A cidade de Santana de Parnaíba tem na indústria do chocolate uma importante atividade econômica, principalmente devido à fábrica Harald Chocolates fundada lá em 1991. A Harald é responsável por fornecer chocolate para grandes empresas e possui quase monopólio regional de bens intermediários, enquanto outras empresas atuam mais no mercado final. A produção de chocolate gera muitos empregos locais e investimentos, além de estimular a economia de estados fornecedores de cacau.
Descrição original:
descrição sobre atividade de chocolates da empresa harald
A cidade de Santana de Parnaíba tem na indústria do chocolate uma importante atividade econômica, principalmente devido à fábrica Harald Chocolates fundada lá em 1991. A Harald é responsável por fornecer chocolate para grandes empresas e possui quase monopólio regional de bens intermediários, enquanto outras empresas atuam mais no mercado final. A produção de chocolate gera muitos empregos locais e investimentos, além de estimular a economia de estados fornecedores de cacau.
A cidade de Santana de Parnaíba tem na indústria do chocolate uma importante atividade econômica, principalmente devido à fábrica Harald Chocolates fundada lá em 1991. A Harald é responsável por fornecer chocolate para grandes empresas e possui quase monopólio regional de bens intermediários, enquanto outras empresas atuam mais no mercado final. A produção de chocolate gera muitos empregos locais e investimentos, além de estimular a economia de estados fornecedores de cacau.
Na cidade de Santana do Parnaíba, localizada na Zona Oeste da Região
Metropolitana de São Paulo, um dos principais produtos produzidos é o
chocolate, principalmente pelo fato de ter sido fundada no município, em 1991, a fábrica Harald Chocolates. O chocolate é considerado um tipo de alimento que se enquadra na categoria de bem econômico material de consumo não durável, ou seja, é um bem tangível com valor de mercado que visa atender necessidades humanas e possuem um prazo determinado de durabilidade, principalmente levando-se em conta que faz parte do segmento de produtos alimentícios (SILVA; MARTINELLI, 2012). De acordo com Silva e Martinelli (2012), o setor secundário do mercado é aquele responsável por utilizar da matéria-prima natural advinda do setor primário e transformá-la em um produto. A fabricação de chocolate faz parte do setor secundário, já que é uma indústria de transformação das matérias-primas geradas pelo setor primário, responsável pela extração do principal recurso natural e fator de produção do chocolate: a amêndoa de cacau. Na cidade de Santana de Parnaíba, a estrutura de mercado da indústria do chocolate pode se apresentar, em sua maior parte, como um oligopólio, já que há várias empresas concorrentes entre si, como a Cacau Show, Kopenhagen, Fábrica de Chocolates Cajamar e outras de pequeno porte. Essas empresas oferecem bens de consumo finais, isto é, suas lojas comercializam produtos já acabados e prontos para consumo ou utilização do cliente final (VASCONCELOS; GARCIA, 2014). No caso da Fábrica Harald Chocolates, ela não concorre no mercado de bens finais, pois a oferta maior é de bens intermediários, que são “transformados ou agregados na produção de outros bens” (VASCONCELOS; GARCIA, p.28). Nesse segmento de bens intermediários, a Harald possui o monopólio de mercado da região. Conforme Costa (2016), a empresa “produz chocolates para grandes empresas do setor de alimentação, como a Bauducco, a Kibon e o McDonald’s. Além das vendas para mais de 7,5 mil fabricantes de biscoitos, panificação, sorvetes e confeitaria.”. O chocolate é um produto composto essencialmente do grão de cacau, manteiga de cacau e açúcar, mas pode conter também leite, aromatizantes, gordura, frutas etc (BORBA; FILHO, 2013). Isso faz com que a indústria de produção de chocolate movimente principalmente o setor primário de marcado, que é onde se encontram suas matérias-primas. Nesse sentido, destaca-se que a amêndoa de cacau é o principal fator de produção do chocolate, porém, a maior parte de sua extração natural no Brasil ocorre nos Estados da Bahia e Pará. A Harald Chocolates compra cerca de 20 mil toneladas de amêndoas de cacau por ano. A maior parte era importada, entretanto, visando valorizar o mercado interno e gerar uma identidade, a empresa passou a adquirir a matéria-prima das cidades do Nordeste e Norte do país (Costa, 2016), intensificando as relações entre esses mercados e gerando maior investimento para as cidades e estados envolvidos. Em entrevista, o fundador Neugebauer, afirmou que a intenção é “valorizar o produto nacional, dentro e fora do País” (Costa, 2016), já que a empresa, além de atender ao mercado interno, exporta para mais de 30 países e possuir destaque entre os produtores de chocolate na América Latina (HARALD, 2020). Outro fator relevante que interfere na economia de Santana de Parnaíba por conta da produção de chocolate é a geração de empregos. As lojas que vendem o chocolate para o cliente final absorvem uma menor parte de mão de obra da cidade, por outro lado, segundo o portal de gastronomia do Estado de São Paulo, Sabor à Vida (2017), a Harald Chocolates possui mais de 600 colaboradores e 90 representantes comerciais, além disso, por buscar a matéria-prima em outros estados, gera captação de mais colaboradores para distribuição e logística indiretamente. Em 2015, a Harald foi incorporada pelo Fuji Oil, um grupo japonês de manipulação de óleo, objetivando expandir sua linha de produtos (INVESTSP, 2016). Isso demonstra que o segmento de produção de mercado trouxe investimentos do exterior para o Brasil, mais especificamente, para a cidade de Santana de Parnaíba, que pode ser considerado um reconhecimento do potencial produtivo do chocolate nacional.