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TESTE DE PORTUGUÊS

8.º Ano
Nome: _______________________________________________Nº:______Ano/Turma:______
Classificação: ___________________________ O/A Professor(a):_______________________
O Encarregado de Educação: __________________________ ____/____2014

GRUPO I- COMPREENSÃO ORAL (10 pts)

1. Ouve com atenção o conto “A noiva do corvo”, de Teófilo Braga, e assinala para cada item a
única opção correta.

1. Havia, numa terra, um corvo que queria casar. À 6. Logo de seguida, o corvo
primeira rapariga que recusou o seu pedido, o corvo a. morreu. ____
a. prometeu vingar-se. ____ b. ficou transformado em pó. ____
b. arrancou-lhe um pedaço do braço. ____ c. bateu as asas e desapareceu. ____
c. arrancou-lhe os olhos. ____ d. foi levado pelo demónio. ____
d. bicou-lhe as orelhas até sangrarem. ____  
  7. Antes de desaparecer, o corvo disse à mulher
2. Com medo, uma rapariga aceitou casar-se com o que, para o tornar a ver, teria de
corvo. A vizinha aconselhou-a a a. dançar durante sete semanas. ____
a. chamuscar-lhe as penas. ____ b. romper uns sapatos de ferro. ____
b. arrancar-lhe algumas penas quando c. fazer um pacto com o diabo. ____
adormecesse.____ d. mandar rezar uma missa pela sua alma. ____
c. deitar-lhe veneno na comida. ____  
d. contratar um bandido para o matar.____ 8. Ao perguntar a um velho se tinha visto um
  pássaro, aquele disse-lhe que
3. A vizinha achava que, assim, a. não tinha visto nenhum. ____
a. o corvo não magoaria mais a esposa. ____ b. só tinha visto rolas e pombas. ____
b. lhe quebraria o feitiço. ____ c. naquela zona não havia pássaros. ____
c. dessa maneira ficaria com a magia do corvo.____ d. vira muitos na fonte Madrepérola. ____
d. o corvo morreria.____
9. Um corvo que encontrou disse-lhe para entrar
4. Ao fazer o que a vizinha lhe aconselhou, a numa casa ao pé de uma fonte e para
rapariga a. matar o velho que a guardava e quebrar as
a. ficou sem os olhos. ____ gaiolas que ele tinha.____
b. recebeu a magia do marido. ____ b. procurar aí o seu marido. ____
c. enfraqueceu o corvo. ____ c. esperar aí o rei dos pássaros. ____
d. dobrou o encantamento do corvo.___ d. bater à porta. _____

5. O corvo pediu à mulher que chamasse os pássaros 10. Ao fazer o que o corvo mandou, a rapariga
para descobriu que o seu marido era
a. lhe darem as suas penas. ____ a. um feiticeiro.____
b. chorarem no seu funeral. ____ b. um belo rapaz. ____
c. adorarem o seu rei. _____ c. o rei. ____
d. o levarem até ao paraíso. ____ d. um duende encantado. ____

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GRUPO II- LEITURA (40 pts)

(Entra a Rapariga das Fases.


Veste um trajo comprido, amplo e
liso, com a frente branca e as costas
pretas, de tal modo que vista de
frente se vê toda branca; de costas
toda preta; de perfil, metade branca
e metade preta.)

RAP. Desculpem a intervenção.


Calhou passar por aqui
e mesmo sem qu’rer ouvi
toda a vossa discussão.

AST. Falávamos sobre a Lua.

RAP. Eu sei, eu sei. E o senhor


falava como um doutor
muito seguro da sua.
Sinto-me cheia de sorte
e aproveito a ocasião
p’ra lhe pôr uma questão,
no caso que não se importe.

AST. Poder ensinar alguém


P'ra mim é sempre uma festa.

RAP. Pois então aqui a tem.


A minha dúvida é esta.
Nunca percebi porquê
nem sempre a Lua se vê
co’a forma que deve ter.
não sei onde ela se esconda
para às vezes ser redonda
e outras vezes não ser.

JER. Ande lá, ande. Responda.

AGA. Também me interessa saber.

JER. (aparte, para Agapito)


‘Stou a ver que esta seresma
julga que a Lua é a mesma,
mas são várias, pois não são?

AGA. Ai, Jerónimo, Jerónimo!


Não nasceste para “astrónimo”.
Cala a boca, parvalhão.

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AST. Daqueles vários aspetos
que nos são apresentados
há quatro casos concretos
que têm nomes completos
e bastante apropriados.
Em cada um se acentua
a situação que lhe cabe.
Chamam-se as fases da Lua
como toda a gente sabe.

(apontando para a Rapariga para


que lhe responda)

As fases são…

RAP. Lua cheia.

AST. (apontando para Agapito)


Segue-se…

AGA. Quarto minguante.

