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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................1
1.1. Objectivos.........................................................................................................................1
1.1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................1
1.1.2. Objectivos Específicos...............................................................................................1
2. Metodologia..............................................................................................................................2
2.1. Especificação do Método..................................................................................................2
2.2. Tipos de Pesquisas............................................................................................................2
2.2.1. Pesquisas quanto aos objectivos................................................................................2
2.2.2. Pesquisas quanto a natureza.......................................................................................2
2.2.3. Pesquisas quanto à abordagem..................................................................................2
2.2.4. Pesquisas quanto aos procedimentos.........................................................................3
2.3. Procedimentos de recolha de dados..................................................................................3
2.4. Procedimento para a análise de dados...............................................................................3
3. Revisão da Literatura................................................................................................................4
3.1. Conceito de uma Marca....................................................................................................4
3.1.1. Força de uma marca...................................................................................................5
3.1.2. Diferenciação da marca.............................................................................................5
3.1.3. Identidade da marca...................................................................................................6
3.2. Construção de uma marca.................................................................................................7
3.2.1. Valor de uma marca...................................................................................................9
3.3. Estratégias de Criação de uma marca.............................................................................10

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1. Introdução
No intenso mundo globalizado e conectado em que vivemos, as empresas tentam conquistar “um
lugar ao sol” no ambiente competitivo, mas o caminho percorrido apresenta alguns desafios.
Estratégias são criadas diariamente como fórmulas para um sucesso garantido a todas as
empresas, mas observa-se que isto nem sempre acontece.
As marcas têm assumido uma dimensão cada vez maior nos mercados atuais, funcionando como
ativos financeiros das organizações pela sua capacidade de gerar relações com os consumidores.
Atualmente, uma marca já não é apenas um desenho ou um elemento identificador de
determinada organização, mas sim a representação visual de um conjunto de valores e
comportamentos que uma organização assume no mercado. As marcas são cada vez mais
potenciadoras da economia, acrescentando valor a produtos e serviços pela criação de sensações
e emoções junto de um consumidor, que se tornou cada vez mais exigente. Uma marca já não é
apenas um elemento funcional de uma organização, mas opera como a alma e motor de relações
entre organização e consumidor.
No contexto actual, as estratégias de criação de uma marca e do seu posicionamento depende da
construção de sinergia entre variados pontos de contacto ao longo da jornada de um consumidor
com a marca. É justamente nestes pontos de contacto interrelacionados que pode-se identificar o
valor da marca. Apesar de resultar de um conjunto de fatores ou determinantes, o valor da marca
pode ser sintetizado em três principais: notoriedade, imagem e envolvimento (Brito, 2010). A
questão central é compreender como esse valor de marca pode ser utilizado e passado passa os
meios digitais de uma forma certeira.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo geral compreender a importância das estratégias da
criação d e uma marca.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Descrever o que é uma marca, sua forca, diferenciação e identidade;
 Falar da construção de uma marca e seu valor;
 Indicar as estratégias de construção de uma marca;

