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RESUMO
Origem do artigo: livro digital Volte Aqui, Escravo Fujão! 500 Anúncios de Fugas
de Escravos, publicado na Amazon.
Aspecto único desses anúncios: ao contrário dos anúncios sobre compra, venda,
aluguel e leilão de pessoas negras, o anúncio de fuga revelava o nome do escravo fugido
e descrevia fisicamente a pessoa, dando-lhe uma identidade negada nos outros tipos de
anúncios.
Informação histórica revelada pelos anúncios: a fuga era uma prática disseminada
em todo o Brasil, pelo menos desde o início do século XIX; à menor oportunidade, os
escravos optavam pela liberdade, mesmo sem terem nenhuma noção do seu futuro.
__________________________________________
Apresentação
*
Vende-se um molecote que terá 15 ou 16 anos, muito bom cozinheiro, humilde e
desembaraçado, não se duvida dar a contento [sob a condição de agradar], sendo para
casa capaz; [tratar] na Rua da Vala n.º 57; na mesma casa tem uma bonita mocamba
[mucama] sabendo lavar, cozinhar, com princípios de costura, e engomar, não tendo
defeitos ou manhas.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/18308
http://memoria.bn.br/DocReader/749974/714
http://memoria.bn.br/pdf/706701/per706701_1838_00001.pdf
Eram alugadas:
Precisa-se alugar uma preta que engome bem e lave, e dois pretos para todo o
serviço; [tratar] na Rua de Santo Antônio n.º 7.
Precisa-se alugar uma preta boa engomadeira; [tratar] na Rua do Príncipe dos
Cajueiros, n.º 94.
Na Rua do Cano n.º 62 aluga-se uma preta que lava, engoma e cozinha o ordinário,
para serviço de porta /a/dentro.
Aluga-se uma preta que lava, cozinha, engoma, cose um pouco, por 14$ réis; [tratar]
na Rua da Costa n.º 9; não se aluga para casa de comissão.
*
"Diário do Rio de Janeiro" (RJ), 20/5/1850, número 8355, página 4, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/34502
Eram leiloadas:
J. Bouis e Cardoso fazem leilão hoje em sua casa, dos escravos seguintes: uma
família composta de mãe e dois moleques; um moleque próprio para ofício, bonita
figura; uma bonita mucama, terá 24 anos.
Estes cinco escravos pertencentes todos ao mesmo dono serão vendidos pelo maior
preço que se puder.
Também /haverá a venda/ de alguns relógios que ontem não foram vendidos, e serão
arrematados hoje pelo maior preço que se puder alcançar. Às 10 horas.
"Diário do Rio de Janeiro" (RJ), 11/1/1850, número 8298, página 3, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/34269
http://memoria.bn.br/pdf/706701/per706701_1838_00001.pdf
http://memoria.bn.br/DocReader/706701x/16
*
O ideal capitalista "custo mínimo ─ lucro máximo" implicava até mesmo na
economia em "roupas" de escravos, como revela este anúncio:
http://memoria.bn.br/DocReader/369357/235
E já que o propósito era a exploração indiscriminada de pessoas, por que não ganhar
dinheiro, também, expondo-as ao ridículo social?
FENÔMENO
da natureza, mostra-se das 10 horas da manhã até as três da tarde, e das 5 até as 9 da
noite; negrinha monstro com 7 anos de idade e peso extraordinário, 320 rs. [réis] por
pessoa, na Rua do Ouvidor, n.º 150.
"Diário do Rio de Janeiro" (RJ), 20/12/1850, número 8298, página 4, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35408
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/2326
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/2327
*
No contexto da escravidão brasileira, uma criança africana de apenas 9 anos já sabia
o que significava ser responsável pela quebra de um simples garrafão de azeite. E deve
ter pensado: "Prefiro fugir nessa terra estranha, de gente estranha e fala estranha, a
aguentar o castigo físico que certamente irei sofrer por causa desse erro".
Da Rua da Ajuda n.º 31 fugiu uma crioulinha de idade 5 anos, chamada Joana,
olhos redondos e vivos, muito falante, perninhas finas e tortas, pouco azevichada [preta
e lustrosa], com um vestidinho de chita verde riscada usado. Quem a noticiar receberá
de seu senhor, que mora na dita casa, as alvíssaras [a recompensa].
http://memoria.bn.br/DocReader/700410/117
DIONÍSIO
Ardiloso e astuto, fugiu depois de haver feito um roubo de dinheiro com inteiro
abuso de confiança.
http://memoria.bn.br/DocReader/090972_04/255
O fator financeiro pesava mais que o fator humano. O liberalismo amoral da época é
ilustrado com perfeição por estes parágrafos raivosos do "Diário de Belém", em
resposta a uma crítica objetiva do "Jornal da Tarde", também de Belém (PA), focada na
contradição de um periódico que elogiava uma conferência contra a escravidão, mas
publicava diariamente anúncios sobre escravos:
O JORNAL DA TARDE em seu editorial trata da falta que se nota de prédios urbanos
para acomodar a população sempre crescente da nossa capital, e ocupa-se mais da
necessidade de fazer o governo vingar quanto antes a ideia da construção do novo
mercado projetado.
Amamos a liberdade com o respeito que devemos ao direito de propriedade, por que
sempre pugnamos. Não é de hoje que estão franqueadas as colunas do nosso jornal para
anúncios tais, e portanto não se pode nos chamar de cínicos.
http://memoria.bn.br/DocReader/222402/7054
Minha parte nesse esforço é o livro digital Volte Aqui, Escravo Fujão! 500 Anúncios
de Fugas de Escravos, a primeira compilação publicada dessa categoria de fontes
primárias. Na obra são transcritos, em texto atualizado, 500 anúncios selecionados entre
os milhares disponíveis naqueles periódicos.
Cada texto de anúncio é acompanhado de informações sobre a fonte, além do link
para a imagem respectiva no jornal.
O livro já está disponível na livraria digital Amazon, por meio do link acima.
Critérios de atualização
O texto dos anúncios foi atualizado, assim como a sua pontuação, visando ao rápido
entendimento do conteúdo. Esclarecimentos úteis aparecem entre colchetes — [...], e
acréscimos necessários aparecem entre barras — /.../.
