2014. Ain-
da, de acordo com o art. 3º da Resolu-
de uso público, ambas cedidas à iniciativa privada mediante procedimento ção nº 3259 da ANTAQ de 30 de janeiro
de 2014 “Cabe à ANTAQ fiscalizar e re-
licitatório. gular a prestação de serviços de trans-
De acordo com o artigo 17 da nova lei dos portos, a administração do portes aquaviários e a exploração da
infraestrutura aquaviária e portuária,
porto poderá ser exercida diretamente pela: i) União; ii) pela delegatária de ofício ou mediante Ação Fiscalizado-
ra, zelando pelo cumprimento de todos
(transferência através de convenio para Municípios, Estados ou Consórcios os dispositivos legais, regulamentares
e instrumentos contratuais sob sua
Públicos) ou iii) pela entidade concessionária do porto organizado (por meio regulação, em especial a adequada
de licitação). prestação do serviço ou exercício da
atividade.”.
A nova lei dos portos, Lei nº 12.815 de 2013 praticamente repete o mo-
delo aplicado a partir de 1993 e em seu artigo 32 prevê que, os operadores
portuários deverão constituir, em cada porto organizado, um órgão de gestão
de mão de obra do trabalho portuário destinado a:
• manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o
registro do trabalhador portuário avulso;
• treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscre-
vendo-o no cadastro; Conforme disposto na Lei nº
121
Note-se que, a nova lei trouxe relevante modificação quanto ao artigo 40,
acrescentando exclusividade para a contratação a vínculo empregatício, tam- Neste sentido verificar os seguintes
129
De acordo com a Nova Lei dos Portos a administração dos portos deverá
ser exercida atraves de algumas modalidades: i) diretamente pela União; ii)
pela delegatária ou iii) por entidade concessionária do porto organizado.
A administração do porto organizado é também denominada autoridade
portuária, e anteriormente detinha a competência para realizar as licitações
de terminais de uso público e celebrar os contratos de arrendamento, hoje
tais competencias foram transferidas respectivamente para Antaq e SEP.
Apesar de ter perdido algumas de suas competências típicas, conforme
disposto no art. 17,§1º da L. 12815/13 a administração do porto ainda esta
obrigada a:
I — cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos e os contratos de
concessão;
II — assegurar o gozo das vantagens decorrentes do melhoramento e apa-
relhamento do porto ao comércio e à navegação;
III — pré-qualificar os operadores portuários, de acordo com as normas
estabelecidas pelo poder concedente;
IV — arrecadar os valores das tarifas relativas às suas atividades;
V — fiscalizar ou executar as obras de construção, reforma, ampliação,
melhoramento e conservação das instalações portuárias;
VI — fiscalizar a operação portuária, zelando pela realização das ativida-
des com regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente;
VII — promover a remoção de embarcações ou cascos de embarcações
que possam prejudicar o acesso ao porto;
VIII — autorizar a entrada e saída, inclusive atracação e desatracação, o
fundeio e o tráfego de embarcação na área do porto, ouvidas as demais auto-
ridades do porto;
IX — autorizar a movimentação de carga das embarcações, ressalvada a
competência da autoridade marítima em situações de assistência e salvamen-
to de embarcação, ouvidas as demais autoridades do porto;
X — suspender operações portuárias que prejudiquem o funcionamento
do porto, ressalvados os aspectos de interesse da autoridade marítima respon-
sável pela segurança do tráfego aquaviário;
XI — reportar infrações e representar perante a ANTAQ, visando à ins-
tauração de processo administrativo e aplicação das penalidades previstas em
lei, em regulamento e nos contratos;
XII — adotar as medidas solicitadas pelas demais autoridades no porto;
XIII — prestar apoio técnico e administrativo ao conselho de autoridade
portuária e ao órgão de gestão de mão de obra;
A nova Lei dos Portos, Lei nº 12.815 de 2013, através do seu artigo 20,
alterou de forma substancial a competência do CAP, pois antes o Conselho
detinha poderes de deliberação, mas com a nova lei, passou a ser apenas um
órgão consultivo da administração do porto.
Ademais, a lei reservou para regulamento próprio a previsão das atribui-
ções, o funcionamento, bem como a composição dos conselhos de autorida-
de portuária.