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2. Metodologia
2.1. ESPECIFICAÇÃO DO MÉTODO
Para Galliano (1986), o método é a estrutura a ser seguida, contendo os diferentes processos
necessários para alcançar um objectivo esperado, ou seja, são as técnicas empregadas na
investigação para demonstração de um resultado final. A Metodologia é compreendida como
uma disciplina que consiste em estudar, compreender e avaliar os vários métodos disponíveis
para a realização de uma pesquisa académica. A Metodologia é a aplicação de procedimentos e
técnicas que devem ser observados para construção do conhecimento, com o propósito de
comprovar sua validade e utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.
2.2. Tipos de Pesquisas
2.2.1. Pesquisas quanto aos objectivos
Segundo Gil (2008, p.26), existem 3 tipos de pesquisa, que podem ser: pesquisa exploratória,
descritiva e explicativa.
Para este trabalho a pesquisa é descritiva. Porque utiliza técnicas típicas usadas neste trabalho
estão ligados a um estudo de caso, observação e análise histórica, que podem fornecer dados
quantitativos e qualitativos e proporciona expansão dos dados obtidos para tomada de decisão. É
descritiva porque estabelece relações entre os dados a serem analisados da empresa. As pesquisas
descritivas têm como objectivo primordial a descrição das características de determinada
população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
2.2.2. Pesquisas quanto a natureza
Segundo Gerhardt (2009, p. 31), quanto à natureza as pesquisas podem ser: básicas e aplicadas.
Quanto à natureza o tipo de pesquisa adoptado é aplicada porque vai contribuir para geração de
conhecimento, mecanismos para aplicação prática e imediata, dirigidos à solução de problemas.
2.2.3. Pesquisas quanto à abordagem
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.221), quanto a abordagem pode ser: qualitativa e
quantitativa. Neste trabalho adopta-se o método qualitativo.
Porque proporciona a utilização de dados de forma numérica e está ligado na extensão da
informação obtida para a realização do mesmo.
A pesquisa está relacionada no levantamento de dados sobre motivação de um grupo, em
compreender e interpretar determinados comportamentos, a opinião e as expectativas dos
indivíduos de uma população.

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2.2.4. Pesquisas quanto aos procedimentos
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.221), quanto aos procedimentos a pesquisa pode ser:
bibliográfico, monográfico, comparativo, tipográfico e histórico.
Para o presente trabalho recorreu ao método bibliográfico, porque utilizou-se estes métodos, para
elaborar e formular a revisão de literatura que integra esta pesquisa e outros elementos que
suportam a pesquisa.
A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenómenos muito
mais amplo do que aquela que poderia pesquisar directamente, principalmente quando o
problema de investigação requer dados muito dispersos pelo espaço.
O método monográfico parte do princípio de que o estudo de um caso em profundidade pode ser
considerado representativo de muitos outros ou mesmo de todos os casos semelhantes.
2.3. Procedimentos de recolha de dados
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.190), os procedimentos para recolha de dados são:
observação, entrevista, questionário e análise documental. Para este trabalho o procedimento da
recolha de dados utilizado é a observação e questionário, porque os dados foram obtidos através
dos manuais e pesquisas na internet.
2.4. Procedimento para a análise de dados
Segundo Lakatos e Marconi (2003, p.167), Análise de dados é a tentativa de evidenciar as
relações existentes entre o fenómeno estudado e outros factores. Essas relações podem ser
"estabelecidas em função de suas propriedades relacionais de causa-efeito, produtor-produto, de
correlações, de análise de conteúdo etc.
A pesquisa foi constituída a partir de análise de conteúdos tem por objectivo compreender o que
se diz sobre determinado assunto, consistindo em uma serie de procedimentos que geram
indicadores, a partir dos quais são feitas interferências.

