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Índice

Lista de Siglas....................................................................................................................i

Resumo..............................................................................................................................ii

1. Introdução..................................................................................................................1

1.1. Contextualização da Pesquisa.............................................................................2

1.2. Tema e Problema................................................................................................3

1.3. Objectivos...........................................................................................................4

1.3.1. Objectivo Geral...........................................................................................4

1.3.2. Objectivos Específicos................................................................................4

1.4. Hipóteses.............................................................................................................4

1.4.1. Hipótese Básica...........................................................................................4

1.4.2. Hipótese Secundaria....................................................................................4

1.5. Justificativa.........................................................................................................5

2. Revisão da Literatura.................................................................................................6

2.1. Evolução da contabilidade..................................................................................6

2.1.1. Definição e objectivos da contabilidade......................................................7

2.2. Relação custo x benefício da informação financeira..........................................8

2.3. Obrigatoriedade da escrituração contabilística...................................................9

2.4. Escrituração contabilística................................................................................10

2.4.1. Livros contábeis.........................................................................................10

2.5. Importância da contabilidade nas ME e EPP....................................................11

2.6. Demonstrações Financeiras..............................................................................12

2.6.1. Elementos das Demonstrações Financeiras...............................................12

2.6.2. Objectivo das Demonstrações Financeiras................................................14

3. Metodologia.............................................................................................................15

3.1. Tipo de pesquisa...............................................................................................15


3.2. Método de abordagem......................................................................................15

3.3. Métodos de Procedimentos...............................................................................16

3.4. Técnicas e instrumentos de investigação..........................................................16

3.5. Área (geográfica) da investigação....................................................................17

3.6. Tipo de amostragem (aleatório ou intencional)................................................17

3.7. Procedimentos para a tabulação de dados.........................................................17

3.8. Procedimentos para a análise de dados.............................................................17

5. Cronograma..............................................................................................................19

6. Orçamento................................................................................................................19

7. Bibliografia..............................................................................................................20
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Lista de Siglas

BP – Balanco Patrimonial

DMPL – Demonstração das Mutações do Património Líquido

EPP – Empresa de Pequeno Porte FASB Financial Accounting Standars Board IASB
Internacional Accounting Standards Board

MDR – Mapa de Demonstração de resultado

ME – Medias Empresas

MFC – Mapa de Fluxos de Caixa

NCRF – Normas Contabilísticas de Relato Financeiro

NIRF – Normas Internacionais de relato Financeiro

PCGA – Princípios de Contabilidade Geralmente Aceites

PME – Pequenas e Médias Empresas


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Resumo

O presente trabalho propõe uma análise sobre a importância da escrituração contábil


dentro das microempresas e empresas de pequeno porte, tendo em vista as altas taxas de
mortalidade nessas categorias empresariais. Procura-se destacar a importância da
contabilidade como instrumento de gestão que irá apoiar o processo decisório e também
elencar um conjunto de vantagens para as empresas que optam por manter uma
escrituração contábil completa e fidedigna, independente de estarem obrigadas ou não.
Nesse contexto, o estudo visa comprovar a efectiva necessidade da adopção de um
sistema de contabilidade para essas empresas a fim de que possam se fortalecer e
continuar actuando no mercado, tendo em vista a sua grande importância no cenário
económico. Para atender esta finalidade, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, onde
foi constatado que os autores consultados de forma unânime reconhecem a importância
da ferramenta contábil como instrumento indispensável de gestão, independente do
porte da empresa, uma vez que é possível acompanhar toda evolução patrimonial da
entidade.

Palavras-chave: Microempresas. Empresas de Pequeno Porte. Escrituração


Contabilística.
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1. Introdução

Todas as empresas possuem um objectivo, seja a busca incessante por resultados


financeiros, resultados sociais, ou até mesmo a sua expansão. Enfim, todo
empreendimento tem algo em comum: buscam atingir uma determinada meta. Assim, a
contabilidade surge como o instrumento que dará suporte à administração nesse
processo, através do registro dos actos e fatos administrativos que irão produzir dados
económicos, que possibilitarão ao administrador planejar e controlar suas acções para
traçar os objectivos da empresa. Iudícibus (1999) comenta que a todo instante tomam-se
decisões que podem ser importantes ou não, e nas organizações não é diferente. Os
micros e pequeno empresário vêem-se, constantemente, obrigados a adoptar medidas,
que em sua maioria são vitais para o sucesso do negócio. Tais medidas devem ser
suportadas por informações corretãs que tem como a contabilidade o grande
instrumento de auxílio. Vivencia-se uma época onde a importância da informação é
indiscutível, e a escrituração quando elaborada de acordo com as normas, constitui uma
imprescindível ferramenta de gestão, além de possibilitar muitas outras vantagens.
Deste modo, a tomada de decisão baseada na experiência do administrador e na sua
intuição, não são mais factores decisivos no quadro actual, exige-se, ainda, um elenco
de informações reais e tempestivas que norteiem tais decisões.