A competência atual do CAP está presvista no art. 36,§1º do Decreto
8.033/13, de onde se extrai que cabe ao CAP sugerir:
Quanto a sua composição, o CAP deixou de ser formado por quatro blo-
cos para ter assegurada a participação apenas da classe empresarial, dos tra-
balhadores portuários e do poder público, ficando excluída a participação
dos usuários (os clientes, empresas que necessitam dos portos para escoar ou
receber as suas cargas) como bloco próprio.
fazer parte da classe empresarial, conforme se infere do art. 37, II,c transcrito
—, dando maior peso à participação do poder público.
portuária quando: I — o processo de chamada ou anúncio público seja con- Em relação ao procedimento sancio-
140
Porém, com a publicação da nova Lei dos Portos, o art. 24-A da Lei nº
10.683, de 28 de maio de 2003, referente à competência da Secretaria de
Portos,143 passou a vigorar com as seguintes alterações:
[...]
§ 2o
[...]
III — a elaboração dos planos gerais de outorgas;
[...]
V — o desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura aqua-
viária dos portos e instalações portuárias sob sua esfera de atuação, com
a finalidade de promover a segurança e a eficiência do transporte aqua-
viário de cargas e de passageiros.
[...] (NR)
recimentos quantos aos outros pontos. Ocorre que o Ministro Raimundo Informações sobre quais áreas
153 [2]
7 CONCLUSÃO
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
Jurisprudenciais
Normativas
Sítios Eletrônicos
ROTEIRO DE ESTUDO
1 DO TRIBUNAL MARÍTIMO
vegação, com a justiça civil (indenização às famílias das vítimas, por exemplo)
e criminal (morte dos tripulantes).
Nesta situação o Tribunal Marítimo julgará o acidente da navegação, de-
finindo-lhe a natureza e consequências, suas causas determinantes, seus res-
ponsáveis, além de propor medidas preventivas e de segurança, enviando de
imediato seu acórdão àquele que deve auxiliar: o Poder Judiciário.
No excelente modelo criado pelo legislador pátrio, a decisão técnica da
Corte Marítima — auxiliar do Judiciário — é enviada ao Poder Judiciário,
que não domina as peculiaridades da matéria, para que sirva como alicerce
técnico e científico nas suas sentenças.
A análise sobre os reflexos dos julgados do Tribunal Marítimo no Poder
Judiciário pode ser dividida em dois aspectos: a) a necessidade de os órgãos
do Poder Judiciário aguardarem o acórdão do Tribunal; e b) o valor, dentro
da ciência jurídica, dos julgados.
terpretação dessa regra fundamental, entretanto, deve ser feita à luz das
transformações sofridas pelo Estado em razão de sua crescente inter-
venção no domínio econômico e na ordem social.
A palavra oracular de um juiz inglês, Lord Campbell, entretanto, já
nos antecipava o advento das modernas agências administrativas com
funções jurisdicionais, quando proclamou, perante a House of Lordes,
por ocasião da discussão do Railway and Canal Traffic Act, que aquele
projeto continha um Código que os juízes não poderiam interpretar e
que, afinal, procurava transformá-los em diretores de ferrovias. [...] Os
juízes, entre os quais se incluía, sentiam-se incompetentes para decidir
a respeito de tais assuntos. Ele havia devotado grande parte de sua vida
ao estudo do direito, mas confessava-se inteiramente desfamiliarizado
com a administração da ferroviária.
[...] O século XX presenciou notável desenvolvimento nas ativida-
des legislativas e jurisdicionais da Administração. Com frequência cada
vez maior, tendo-se permitido, ou mesmo exigido, que as autoridades
administrativas expeçam normas gerais ou regulamentares. Essa atitu-
de constitui legislação administrativa. [...] Mais frequentemente ain-
da, têm essas autoridades de resolver questões concernentes a certos
direitos. Quando a atividade administrativa, em tal caso, dá margem
a controvérsia dirimível por autoridade administrativa, com compe-
tência jurisdicional, essa decisão é realmente judicial por natureza. [...]
Os mais ortodoxos autores foram forçados a reconhecer a existência de
funções que denominam de quase legislativas ou quase judiciais, dese-
nhadas como parte da atividade administrativa. Atualmente, nos EUA,
as regulamentações e as decisões emanadas de autoridades administra-
tivas são tão numerosas, tão importantes e de tão largo alcance, que a
vida particular de cada cidadão está sob a sua influência. A legislação e
a jurisdição administrativas tornaram-se características significativas da
função governamental.