OS ANÚNCIOS DE FUGAS DE ESCRAVAS: 1809-1888
1809
LUCIANA
Fugiu uma escrava ao coronel João Teixeira Malheiros em junho de 1809: chama-se
Luciana, é crioula muito fula [de cor tendente à amarelada] e feia, e tem barba. Quem a
achar, procure seu dono em umas casas de dois andares imediatas à Mãe dos Homens,
que terá suas alvíssaras [sua recompensa]. Não aparecendo, o dono quer tirar a Carta de
Excomunhão.
http://memoria.bn.br/DocReader/749664/690
ROSA
Quem achar ou souber de uma escrava ainda boçal [não aculturada, por ser recém-
chegada ao Brasil], por nome Rosa, com uma camisa e saia branca, e o cós vermelho,
com um botão preto na orelha, alta, encorpada, e /que/ faltou no dia 24 do mês passado
saindo de casa com um barril novo a buscar água, fale com o Sargento-Mor José Ignácio
de Almeida na Rua da Guarda Velha n.º 18, que a quem a achar lhe dará alvíssaras [a
recompensa].
http://memoria.bn.br/DocReader/749664/366
1813
GERTRUDES e FELÍCIA
Na noite de 4 do corrente fugiu uma negra ladina [aculturada] de nação Mina, por
nome Gertrudes, estatura comum, cara redonda com lanhos, muito bexigosa, beiços
grossos, e semblante pesado, e na noite seguinte igualmente fugiu uma cabra [mestiça]
por nome Felícia, ama de leite, estatura alta, olhos grandes amortecidos; levou cada uma
a sua trouxa de roupa de seu uso. Quem delas souber e quiser fazer a mercê, as mandará
entregar ou dar parte nas casas de 1º andar n.º 16 no Beco dos Ferreiros, defronte de um
Ferreiro, ao chegar à Rua da Quitanda, onde receberá boas alvíssaras [boa recompensa].
Julga-se que passariam para a Praia Grande.
http://memoria.bn.br/DocReader/749664/2466
1819
MARIA E MARIA
No dia 15 de outubro de 1818 fugiu uma mulata por nome Maria, que representa
[aparenta] ter 40 anos, alta, bastante escura, e tem no rosto alguns panos [manchas
amareladas]; de nação Espanhola, levou em sua companhia uma filha do mesmo nome,
bastante clara e cabelo quase liso, que tem 18 meses. Quem dela tiver notícia dirija-se à
Rua da Alfândega, no armazém n.º 9, que se lhe recompensará o seu trabalho.
http://memoria.bn.br/DocReader/749664/5333
MARIA E MARIA
http://memoria.bn.br/DocReader/749664/5547
1820
JACINTA
Fugiu a 12 de dezembro de 1819 uma mulata por nome Jacinta, de idade de quarenta
a cinquenta anos, cara feia, cabelo crespo e curto, boca grande, beiços grossos,
desdentada, olhos de gato e pés largos, que sabe bem cozinhar. Quem tiver notícias dela
ou a achar, a levará à rua detrás do Hospício, sobrado n.º 30, lado esquerdo quase a
chegar à dos Ourives, que receberá duas doblas [antiga moeda portuguesa] de luvas.
http://memoria.bn.br/DocReader/749664/5921
1821
CATERINA E CATERINA
Fugiram no dia 1º de julho de 1817 duas negras ambas chamadas Caterinas, uma de
nação Ganguela, outra Benguela; esta é muito bexigosa, e muito mais pelo nariz, gorda,
os peitos grandes, um pouco cambaia do pé esquerdo; e a Ganguela, mais magra, de
mediana estatura, bastantemente fula [de cor tendente à amarelada], nas costas tinha três
ou quatro sinais mais altos do que a pele. Toda pessoa que as trouxer ou der notícias
delas receberá o seu prêmio, e falará com D. Mariana Josefa Vitorina, que ao tempo que
elas fugiram morava na Rua do Lavradio, e ao presente mora na Rua do Piolho, n.º 15.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/347
MARIA
A Luiza Maria do Nascimento fugiu há 4 anos pouco mais ou menos uma escrava
por nome Maria, nação Ganguela, gorda, estatura ordinária, e com um sinal grande no
peito de sua Nação, e um buraco muito grande na orelha. Quem dela souber, procure a
mesma Senhora na Rua do Lavradio indo do largo do Rocio à mão direita a segunda
casa n.º. [Faltou o número no anúncio.]
CATERINA
No dia 25 de setembro fugiu uma negra de nação Libola, por nome Caterina; tem
dois dentes limados [pontiagudos, por terem sido cortados à navalha ou faca] adiante da
parte de cima, e uns poucos fora, debaixo e de cima; levou saia de chita azul pintada de
branco, tem uma belida [mancha na córnea] no olho esquerdo, sempre quando foge vai
lavar roupa, e esta última vez se apanhou no rio de Catumbi. Quem souber dela irá na
Rua da Ajuda n.º 161.
http://memoria.bn.br/DocReader/700410/113
JOANA
Da Rua da Ajuda n.º 31 fugiu uma crioulinha de idade 5 anos, chamada Joana, olhos
redondos e vivos, muito falante, perninhas finas e tortas, pouco azevichada [preta e
lustrosa], com um vestidinho de chita verde riscada usado. Quem a noticiar receberá de
seu senhor, que mora na dita casa, as alvíssaras [a recompensa].
"O Volantim" (RJ), 4/10/1822, número 29, página 4, coluna 2.
http://memoria.bn.br/DocReader/700410/117
1825
MARIA
No dia 11 de abril fugiu uma negra de nome Maria, de nação Mina, idade 30 anos,
ladina [aculturada], estatura ordinária, lábios grandes, e prenha de 7 a 8 meses,
embrulhada em um cobertor. A sua laboração [atividade] era lavadeira. Esta fuga foi da
Praia do Flamengo. Quem dela tiver notícia, queira ter a bondade de mandar conduzi-la
à Rua da Candelária, n.º 42, que receberá boas alvíssaras [boa recompensa].
http://memoria.bn.br/DocReader/706892/480
1828
FELÍCIA
Fugiu uma preta crioula de nome Felícia, de meia-idade, tafula [enfeitada]; um preto
de angola de idade 30 anos, nariz alto e seco, mau aspecto, cicatriz no cimo da cabeça,
pés e mãos grossos, e dentuço; um moleque alto, rosto cheio, dentes à mostra, cabelos
avermelhados, pés grossos com algumas cicatrizes de chagas de bobos. Por todos se
darão alvíssaras [a recompensa] a quem os trouxer ou indicar na casa n.º 110 em Mata
Cavalos.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/743
JOANA
Joana, crioula de 30 anos, magra, alta, sem os dentes de frente, peitos caídos, e
cachimba [fumante de cachimbo], fugida no dia 9 do passado; à Rua de Hortas, sobrado
D. 34.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/506
1829
FRANCISCA JOSEFINA
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_01/2505
MARCELINA
Marcelina, crioula, baixa, representa [aparenta] ter 20 anos e levou saia de chita azul,
fugida em princípio do corrente mês do Engenho Megaípe de Baixo: os apreendedores
levem-na ao dito Engenho, ou a José Antônio Gomes Júnior, Rua da Cruz n.º 13, que é
seu senhor e promete proceder com o rigor da Lei a quem a tiver recolhida em casa.