Para as micro e pequenas empresas (MPEs), os aspectos informacionais são


indispensáveis devido à fragilidade financeira e operacional que envolve esse tipo de
empreendimento. Portanto, compreender a importância da informação contábil é vital
para a empresa, tendo em vista que uma das dificuldades encontradas nas organizações
é a precariedade da utilização desta ou até mesmo a inutilidade diante do planeamento
estratégico. Entendendo que a contabilidade é parte natural das organizações, não se
pode admitir que o segmento empresarial possa prescindir desse instrumento tão
importante na gerência dos seus negócios. Vale salientar que para atender a essa
finalidade de maneira eficaz, a contabilidade deve conter todas as informações
importantes da empresa e está de acordo com as normas e os princípios fundamentais,
não limitando-se apenas ao Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado
do Exercício (DRE), mas também a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC),
Demonstração das Mutações do Património Líquido (DMPL), notas explicativas.
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1.1. Contextualização da Pesquisa

A globalização pressupõe um livre comércio entre as nações e nesse contexto a


contabilidade assume um papel muito importante nesse processo porque apura e divulga
os resultados das empresas em diferentes contextos económicos sujeitos a normas
específicas, e também dos agregados de mercado. Entre várias alternativas, escolher
aquelas que melhor se adequam ou favorecem a entidade é um processo pelo qual o
gestor passa todos os dias. No entanto, decidir é escolher entre sim ou não, entre fazer
ou não fazer, entre ir ou não ir, e no campo financeiro é escolher entre investir ou
desinvestir, entre vender ou comprar, mas para que estas escolhas possam ser as mais
acertadas possíveis há que ter suporte e base de informações que sejam consideradas
credíveis, fiáveis, relevantes e compreensíveis. A tomada de decisões é um dos
processos mais complexos, pois são inúmeros os elementos que intervêm na decisão e
existem diferentes fontes de informação.

Num mundo empresarial ou de negócios altamente competitivo a informação é um


diferencial que determina um passo à frente dos restantes concorrentes, mas esta
informação sobre o estado da entidade só pode ser possível com o uso e análise das
demonstrações financeiras (Dantas, 2005). Para Salas (2005) esta análise, numa
perspectiva interna, permite à direcção da empresa a tomada de decisões e medidas que
corrijam os pontos fracos e que amenizem o seu futuro ao mesmo tempo que tira
proveito dos pontos fortes; enquanto numa perspectiva externa tem, também, grande
utilidade para os agentes interessados de alguma forma na empresa. A decisão é o ponto
mais alto de um gestor pois determina o rumo que a empresa seguirá a partir desse
momento.

A escrituração contabilística é importante e útil no sentido em que auxilia os


stakeholders na obtenção de informações financeiras. Por isso, deverão estar disponíveis
de forma a contribuírem para a resposta às necessidades informativas dos gestores e
outros agentes tomadores de decisão. No entanto, é imprescindível que a informação
contemple um conjunto de características qualitativas, em especial a
compreensibilidade, a tempestividade, a relevância, a fiabilidade e a comparabilidade,
de forma a não comprometer a sua utilidade.
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1.2. Tema e Problema

Segundo Lakatos (1993, p. 218), tema é “o assunto que se deseja provar ou


desenvolver”. Deste modo, sua escolha pode ser influenciada por factores pessoais,
profissionais ou académicos. A automação comercial em alta escala, como reflexo do
desenvolvimento tecnológico, trouxe aos processos industriais, grande contribuição para
sua melhoria e qualidade dos produtos. Mas por outro lado elevou o nível de
desemprego, forçando a classe trabalhadora a buscar alternativas pra suprir essa lacuna.
Assim, como a tecnologia cresceu no mundo dos negócios, também cresceu as
expectativas de muitos desempregados buscarem dentro de suas especializações, um
mercado de trabalho próprio proporcionado pelo que denomina-se de
empreendedorismo. O sonho de ter seu próprio negócio, incentivou a criação de muitas
MPEs, fazendo com que alguns trabalhadores passassem à condição de empresários –
inclusive, à de gestores e administradores, tendo em vista que nessas entidades,
geralmente quem administra é o próprio dono da empresa – sem ter tido a oportunidade
de vivenciar o ambiente empresarial com todos os seus percalços e adversidades,
características inerentes ao qualquer empreendimento. Observa-se com frequência que
várias empresas, principalmente as pequenas, têm falido ou enfrentam problemas de
sobrevivência. Ocorre que, na maioria das vezes, os gestores tomam decisões sem
respaldo, nem dados confiáveis, em virtude da contabilidade não representar a realidade
empresarial, já que é feita de forma distorcida, por ter sido elaborada pra atender
exclusivamente as exigências fiscais. Isto posto, CHIAVENATO (2008, p. 15) explana
que “nos novos negócios, a mortalidade prematura é elevadíssima, pois os riscos são
inúmeros e os perigos não faltam”. As MES desenvolvem um papel importante na
redução das desigualdades sociais, sendo a principal mola para geração de emprego no
país. Isso demonstra que mesmo diante da enorme carga tributaria e da burocracia para
abertura de novos negócios. É grande a importância das MPEs no cenário económico,
visto que além de criar diversos postos de trabalhos, são responsáveis por uma parte
expressiva do Produto Interno Bruto (PIB).