[...] Essa ampliação da atividade estatal provocou efeitos profundos
na Administração. Em primeiro lugar, resultou em confirmar-se um
ramo administrativo do governo grande variedade de funções nem se-
quer imaginadas há bem poucos anos. Esses novos encargos exigiram
a criação de novos serviços, redistribuição do trabalho, a alteração das
relações entre os diferentes órgãos, a seleção de pessoal mais numero-
so e melhor aparelhado, o estabelecimento de novos métodos para o
controle do pessoal e a idealização de novas normas, métodos ou pro-
cessos para a melhor execução do trabalho. Mas, não é tudo. O grande
aumento da atividade do Governo, especialmente reguladora e contro-
ladora, obriga a Administração a proferir decisões muito semelhantes
às jurisdicionais, quanto à natureza. Tão grande é o seu número, tão
161
NORMAM 9, item 0107, alínea a.
162
NORMAM 9, item 0108, alínea a.
163
NORMAM 9, item 0111, alínea a.
164
NORMAM 9, item 0111, alínea a.
5.2.1 Instauração
5.2.4 Relatório
Diante da decisão exarada pelo órgão judicante são cabíveis três espécies
de recursos, previstos no Título IV da Lei nº 2.180/1954:
• Embargos Infringentes;
• Agravo, por simples petição;
• Embargos Declaratórios.
A respeito do referido tema, a irretocável lição do professor Theophilo de
Azeredo Santos:174
demais regras processuais vigentes. Quando expresso na lei, o efeito da inter- 175
Cumpre salientar que, com o advento
da Lei n° 5.056, de 29 de junho de 1966,
posição de recursos será sempre meramente devolutivo. Por outro lado, sendo que alterou, dentre outros, o parágrafo
2º do art. 112 da Lei n° 2.180/1954, o
a lei omissa, o recurso será recebido no seu duplo efeito, ou seja, devolutivo e prazo para a interposição do agravo
suspensivo, por esta ser a regra geral do direito processual. passou de 48 horas para cinco dias,
sendo o seu processamento na forma
dos arts. 522 e seguintes do Código de
Processo Civil.
6.4 Secretaria
7.3 Da Arribada
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
1 Utilizadas
ANJOS, José Haroldo dos; GOMES, Carlos Rubens Caminha. Curso de di-
reito marítimo. Rio de Janeiro: Renovar, 1992.
______. Prática do Processo Civil. 4. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1947.
Eletrônicas
Jurisprudenciais
Legislativas
1 TIPOS DE CONTRATOS
3 CONTRATOS E A LEI
Todo contrato deve ser regido por um sistema legal. Quando o contrato
não mencionar o sistema legal regente haverá disputa sobre esta definição.
Este problema se agrava quando o contrato tem natureza internacional.
Os critérios de definição da lei regente podem ter as seguintes origens:
a) Nacionalidade (domicílio) das partes;
b) Local da prestação dos serviços; e
c) Livre escolha das partes.
É oportuno citar que a lei brasileira de arbitragem (Lei 9.307/1996) ad-
mite a eleição de lei estrangeira para reger contratos que envolvam empresas
brasileiras.
As funções da lei no contrato são:
a) Assegurar o pacta sunt servanda (o contrato faz lei entre as partes).
Este importante princípio contratual é o que traz a necessária segu-
rança jurídica para que os negócios possam prosperar;
4.3 Viagem
4.4 Portos
4.5 Frete
Nesta cláusula está estipulada a faixa de datas (laydays) que o navio deverá
chegar ao porto de carregamento.
Se o navio chegar antes da data inicial do laydays, a sua chegada não será
considerada, não havendo início da contagem do tempo de estadia.
Se o navio chegar fora da faixa, o afretador poderá cancelar o contrato, ou
alterá-la, a seu critério.
O fretador deverá informar antecipadamente o seu atraso, e o afretador
deverá decidir por uma nova faixa ou cancelar o contrato.
O atraso na chegada pode ensejar indenização se houver má-fé.
4.7 Sobrestadia
4.9 Subafretamento
A) Danos à carga
Esta cláusula só se aplica nas situações em que a lei americana rege o con-
trato, ou atrai competência para jurisdicionar determinadas situações.
Pela lei americana os danos à carga, ocorridos no abalroamento entre dois
navios, são indenizados inteiramente.
Imagine-se a seguinte situação: o navio “A” com carga “A” abalroa navio “B”
com carga “B”, havendo danos em ambas as cargas. A contribuição da culpa de
cada um dos navios em relação ao acidente foi definida em juízo ou regulação.
Pelo USCOGSA, lei americana que incorpora as Regras de Haia-Visby, há
excludente de responsabilidade do navio A em relação à carga A em caso de
negligência da navegação.