"Diário de Pernambuco" (PE), 17/1/1829, número 13, página 4, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/619
TERESA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/791
1831
ANTÔNIA
Antônia, /de nação/ Sanga, 16 anos, alta, cheia, pés compridos e grossos, junta/s/ dos
mesmos grossas, braços, dedos, mãos e unhas compridos, cor preta, cara chata e
redonda, três talhinhos ao pé da fonte [têmpora], um R no braço; fugida a 16 de abril
com vestido branco de flores roxas: /entregue-a/ em casa de Manoel Alexandrino da
Silva Guimarães, princípio do Aterro da Boa Vista, casa n.º 12.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/3287
JOANA
Joana, /de nação/ Angola, ladina, uma belida [mancha na córnea] no olho, dentes
limados [pontiagudos, por terem sido cortados à navalha ou faca], um peito maior que
outro, fugida no primeiro do corrente, com saia preta e pano da costa [espécie de xale ou
avental grande]: /entregue-a/ na Rua das Cruzes, casa D. 8.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/2899
MARIA
Maria, Conga [de nação], 40 anos, alta, delgada, umbiguda, cara comprida, entorta a
boca quando fala, pronúncia cerrada, peitos caídos, pés grandes com rachaduras,
mariscadora [apanhadora de mariscos], fugida a 15 do corrente, com saia de estopinha e
camisa de hamburgo: /entregue-a/ ao pé da ribeira da Boa Vista, casa de José Francisco
de Paula.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/3123
1834
MARIA
Maria, preta fula [de cor tendente à amarelada], /de/ nação Angola, baixa, com uma
marca do pescoço, que representa [aparenta] ser /de/ chicotada, cara comprida, maçãs
do rosto um tanto levantadas, olhos fumacentos, dentes alvos, pés e mãos curtas, e os
dedos dos pés iguais; idade que representa [aparenta] ter trinta anos, voz muito pouco
fanhosa; fugida no dia 17 do corrente com camisa de madapolão [tecido branco e muito
consistente], saia de riscado azul de linho; /entregue-a/ à Rua da Alegria, do mesmo
lado da Professora Régia, em uma das casas novas, duas moradas antes da mesma
Professora, que será bem recompensado. A preta é natural que esteja para as bandas do
Mundo Novo, e mesmo no bairro da Boa Vista, ou no de Santo Antônio.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/6756
TERESA
Teresa, de nação Congo, muito ladina [aculturada], baixa com falta de dentes na
frente, alguma coisa fula [negra de cor tendente à amarelada]; fugida em janeiro do ano
próximo passado, intitula-se forra [alforriada], por tal está recolhida em uma casa nesta
Praça, feita ama por ter bastantes habilidades; ignora-se a casa onde ela está; tem sido
vista na rua de noite, de saia e timão [casaco grosseiro] preto; roga-se à pessoa que a
tiver em sua casa por ignorância de seu estado de cativeiro, queira entregá-la ao senhor
Eusébio Pinto, o qual muito agradecerá, protestando [assegurando] não haver nada da
pessoa que a tiver em casa, pois que está certo ser por ignorância, e também oferece 30$
réis a quem levá-la à sua casa na Rua Nova, oficina de caldeireiro D. 17, ou nos
Afogados, segundo sobrado do lado direito ao passar da ponte.
"Diário de Pernambuco" (PE), 19/4/1834, número 369, página 4, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/6756
1836
JOSEFA E LUCRÉCIA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/8988
1837
SEVERIANA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/11204
1838
GRÁCIA
No dia 25 próximo do /mês/ passado fugiu uma negra, de nação Benguela, de nome
Grácia, alta e seca de corpo, com um dente na frente aberto, com as costas feridas de
castigo, e levou vestido branco de chamalote [tecido peludo], camisa de algodão da
terra, com um flandres [uma lata] de vender mel de engenho. Quem a pegar, leve-a às
Cinco Pontas, venda D. 10.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/12345
TERESA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/12080
1839
MARIA BENEDITA
No dia doze de fevereiro desapareceu uma negrinha por nome Maria Benedita, do
caminho da Estância, de idade de doze a treze anos, magra, meia [meio] fula [de cor
tendente à amarelada], olhos grandes, nariz chato, boca grande, beiços grossos, dentes
feios, orelhas pequenas, tendo no pé de uma [orelha], uma marca de ferida, e no ombro
esquerdo um calombinho, e estão lhe saindo os peitos; é quebrada do [tem hérnia no]
umbigo, traz uma funda consigo, as mãos e os pés grandes e grossos. Quem a pegar,
leve-a à Typ. [Tipografia], que será generosamente recompensado.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_01/13591
1840
BENEDITA
Fugiu no dia 11 do corrente uma escrava de nome Benedita, /de/ nação Rebolo, de
bonita figura, estatura regular, meia [meio] fula [negra de cor tendente à amarelada]; é
bem-feita de corpo, cabelo cortado rente, vestido de chita com palmas, pano da costa
[espécie de xale ou avental grande] usado com matame [recorte em ângulo na
extremidade de bordado] branco pela ponta, camisa de algodãozinho, vendendo azeite
de carrapato [óleo extraído da mamona] em um flandres [uma lata] dentro de um caixão
de pinho. Quem a pegar, leve a seu senhor Francisco José C. Leal na ponte de Uchoa,
estrada de Parnameirim, ou no Pátio de S. Pedro D. 15, que será gratificado.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/52
1841
FRANCISCA
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/23632
GERTRUDES
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_03/1658
1842
CATARINA
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_03/2906
ELEONORA
Fugiu no dia 4 do corrente, pelas 6 horas da manhã, uma escrava de nome Eleonora,
com os sinais seguintes: crioula fula [de cor tendente à amarelada] ou parda escura, com
os cabelos grandes e soltos, e o pé esquerdo inchado, e tem cicatrizes de chicotadas nas
costas; a qual levou no corpo um vestido de chita branca já usado e um xale de lã
vermelho e velho; levou mais, sobressalente, um vestido de cassa [tecido leve e
transparente] com listras vermelhas, e várias outras roupas. Quem a levar à Rua de S.
Antônio, n.º 31, receberá alvíssaras [a recompensa].
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_03/2754
1843
ENGRÁCIA
Fugiu no dia 22 de dezembro próximo passado, da Rua do Ingá n.º 20, em Niterói,
uma preta, de nome Engrácia, de nação Benguela ou Angola, muito preta, alta, pés
chatos, beiços grossos, boca rasgada, olhos grandes, cabelo cortado rente e com sinais
de ventosas sarjadas pelos braços e pelas costas; levou vestido de chita cor-de-rosa já
desbotado, de mangas curtas e guarnecido de renda, a qual [escrava] ginga quando anda.
Quem da mesma tiver notícia pode dirigir-se à dita rua, ou nesta cidade na Rua dos
Pescadores n.º 40, loja.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_03/4142
MARIA
Fugiu uma negra de nome Maria, de nação Cassange, de 24 anos pouco mais ou
menos, corpo seco, altura regular; levou vestido, saia azul de lila [fazenda de lã, lustrosa
e fina] e pano preto. /Entregue-a/ Na Rua do Hospício, casa n.º 14.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/3905
MARIA
Fugiu ao contramestre das obras da Matriz da Boa Vista, Frederico Schultz, no dia
22 do corrente, uma escrava de nome Maria, nação de Angola, idade 20 anos pouco
mais ou menos, baixa, grossa, e com bastantes espinhas no rosto; manqueja de uma
perna por causa de uma ferida; na ocasião da fuga levou um flandres [uma lata] com
azeite de carrapato [óleo extraído da mamona]. Quem a apreender e levar ao seu senhor,
na Rua da Conceição n.º 18, será generosamente recompensado.