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3. Revisão da Literatura
A revisão da literatura ou bibliográfica tem como objectivo conectar as ideias com base em
bibliografias tendendo ao fundamento teórico do estudo e também explanar sobre assuntos já
estudados que ajudarão a apoiar e embasar o tema que será desenvolvido. Isto significa que é
uma exposição dos conceitos dos autores consultados sobre o tema a ser estudado. Serve de
apoio para definir os conceitos e base teórica, situar o pesquisador quanto a outros trabalhos
publicados na área, colectar dados e verificar os estágios em que estão os conhecimentos a
respeito do tema investigado.
3.1. Conceito de uma Marca
A história das marcas teve início na Idade Média. Era preciso diferenciar as mercadorias do
comércio para se defender e se diferenciar da concorrência. Com a chegada do capitalismo
colocavam-se nomes e símbolos em todos os produtos para diferenciá-los e valorizá-los. Hoje, a
marca possui valor de confiança para a organização.
Segundo Brito (2010), Marca é um componente intangível, mas fundamental que uma
organização possui e que representa um contrato com o cliente, relativo ao número de qualidade
e valor fornecidos e vinculados a um produto ou serviço. Um cliente não pode ter um
relacionamento com um produto, mas pode ter um relacionamento com uma marca.
Para Oliveira (2005), marca é um nome ou símbolo diferenciado criado para identificar produtos
e serviços de um vendedor ou grupo de vendedores, e para diferenciar esses produtos ou serviços
dos produtos da concorrência. A marca, portanto, assinala para o cliente a fonte do produto, e
proteja tanto o cliente quanto o produtor de concorrentes que poderiam tentar fornecer artigos
que parecem iguais.
Kotler e Keller (2006) definem marca como “Um nome, termo, sinal, símbolo ou design, ou a
combinação de tudo isso, destinado a identificar os produtos ou serviços de um fornecedor ou
grupo de fornecedores para diferenciá-los dos de outros concorrentes”. Assim, ela tem a
finalidade de criar, ressaltar e manter uma posição de destaque perante os concorrentes em uma
mesma categoria de produtos e, dessa forma, facilitar e influenciar as escolhas dos consumidores.
Segundo Pereira (2014), a marca é um nome, um termo, símbolo, desenho ou até mesmo a
combinação de todos estes itens, com objetivo de identificar, representar e diferenciar os bens e
serviços de uma empresa das suas concorrentes.

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De acordo com Tavares (2016), marca pode ser representada por uma palavra ou por um símbolo
que identifique seus valores, dessa forma faz com que o cliente tenha a percepção qualitativa do
produto oferecido.
De um modo geral, A marca é um nome, símbolo, termo, com a função de identificar a promessa
de benefícios, que aumenta assim o valor de um produto para além de seu propósito funcional,
criando então um diferencial sustentável. A marca é um nome diferenciado ou símbolo destinado
a identificar os bens ou serviços de um vendedor ou de um grupo de vendedores e a diferenciar
esses bens e serviços daqueles dos concorrentes.
3.1.1. Força de uma marca
De acordo com Kotler e Keller (2006) o primeiro passo para criar uma marca forte é criar uma
posição de valor, agregando benefícios ao produto, e depois construí-la.
Para Brito (2010), o segredo da marca forte é ser lembrada, ser notada pelo cliente, criar um bom
relacionamento com ele, sair do lugar-comum, usar ferramentas como promoções, propaganda,
enfim, todos os recursos cabíveis para criar essa relação. Uma vantagem para uma marca forte é
o fato de poder oscilar os preços de seus produtos, pois seus clientes pagam mais caro pelo
produto pelo simples fato de ser um boa marca, uma marca forte.
Para Tavares (2016), as marcas mais fortes são aquelas que criaram uma diferenciação na mente
do consumidor, com valores funcionais ou emocionais. O produto só faz diferença para o cliente
quando existe uma diferenciação da marca, um benefício ou qualidade que apenas ela possua, e
um posicionamento, é o lugar na mente do consumidor que a empresa deseja conquistar com seu
produto.
3.1.2. Diferenciação da marca
Segundo Oliveira (2005), as marcas podem se diferenciar através de características do produto
como: formato, desempenho, design, estilo, durabilidade, serviço, através de atendimento ao
cliente, entrega e manutenção.
Ainda para Oliveira (2005), um método de criar diferenciação da marca é por intermédio dos
funcionários, isto é, os funcionários mais bem preparados apresentam seis características de
competência: possuem habilidade e o conhecimento necessário; gentileza: são simpáticos,
atenciosos e muito prestativos; credibilidade: são dignos de crédito; confiabilidade: realizam o
trabalho com consistência e precisão; presteza: atendem rapidamente as solicitações dos clientes,
e comunicação: esforçam-se para compreender o cliente e se comunicar com clareza.