Assim, para que a carga “A” seja indenizada na totalidade, o navio “B”
teria que pagar pela sua parcela de culpa, e também pela parcela do navio “A”.
O navio B, por sua vez, cobraria do navio “A”, através de direito de regres-
so, a parcela que deveria ser paga pelo navio “A”.
No fim das contas, o navio “A” teria que arcar com os danos da carga “A”,
apesar de sua exclusão de responsabilidade, dada pelo USCOGSA.
A cláusula Both to blame visa a restituir a direção do USCOGSA, operan-
do no sentido de fazer com que o dono da carga “A” restitua ao navio “A” a
parcela em que não caberia indenização.
5.6 Combustíveis
5.7 Off-Hire
6.3 Reentrega
6.4 Estoques
6.6 Seguros
7.2 Portos
7.5 Programação
7.6 Formulário
8 CONTRATOS DE TRANSPORTE
8.1 Carga
8.2 Navio
8.3 Portos
8.4 Frete
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
CASO GERADOR
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
1 Utilizadas
ROTEIRO DE ESTUDO
1 INTRODUÇÃO
185
CALABUIG, Rosário Espinosa. El
contrato internacional de transporte
marítimo de mercancías: questiones de
ley aplicable. Granada: Comares, 1999.
p. 304.
3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Com o objetivo, mais uma vez, de buscar uma uniformização das normas
que envolvem o direito marítimo, no dia 23 de setembro de 2009 foi reali-
zada a cerimônia para assinatura das Regras de Roterdã (nome dado em ho-
menagem à cidade sede da cerimônia de assinatura), as quais versam sobre os
direitos e obrigações envolvidas no transporte internacional de mercadorias
no todo ou em parte por via marítima.
As Regras de Roterdã objetivam atualizar as disposições das Regras de
Haia e o respectivo Protocolo de Haia-Visby e as Regras de Hamburgo, in-
corporando os novos conceitos, práticas e costumes do comércio marítimo
internacional e integrado com outros modais.
Os dispositivos das Regras de Roterdã procuram atender tanto aos interes-
ses da “carga” como dos “armadores”, servindo como instrumento de regula-
mentação para uma maior harmonia no mundo globalizado e estabelecendo
regras contemporâneas e uniformes para o transporte de mercadorias pelo
mar, conectando ao transporte terrestre, assim como para o desenvolvimento
do comércio eletrônico no transporte marítimo.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar de ter sido signatário das
regras de Hamburgo, o Brasil não ratificou nenhuma convenção internacio-
nal neste sentido, prevalecendo as normas internas comuns aos contratos de
transporte em geral.
Em vista disso, percebe-se que não obstante o esforço desempenhado por
diversos países na busca pela uniformização das normas atinentes aos contra-
tos de transporte marítimo, até hoje não se vislumbra a total sistematização
da regulamentação desses contratos no cenário mundial.
4 DIREITOS E OBRIGAÇÕES
4.1 Transportador
4.2 Embarcador
193
Nesse sentido: VENOSA, Silvio. Direito
Civil: teoria geral das obrigações e teo-
ria geral dos contratos. 3. ed. V. 2. São
Paulo: Atlas, 2003; e MOURA, Geraldo
O pagamento do frete acordado na celebração do contrato de transporte Bezerra de. Direito de navegação em
comércio exterior. São Paulo: Aduanei-
é a principal obrigação do embarcador. Em determinados casos, porém, é ras, 1991.
possível que a dita obrigação seja suportada pelo consignatário da carga, se o 194
“[...] Tanto o transporte, como o
contrato estabelecer, por exemplo, o pagamento do frete antes da descarga ou acondicionamento e depósito de mer-
cadorias, são atividades empresariais
no local do destino. de risco e, portanto, a responsabilidade
dessas empresas sobre as cargas a elas
Fora algumas excludentes, se o embarcador ou o consignatário não paga- confiadas, em realidade, é objetiva,
independente da comprovação de cul-
rem o frete devido, o transportador poderá acioná-los judicialmente por meio pa. Somente podem ver excluída sua
de Ação de Cobrança, sendo certo que, em geral, a responsabilidade tanto do responsabilidade sobre danos, avarias
ou desvios de carga, se comprovarem
embarcador quanto do consignatário da mercadoria poderá ser solidária.195 a inexistência do dano, o fato exclusi-
vo de terceiro, ou a ocorrência de caso
Além da obrigação de pagamento do frete, compete ainda ao embarcador fortuito ou força maior. [...]” BRASIL.
acondicionar a mercadoria de maneira correta, sob pena de ser facultada a Tribunal de Justiça do Estado do Rio de
Janeiro. AC n. 04659/2007.
recusa do transportador, ou mesmo a isenção de responsabilidade do trans- 195
BRASIL. Tribunal de Justiça do Estado
portador por qualquer dano à carga. Deve o embarcador, ainda, entregar a de São Paulo. Ap. Civil n. 885.59-8. Jul-
gado em 19 de outubro de 2005.