Destarte, as empresas que utilizam a informação contábil, beneficiam-se por ter


relatórios importantes em tempo hábil, facilitando a tomada de decisões, seja de
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investimentos, de aplicações financeiras ou aumento/diminuição da produção. Para a


solução desta problemática, surge a seguinte questão:

Como a escrituração contabilística pode auxiliar na tomada de decisão, e quais suas


vantagens competitivas?

1.3. Objectivos
1.3.1. Objectivo Geral

 A intenção deste trabalho é esclarecer aos micro e pequenos empresários e aos


usuários da contabilidade, a importância de manter uma escrituração contábil
regular nas suas empresas, não somente para atender à legislação (fisco), mas
como um instrumento indispensável à gestão da entidade.

1.3.2. Objectivos Específicos

Pontuar os benefícios e vantagens da escrituração contabilística;


 Descrever a importância da escrituração contabilística na gestão empresarial;
 Discorrer sobre as demonstrações obrigatórias;

1.4. Hipóteses
1.4.1. Hipótese Básica
 Para que os resultados de uma determinada empresa tragam benefícios, deve se
saber fazer a escrituração contabilística, onde será feita uma abordagem de
análise existentes e serão identificadas situações e os gestores podem tomar
decisões.
1.4.2. Hipótese Secundaria
 E fundamental ter todos documentos contabilísticos organizados, e que possam
trazer benéficos para as pequenas empresas. A escrituração contabilística é um
factor muito sensível para as empresas recém formadas, tendo que as mesmas
devem estar devidamente organizados.
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1.5. Justificativa

Apesar de ir contra o que dispõe a legislação comercial e as Normas Internacionais do


Relato Financeiro (NIRF), que prevêem o registro completo da contabilidade em todos
os tipos de entidades, ainda é comum encontrar empresas optantes pelo Simples
Nacional que nunca elaboraram um BP ou uma DRE. As MPEs são as que menos
utilizam a informação contabilística, visto que os empresários acham desnecessários ou
desconhecem os benefícios gerados por esta ferramenta ou, ainda, não acreditam numa
relação custo x benefício positiva. Portanto, o propósito deste trabalho é fazer com que
o gestor entenda os diversos tipos de vantagens propiciadas pela escrituração
contabilística, principalmente as económicas. Assim, através do uso da informação, as
organizações tornam-se capazes de enfrentar as dificuldades. Todavia que tratar da
escrituração contabilística é algo muito importante e necessário, principalmente por
levar ao conhecimento dos usuários a relevância desta, como instrumento de gestão,
ainda mais quando se trata das MPEs pela magnitude que estas tem na economia
moçambicana.

A escolha do tema deveu-se a dois motivos. Em primeiro lugar por ser um tema muito
pouco explorado academicamente a nível de Moçambique, portanto, há necessidade de
existirem mais estudos para fortificarem as bases teóricas da área em questão. Em
segundo lugar por motivos de curiosidade. Em conversa com colegas de serviço e até
mesmo conhecidos que já trabalham há vários anos, pôde constatar que poucos sabem o
porquê da elaboração das demonstrações financeiras e da publicação dos mesmos.
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2. Revisão da Literatura

Este capítulo tem como característica o aprofundamento nos principais assuntos


pertinentes a esse estudo, proporcionando o embasamento teórico. A princípio, de modo
mais abrangente, procura-se mostrar a evolução da contabilidade, partindo da sua
origem até os tempos actuais. E, posteriormente, demonstra-se o tema principal,
destacando a importância da escrituração contabilística como ferramenta de gestão, os
aspectos legais, benefícios, limitações e demonstrações obrigatórias.

2.1. Evolução da contabilidade

Para Sá (1997), a contabilidade é um dos mais importantes ramos do saber humano,


sendo grande a necessidade de desenvolver o conhecimento da história da contabilidade,
pois somente através deste é possível conhecer o progresso desta disciplina, bem como
ter bases para melhor preparar o futuro. A importância de contabilizar existe desde os
povos mais antigos, o homem como ser ambicioso queria ver sua riqueza aumentando,
por isso sentia a necessidade de contar e avaliar os seus bens. Há indícios de que a
contabilidade seja tão antiga quanto a própria civilização humana.

Há na bíblia, especificamente no livro de Jó, cap. 1, v. 3, a descrição do património de


um homem chamado Jó que “possuía sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas
juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também mui numeroso o pessoal ao seu
serviço, de maneira que este homem era o maior de todos os do Oriente”.

Ávila (2006) destaca que a contabilidade constitui um dos conhecimentos mais antigos
da humanidade, e surgiu em função da necessidade do ser humano de controlar suas
posses e riquezas. É tão antiga quanto a própria humanidade. Os povos mais primitivos
mesmo que empiricamente já se utilizavam de conhecimentos contábeis básicos.

A informação contabilística era de uso exclusivo do seu proprietário, assim, de acordo


com Iudícibus (2009), o homem fez a contabilidade e tornou-se seu próprio usuário. No
decorrer do tempo com os avanços das actividades comerciais, surgiu a necessidade de
acompanhar as variações dos bens e das mercadorias a cada transacção, em outro
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momento surgiram os usuários externos na figura de credor e também o estado e a


sociedade passar a exigir maior controle e mais informações dos registos.

