A EMPMMC no próximo ano completará 50 anos. Motivos para
comemorar? Será que temos? A Escola Municipal Modesta Cravo sobreviveu a toda sorte de mudanças e mesmo assim consegue os melhores resultados nas avaliações externas, nas avaliações internas. Todo ano durante o período de Cadastramento Escolar a procura por vagas é intensa. Os pais constantemente recorrem a Dire e até mesmo a SMED solicitando estas vagas. Instituição Municipal reconhecida pela qualidade de seu ensino. Detentora de vários prêmios, condecorações na Câmara Municipal, prêmios nacionais, várias medalhas das Olimpíadas da Matemática, feira de ciência, de cultura etc. Corpo docente do mais alto nível, muitos projetos. Professores dedicado, competentes que logo no início da Pandemia, já estavam trabalhando com seus estudantes, aprendendo a usar as tecnologias necessárias para prestar um serviço educacional de qualidade, sempre visando os estudantes. Antes de qualquer iniciativa oficial a Escola já mantinha blog, facebook,whatsApp... Como ter motivos para comemorar 50 anos quando o coletivo de professores se depara com um desmanche sistemático da mesma? Por que em vez de valorizá-la, de cuidá-la, os gestores de alguma maneira sempre tem alguma ideia para desmontar um trabalho de sucesso? Como fazer isso com uma das escolas da Rede Municipal que apresenta excelentes resultados desde que foi fundada? Porque em um momento grave de pandemia quando se procura diminuir o número de estudantes nas escolas, a gestão pública indo na contramão do cenário nacional, aumenta a demanda de ocupação da escola? Como mudar a jurisdição da escola para atender vagas de outro bairro(União)? Como colocar novas turmas em espaço tão exíguo? Como fica a “cantina” que já é mínima? E os espaços de circulação? Como aumentar o número de turmas, inclusive autorizando excepcionalmente a permanência do 6º ano na escola com argumento de que só o professor especialista pode lecionar nelas? Haverá lotações ou dobras destes profissionais? Como fica o quadro de escola e as excedências? Como ficará a situação funcional dos professores? Apesar de ter conhecimento da existência harmoniosa de turmas de diferentes idades dentro da mesma escola, a pergunta a ser feita é sobre os espaços para esta convivência. Mesmo construindo duas salas e um banheiro, espaços serão perdidos. As mudanças no espaço são transparentes? O coletivo da Escola terá conhecimento? Qual verba será usada? Federal? Municipal? De fundações? Diante do exposto , o coletivo de professores da EMPMMC que a este assinam propõem o seguinte: 1- Que dê aos professores da escola, em caráter excepcional, a autorização escrita para trabalhar disciplinas do 6º ano, durante os 6 meses que faltam para completar o período de excepcionalidade; 2- Que seja realizada na escola uma consulta para que durante o período excepcional de reorganização escolar, as professoras da escola possam assumir as vagas da Educação Infantil. Esta consideração é feita para que os professores se reorganizem em 2021 após a volta do período não presencial. 3- Que pensando sempre nos nossos estudantes, na organização escolar e no ensino de qualidade seria uma forma de fazer uma transição tranquila, com um trabalho bem direcionado de forma a preparar a escola para os novos tempos que virão. Busca-se com isso uma forma de respeitar a história da escola. 4- Que haja uma clareza de informações por parte da Dire e SMED para que o coletivo de professores da escola , principais interessados em saber o que vai acontecer em seu local de trabalho, use dados concretos, tendo acesso a planilhas e estudos que justifiquem tantas mudanças. Sem mais para o momento e aguardando uma resposta.