4.3 Destinatário
Por fim, dentre os valores que são devidos pelo destinatário no momento
da retirada de suas mercadorias, cabe destacar a contribuição denominada
Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante.
Trata-se de contribuição parafiscal, atualmente regulada pela Lei nº
10.893/2004, incidente sobre o frete cobrado pelas empresas de navegação
que operam em portos brasileiros (art. 5º), cuja finalidade principal é anga-
riar recursos para o desenvolvimento da Marinha Mercante Brasileira.
5 CLÁUSULAS ESPECIAIS
6 AVARIAS
197
“Transporte marítimo. Cláusula li-
mitativa de responsabilidade. É válida
6.2 Titularidade do direito de reclamar a cláusula limitativa da responsabili-
dade de indenizar inserta em contrato
de transporte marítimo. Precedentes.
Depois de constatadas as avarias e apurada sua responsabilidade por meio Recurso Especial conhecido e provido”.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça.
de vistoria, aquele que se sentir lesado terá o direito de ser ressarcido daquele REsp n. 153.787-SP. Quarta Turma. Re-
lator: Ministro Barros Monteiro. In: DJ,
que causou o dano. de 06 de abril de 1998. p. 136.
No entanto, tendo em vista que grande parte das mercadorias transpor- “Recurso Especial - Contrato de
transporte marítimo - Opção por frete
tadas via mar encontra-se sob o abrigo de cobertura securitária, muitas vezes de valor reduzido - Cláusula limitativa
de responsabilidade da transportadora
será o próprio Segurador da carga, que após o pagamento da indenização à - Validade - Decreto-lei nº 19.473/30 -
Inaplicabilidade, na espécie - Preceden-
sua cliente (embarcadora ou destinatária), ficará sub-rogado no direito de tes do STJ - Aferição acerca de eventual
reclamar os danos originados pela avaria. pagamento integral do valor do frete e
de sobretaxa reputada ilegal - reexame
de provas e análise de cláusulas con-
tratuais - Impossibilidade - Incidência
dos enunciados nºs 5 e 7 da súmula/
STJ - Recurso não conhecido”. (STJ, REsp
n. 233.023/SP, j. 25/03/2008).
198
BRASIL, Ávio. Transportes e Seguros
Marítimos e Aéreos. In: Oficinas Gráficas
do Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 1955.
6.3 Prescrição
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
CASO GERADOR
chegou intacta, porém faltando cerca de 1.000 CDs. Foi constatado também
que os lacres dos contêineres estavam intactos.
Na qualidade de advogado da Carrier, empresa responsável pelo transpor-
te marítimo das mercadorias, oriente seu cliente sobre que medidas legais
poderão ser adotadas contra reclamação formulada pelo Consignatário.
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
1 Utilizadas
VENOSA, Silvio. Direito Civil: teoria geral das obrigações e teoria geral dos
contratos. 3. ed. V. 2. São Paulo: Atlas, 2003.
Eletrônicas
Jurisprudenciais
Legislativas
1 DISPUTA MARÍTIMA
1.1 Conceito
— consignatários;
— agentes marítimos;
— corretores de navios;
— fornecedores de combustível (bunker);
— estaleiros;
— bancos (hipotecas e arrestos);
— seguradores (ações regressivas);
— sociedades classificadoras;
— tripulantes;
— práticos;
— estivadores;
— operadores portuários;
— container leasing;
— terceiros;
— Estados e autoridades (ex: marinha, fisco e ambiental).
• avaria;
• faltas (quebra do granel);
• atrasos (ex: deviation) ou não entrega da carga e inexecução do contra-
to de transporte;
• inadimplemento do frete e sobrestadias (contêiner);
• entrega do conhecimento e endossos fraudulentos;
• cláusulas clean on board;
• cautelares do exportador para busca e apreensão dos conhecimentos
limpos;
• embargo da carga por dívidas de frete.