"O Diário Novo" (PE), 28/4/1843, número 94, página 4, segunda coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/800449/904
RAQUEL
No dia 2 do corrente fugiu a D. Anna M. Gonçalves Nina uma escrava preta de nome
Raquel, de 50 anos pouco mais ou menos; levou saia de Maria segunda [Maria II, rainha
de Portugal, 1819-1853] roxa, e anda sempre com um lenço amarrado na cabeça. Quem
a levar à sua senhora ou dela der notícia na Travessa da Forca Velha, casa n.º [número
ausente], será recompensado.
http://memoria.bn.br/DocReader/720089/300
1844
FELÍCIA
No dia 4 do corrente fugiu uma preta de nome Felícia, de 50 anos, crioula, muito
ladina [aculturada], tem cicatrizes de chicote nas costas, um aro de corrente na perna,
que talvez já tenha tirado; supõe-se andar pela Boa Vista ou Olinda. Quem a pegar, leve
à Travessa da Concórdia, sobrado n.º 5, que será gratificado.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/5907
1845
ESCOLÁSTICA E FELICIANA
Fugiu na tarde do dia 20 do corrente uma preta crioula, de nome Escolástica, mais
conhecida como Cula, de idade de 18 a 19 anos; levou em sua companhia uma cabrinha
[mestiça] de idade de 13 para 14 anos, de nome Feliciana, ambas com os seguintes
sinais; a primeira, de estatura ordinária, beiços grossos, olhos grandes, com um sinal no
dedo polegar da mão direita, pés apalhetados [achatados] e cheios de cravos, e não anda
senão de sapatos; a segunda, beiços grossos, fala tata [?], e vêm lhe saindo agora os
peitos. Quem as pegar, leve ao convento do Carmo ao Padre Fr. Tomás, ou na Rua da
Alegria, casa n.º 40, que será gratificado.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/6226
FRANCISCA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/5979
LIBÂNIA
Fugiu no dia 11 do corrente a preta Libânia, de estatura regular, com falta de dentes
na frente, cor bem preta, bem ladina [aculturada]; levou vestido já velho de chita
encarnada e sem pano. Quem a pegar, leve ao Aterro dos Afogados, n. 39.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/6842
1846
CATARINA
Fugiu a preta Catarina, de nação Cassange, baixa, cor um pouco fula [tendente à
amarelada]; tem falta de um dente na frente, peitos pequenos, pés curtos e grossos;
bebia aguardente e deve representar [aparentar] hoje 28 anos, e talvez tenha filhos.
Quem a pegar ou queira dar notícias, dirija-se a José Luiz Pereira, morador na Rua
Nova desta cidade, que gratificará generosamente.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/7220
DOMINGAS
http://memoria.bn.br/docreader/029033_02/8392
FORTUNA
Fugiu do sítio do Sr. Duboureq uma preta de nome Fortuna, de nação Mocambique,
pertencente ao Sr. Vicente Tomás dos Santos, a qual tem os sinais seguintes: de bonita
figura, de idade de 18 anos, bem falante, beiço superior furado; tem uns calombinhos de
carne desde a ponta do nariz até a testa, modo de sua nação. Quem a pegar, leve ao dito
sítio, ou no princípio do Aterro dos Afogados, n.º 31.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/7752
1847
BENEDITA
No dia 25 do corrente fugiu ou furtaram uma preta crioula de nome Benedita, baixa,
boca grande e beiços grossos, com vestido de riscado roxo, cabeção de algodãozinho.
Quem a pegar, leve-a à Rua do Colégio n.º 6, que será bem recompensado.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/8847
MARCIANA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/8616
MARIANA
No dia 27 de setembro próximo passado, fugiu uma preta de nome Mariana, /de/
nação Mina, que foi escrava de uma preta também Mina, de nome Delfina, que vende
quitanda no Largo do Capim. Quem a apreender e levar à Rua Formosa n.º 61 será
gratificado.
"Diário de Rio de Janeiro" (RJ), 4/10/1847, número 7616, página 4, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/31516
ÚRSULA
Fugiu no dia 2 do /mês/ próximo passado uma preta, de nome Úrsula, de 30 anos,
alta e seca /de corpo/; levou vestido de ganga azul [tecido forte de algodão], saia de lila
[fazenda de lã, lustrosa e fina] preta e pano da Costa [espécie de xale ou avental
grande]. Quem a pegar, leve à Rua Bela, n.º 17.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/9327
1848
JOSEFA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/10803
LUIZA
Fugiu no dia 11 do corrente uma preta de nome Luiza, crioula, de 40 anos pouco
mais ou menos, cor fula [tendente à amarelada]; levou vestido amarelo de chita com
flores encarnadas; tem o rosto comprido, testa larga, olhos fundos, nariz comprido, boca
grande, falta de dentes na frente, juntamente uma fístula debaixo do queixo, por causa
dos mesmos dentes; é baixa e grossa do corpo, barriga grande, pernas arqueadas no
andar. Roga-se às autoridades policiais e capitães de campo que a apreendam e levem-
na à Rua da Cadeia de S. Antônio, n.º 21, primeiro andar.
"Diário de Pernambuco" (PE), 18/3/1848, número 64, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/10191
MARIA JOAQUINA
Fugiu uma preta de nação Monjola, de nome Maria Joaquina, com ferro ao pescoço,
e tem o dedo mínimo do pé sobre o outro. Quem a apreender e levar à Rua de S. José n.º
2 será gratificado.
"Diário de Rio de Janeiro" (RJ), 12/1/1848, número 7697, página 4, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/31839
TEODORA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/10271
1849
ADRIANA
Fugiu em dias do mês passado uma cabra [mestiça] pertencente ao abaixo assinado,
de nome Adriana, de 30 anos pouco mais ou menos; tem no ombro direito ou esquerdo
umas cicatrizes de bobas [pequenos inchaços] que teve; tem um dos dedos pequenos do
pé direito de menos, proveniente da mesma moléstia; com falta de dentes na frente; tem
sido vista por mais de uma vez na praia de S. Francisco para o Rio Doce, em Olinda.
Roga-se às autoridades policiais, capitães de campo, que a apreendam e levem-na à Rua
Larga do Rosário, n.º 38, primeiro andar, que serão gratificados. — Caetano Estelita
Cavalcante Pessoa.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/12020
EUFROSINA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/11238
JOANA
Fugiu no dia 25 do /mês/ passado a escrava Joana; representa [aparenta] ter 40 anos,
tem o rosto comprido e meio fechado, saiu com tenção [propósito] de procurar senhor;
levou vestido de chita azul e outro branco com dois babados, contas azuis no pescoço,
brincos encarnados e outros de ouro francês, /e/ pano da Costa [espécie de xale ou
avental grande]. Quem a pegar, leve-a ao Aterro da Boa Vista, n.º 14, que será
gratificado.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/11150
JOANA
Fugiu no dia 27 do /mês/ passado, do sítio do Diburque, uma preta crioula do sertão,
do nome Joana, de 20 anos, estatura regular, cara achatada, cor um tanto fula [tendente à
amarelada]; levou vestido de chita preta com pintas brancas já usado; costuma trazer em
um dos dedos um anel de metal amarelo, e no braço esquerdo uma marca, por ter sido
sangrada há poucos dias. Esta preta já tinha fugido no dia 24 do corrente, conduzindo
um par de sapatões de couro de lustro e outras obras para senhora, e foi pegada no dia
26 na Rua Larga do Rosário, dizendo que andava vendendo pastéis, não trazendo as
obras que conduzia. Quem a pegar, leve-a ao referido sítio, ou no Passeio Público, casa
de bilhar, que será recompensado.