Ainda que a contabilidade tenha surgido com o início da civilização humana, observa-se
um desenvolvimento lento ao longo dos séculos. A própria história tem mostrado que
sua evolução acompanhou de perto o desenvolvimento económico, sociocultural e
sociopolíticos experimentados em cada época. À medida que as actividades económicas
foram ficando mais complexas, o homem percebeu a necessidade de aperfeiçoar o seu
instrumento de avaliação patrimonial.

O marco básico da evolução da contabilidade foi a consolidação do método das partidas


dobradas pelo frei italiano Luca Pacioli, em uma de suas obras, o qual expressava causa
e efeito do fenómeno patrimonial com os termos débito e crédito. Essa obra pode ser
vista como o início do pensamento científico na contabilidade. (IUDÍCIBUS, 2009).

Assim, a contabilidade durante seu longo processo de evolução teve um papel


importante e contribuiu significativamente para o controle das riquezas das entidades, e
se tornou uma ferramenta importante no desenvolvimento das empresas por todo o
mundo, devido a sua grande importância como instrumento de informação,
indispensável para tomada de decisão.

2.1.1. Definição e objectivos da contabilidade

Nos primórdios, o objectivo da contabilidade era informar ao proprietário o resultado


(positivo ou negativo) de um determinado negócio, num determinado período. No
cenário económico moderno.

CREPALDI (1998) aponta que somente esses dados não são suficientes, pois há vários
outros usuários interessados em informações contábeis de características distintas. De
acordo com a visão predominante, o objectivo da contabilidade seria gerar informações
para tomada de decisões racionais, servindo tanto para os usuários internos quanto para
os externos. Os usuários internos seriam os proprietários, gerentes e administradores e
os externos seriam fornecedores, clientes, instituições de crédito, sindicatos, governos e
etc. cada um com uma necessidade informacional diferente. A informação contabilística
é utilizada por uma vasta gama de usuários, com as mais diversas finalidades, os
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credores querem conhecer a capacidade de pagamento, o governo utiliza para dados


estatísticos no sentido de melhorar a economia, clientes verificam se a empresa tem
condições de atender aos seus pedidos, os bancos empregam para a concessão de
empréstimos e, para isso, os gestores precisam de informações confiáveis para apoiá-los
no processo decisório.

A contabilidade pode ser entendida como a linguagem empresarial, por ser tratada como
instrumento de informação de apoio a gestão, considerando as necessidades dos
usuários que buscam por informações da situação económico-financeiras das entidades,
através das demonstrações, a fim de avaliar os riscos de um futuro investimento e
auxiliar na tomada de decisão.

Em suma, o objectivo principal da contabilidade é prover seus usuários de informações,


cuja principal finalidade reside em ser um instrumento útil para tomada de decisões.
Assim, a contabilidade é a ciência que tem por objectivo o estudo das variações
quantitativas e qualitativas ocorridas no património da entidade, através dela são
fornecidas as informações úteis para a tomada de decisão. Deste modo, abrange um
conjunto de técnicas para controlar o património das entidades, mediante a utilização
dos princípios, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando
os fatos ao proprietário da empresa.

Para FABRETTI, (2009) contabilidade é a ciência que estuda, registra e controla o


património e as mutações que nele operam os actos e fatos administrativos,
demonstrando no final de cada exercício social o resultado obtido e a situação
económico-financeira da entidade.

Já IUDÍCIBUS (2009, p. 33) comenta que “o objectivo da contabilidade pode ser


estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza económica,
financeira e, subsidiariamente, física, de produtividade e social, aos usuários internos e
externos à entidade objecto da contabilidade”.

2.2. Relação custo x benefício da informação financeira

Assim como qualquer bem, a informação contábil possui um custo e este tem que ser
comparado aos benefícios gerados. Todavia é muito difícil mensurá-los, e essa relação
custo x benefício de um sistema de informação, sempre fica na mente do empresário na
hora de contratar os serviços contábeis. O melhor a ser feito é confiar no bom senso, na
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experiência e nos casos de sucesso de grandes empresas e, ainda, tentar estabelecer um


relacionamento com essas para conhecer o seu grau de complexidade e originalidade
dos seus sistemas de informações.

Para IUDÍCIBUS (2009), uma das formas de avaliar o custo x benefício das
informações é analisar algumas características ou qualidades que devem possuir as
demonstrações contábeis, quais sejam:

a) Compreensibilidade: a informação precisa ser compreensível, retractar todos os


aspectos contábeis, todas as operações da entidade.
b) Relevância: para que seja útil a informação ela precisa ser relevante para a
necessidade da tomada de decisão, segundo trabalho do IASC intitulado
framework for the preparation and presentation of financial statemets, essa é a
característica mais importante da informação contábil.
c) Confiabilidade: para que seja útil a informação precisa ser confiável, uma
informação é confiável quando não possuem erros, é confiável quando
representa fielmente à situação patrimonial da empresa e está directamente
ligada a ética profissional.
d) Comparabilidade: as demonstrações elas precisam ser comparáveis através dos
anos para que se possa identificar a evolução da situação patrimonial, financeira
e seu desempenho.
2.3. Obrigatoriedade da escrituração contabilística

Segundo MARION (2009), a escrituração contabilística regular, além de grande


importância para as empresas, actualmente é obrigatória. Há uma grande deficiência no
processo de escrituração contábil dentro das micro e pequenas empresas, embora a
maioria delas opte pelo Simples Nacional, pois é um processo menos complexo e
acarreta restrição de gastos.