Contratos de afretamento:
• navegabilidade (seaworthiness);
• atrasos no delivery ou redelivey;
• bad performance (velocidade e/ou consumo);
• inadimplementos contratuais (ex: não pagamento das taxas de afreta-
mento x off-hire);
• disputas contratuais (ex: cobrança de alegado excesso de combustível
nas embarcações pelo Afretador);
• navegabilidade (seaworthiness);
• atrasos no delivery;
• cancelamentos;
• inadimplementos contratuais (pagamento do preço);
• credores antigos exercendo ação superveniente na venda voluntária
(os créditos são transferidos ao novo proprietário).
Serão nomeados três árbitros. Uma parte que deseje submeter uma
disputa a arbitragem nomeará seu árbitro e notificará a outra parte de
tal nomeação por escrito, solicitando a outra parte que nomeie seu pró-
prio árbitro dentro de 14 dias corridos a partir de tal notificação, e in-
formando que nomeará seu árbitro como árbitro único salvo se a outra
parte nomear seu próprio árbitro notificar tê-lo nomeado dentro dos
14 dias acima especificados. Se a outra parte não nomear seu próprio 203
Para mais informações acesse:
árbitro e assim notificar dentro dos 14 dias especificados, a parte que <http://www.smany.org/>. Acesso
em: 20 de junho de 2014.
(iii) caso a outra parte não concordar com a mediação, este fato
poderá ser trazido à atenção do tribunal e poderá ser levado em con-
(v) qualquer uma das partes poderá avisar o tribunal que concor-
daram com a mediação. O procedimento de arbitragem prosseguirá
durante a condução da mediação, mas o tribunal poderá levar em conta
o cronograma da mediação ao estabelecer o cronograma dos passos da
arbitragem.
Art. 727. Dentro das vinte e quatro (24) horas úteis da entrada do
navio no porto, o capitão se apresentará ao juiz, fazendo-lhe entrega do
Lei Brasileira:
Lei de Arbitragem (LA n° 9.307/1996) — regras sobre procedimentos,
execução e reconhecimento de decisões brasileiras e estrangeiras. Regras e
procedimentos similares aos da convenção de Nova Iorque e da UNCITRAL.
Anteriormente à LA, arbitragens eram reguladas por poucas disposições inse-
ridas no Código de Processo Civil, de modo que poucos conflitos brasileiros
eram resolvidos através de arbitragem e a cultura de litígio judicial era muito
forte.
Inglaterra — Londres:
— Importante centro do comércio marítimo mundial;
2 ARRESTO DE NAVIOS
Embora o Brasil não tenha ratificado nenhuma convenção que trate es-
pecificamente sobre o tema de arresto de embarcações, não se pode deixar
de mencionar a Convenção de Bruxelas de 1926, “Convenção Internacional
para Unificação de Certas Regras Relativas aos Privilégios e Hipotecas Marí-
timas”, promulgada por meio do Decreto nº 351, de 1 de outubro de 1935.
Inobstante a referida Convenção não trazer em seus artigos nenhuma
menção ao arresto de embarcações, sua importância para o instituto é notável
quando se verifica a atualização significativa do rol dos créditos privilegiados,
os quais, conforme já visto, poderiam ser considerados pressuposto para o
arresto de embarcação, fato esse já superado pela jurisprudência pátria.
Assim, a Convenção de Bruxelas de 1926 serviu para estender as hipóteses
de cabimento do arresto de embarcações, até então limitados aos créditos
privilegiados elencados nos artigos 470, 471 e 474 do Código Comercial de
1850.
Para fins exemplificativos, destaca-se o artigo 2º da referida Convenção,
merecendo em especial destaque a inovação para configuração como crédito
privilegiado, no que tange as remunerações devidas pelo socorro e assistência
e a contribuição do navio ás avarias comuns, bem como a indenização devida
resultante de colisões ou qualquer outro acidente marítimo.
2.5.2 Introdução
O Tribunal emitirá uma decisão juntamente com a ordem final a ser res-
peitada para pagamentos a credores.
No Brasil, a venda judicial encerra qualquer reclamação existente sobre a
embarcação na data de venda, consoante artigo 477 do Código Comercial
Brasileiro.
Deve ser observado que a embarcação não está proibida de operar em
águas territoriais brasileiras até o leilão mas deve manter todos seguros de
casco e máquinas e os certificados de classe em pleno efeito e vigor. É muito
pouco provável que um juiz conceda autorização para navegar em águas in-
ternacionais sem que tenha sido prestada alguma garantia.
QUESTÕES DE AUTOMONITORAMENTO
REFERÊNCIAS
Bibliográficas
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Eletrônica
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http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=84496
FICHA TÉCNICA