"Diário de Pernambuco" (PE), 2/1/1849, número 1, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/11150
PAULA
Paula, parda, de 20 anos, bem disposta, de bonita figura, com uns panos [manchas
amareladas] na pele do pescoço e também pelos peitos, cabelos cacheados, cor natural
do pardo; anda calçada; tem visos [aparência] de forra [alforriada]; é natural de
Cururipe, e lá foi vendida a Constantino Gomes de Carvalho, de Porto Calvo, que a
vendeu a Antônio Leal de Barros, seu legítimo senhor; fugiu a 18 da setembro do ano
passado, seduzida [persuadida a fugir] por um embarcadiço [marinheiro] de nome
Cosme Duarte Ribeiro, que foi para o Aracati em um barco de José Manoel Martins; o
dito Ribeira é filho da Paraíba, acaboclado e muito queimado do sol. Quem a pegar,
leve-a ao Passo de Camaragibe, a Antônio Leal de Barros, ou a esta praça, a Manuel
Inácio de Oliveira.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_02/11578
1850
APOLÔNIA
ATENÇÃO
Fugiu da Rua do Fogo n.º 65 uma escrava, preta, rapariga, crioula, de nome
Apolônia, estatura regular, magra; levou vestido branco de dois babados, com uma saia
de lã por cima muito suja, e lenço branco amarrado na cabeça. Quem a apreender e levar
ao número acima será gratificado: protestando-se com [prometendo aplicar] todo o rigor
das leis contra quem a tiver acoitada [abrigada], para o que logo que ela apareça se
meterá em confissão [revele a sua localização].
"Diário de Rio de Janeiro" (RJ), 8/1/1850, número 8295, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/34258
CLAUDINA
Fugiu no dia 2 do corrente, pelas 6 horas da tarde, uma preta de nome Claudina,
nação Moçambique, escrava de D. Joaquina Angélica dos Santos, moradora na Travessa
de Catumbi n.º 1 E, com os sinais seguintes: estatura regular, parece ter de idade 40 e
tantos anos, tem o beiço superior furado, é muito embusteira, fala com muito
desembaraço, tem bastante ardileza para poder iludir, e para isso levou uma grande
trouxa de roupa. Protesta-se com [Promete-se aplicar] o rigor da lei contra quem lhe der
couto [abrigo], e pelo contrário será bem gratificado quem levá-la ao número acima.
"Diário de Rio de Janeiro" (RJ), 4/7/1850, número 8437, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/34836
JOSEFA
Fugiu no dia primeiro do corrente a escrava Josefa, de 15 anos pouco mais ou menos;
é baixa, com cara comprida, cabelo cortado quase rente; levou vestido azul com listras e
roto nos peitos. Quem a pegar, leve-a à Rua Larga do Rosário, no terreiro andar do
sobrado por cima da loja do Sr. Tomás de Aquino.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/120
MARIA CAJUEIRA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/892
1851
MARIA
Fugiu da Rua de Mata Cavalos n.º 42 uma escrava parda, de nome Maria, estatura
regular, idade 39 anos, tem uma perna bastante inchada, é muito faladeira e astuciosa,
por isso que costuma dizer que anda fazendo compras. Quem a levar ao n.º acima será
gratificado, e protesta-se com todo o rigor da lei contra quem a tiver acoitada [abrigada].
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/36372
MARIA
Fugiu no dia 7 do corrente uma escrava de nação Rebolo por nome Maria, idade 18 a
20 anos, estatura baixa, bem-feita de corpo, rosto redondo, muito ladina [aculturada]
que parece crioula, cor bem preta, com uma marca de ferro da nação no braço direito, e
umas de chicote já antigas junto ao pescoço; levou pano da Costa [espécie de xale ou
avental grande] já desbotado. Roga-se a quem a pegar de levá-la no Forte do Matos,
Rua do Cordoniz, na quina [esquina] da Moeda, primeiro andar, que será recompensado.
"Diário de Pernambuco" (PE), 15/1/1851, número 1, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/1236
1852
ARCANJA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/2612
BALBINA E JOSEFA
Fugiram da Rua do Rosário n.º 58, das 7 para as 8 horas da noite de 5 do corrente,
duas escravas, sendo uma parda, de nome Balbina, representando [aparentando] 25 anos
de idade, de regular figura; e uma preta crioula, de nome Josefa , de 25 anos, magra e
feia de cara. Supõe-se terem fugido em companhia de dois escravos companheiros delas
que foram vendidos ao Sr, Francisco José da Rocha, no Largo de S. Francisco de Paula
n.º 10, sendo um pardo de nome Tibúrcio, de 18 anos, e um preto de nome Vitorino, de
25 anos, os quais desapareceram na mesma ocasião, e todos tinham vindo da Bahia e
Pernambuco a [há] um mês. Gratifica-se a quem deles der notícia ou levá-los à Rua do
Rosário n.º 58, ou ao Largo de S. Francisco de Paula n.º 10.
"Diário de Rio de Janeiro" (RJ), 14/6/1852, número 9011, página 4, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/37156
1853
DOMINGAS
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/4036
1854
ALEXANDRINA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/5325
ÂNGELA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/5108
CATARINA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/5333
LUIZA
Esta escrava tocou à mulher do anunciante, por falecimento de seu pai, o Sr. Joaquim
Gonçalves de Faria, da cidade de Alcântara: é natural de Pericumã, onde tem mãe e
parentes; e por isso talvez para ali se tenha refugiado. Quem a capturar e entregar a seu
senhor, nesta cidade /no/ Largo de Santo Antônio, casa n.º 2, e em Alcântara ao Sr. João
Vidal de Souza, será devidamente recompensado. Maranhão, 28 de abril de 1851.
http://memoria.bn.br/DocReader/720089/5639
MARIA JOAQUINA
http://memoria.bn.br/DocReader/705403/1953
1855
DEODATA
Fugiu no dia 25 de janeiro de 1855, pelas 8 horas da manhã, a escrava Deodata, alta,
retinta, fala grossa, com uma cicatriz ao pé de um dos peitos, cuja escrava [a qual]
estava depositada em mão do abaixo assinado, por execução que move Antônio
Gonçalves Lamarão ao casal do finado José Francisco da Silva; este escrava tem o
marido no Itapecuru em poder de Joaquim José Nunes Paes, e este tem pretendido
comprá-la, ao qual há dias disse o abaixo assinado que depois das férias se trataria de
pô-la em praça [vender em leilão]. Não houve motivo algum para esta fuga, pelo que se
julga que terá ido reunir-se ao marido. Protesta-se [promete-se buscar indenização] por
todas as perdas e danos contra quem porventura a tiver seduzido [persuadido a fugir] e
acoutar [abrigar]; e oferece-se boa gratificação a quem apanhar e entregá-la nesta
cidade, em casa do abaixo assinado, e na Vila do Rosário a Antônio Dorcelino
Bernardes. Maranhão, 26 de janeiro de 1855.
http://memoria.bn.br/DocReader/720089/6044
ROSALINA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/6640
TERESA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/6387
1856
ANA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/7304
1857
ANTÔNIA
50$ de gratificação.