AST. E depois?...
(aponta para Jerónimo)

JER. (encolhendo-se)
Não faço ideia.
É melhor passar adiante.

AST. (apontando de novo para a Rapariga)


Depois…
RAP.
É a lua nova.

Atenta no texto e responde ao questionário que se segue:

1. Quantos atores seriam precisos para representar esta peça de teatro (3 pontos)?

2. Em que estação do ano se desenrola a ação (2 pontos)?

3. Embora o texto se intitule Lição de astronomia, sabemos que não se passa numa escola.
Porquê (5 pontos)?

4. Que lição de astronomia é aqui dada? Explica os ensinamentos do astrónomo por palavras tuas
(7 pontos).

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5. Por que razão, na segunda fala de Agapito, surge uma palavra entre aspas (4 pontos)?

6. Partindo do excerto, faz a caracterização da Rapariga e do Astrónomo (9 pontos).

7. Retira do excerto dois exemplos diferentes de tipos de cómico (5 pontos).

8. Explicita por que motivos esta peça é um “auto” (5 pontos).

GRUPO III- GRAMÁTICA (20 pts)

1. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelos enunciados sublinhados em cada frase (5


pontos):
a) “Entra a Rapariga das Fases.”
b) “Falávamos sobre a Lua”
c) “Ai, Jerónimo, Jerónimo!”
d) “apontando para a Rapariga para que lhe responda”
e) “Chamam-se as fases da Lua como toda a gente sabe.”

2. Transforma as frases e coloca-as no discurso indireto (6 pontos):


a) RAP— “Calhou passar por aqui e mesmo sem querer ouvi toda a vossa discussão.”
b) AGA—“ Cala a boca, parvalhão.”
c) AST— “Poder ensinar alguém p'ra mim é sempre uma festa.”

3. Atenta nos seguintes pares de palavras e indica a relação que mantêm entre si (4 pontos).
a) molho/ molho;
b) casa/ casa;
c) móveis/ sofá;
d) mural/ moral;
e) tímido/ envergonhado;
f) traz/ trás.
g) secretária/ secretaria
h) leguminosas/ ervilhas

3.1. Redige duas frases onde apliques as palavras homónimas que identificaste no exercício
anterior (2 pontos).

4. Identifica, com a letra D, as palavras usadas com sentido denotativo e com C aquelas que têm
um sentido conotativo (3 pontos):
a) O corpo é dividido em cabeça, tronco e membros.
b) Ele tem uma boa cabeça!
c) Ontem, o Miguel teve de engolir um sapo!
d) Vi um sapo no teu jardim.
e) O rei de Espanha está doente.
f) Julgas que tens o rei na barriga?

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GRUPO IV- PRODUÇÃO ESCRITA (30 pts)

Escreve um texto argumentativo, com um mínimo de 180 e um máximo de 220 palavras, em


que fales sobre as conquistas mais improváveis do Homem, como a chegada à lua, o desenvolvimento
da tecnologia e da ciência, etc.
Apresenta, pelo menos, dois argumentos e os respetivos exemplos.

 Antes de escreveres o texto, tens de ter em conta as indicações seguintes:


. Tenta estabelecer com clareza o teu discurso, de modo a que as tuas afirmações e raciocínio
sejam coerentes e façam sentido.
. Organiza o texto e faz parágrafos sempre que seja necessário.
. Tenta exprimir-te corretamente, tendo em atenção a construção de frases, a ortografia, a escolha
do vocabulário adequado e a pontuação.
 Depois de escreveres o texto, relê-o com muita atenção e corrige-o, se necessário, antes de
entregares a tua prova.

Observações relativas ao Grupo IV:


1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços
em branco, mesmo quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer
número conta como uma única palavra, independentemente dos algarismos que o constituam
(exemplo: /2013/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados – um mínimo de 180 e um máximo de
220 palavras –, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão requeridos implica uma desvalorização parcial (até dois
pontos);
– um texto com extensão inferior a 60 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

BOM TRABALHO!!!!
A DOCENTE: Lucinda Cunha

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I
Proposta de correção

Grupo I-1.c; 2.a; 3.b; 4.d; 5.a; 6.c; 7.b; 8.d; 9.a; 10.c

A Noiva do Corvo

Havia numa terra uma mulher, que tinha em sua companhia um corvo. Defronte dela moravam três
raparigas muito lindas. Como o corvo queria casar, mandou falar à mais velha; respondeu-lhe que não, e o
corvo, raivoso, arrancou-lhe os olhos. Sucedeu o mesmo com a segunda, até que a terceira sempre se
sujeitou a casar com o corvo.

