Você está na página 1de 3

E-FÓLIO B

Unidade Curricular: ÉTICA E EDUCAÇÃO


Aluno: Luís Miguel dos Santos Antunes Nº 1104263

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.

Aristóteles

Os Códigos regem os atos praticados no exercício de uma determinada


profissão. Os códigos de ética, por si só, não tornam melhores os profissionais, mas
representam uma luz e uma pista para o seu comportamento, nomeadamente no que diz
respeito à educação existindo, para efeito, legislação concreta que norteia o desempenho
profissional e ético dos educadores (Decreto Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro). A ética
norteia qualquer sociedade em geral permitindo que a mesma funcione, de forma
normalizada e regrada, tendo os cidadãos um papel ativo no cumprimento desses
códigos.
A sociedade contemporânea carateriza-se, cada vez mais, pela generalização a
toda a população dos vários níveis de educação e ensino. Assim sendo, as tarefas dos
docentes tornam-se mais complexas e diferenciadas, exigindo uma concretização mais
objetiva e tendo como principal critério a qualidade, traduzida no desempenho do
docente face à escola e face à sociedade em geral. O docente, no exercício da sua
profissão, promove a educação integral de todas as pessoas com a máxima isenção,
fomentando a integração de todos os discentes e respeitando os diferentes ritmos de
aprendizagem e individualidade de cada um, como cidadão e como membro da
comunidade educativa em particular. Assim sendo, é a este nível que a escola em geral e
os docentes em particular se implicam eticamente na sua profissão, contribuindo
ativamente para a superação da crise de valores tão atual e que afeta não só a escola,
mas a sociedade em geral. É este o verdadeiro sentido de “educar” , do latim educare!
A ética e os valores também se ensinam e num contexto tão particular e individualizado
como a escola, são inúmeras as situações que implicam a sua aplicação, desde os
deveres de respeitar o outro e ser respeitado, às normas de conduta que orientam os
alunos dentro e fora da sala de aula. O professor assume um papel ativo, na busca
constante da melhoria do seu desempenho e da atualização dos seus conhecimentos,
posicionando-se de forma critica, responsável e criativa na resolução de conflitos por
via do diálogo. A vida da escola, seja na sala de aula, seja nas reuniões de professores,
nos encontros com os pais, no trabalho dos alunos respira ética. Cabe ao professor
incentivar o espirito crítico de modo a fomentar nos seus alunos, nos colegas, pais e
outros membros da comunidade educativa a reflexão sobre o correto e incorreto, o justo
e injusto para que, cada um, como membro de uma escola e de uma sociedade, faça as
suas opções da forma eticamente mais correta e desempenhe, da melhor forma, o seu
papel de cidadão ativo à luz de valores como a integridade, a responsabilidade, a
cooperação, o respeito por si e pelos outros. Por exemplo, quando definimos com uma
turma ou conjunto de alunos normas de conduta como saber ouvir e escutar a opinião
dos outros, não interromper o outro, respeitar as diferenças estamos a atuar na definição
de códigos de conduta e a educar cidadãos para os valores em sociedade que, cada vez
mais, parecem estar ausentes. Por outro lado, a atuação em grupo facilita a capacidade
de reflexão de cada aluno, individualmente considerado, fomentando a construção da
sua individualidade passo a passo e a sua capacidade critica para resolver novas
situações, através do diálogo e de situações reais quotidianas. Conscientemente, o
professor como ser social e com regras de conduta próprias influencia, direta ou
indiretamente, os seus alunos, colegas e outros elementos. “Ricardo Marín declara, a
partir de Aristóteles, o carácter fundamentalmente social do ser humano. Assim, diz, “os
valores não escapam a esta nossa condição.” (J.M.Barros Dias, p.151)
Para J.M.de Barros Dias, “ o papel do professor consiste em auxiliar os alunos a
alcançar posturas axiológicas morais, por meio de um conjunto de técnicas, de entre as
quais sobressaem os diálogos, as folhas de valores, as frases inacabadas e as perguntas
esclarecedoras, sendo também de considerar o role-playing ou a simulação ” (p.146).
Em suma, só ao homem, no papel de educador neste contexto, é permitido ser
educável e trabalhar educativamente; logo, não há educação sem valores e a educação
cumpre a sua função de realizar o homem, o aluno, o colega de profissão, o pai, o
encarregado de educação como valor que, posteriormente, cada um terá a possibilidade
de cultivar e fazer crescer em sociedade, como cidadão, desafiando a atual crise de
valores de que tanto se fala mas que, igualmente, se combate através da educação e do
educador.
BIBLIOGRAFIA:

. Decreto Lei nº 15/2007, de 19 de Janeiro;

. Dias, J. M. de Barros, Ética e Educação,

Você também pode gostar