Fugiu da Rua do Passeio n. 36, no dia 3 do corrente, a parda de cor escura de nome
Antônia, natural da Bahia, alta, bastante gorda, dentes claros e separados, a qual levou
uma grande trouxa de roupa e algumas peças de importância, seduzida [persuadida] pelo
pardo de nome Miguel, também natural da Bahia, que se inculca [faz passar por] seu
primo. Protesta-se [Promete-se agir] contra quem a tiver recolhido, com todo o rigor da
lei: muito se recomenda aos Srs. pedestres a captura da mesma, prometendo-se a quantia
supra a quem a levar à casa acima.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_04/11488
RITA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/8590
1858
ISABEL
150$000.
Dá-se a quantia acima a quem apreender e levar a seu senhor, ao Beco dos Ferreiros
n.º 7, 2.º andar, uma escrava de nome Isabel, de nação Benguela, cujos sinais são os
seguintes: estatura ordinária, bem-feita de corpo, orelhas pequenas, os dois dentes
superiores da frente muito deteriorados, fala descansada, olhos avermelhados, olhar
sorrateiro e marcas de ventosas nas espáduas: anda fugida desde novembro de 1856,
costuma mudar de nome e dizer que é forra [alforriada]: veio em 1855 de Santa
Catarina, onde era escrava de D. Antônia Coelho do Espíndola, e consta que tem estado
em Petrópolis e na /Serra da/ Estrela.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_04/13620
JOAQUINA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/9663
1859
CAROLINA
http://memoria.bn.br/DocReader/717665/84
JOAQUINA
No mês de janeiro do corrente ano fugiu do engenho Trapiche do Calmo uma escrava
crioula de nome Joaquina, que representa [aparenta] ter 40 anos, pouco mais ou menos,
alta, magra, fula [de cor tendente à amarelada], cabeça rapada, tem falta de dentes na
frente, tem uma cicatriz na testa, proveniente de uma pancada de chicote, mal vestida,
inculca-se [faz-se passar por] lavadeira, fala muito desembaraçada e anda de timão
[casaco grosseiro] para não ser reconhecida; costuma acoitar-se [esconder-se] em Fora
de Portas, Boa Vista, e dizem que ela anda por Nazaré. Quem a apreender ou der notícia
será generosamente recompensado, levando no engenho Trapiche do Exmo. Sr.
Visconde da Boa Vista, ou na Rua Nova em casa do Sr. Sebastião Lopes Guimarães,
defronte da Conceição dos Militares.
"Diário de Pernambuco" (PE), 18/2/1859, número 39, página 4, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_03/11019
LEOCÁDIA
ODORICA
Fugiu às sete para oito horas da noite do dia 10 do corrente mês, da casa de Manoel
José da Silva Braga, a escrava crioula de nome Odorica, /que/ é conhecida por
Dorica, pertencente à Sra. Isabel Raimunda dos Santos Pinheiro, que a havia comprado
a 24 de setembro do ano passado ao corretor Bento Alves Rodrigues Tupinambá. Dita
escrava é bem moça, de estatura regular, está grávida, tem bastantes panos [manchas
amarelas] pelos peitos e costas, e saiu de casa com um vestido de chita desbotado,
parecendo de fazenda branca, e levando uma argola de ouro na orelha esquerda. Ela é
natural da Província do Maranhão, de onde viera, como afirma o vendedor, e não sabia
ainda as ruas desta cidade [São Luís]. Consta que, ou fora para casa do mesmo
vendedor, ou para casa de um moço estudante que mora no Pátio do Carmo, e que [o
qual] tem um escravo de nome Xisto, porque a dita escrava assim o manifestava. No
entanto, não se tendo certeza, pede-se ao Sr. Dr. chefe de polícia e mais [demais]
autoridades a captura da dita escrava, e qualquer particular que a apreender, queira levar
na casa do mesmo Sr. Braga na Rua Imperial n.º 67, primeiro andar, ou na Rua do
Imperador, sobrado n.º 23, primeiro andar, que será generosamente recompensado, e
desde já a dona da dita escrava protesta proceder criminal e civilmente contra quem a
tiver homiziado [abrigado ilegalmente] em seu poder.
"Publicador Maranhense" (MA), 16/1/1860, número 83, página 7, penúltima coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/303
1861
LUIZA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/3081
MARIA JOAQUINA
Acha-se fugida a mulata Maria, muito conhecida por Maria Joaquina, sendo bastante
alta, cabelos cacheados e falta de dentes na frente; ainda ontem foi vista em uma casa no
Forte do Matos, e por isso roga-se a todas as autoridades policiais a captura, e aos
comandantes de vapores e capitães de embarcações que tenham a bondade de examinar
os escravos que a seu bordo forem para outra província, ou como passageiros ou como
cativos de passageiros, e mandarem entregar [entregá-la] na Rua da Imperatriz n.º 21,
que se lhe ficará obrigado, e toda e qualquer pessoa que a pegar, leve-a à mesma casa,
que generosamente se gratificará.
"Diário de Pernambuco" (PE), 30/12/1861, número 301, página 7, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/5438
1862
MARIA
PRETA FUGIDA
Fugiu no dia 2, da Rua do Lavradio, a preta de nome Maria, de nação Mina, com os
seguintes sinais: beiços grossos, a unha do dedo polegar de uma das mãos bastante
grossa, levou vestido cor-de-rosa. Consta que anda vendendo quitanda por Mata-Porcos
[atual Rua Estácio de Sá], Rio Comprido e S. Cristóvão, aonde [onde] há três dias foi
vista a fazer compras em uma venda, e diz estar alugada neste bairro. Já tem sido por
outras vezes presa. Roga-se aos Srs. pedestres, se a apreenderem, da levá-la à Rua dos
Ourives [atuais Ruas Rodrigo e Silva e Miguel Couto] n.º 56, e não à Rua do Lavradio.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_05/3326
1863
CRISPINA
Preta fugida.