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A distinção de uma marca pode ser exercida de várias maneiras como: a imagem da organização,
distribuição, através de publicidade propaganda, promoção de vendas e preço.
3.1.3. Identidade da marca
Segundo Barbosa (2006), a Identidade é o que uma organização deseja que sua marca signifique
para os clientes, é a consequência do posicionamento, o resultado. Mas o fato de querer ser
percebida de uma determinada forma, não quer dizer que a empresa será vista da mesma maneira
pelo público.
Como diz Kotler e Armstrong (2004), a identidade deve representar aquilo que a organização
deve fazer, e fará ao longo do tempo. Quando realizada, a identidade de marca deve auxiliar o
estabelecimento de um relacionamento entre a marca e o cliente por meio da geração de uma
proposta de valor que potencialmente envolva benefícios funcionais, emocionais e auto-
expressivos.
Ainda de acordo com Kotler e Armstrong (2004), para ser comunicada de forma correta a
identidade da marca precisa ter força, ser fácil de lembrar, ser focalizada e motivadora. Uma
descrição muito resumida pode causar ambiguidades e a identidade pode não desenvolver o
papel de orientar o que deveria.
Conforme Tavares (2016), para construir a identidade de uma marca é necessário traçar uma
estratégia de marca, ter um diferencial para competir no mercado. A strategic ajudará a empresa
a conhecer melhor os concorrentes, seu cliente e sua própria marca. A identidade pode ser
estruturada de duas formas:
 Identidade Essencial – deve mostrar os valores e estratégias da organização, apresentar
seu diferencial sendo convincente, como o nome diz: ser apenas a essência.
 Identidade Estendida – são todas as variáveis da marca, não apenas as essenciais e
especificam o que a marca é e não é.
Segundo Kotler e Keller (2006): Uma identidade eficaz precisa exercer três funções: estabelecer
a personalidade do produto e a proposta de valor; comunicar essa personalidade de forma
diferenciada; transmitir poder emocional além da imagem mental. Para que a identidade
funcione, ela deve ser transmitida ao público por meio de todos os tipos de veículo de
comunicação e contato com a marca que estiverem disponíveis.

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3.2. Construção de uma marca
Segundo Oliveira (2005), a construção de uma marca forte é fundamental para gerar lucros e
acrescentar valor que influencia o consumidor a comprar, além de adicionar uma base firme para
a expansão no sentido de melhoramento de produtos, variantes, aumento do número de serviços
ou a entrada em novos países
A criação de uma marca forte deverá ser observada juntamente com a análise da concorrência,
como foi referido anteriormente. Para construir uma marca forte, Brito (2010) aponta como
imperativa a criação de uma identidade de marca e uma coordenação no que diz respeito à uma
coordenação no âmbito organizacional, dos midias e dos mercados. No âmbito organizacional,
essa coordenação pressupõe a criação de mecanismos para implementar uma estratégia de marca
comum e coordenada com os vários negócios; a coordenação através dos media inclui
patrocínios, programas de uso e clubes, marketing direto, relações públicas, publicidade,
promoções, eventos, e design. No que toca aos mercados, a coordenação passa por criar sinergias
e economias de escala que coordenem as estratégias e táticas através dos mercados, mantendo
uma flexibilidade para se ajustar a cada tipo de mercado.
Para Kotler e Keller (2006), em primeiro lugar é preciso identificar os elementos da marca que
ajudam a diferenciá-la, a começar pelo nome. Algumas empresas optam por fazer um
brainstorm, outras preferem contratar um profissional de marketing, que poderá analisar
qualidades da marca. Outro elemento de extrema importância para a marca são os slogans, são
muito eficientes na hora de agregar valores, ajudam os consumidores a compreender o que é a
marca e resumem os objetivos do marketing.
Para Tavares., (2016), no processo de construção de uma marca, objetiva-se atender expectativas
no sentido de ter clareza, ter uma identidade consistente e ter relevância no mercado. O processo
de construção de uma marca deve ter em conta
a) Nome – que é o indicador essencial da marca, a base tanto para os esforços de
conhecimento, como de comunicação. Muitas vezes mais importante ainda é o fato de
que pode gerar associações que servem para descrever a marca – o que ela é e o que faz.
Um nome deve apresentar características do produto, seus atributos emocionais e
funcionais, deve fazer parte de um contexto. Depois de definir qual será o diferencial da
marca e seu posicionamento é necessário escolher um nome que tenha a ver com a
organização (Brito, 2010).