Tempos depois de já viverem na sua casa, a rapariga falou a uma vizinha no seu desgosto de estar casada
com um corvo; a vizinha aconselhou-lhe que lhe chamuscasse as penas, porque podia ser obra de
encantamento, e assim se quebraria. Quando à noite se foram os dois deitar, a rapariga chegou a candeia
às penas do corvo; ele acordou logo, dando um grande berro:

- Ai, que me dobraste o encantamento! Se me queres salvar, vai pôr-te àquela janela, e todos os pássaros
que vires, chama-os e pede-lhes assim: «Venham, passarinhos, venham despir-se para vestir el-rei que
está nu.» De facto os passarinhos começaram a vir poisar na janela, e cada um deixava cair uma pena com
que o corvo se foi cobrindo. Depois que ficou outra vez emplumado, o corvo bateu as asas e desapareceu,
dizendo para a mulher: «Agora se me quiseres tornar a ver sapatos de ferro hás-de romper.»

A pobre rapariga ficou sozinha toda aquela noite, e logo que amanheceu foi comprar uns sapatos de ferro
e meteu-se a correr o mundo. Tinha os sapatos quase estragados de andar, quando encontrou um velho e
lhe perguntou se não tinha visto um pássaro. O velho respondeu:

- Eu venho da fonte da Madrepérola, onde estavam bastantes.

Ela continuou o seu caminho, e antes de chegar à fonte ali encontrou um corvo que lhe disse:

_ Olha, se quiseres salvar o rei, vai à fonte, onde estará uma lavadeira a lavar um vestido de penas, tira-
lho e lava-o tu. Ao pé da fonte está uma casa, e um velho que a guarda; entra aí, mata o velho para
poderes quebrar todas as gaiolas e dar a liberdade aos pássaros que ele tem lá presos.

A rapariga chegou à fonte, e fez como o corvo lhe tinha dito: lavou o vestido de penas, e depois entrou na
casa onde estava o velho, fingiu que via vir pelo mar uma linda embarcação; o velho chegou-se à janela e
a rapariga pegou-lhe pelas pernas e deitou-o ao mar. Depois quebrou todas as gaiolas e os pássaros em
liberdade tornaram-se príncipes que estavam encantados, e entre eles estava o seu marido, que era o rei e
lhes pôs obrigação de a servirem toda a vida.
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II

1. São necessários sete atores, de modo a poderem desempenhar os papéis de Narradora, Senhor do Mundo, Camponês,
Astrónomo, Rapariga, Agapito e Jerónimo.
2. A acção desenrola-se na primavera.
3. Sabemos que não se passa na escola pois Jerónimo e Agapito são já adultos e caminhavam quando encontraram o
Astrónomo. Mais tarde surge a Rapariga, que também ia a passar.
4. O astrónomo explica por que razão a Lua apresenta formas diferentes. As quatro fases da Lua explicam-se pelo
facto de aquele astro girar à volta da Terra e sobre si próprio (“como se fosse um pião”). Assim, a parte visível da Lua
varia conforme o Sol e com a posição em que a Lua e a Terra se encontram.
5. Para assinalar uma palavra errada - “astrónimo” (alteração de “astrónomo” que, para além de permitir caracterizar a
personagem, rima com “Jerónimo”).
6. A Rapariga veste um vestido branco à frente e preto atrás, é interessada, simpática e educada, curiosa e gosta de
aprender. O Astrónomo é muito “seguro” do que diz e gosta muito de ensinar aos outros aquilo que sabe sobre
astronomia.
7. Cómico de linguagem: “Ai, Jerónimo, Jerónimo! Não nasceste para “astrónimo”. Cala a boca, parvalhão.”
Cómico de carácter: “‘Stou a ver que esta seresma julga que a Lua é a mesma, mas são várias, pois não são?”
8. Esta peça é um auto pois tem a dupla função de instruir ao mesmo tempo que diverte, ou seja, é uma comédia que
transmite conhecimentos de astronomia.

III

1.
a) sujeito
b) complemento oblíquo
c) vocativo
d) complemento indireto
e) modificador do grupo verbal

2.
a) A Rapariga disse ao Astrónomo que calhara /tinha calhado passar por ali e que mesmo sem querer ouvira /tinha
ouvido a sua discussão/ discussão deles.
b) O Agapito mandou o Jerónimo calar-se e ainda lhe chamou parvalhão./ O Agapito ordenou ao Jerónimo que se
calasse e chamou-lhe parvalhão…
c) O Astrónomo declarou que, para ele, poder ensinar alguém era sempre uma festa.

3.
a) homografia
b) homonímia
c) hiperonímia/ hiponímia
d) paronímia
e) sinonímia
f) homofonia
g) homografia
i) hiperonímia/ hiponímia

3.1. Aquela casa é enorme!/ O João casa amanhã.

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4.
a) D
b) C
c) C
d) D
5) D
6) C

IV- Resposta aberta

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