Fugiu ao abaixo assinado, à [há] cerca de 9 dias, sua escrava de nome Crispina, preta,
crioula, idade 19 anos. Tem os seguintes sinais: é de estatura regular, olhos grandes, e
magra, Esta negra pertenceu outrora ao finado padre Frederico Nolasco de Almeida
Santos, e tem sido vista a divagar [vagar] pela cidade.
http://memoria.bn.br/DocReader/720089/13950
DELMIRA
Fugiu no dia 20 de fevereiro próximo passado a escrava Delmira, preta, baixa e seca
do corpo, cabelos grandes e ordinariamente arrepiados; tem falta de dentes na parte
superior da frente, é demasiado apressada no andar, e a fala bastante afinada; levou
vestido de chita preta e xales de merinó [tecido de lã de carneiro] liso, da mesma cor,
tudo novo, mas sujo; também levou consigo um banquinho e um tabuleiro com bolos,
por ocasião de ir vender no pátio da alfândega. Protesta-se [Promete-se usar a lei] contra
quem a tiver em seu poder, por seu valor e diários [despesas diárias]: no entretanto,
roga-se aos capitães de campo e agentes policiais a apreensão de dita escrava, e sua
entrega no terceiro andar do sobrado n.º 8 da Rua do Cabugá. Outrossim, roga-se aos
mestres de barcaças que, além de não lhe darem passagem, efetuem sua apreensão e
entrega na mesma casa supra/citada/, aonde [onde] serão gratificados.
"Diário de Pernambuco" (PE), 3/3/1863, número 50, página 7, última coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/8307
1864
DAMIANA
Damiana, crioula, cor fula [tendente à amarelada], alta, seca, tem a cara descarnada,
vício de tomar tabaco, anda de vestido de algodão de listra e de chita encarnada cabocla,
xale de ganga [tecido forte de algodão] encarnada de palmas amarelas, é falante e
representa [aparenta] menos de 34 anos, quando a sua idade é de 36, fugiu no dia 9 do
corrente mês. Roga-se, portanto, às autoridades policiais e capitães de campo que a
apreendam e façam conduzir a seu senhor no Brejo da Madre de Deus, no sítio
denominado Coelho, ou na vila, e ser entregue ao capitão Geminiano do Rego Maciel,
que serão generosamente recompensados, e na Praça de Pernambuco aos Srs.
Magalhães da Silva Irmãos.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/12338
JOAQUINA
Fugiu a escrava crioula Joaquina, cor fula [negra de cor tendente à amarelada], alta,
magra, pés grandes e apalhetados [achatados], tem alguns cabelos brancos que os pinta,
inculca-se forra [alforriada], é muito faladeira e se sujeita alugada em casas particulares
para engomar durante o tempo de fugida, que não é a primeira vez que a faz; disfarça-se
de diversos modos, às vezes de timão [casaco grosseiro] e saia preta e outras de vestido
e balão; é encontrada constantemente já no bairro do Recife, S. José e Boa Vista, e
ultimamente foi vista passar pela Rua Augusta, e supõe-se que está morando em algum
casebre por detrás desta rua. Roga-se às autoridades policiais dos bairros do Recife, S.
José e Boa Vista, ou outra qualquer pessoa que a encontrar, /que a/ apreendam e
apresentem ao seu senhor, Visconde de Boa Vista, em seu palacete /na/ Rua da Aurora.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/12282
1865
CLAUDINA
No dia 31 de outubro fugiu a escrava Claudina, parda, alta e magra, que pertenceu ao
Sr. Amaral, empregado na repartição do selo; esta escrava foi no dia 1 do corrente
queixar-se ao Sr. Delegado por ter sido castigada. Quem a pegar e entregar na Rua da
Cadeia, n.º 62, será bem gratificado.
http://memoria.bn.br/DocReader/705110/1976
JOANA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/12874
MARIA
Há um mês que fugiu a escrava preta Maria com os sinais seguintes: preta, baixa,
falta de dentes na frente, muito regrista [faladora e intrometida], anda muito sacudida e
tem um sinal em cima de um ombro, encarnado, levou quase toda a sua roupa,
constando de vestidos de chita, camisas de algodãozinho, e lençóis, uma coberta
pequena de chita, julga-se estar acoitada [abrigada] aqui no Recife, o abaixo assinado
protesta [promete acionar a Justiça] contra quem a tiver acoitado ou seduzido
[persuadido] para esta fuga, assim como roga às autoridades policiais e capitães de
campo a captura de dita escrava e levá-la à Rua Nova da Santa Rita n.º 55, segundo
andar, ou à Rua da Praia n.º 78, armazém, que serão generosamente recompensados.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/14027
1866
JANUÁRIA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/15169
1867
HERCULANA
A escrava Herculana
100$000
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/18995
1868
HIPÓLITA
Fugiu desta cidade no dia 25 do corrente, à noite, da casa de Madame Rochat, onde
se achava alugada, a escrava de nome Hipólita, pertencente a D. Francisca de Moraes
Pinto. São seus sinais os seguintes: mulata pouco clara e muito embaciada, cheia de
corpo, 18 anos de idade, bons dentes, seios muito caídos, baixa, e muito desenvolta.
SABINA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/20073
1869
ANA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_04/23117
*
HENRIQUETA
Fugiu da cidade do Itu a escrava Henriqueta, de 30 anos de idade, bem preta; tem
olhos pequenos e vivos, alguma falta de dentes, altura mediana, fina de corpo, e pés
muito pequenos. Quando se lhe faz qualquer pergunta, responde "sim senhor" ou "não
senhor", acompanhando com a cabeça e com os olhos fitos em quem lhe fala, como que
desconfiada. Supõe-se ter seguido para as bandas de Minas, de onde é filha. Quem dela
souber, dirija-se ao Sr. Manoel Joaquim Antunes Russo, morador em Itu, onde receberá
boa gratificação.
http://memoria.bn.br/DocReader/709557/4426
1870
MARIA E ANA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_05/559
1871
IFIGÊNIA
Fugiu do abaixo assinado, de seu sitio, sito [situado] no lugar denominado Capivari,
município de Jundiaí, no sábado 5 do corrente, a escrava Ifigênia, idade 23 anos mais ou
menos, preta, crioula; tem poucos dentes na frente e esses podres, tem um dedo de uma
das mãos destroncado, e lobinho [cisto subcutâneo] nas costas de outra; /de estatura/
regular, mais tocada a [próxima de] baixa.
Supõe-se que ela se acha nesta cidade, visto que ela aqui tem a mãe; crê-se mesmo
que seja provável estar em sua companhia.
Quem a prender ou der notícias certas, nesta cidade ao Sr. Lindoro José Branco, em
Jundiaí a Joaquim Leite Penteado ou em Campinas a D. Leocádia Branco de Oliveira,
será generosamente gratificado; assim como se procederá com todo /o/ rigor da lei
contra quem a tiver acoitado [abrigado].
http://memoria.bn.br/DocReader/709557/6823
1872
LUIZA
Fugiu no dia 13 do corrente a escrava por nome Luiza, idade 22 anos, cor meio fula
[negra tendente à amarelada], olhos vivos, cabelos ralos e agarrados, beiçuda, bons
dentes, nariz chato, está com uma brecha na testa, estatura baixa e corpulenta, pés
redondos, dedos curtos e grossos; ela gosta da bebida, e consta ter-se retirado com uma
senhora para Campinas.
http://memoria.bn.br/DocReader/709557/8249
TERESA
Anda fugida desde o dia 6 do corrente a preta Teresa, de nação Angola, idade 40
anos, mais ou menos, com os sinais seguintes: baixa, corpo regular, fala bem, olhos
espertos, com sinais de castigo nas costas, tem falta de alguns dentes na frente, já tem
estado mais de uma vez na /casa de/ correção. Quem a levar à Rua da Uruguaiana n.º
186 receberá de gratificação 20$000.