MARION (2009) afirma que toda empresa deve manter a escrituração contábil
completa, independentemente do seu porte ou natureza jurídica. Para as MPEs, que
optam pela escrituração contábil, não somente por estarem obrigadas, há muitas
vantagens para o gestor, tais como: maior controle financeiro e económico,
comprovação em juízo de fatos que dependem de perícia contabilística, distribuição de
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lucros como alternativa de diminuir a carga tributária, acesso as linhas de crédito, que
geralmente exigem o BP e a DRE, entre outras. Portanto, ante a obviedade das
vantagens acima listadas, a contabilidade é uma ferramenta imprescindível à gestão de
qualquer entidade, cabendo ao administrador, sócios ou representantes implementarem a
escrituração através de contabilista devidamente habilitado.

2.4. Escrituração contabilística

A ciência contabilística evoluiu bastante tanto no âmbito da legislação, quanto em


aspectos tecnológicos. Antigamente todos os registos eram feitos a mão, o que tornava
esses procedimentos bastantes demorados. Actualmente, com a chegada da internet e
programas especializados vem agilizando o processo desses registos. Todos os autores
tem uma definição clara sobre o conceito de escrituração contábil, basicamente não
havendo diferença de um para o outro. Embora sempre tenha algum que coloque uma
característica a mais, MOURA (2002, p. 76) define que “é uma técnica contabilística
que consiste no registro, em livros próprios, de todos os fatos administrativos
resultantes da gestão do património da entidade”. Ainda segundo o autor, factos
administrativos são todos os fatos que alteram o património, portanto objecto de
escrituração. A escrituração contabilística é uma técnica de registro dos actos e factos
contábeis pelo profissional da contabilidade em livros próprios e adequados ao registro
de tais operações.

Pode-se entender a escrituração contabilística como o registo de todos os factos


contabilísticos de uma determinada empresa dentro de um período, para que ao final
deste, as informações registradas possam ser úteis ou necessárias ao fisco, aos directores
e para uma melhor tomada de decisão.

De modo mais amplo, pode-se definir que o método de registo dos actos e
acontecimentos económicos, administrativos e financeiros da entidade, é de grande
importância para o crescimento e para o desenvolvimento económico da entidade, pois
mostra com clareza e riqueza de detalhes toda movimentação dos bens, gastos e o lucro
apurado ao final de cada período que, normalmente e no máximo de um ano.

2.4.1. Livros contábeis


a) O Livro-diário constitui o registo básico de toda a escrituração contabilística e,
por isso mesmo, a sua utilização é indispensável.
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b) Livro Razão, Para FABRETTI (2009) se tratando do gerenciamento da


contabilidade, o Razão é o livro principal, pois possibilita a verificação imediata
da posição de cada elemento do património e de suas variações. Ou seja, é
utilizado para resumir e totalizar, por conta e subconta, os lançamentos feitos no
Livro-diário.

2.5. Importância da contabilidade nas ME e EPP

A contabilidade surgiu em um ambiente totalmente prático em virtude da necessidade


da informação sobre o resultado de um período por parte dos gestores. Para se ter ideia
da sua importância, basta imaginar como seria o mundo sem contabilidade. Sem dúvidas
haveria muitas dificuldades, pois não haveria controle de recursos nem nas entidade
privadas nem públicas e, assim, seria impossível a avaliação dos resultados nessas
instituições.

A informação contabilística é extremamente importante para qualquer empresa,


independente do seu porte, uma entidade que não faz escrituração, não possui memória,
nem identidade, e nem possui condições para sobreviver nem planejar seu futuro. Deste
modo, as informações dadas pela contabilidade são úteis para que o gestor possa traçar
os rumos da empresa. A falta da escrituração contabilística dentro de uma entidade,
principalmente nas MPEs acarretam muitas desvantagens que põem em risco a
sobrevivência dos negócios. Há tempos, a contabilidade deixou de ser um instrumento
para atender somente ao fisco. Actualmente, é um poderoso instrumento de gestão.

Sá (1998, p. 53) defende a necessidade da manutenção da escrituração por pequeno


empresário, considerando numa demonstração clara de falha de conhecimento das
finalidades da contabilidade por aquele que preconizam a dispensa das micro e
pequenas empresas da escrituração contábil. E, ainda, cita: “a contabilidade é a história,
a memória, o arquivo da entidade. Logo não deve e não pode ser eliminada”.

A importância da informação contábil para a gestão das entidades, é consensual entre


todos os estudiosos da ciência contabilística, seja na pequena ou na grande empresa,
sem fins lucrativos ou com fins lucrativos, independente de sua forma jurídica ou com
fins lucrativos, independente de sua forma jurídica. Contar com serviços contabilísticos
confiáveis facilita a tomada de decisão sobre investimentos, contratação de pessoas,
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desenvolvimento de novos produtos, e outras acções que colocam em jogo a


sobrevivência do negócio. Manter a contabilidade em dia pode evitar contratempos
fiscais, evitando sofrer penalidades no futuro.

