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CARTA ABERTA A DIRE-NE E SMED

Belo Horizonte,...de novembro de 2020


Prezados

A EMPMMC no próximo ano completará 50 anos. Motivos para


comemorar? Será que temos? A Escola Municipal Modesta Cravo
sobreviveu a toda sorte de mudanças e mesmo assim consegue
os melhores resultados nas avaliações externas, nas avaliações
internas. Todo ano durante o período de Cadastramento Escolar
a procura por vagas é intensa. Os pais constantemente recorrem
a Dire e até mesmo a SMED solicitando estas vagas.
Instituição Municipal reconhecida pela qualidade de seu ensino.
Detentora de vários prêmios, condecorações na Câmara
Municipal, prêmios nacionais, várias medalhas das Olimpíadas da
Matemática, feira de ciência, de cultura etc.
Corpo docente do mais alto nível, muitos projetos. Professores
dedicado, competentes que logo no início da Pandemia, já
estavam trabalhando com seus estudantes, aprendendo a usar
as tecnologias necessárias para prestar um serviço educacional
de qualidade, sempre visando os estudantes. Antes de qualquer
iniciativa oficial a Escola já mantinha blog, facebook,whatsApp...
Como ter motivos para comemorar 50 anos quando o coletivo de
professores se depara com um desmanche sistemático da
mesma? Por que em vez de valorizá-la, de cuidá-la, os gestores
de alguma maneira sempre tem alguma ideia para desmontar
um trabalho de sucesso? Como fazer isso com uma das escolas
da Rede Municipal que apresenta excelentes resultados desde
que foi fundada?
Porque em um momento grave de pandemia quando se procura
diminuir o número de estudantes nas escolas, a gestão pública
indo na contramão do cenário nacional, aumenta a demanda de
ocupação da escola? Como mudar a jurisdição da escola para
atender vagas de outro bairro(União)? Como colocar novas
turmas em espaço tão exíguo? Como fica a “cantina” que já é
mínima? E os espaços de circulação?
Como aumentar o número de turmas, inclusive autorizando
excepcionalmente a permanência do 6º ano na escola com
argumento de que só o professor especialista pode lecionar
nelas? Haverá lotações ou dobras destes profissionais? Como fica
o quadro de escola e as excedências?
Como ficará a situação funcional dos professores?
Apesar de ter conhecimento da existência harmoniosa de turmas
de diferentes idades dentro da mesma escola, a pergunta a ser
feita é sobre os espaços para esta convivência. Mesmo
construindo duas salas e um banheiro, espaços serão perdidos.
As mudanças no espaço são transparentes? O coletivo da Escola
terá conhecimento?
Qual verba será usada? Federal? Municipal? De fundações?
Diante do exposto , o coletivo de professores da EMPMMC que a
este assinam propõem o seguinte:
1- Que dê aos professores da escola, em caráter excepcional,
a autorização escrita para trabalhar disciplinas do 6º ano,
durante os 6 meses que faltam para completar o período
de excepcionalidade;
2- Que seja realizada na escola uma consulta para que durante o
período excepcional de reorganização escolar, as professoras
da escola possam assumir as vagas da Educação Infantil. Esta
consideração é feita para que os professores se reorganizem
em 2021 após a volta do período não presencial.
3- Que pensando sempre nos nossos estudantes, na organização
escolar e no ensino de qualidade seria uma forma de fazer
uma transição tranquila, com um trabalho bem direcionado
de forma a preparar a escola para os novos tempos que virão.
Busca-se com isso uma forma de respeitar a história da escola.
4- Que haja uma clareza de informações por parte da Dire e
SMED para que o coletivo de professores da escola ,
principais interessados em saber o que vai acontecer em
seu local de trabalho, use dados concretos, tendo acesso a
planilhas e estudos que justifiquem tantas mudanças.
Sem mais para o momento e aguardando uma resposta.

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