"Jornal do Commercio" (RJ), 30/1/1872, número 162, página 5, penúltima coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_06/4949
1873
JOAQUINA
http://memoria.bn.br/DocReader/709557/9073
1874
MARIA
100$ de gratificação
http://memoria.bn.br/DocReader/705110/8744
1875
MARIA
50$000
Outrossim, declara que desde já protesta [promete ir à Justiça para] haver os [exigir
os valores dos] serviços da mesma escrava, da pessoa que a tiver oculta.
http://memoria.bn.br/DocReader/705110/10185
1876
DOMINGAS
Fugiu no dia 17 corrente a preta Domingas, já velha e de cabelos brancos; levou saia
de chita preta por baixo de outra de chita clara, paletó de baeta [tecido felpudo e grosso]
azul e xale de xadrez de lã, tem a perna esquerda um pouco inchada, andou ao ganho
[oferecendo-se para serviços] pela Gamboa, vendendo água, e também costuma varrer
café pela Rua Municipal e imediações. Quem a apreender e levá-la à Rua da Gamboa n.º
189 será gratificado; protesta-se [promete-se agir] com todo o rigor da lei contra quem a
tiver acoitada [abrigada].
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_06/14294
JOAQUINA
No dia 21 de abril último fugiu a escrava Joaquina, a qual tem os sinais seguintes:
crioula, cor bem preta, estatura regular, rosto comprido e seco, falta de dentes na
mandíbula superior, pés grossos, andar apressado, idade de 40 anos, pouco mais ou
menos, pelo que já tem algum cabelo branco, fala bem desembaraçada, e usa de ditos
chulos, tais como tibe, vôtes, etc.; levou vestido casaquinho de chita de quadros
encarnados e xale de merinó [tecido de lã de carneiro] todo azul; até 4 do corrente mês
foi vista na povoação da Boa Viagem, dizendo que andava procurando quem a
comprasse. Tinha ela muito desejo de ir para Água Presa, onde tem uma filha escrava de
nome Paulina; assim, pois, é provável que para lá tenha seguido. Roga-se às autoridades
policiais e capitães de campo que apreendam a dita escrava e a façam conduzir à Rua da
Mangueira da Boa Vista n.º 5, onde se gratificará.
"Diário de Pernambuco" (PE), 15/5/1876, número 110, página 6, terceira coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_05/15163
LUIZA
http://memoria.bn.br/DocReader/029033_05/16571
1877
LIBÂNIA
Fugiu no dia 26 de maio do corrente ano, da casa do seu senhor, morador à Rua de
Paissandu n.º 34, placa, a sua escrava Libânia, de 17 a 18 anos, com os sinais seguintes:
cor preta, altura regular, nariz chato, beiços grossos, bons dentes, separados na frente,
figura feia, tendo uma perna inchada; levou saia de cassa azul desbotada e já velha,
paletó de xadrez cor de vinho, roubando 20$ da mesma casa. Supõe-se ter sido seduzida
e estar oculta; quem a levar à dita casa será gratificado.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_06/15980
1878
AQUILINA
Conduziu consigo uma filhinha ingênua de 6 anos, de nome Maria, muito robustas e
de bonita presença, tendo já dois dentes novos na frente e o umbigo um pouco estufado.
Protesta-se [Promete-se ir à Justiça] desde já contra quem a acoitar [abrigar], assim
como contra quem se aproveitar dos seus serviços.
Roga-se a quem a apreender /que/ vá entregá-la aos Srs. Andrade, Lopes & C.
[Companhia], Rua Duque de Caxias n.º 52, que será recompensado.
JOSEFA
ESCRAVA FUGIDA
GRATIFICAÇÃO 50$
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_06/20100
JOSEFA E FRANCISCA
Fugidas ainda
Continuam fugidas as escravas Josefa e Francisca, a primeira mulata clara, alta; corta
os cabelos como homem, é /um/ tanto sardenta, fala alguma coisa gaga, idade 28 anos,
tem um sinal preto ao lado do queixo, e levou em companhia uma filhinha de 3 para 4
anos, por nome Maria; esta filha é branca, tem os cabelos louros e anelados. Fugiu no
dia 24 do agosto do ano passado a segunda, cabocla, baixa, magra, idade 45 anos mais
ou menos, esta é muito conhecida aqui na cidade por ser vendedeira [vendedora] de rua,
e tem um filho por nome Abdon, praça do 9.º batalhão que está preso na Fortaleza do
Brum, para onde se suspeita que ela ande, visto ser muito amante deste filho.
Gratifica-se com 150$ a quem apreender ou der notícias certas de ditas escravas ao
abaixo assinado, à Rua do Visconde de Goiana n.º 74, antiga Rua do Sebo.
http://memoria.bn.br/DocReader/705110/15592
1880
CAETANA
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/665
1882
ISABEL
Pede-se às autoridades a sua captura, o gratifico a quem dela me der notícias, na Rua
Formosa, junto ao armazém de móveis do Sr. Salgado. Procederá [Acionará a Justiça]
contra quem a tiver acoitado [abrigado]. — Belém, 23 do janeiro de 1882. —Vitória
Maria da Encarnação Faria.
http://memoria.bn.br/DocReader/222402/6844
1883
BENEDITA
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/7424
1885
MARIA INÁCIA
http://memoria.bn.br/DocReader/213454/6563
1886
VIRGÍNIA
http://memoria.bn.br/DocReader/213454/7826
1887
ARMINDA
Depois de estar fugida pouco mais ou menos ano e meio, e de ter aparecido em 14 de
dezembro próximo passado, tornou a fugir das Laranjeiras, onde estava alugada, a
escrava Arminda, de 25 a 26 anos, parda clara, cabelos lisos e cortados, rosto cheio e
curto, olhos, nariz e boca pequenos, baixa e cheia do corpo, e está nos primeiros meses
de gravidez. Desconfia-se que anda por Cascadura, Todos os Santos, Niterói, Rio
Comprido, Catete etc., e intitula-se livre. Quem levá-la à Rua do Livramento n.º 111
será generosamente gratificado, e protesta-se [promete-se agir] com todo o rigor da lei
contra quem lhe der couto [abrigo].
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/17096
MARIA DO Ó
À POLÍCIA
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/19272
1888
TURÍBIA
TURÍBIA
Escrava fugida
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/19513
LOURENÇA
ESCRAVA FUGIDA
Lourença, fugiu ontem da Rua do Senado n.º 19, onde se achava alugada, com os
seguintes sinais: de cor pardo-escura, idade 20 anos, baixa e gorda, bons dentes. Quem
der notícias certas na Rua da Misericórdia n.º. 128, ou a seu senhor João Antunes C.
Benjamim no Rio Bonito, será bem gratificado, e incorrerá nas penas da lei quem
acoitá-la [abrigá-la], e /terá/ de pagar 1$ diários.
"Jornal do Commercio" (RJ), 23/4/1888, número 114, página 5, quinta coluna.
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/20160
http://memoria.bn.br/DocReader/364568_07/20166