2.6. Demonstrações Financeiras

RIBEIRO (2003, p. 69) afirmam que: “as demonstrações financeiras também são
chamadas de relatórios contabilísticos e são a fonte de informações para análise,
servindo de base, inclusive para avaliar possíveis investimentos”.

Para Ribeiro (2003) as demonstrações financeiras são relatórios ou quadros técnicos que
contêm dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o sistema
contabilístico de uma entidade.

2.6.1. Elementos das Demonstrações Financeiras

Segundo o PGC – NIRF, As informações constantes nesses demonstrativos juntamente


como as informações das notas explicativas, auxiliam os usuários a estimar resultados
futuros e os fluxos financeiros futuros da empresa. O conjunto completo das
demonstrações financeiras são:

 Balanço Patrimonial;
 Demonstração do Resultado do Exercício;
 Demonstração das Mutações do Património Líquido;
 Demonstração do Fluxo de Caixa;
 Notas explicativas.

Balanço Patrimonial

SANTOS (2010, p. 57), afirma que a BP “é uma das mais importantes demonstrações
contabilísticas, por meio da qual podemos apurar a situação patrimonial e financeira de
uma entidade em determinado, momento, dentro de certas regras”. É uma demonstração
estática, sintética e ordenada do património da empresa, reflectindo à posição financeira
da empresa de forma quantitativa e qualitativa em determinado momento. Neste
documento, os bens, direitos, obrigações e participação dos sócios são explícitos a todos
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que tenham acesso a esses documentos. O Balanço Patrimonial apresenta todos os bens
e direitos, assim como as obrigações em determinada data.

Segundo GITMAN (2010, p. 43), O Balanço Patrimonial é uma descrição resumida da


posição financeira da empresa em uma certa data.

Essa demonstração equilibra os altivos da empresa (aquilo que ela possui) contra seu
financiamento, que pode ser capital de terceiros (dívidas) ou capital próprio (fornecido
pelos proprietários e também conhecido como património líquido).

Demonstração de Resultado do Exercício (DRE)

A Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dos aumentos e


reduções causados no Património Líquido pelas operações da empresa. Todas as receitas
e despesas se acham compreendidas na DRE, segundo uma forma de apresentação que
as ordena de acordo com a sua natureza, fornecendo informações significativas sobre a
empresa. GITMAN (2010, p. 45)

Segundo GITMAN (2010, p. 45), A DRE apresenta uma visão excepcional do


desempenho da empresa, mas devido ao regime de competência, ela não corresponde a
movimentação de caixa no período, por isso, geralmente ocorre as diferenças entre
resultado e fluxo de caixa. Além disso, há grandes movimentações de caixa que não
corresponde nem a receita nem a despesa, como é o caso, por exemplo, do dinheiro
adquirido através de empréstimo. A Demonstração do Resultado do Exercício fornece
os dados básicos da formação do resultado (lucro ou prejuízo) do exercício.

Demonstração do Fluxo de Caixa

GITMAN (2010, p. 46), A DFC é um instrumento que permite mostrar através de forma
directa ou indirecta as mudanças sofridas no caixa da empresa, demonstrando saídas e
entradas de dinheiro.

Para GITMAN (2010, p. 47), a DFC “é um demonstrativo financeiro que demonstra a


variação líquida do saldo de caixa ou equivalentes ao caixa num período reportado”.
Este demonstrativo evidencia o confronto entre as entradas e saídas de caixa,
verificando se haverá sobra ou falta de dinheiro. Permite a administração decidir se irá
captar recursos ou se deve aplicá-la e, ainda, controla ao longo do tempo as tomadas de
decisões na empresa. A Demonstração de fluxo de caixa demonstra a origem e aplicação
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de todo o dinheiro que transitou pelo caixa em um determinado período e o resultado


desse fluxo, sendo que o caixa engloba as contas caixa e bancos, evidenciando as
entradas e saídas de valores monetários no decorrer das operações que ocorrem ao longo
do tempo nas organizações.

Demonstração das Alterações do Património Líquido

Segundo PGC NIRF, As DMPL têm como objectivo apresentar as alterações ocorridas
em determinado exercício no património líquido da empresa.

Em relação as principais alterações pode-se destacar: a destinação dos resultados do


período, a integralização do capital, aumento ou diminuição das reservas da empresa.
Sua elaboração é facultativa e, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados
(DLPA) poderá ser incluída nesta demonstração.

Notas explicativas

Para que as necessidades dos usuários sejam atendidas, a evidenciação é um dos


objectivos da contabilidade, por isso, as notas explicativas são informações
complementares que buscam fornecer informações adicionais.

Vale salientar que nem todos os usuários entendem de contabilidade profundamente, daí
a necessidade de se fornecer informações claras e objectivas para que efectivamente as
notas explicativas venham dirimir as dúvidas dos interessados nessas informações.
(PGC – NIRF)

2.6.2. Objectivo das Demonstrações Financeiras

O Objectivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação acerca da


posição financeira, do desempenho e das alterações na posição financeira de uma
entidade que seja útil a um vasto leque de utentes na tomada de decisões económicas.
Para que os utentes possam tomar decisões económicas têm que proceder a uma
avaliação da capacidade da entidade para gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como
da tempestividade e certeza da sua geração.

