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Na minha opinião Descartes terá inspirado

Christopher Nolan, nomeadamente no segundo nível de


aplicação da dúvida, que diz que algumas vezes não
distinguimos o sonho da realidade, ou seja, dado que
a dúvida de Descartes é hiperbólica, devemos supor
que nunca conseguimos distinguir o sonho da
realidade.
Descartes coloca assim em causa a existência da
realidade física, pois esta pode ser apenas uma
ilusão. No filme “A Origem” deparamo-nos com esta
situação pois dificilmente as personagens do filme
conseguem distinguir o sonho da realidade, tal como
os espectadores.
Por outro lado, Christopher Nolan também ter-se-á
inspirado no terceiro nível da dúvida de descartes,
que diz que Deus permite que nos enganemos algumas
vezes, logo devemos supor que Deus permite que no
enganemos sempre. Assim, Descartes coloca a hipótese
da existência de um “deus enganador” ou génio
maligno. Esse deus enganador pode ter-nos criado
destinados, sem darmos por isso, a errar
sistematicamente. No filme “A Origem” também nos
deparamos com esta situação, pois a “implantação” de
uma ideia na mente de um indivíduo efectuada pela
equipa de Cobb, levará o indivíduo a ter na sua
mente ideias falsas que tomará como verdadeiras, tal
como Descartes afirma.

Christopher Nolan prefere deixar entreaberto se


realmente existe um mundo físico ou se é apenas uma
ilusão, um sonho, enquanto Descartes acaba por
acreditar na existência do mundo físico.

Ana Sofia Santos

Possivelmente Christopher Nolan inspirou-se em


Descartes para a escrita do argumento do filme
Inception pois as semelhanças são evidentes. No
filme a acção desenrola-se à volta do facto de não
sabermos o que é real e o que é irreal (sonho) tal
como Descartes nos diz no segundo nível de aplicação
da dúvida. Descartes supõe que não distinguimos
sempre o sonho da realidade. No filme, tudo o que
sabemos e temos a certeza que existe é o próprio
pensamento, o que se assemelha ao cogito de
Descartes em que a única coisa que temos a certeza
de não ser uma ilusão é o próprio pensamento; a
certeza da existência do sujeito pensante.
Sara Lourenço

Penso que existe uma correlação entre o segundo


nível da aplicação da dúvida (Descartes) e o enredo
no filme “Inception”, pois este filme baseia-se
essencialmente na ideia da dificuldade de distinguir
entre o sonho (realidade fictícia) e o real. (…)
Podemos até encontrar algumas referências ao
terceiro nível de aplicação da dúvida de Descartes
(deus enganador), pois este diz que o Deus que
supostamente nos criou e criou o nosso entendimento
pode ter sido um deus enganador, fazendo assim com
que tenhamos mais um motivo para acreditar que o
mundo físico poderia não ser mais do que um sonho,
como podemos evidenciar isso no filme, pois algumas
personagens pensavam estar a viver a acção, apesar
de estarem a sonhar.

Dinis Mota

O filme “A Origem” retracta a possibilidade de


controlar os nossos sonhos, e de se confundir a
realidade com o sonho. No filme, o sonho e a
realidade aparecem alternados e é preciso estar
atento para perceber em que “mundo”, real ou sonho,
está a decorrer a acção. E até mesmo a personagem
central, Cobb que era o melhor a compreender o
funcionamento do mundo do sonho, vai terminar por se
perder no limbo, vai ficar preso no sonho.

Descartes, no segundo nível de aplicação da dúvida,


colou em questão a existência do mundo físico,
dizendo que não havia um critério distinto capaz de
distinguir o sonho da realidade, sendo que o mundo
físico pode ser um sonho (ilusão).

João Figueiredo

Inception, é um filme de acção deveras inspirado, em


determinadas partes, por Descartes, nomeadamente
pelo segundo e terceiro níveis de aplicação da
dúvida. O segundo nível de aplicação da dúvida, em
que Descartes afirma “Algumas vezes não sabemos
distinguir o sonho da realidade, então devemos
considerar que não distinguimos o sonho da realidade
sempre”, assinala o facto de que não existe um
critério claro e distinto capaz de distinguir o
sonho da realidade. É deste modo, então que o
realizador, introduz o totem (dado, peça de xadrez,
pião) que é o único objecto que lhes dá a certeza se
estão no sono ou na realidade.

O terceiro nível de aplicação da dúvida também foi


inspiração para a criação do filme, este mais do que
qualquer outro, pois todo o filme (visto do ponto de
vista da filosofia de Descartes) se baseia no deus
enganador, que no filme é a equipa de Cobb, que tem
como missão implantar uma ideia falsa (“não seguir o
pai”) na mente de um indivíduo (Fisher).

Joana Valente

Descartes escreveu que às vezes tinha sonhos tão


fortes que não conseguia distinguir a realidade dos
sonhos, e ele colocou a questão: se tudo isto que
vivemos é real ou é apenas um sonho, uma ilusão.

No filme “Inception” o protagonista tem como


objectivo “plantar” um pensamento ou uma ideia na
mente de um indivíduo enquanto ela está dormir. E
para isso acontecer, o próprio protagonista, Cobb,
ligado a uma máquina também tem que adormecer.
Durante o sono, as personagens utilizam os sonhos
para cumprir o seu objectivo (implantar a ideia),
mas torna-se tudo tão real que por vezes distinguir
o sonho da realidade é quase impossível. Para saber
se estava a sonhar ou se estava acordado, Cobb
girava um pião, se ele parasse, ele estava acordado,
se o pião não parasse de girar, ele estaria a
sonhar.

João Serra
O amuleto de cada personagem tem uma característica
específica como o pião de Cobb (Leonardo DiCaprio).
No sonho, não pára de rodar, na realidade, quando
está acordado, o pião cai ao parar de rodar.

Rafael Lopes

Descartes inspirou Christopher Nolan.


Nolan baseou-se fundamentalmente no segundo nível de
aplicação da dúvida de Descartes, em que este
argumenta que não existe um critério claro e
distinto capaz de distinguir o sonho da realidade,
sendo que o mundo físico pode não passar de um
sonho.

Paulo Mendes

Christopher Nolan também se baseia no terceiro nível


de aplicação da dúvida de descartes onde ele diz que
pode existir um deus enganador que colocou nas
nossas mentes ideias falsas que tomamos por
verdadeiras. No filme, Cobb coloca nas mentes das
pessoas ideias falsas.

Nuno Ferreira

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