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b) Slogan – são vocalizações, representando vocativo, chamada ou vocalização de marca.
São frases ou sentenças concisas usadas repetidamente na propaganda de uma empresa,
produto ou serviço. O slogan é o comando que desperta associações funcionais e
emocionais. Quando bem construído e representativo, ele oraliza máximas que a
coletividade vive piamente como verdadeiras, tornando-as parte do quotidiano. Os
slogans têm propósito de causar aproximação dos consumidores às marcas para assim
fixar seu nome. É um dos elementos que contribui para a construção da imagem da
empresa e deve estar alinhado aos objetivos e o valor do produto (Brito, 2010 e Kotler e
Keller 2006).
c) Posicionamento – é aplicar o diferencial da marca de uma forma que a mensagem tenha
fixação na mente do consumidor e este tenha interesse em adquirir o produto. Orienta as
estratégias de marketing, esclarece as verdadeiras intenções da marca. Para decidir esse
posicionamento é preciso identificar a concorrência e o mercado-alvo.
d) Imagem da Marca – é formada a partir das estratégias que a organização constrói com
relação ao produto, preço, praça e promoção. A partir das impressões negativas ou
positivas – crenças, atitudes e impressões – que um consumidor tem de uma marca é que
se forma imagem da empresa (reputação).
Segundo Tavares (2016) e Kotler e Amstrong (2004), a imagem da marca pode ser:
 Imagem Corporativa: a imagem que todas as pessoas possuem da empresa com relação
a todas as suas partes.
 Imagem de marketing: como o público enxerga a aplicação do composto de marketing
para valorização da marca.
 Imagem do produto: a imagem que o público tem em relação a determinada categoria
de produto.
 Imagem da classe de produto: como as pessoas vêem determinada classe de produto.
Como por exemplo, uma pessoa que não gosta de cerveja, independente da marca ela não
irá usufruir do produto.
 Imagem da marca: a imagem que o público tem da marca, se a identidade que a empresa
atribuiu é exatamente e imagem que a pública enxerga da marca.

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3.2.1. Valor de uma marca
De acordo com Brito (2010), no mercado atual, o valor da marca pode ser medido de várias
formas. A seleção de um conceito de valor de uma marca para a sua medição depende de um
conjunto de fatores sintetizados em três grandes determinantes: notoriedade, imagem e
envolvimento. Estes conceitos podem orientar qual direção a marca deve seguir com sua
comunicação para criar laços sólidos nos pontos de contacto com os consumidores.
Para Kotler e Keller (2006), o valor da marca existe para estabelecer um preço para a
intangibilidade da marca, é o maior valor financeiro que uma empresa possui.
 Notoriedade – é acompanhada de uma presença de marca forte e insubstituível. A
notoriedade acontece quando um consumidor, no momento de decisão e efetivação da
compra, lembra-se, logo no primeiro momento, de uma marca específica, presente e forte
no seu consciente, na sua memória. É a capacidade de o público reconhecer ou recuperar
uma marca na sua exata categoria de produto, servindo assim como abertura para os
demais pontos de contato com a marca (Brito, 2010 e Kotler e Keller 2006).
 Imagem da marca – decorre do conjunto de interações que o consumidor tem com a
marca no âmbito dos seus variados níveis: desde os sinais de identidade ao produto,
passando pelo preço, serviço, comunicação, distribuição, pessoas, etc. A imagem de uma
marca não se constrói unilateralmente, apenas pela empresa, mas conta também com a
interferência de outros consumidores que podem interagir e fortalecer ou enfraquecer esta
mesma imagem. Criar uma notoriedade da marca com associações, cria na cabeça do
consumidor uma imagem específica e sólida.
 Envolvimento da marca – mostra-se através das relações estabelecidas, bem como dos
canais de comunicação disponíveis, canais capazes de conferir voz tanto ao consumidor
quanto à empresa, gerando não apenas uma comunicação unilateral, mas um diálogo
legítimo entre ambas as partes. Um dos tipos de envolvimento é a lealdade
comportamental, que é expressada quando o consumidor compra produtos de forma
repetida de uma mesma marca (Brito, 2010 e Kotler e Keller 2006).
Ainda para Brito (2010), não existe um valor absoluto para a marca, tudo vai depender de quem
está disposto a comprá-la. Para definir seu valor deve-se levar em conta primeiro a lucratividade