A posição financeira de uma entidade é analisada através da componente das


demonstrações financeiras designada por “Balanço” e que alguns autores também
designam por Balanço de Situação. A posição financeira apresentada por uma entidade
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resulta dos recursos económicos controlados por esta, da sua estrutura financeira, da sua
capacidade de liquidez e solvência e da sua capacidade de se adaptar às alterações do
ambiente em que opera.

3. Metodologia

Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações


propostas. MINAYO (1993, p.23), vendo por um prisma mais filosófico, considera a
pesquisa como “actividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da
realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um
processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma actividade de aproximação
sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre
teoria e dados”.

3.1. Tipo de pesquisa

Para a realização do projecto optou – se pela metodologia de investigação de natureza


qualitativa, por ponderarmos a melhor adequação à natureza e formato do estudo. Esta
metodologia qualitativa permite-nos analisar a realidade sem a segmentar e sem a
descontextualizar, partindo-se dos próprios dados.

Este trabalho foi classificado como pesquisa exploratória, que de acordo com Gil (2009)
é desenvolvido no sentido de proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato.
A caracterização como pesquisa exploratória normalmente ocorre quando há pouco
conhecimento sobre a temática a ser abordada.

Segundo [CITATION And07 \l 2070 ]; Pesquisa Qualitativa esta relacionada no


levantamento de dados sobre motivação de um grupo, em compreender e interpretar
determinados comportamentos, a opinião e as expectativas dos indivíduos de uma
população.

Pesquisa bibliográfica, Segundo [CITATION MAR \p 23 \l 2070 ], é a que se efectua para se


resolver problema ou adquirir conhecimentos a partir de consultas a livros, artigos,
jornais, entre outros. Tem como objectivo recolher, seleccionar, analisar e interpretar as
contribuições teóricas já existentes sobre determinado assunto.
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3.2. Método de abordagem

A abordagem do trabalho será indutiva e dedutiva, pois a partir das amostras e


investigações que faremos, poderemos tirar conclusões sobre a a contribuição dos
sujeitos passivos no que diz respeito a impostos.

Segundo[CITATION LAK061 \p 86 \l 2070 ] , Método Indutivo é um método responsável


pela generalização, isto é, partimos de algo particular para uma questão mais ampla,
mais geral.

O método dedutivo, de acordo com o entendimento clássico, é o método que parte do


geral e, a seguir, desce ao particular. A partir de princípios, leis ou teorias consideradas
verdadeiras e indiscutíveis, prediz a ocorrência de casos particulares com base na lógica.

3.3. Métodos de Procedimentos

Para a realização do trabalho vai se recorrer o método monográfico, comparativo a fim


de apurar vários factos sobra a tributação do imposto.

Método Monográfico é aquele que é feito através de um trabalho de investigação


científica e crítico sobre os conhecimentos existentes sejam eles já publicados ou não. É
formada por um conjunto de actividades integradas, com uma unidade metodológica,
visando alcançar determinados objectivos claramente definidos. [ CITATION MAR \l 2070 ]

Método Comparativo, consiste no confronto entre elementos, levando em consideração


seus atributos. Promove o exame dos dados a fim de obter diferenças ou semelhanças
que possam ser constatadas, e as devidas relações entre as duas. [ CITATION LAK061 \l
2070 ]

Método Tipológico aquele onde o pesquisador compara fenómenos sociais e complexos,


criando tipos ou modelos ideais, construídos a partir de análises de aspectos essenciais
do fenómeno. (Max Webel citado por [CITATION MAR \p 23 \l 2070 ]

3.4. Técnicas e instrumentos de investigação

Para a realização desse trabalho serão usados livros, monografias, outras informações
serão encontradas através da Colecta documental, Observação Directa e Questionário.

Para [CITATION LAK061 \p 86 \l 2070 ] , a observação directa é uma técnica de colecta de


dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados
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aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver ou sentir, mas também em examinar
os factos ou fenómenos que se deseja estudar.

De acordo com Marconi e Lakatos (2006:92), a entrevista é um encontro entre duas


pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de determinado
assunto, mediante uma conversação de natureza profissional.

Conforme ANDRADE (2007), o questionário consiste em colocar a um conjunto de


inquiridos, geralmente, representativo de uma população, uma série de perguntas
relativas a sua situação social, profissional ou familiar.

3.5. Área (geográfica) da investigação

As investigações serão feitas na cidade de Maputo centro onde encontram – se varias


pequenas empresas a operar.

3.6. Tipo de amostragem (aleatório ou intencional)


A amostragem do trabalho será intencional e aleatória. De acordo com Marconi e
Lakatos (2006:112), a amostra intencional apresenta-se como representativa do
universo. Entende-se por sujeito-tipo aqueles que representam as características típicas
de todos os integrantes que pertencem a cada uma das partes da população.

A amostragem aleatória é um método de selecção dos elementos da amostra, em cada


um deles tem uma probabilidade igual (e não nula) de ser seleccionada do universo.

3.7. Procedimentos para a tabulação de dados

Para a tabulação de dados da pesquisa terá o uso de questões fechadas com respostas
simples, tabulação de dados com questões fechadas com respostas de escolha múltipla e
questões abertas com respostas simples e respostas de escolha múltipla.

Para ANDRADE (2007); a Tabulação é a padronização e codificação das respostas


obtidas através dos instrumentos de colecta de dados. É a maneira ordenada de dispor os
resultados numéricos para facilitar a leitura e análise.

Tabulação de questões fechadas com respostas simples, o pesquisado só pode dar uma
resposta. Assim, o número de respostas é igual ao número de pesquisados. Tabulação de
questões fechadas com respostas múltiplas, o pesquisado pode indicar mais de uma
alternativa como resposta.
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3.8. Procedimentos para a análise de dados

A análise de dados da seguinte pesquisa foi feita através de observação. Para Marconi e
Lakatos ﴾2006:88﴿ a observação directa é uma técnica de colecta de dados para
conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver ou sentir, mas também em examinar os factos ou
fenómenos que se deseja estudar.

4. Conclusão

No cenário actual, não basta somente reduzir gastos ou cortar despesas, essas medidas
adoptadas isoladamente não garantem a sobrevivência da organização. Para isso, é
necessário um fluxo de informações eficientes que permitam mensurar através dos
índices, o desempenho da organização e o nível de satisfação dos seus clientes. A
complexidade do mundo moderno demanda mais qualidade das informações contábeis
para que mantenha mais credibilidade e utilidade. Assim, o profissional contábil deve
manter-se preparado, buscando constantemente a evidenciação mais fidedigna da
empresa, utilizando a estrutura e o imenso potencial informativo dessa ciência.

O contador diante de suas inúmeras responsabilidades, deve ter interesses voltados para
o crescimento das empresas, e deve orientar seus clientes para uma completa
escrituração, pois além de valorizar a sua profissão, vai proporcionar muitos benefícios
a entidade. Portanto, é papel do profissional contábil informar aos seus clientes da
importância da escrituração contabilística, como são úteis para um bom gerenciamento.

Somente a contabilidade pode através de seus dados, gerar informações que


possibilitarão ao contador e gestor acompanhar toda a evolução patrimonial, económica,
financeira, controlar estoques, custos das mercadorias, vai efectivamente melhorar a
relação custo beneficio, verificar no final de cada exercício o resultado apurado.

A principal limitação desse estudo foi a falta de uma pesquisa quantitativa, com
apresentação de questionário e dados estatísticos obtidos através de amostragens, isso se
deve a pouca disponibilidade de tempo para realização do estudo. No entanto, o
objectivo pretendido foi atingido com argumentação, embasamento teórico e legal.
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5. Cronograma

Etapa Data
Início Fim
Planificação 15 de Dezembro de 2021 30 Dezembro de 2021
Recolha de dados 3 de Janeiro de 2021 20 Janeiro de 2021
Análise de dados 20 de Janeiro de 2021 10 Fevereiro de 2021
Redacção do relatório 10 de Fevereiro de 2021 20 de Marco de 2021

6. Orçamento

Bens e/ou serviços Quantidade Valor Total

Transporte semi colectivo 1500,00 1500,00


Alimentação 2500,00 1000,00
Material didáctico (lápis, canetas, 2500,00
folhas A4, borrachas, correctores)
Impressão 500,00
Digitação 500,00
Internet 500,00
Total 6500,00
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7. Bibliografia

ANDRADE, Maria Margarida. (2007). Introdução à Metodologia do Trabalho


Científico, 8ª Edição, São Paulo, Editora Atlas.

COSTA, Márcio Martins; CARDIM, Mariana Gomes. (2004), Método e metodologia na


pesquisa científica. São Caetano do Sul: Difusão Paulista de Enfermagem.

CREPALDI, Sílvio Aparecido. (1998) Contabilidade Gerencial, Teoria e Prática. São


Paulo: Atlas.

FABRETTI, Láudio Camargo. (2009). Ferramentas Contábeis. In: Contabilidade


Tributária. 11ª ed. rev. Atlas. São Paulo:

GALLIANO, Alfredo Guilherme. (1986). O método científico: teoria e prática. São


Paulo: Harbra.

GIL, António Carlos. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5. ed. Atlas. São
Paulo.

GITMAN, L. J. (2010). Princípios de Administração Financeira. (12ª ed). São Paulo.

IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. (2004). Contabilidade comercial. 6ª ed.
Atlas. São Paulo.

LAKATOS, Maria Eva, MARCONI, Andrade da Marina. (2006). Técnicas de Pesquisa,


6 a Edição, São Paulo.

MARION, José Carlos. (2009). Contabilidade Empresarial. 15ª ed. São Paulo: Atlas
S.A.,

MARTINS, Gilberto de Andrade. (1990). Manual para elaboração de monografias:


trabalhos académicos, projectos de pesquisa, relatórios de pesquisa, dissertações, São
Paulo, Editora Atlas.

RIBEIRO, M. O. (2003). Contabilidade Básica Fácil. (24ª ed). Saraiva. São Paulo.

SÁ, António Lopes de. (1997) História Geral e das Doutrinas de Contabilidade. Altas.
São Paulo.

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