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da marca atualmente. Para estabelecer o valor da marca é preciso conhecê-la, fazendo seu
histórico.

3.3. Estratégias de Criação de uma marca


A marca possui uma série de associações que precisam ser exploradas no desenvolvimento de
um sistema de identidade, para que se apresente de maneira coerente no mercado. Isso
determinará a força e a diferenciação perante os concorrentes.
Segundo Tavares (2016), a marca tem mais valor que o próprio produto ou até que a empresa que
o difunde no mercado. O processo de fidelização da marca na mente dos consumidores é o maior
desafio estratégico e prático das organizações. Entende-se assim, que o poder e valor de uma
marca, estão intimamente ligados ao que a empresa está disposta a pagar por ela.
Segundo Oliveira (2005), é prejudicial para o sucesso de uma marca que esta esteja orientada
para o marketing, sendo indispensável conhecer os consumidores e conseguir distinguir a nossa
marca da concorrência; é imperativo observar o meio ambiente e as suas mudanças, refletindo
sobre os impactos da mudança na atitude e na predisposição de compra dos consumidores; que se
tenha uma marca.
As estratégias de criação de uma marca segundo Brito (2010) e Tavares (2016) são dois tipos:
funcional e emocional.
 As estratégias de criação funcionais são aquelas que conquistam o cliente com
actividades rotineiras, práticas e, em geral, são adoptadas por empresas líderes de
mercado através da qualidade do seu produto.
 As estratégias de criação emocionais usam somente a qualidade do produto para envolver
os consumidores, mas em sua comunicação atribuem valores fortes, como, por exemplo,
sentimento familiar e empoderamento de gênero (Brito, 2010).
Segundo Kotler e Keller (2006),
 Estratégia de Brand equity – é um conjunto de ativos e passivos ligados a uma marca,
seu nome e seu símbolo, que se somam ou subtraem do valor proporcionado por um
produto ou serviço para uma empresa e para os consumidores dela. Para que certos ativos
e passivos determinem o brand equity, eles devem estar ligados ao nome e símbolo da
marca. Se o nome da marca ou seu símbolo for mudado, alguns ou todos os ativos e
passivos poderão ser afetados, e mesmo perdidos, embora parte deles possam ser

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desviados para um novo nome ou símbolo. O brand equity tem a função de agregar valor
à marca, podendo proporcionar o crescimento de uma marca através de extensões de
marca.
O valor de uma marca está naquilo que os consumidores escutam, vêem, lêem, aprendem,
pensam e sentem sobre ela ao longo dos anos.
 Estratégia de Logomarca – deve expressar um sentido, tem que identificar a marca, ser
mais que um desenho, deve ser legível e visível. Deve permitir sua reprodução em
quaisquer formatos. A logomarca é um símbolo da marca. Símbolo é algo usado para
representar um objeto, um nome, como no caso das marcas. São feitos para representar a
personalidade e cultura da marca.
 Estratégia de e-branding – que visa criar uma imagem de marca única, mas com a
utilização das ferramentas e oportunidades encontradas no meio digital, mantendo os
mesmos objetivos do branding tradicional, mas com formatos diferentes e com mais
dinamismo.
Para Tavares (2016), a construção de uma marca possui os seguintes aspectos:
 Marca Nominal – designando um produto por meio das palavras (Exemplo: Nescafé)
 Marca da Família – toda uma linha de produtos reconhecida por uma Marca Nominal.
 Extensão da Marca – quando se utiliza de uma marca existente para classificar um outro
produto (Leite Parmalat).
 Marca de Fabricante – nome legal de uma empresa. Algumas empresas utilizam a
marca do fabricante para designar seus produtos (Parmalat; Coca – Cola; Samsung).
 Marca Própria – estratégia de marca utilizada apenas por empresas distribuidoras ou
varejistas para vender produtos fabricados por terceiros, em geral empresas
desconhecidas, visando diferenciação, fidelização dos clientes, bem como poder de
negociação em relação às grandes marcas, líderes de mercado.
Segundo Pereira (2014), uma boa marca, quando bem elaborada, permite que o consumidor que
comprou por curiosidade, goste, compre novamente e recomende o produto a mais
consumidores. O conjunto dessas ações permite à empresa cobrar um valor mais alto do seu
produto ou serviço, sobrepondo-se à concorrência. Esse fato afirma a importância do
investimento na criação e sustentação de uma marca, a fim de gerar lucros para empresa

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4. Conclusão
No cenário atual, é comum encontramos empresas no mercado competitivo, que oferecem
produtos ou serviços cada vez mais semelhantes. Esse é um dos maiores problemas do insucesso
das empresas, já que sua marca é confundida com tantas outras no momento de compra, por não
existir uma boa diferenciação de seus produtos. A concorrência global e a busca incansável de
produtos melhores e menos dispendiosos vêm induzindo a transformações significativas para a
sobrevivência das empresas.
Toda essa problemática tem boa resolução quando os empresários permitem que o design e o
branding façam uma gestão estratégica e organizada, na tentativa de buscar um melhor
posicionamento e valorização de sua marca no mercado. Essas ações geram satisfação do cliente,
profissionais com mais qualificação, produtos de melhor qualidade e baixo preço, e liderança da
empresa no mercado.
A essência de uma marca consiste em tornar a percepção do produto ou serviço como sendo algo
superior, diferenciado e qualificado. A marca age como um facilitador operacional, eliminando
processos de decisão relativamente complexos a cada momento de contacto com prospectos e
consumidores; como um elemento catalisador, acelerando – de forma positiva – esses processos
decisórios; como um efetivo gerador de barreira de entrada para concorrentes existentes ou
possíveis; e como forma de intervenção social, transformando atos de consumo em expressões de
interação social. Esse potencial de diferenciar e identificar foi descoberto por povos muito
antigos e que, com o passar da história, descobriram novas possibilidades de uso da marca.
Atualmente, a marca é considerada o maior patrimônio das empresas. Em muitos casos ela vale
muito mais que toda a estrutura funcional e física. A necessidade da construção de uma marca
surge simultaneamente ao seu nascimento, apesar de muitas redes não levar esse fator em
consideração e só abrir espaço para este cuidado quando o negócio não vai bem. A marca,
quando com gestão eficaz, contribui com a aproximação da empresa com seus clientes, se
aproximando mais da fidelização.

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5. Bibliografia
BARBOSA, D. B. (2006). O fator semiológico na construção do signo marcário[tese de
doutoramento]. Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

BRITO, C. (2010). Uma abordagem relacional ao valor da marca. Revista Portuguesa e


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LAKATOS, E. M. e MARCONI, M. A. (2003). Técnicas de Pesquisa. 5ª Edição. São Paulo:


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OLIVEIRa, D. S. (2005). Comunicação e Imagem na Empresa CECOA.

PEREIRA, J. (2014). A influência do marketing de redes sociais no relacionamento.


(Dissertação de mestrado, Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal).

TAVARES, V. (2016). Gestão de Marcas: Uma Abordagem Empreendedora para as PME

Vencerem Em Mercados Globais. Escolar Editora.

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