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Instituição de Ensino: Claretiano

Curso: Pedagogia (licenciatura)


Aluno: Alexsandro Oliveira de Lima
RA: 8122939
Disciplina: Gestão e Organização do Trabalho Pedagógico na Educação Básica
Ciclo 02: O impacto das políticas públicas na escola, nas práticas da gestão e no
trabalho docente.

Atividade do Portfólio

Os autores Brito e Síveres (2015) se referem a uma escola situada no


Distrito Federal, como exemplo de uma gestão sociocrítica, baseada na gestão
democrática da escola, gestão onde a comunidade escolar como um todo tem
participação nas decisões, eventos e projetos desenvolvidos na escola. Esse tipo de
gestão escolar deve ser incentivado em todo o território nacional, pois a comunidade
tem de se apoderar daquilo que é seu e que afeta o futuro de seus filhos e, por
conseguinte, da própria comunidade, ou seja, se apoderar do ambiente que promove
a educação e formação de seus filhos, ver a escola como ambiente transformador e
participar das tomadas de decisões dessa importante instituição que é a escola.

Para que seja possível a participação da comunidade na vida escolar, o


primeiro passo deve partir de dentro da escola, ou seja, deve partir daqueles que
têm uma visão privilegiada e profissional da Educação. O projeto político pedagógico
da escola deve ser elaborado prevendo a participação da comunidade nas tomadas
de decisão, discussão de projetos e participação nas atividades escolares pensadas
e promovidas pela própria comunidade. A comunidade precisa ser chamada para a
escola, e ser apresentado a ela o projeto político pedagógico da escola e informar
essa comunidade que ela precisa fazer parte da gestão escolar, dentro de um
projeto de gestão participativa, de modo que também será responsável pelos rumos
da escola em todos os seus aspectos.

Para que isso ocorra de fato e seja uma realidade nacional e não apenas
algumas poucas situações isoladas, é preciso que a gestão democrática,
sociocrítica, seja realmente uma Política pública Pedagógica, os professores,
coordenadores, supervisores e diretores precisam ser capacitados e orientados para
tal pratica de gestão, tendo em vista que o primeiro passo deve partir do ambiente
escolar. Formalmente já há previsão legal, pois a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional estabelece a participação dos profissionais da educação na
elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar, bem como a
participação da comunidade na formação do Conselho Escolar. Paradigmas devem
ser quebrados, pois a escola deve ser vista como ambiente de transformação do
aluno e da comunidade que a circunda, ambas, escola e comunidade devem
entender que uma depende da outra, inclusive para cobrar do Estado melhorias na
política publica da Educação.

Nesse sentido, se faz necessário a instituição do que se chama Escola


Comunicativa, como organização comunicativa, de modo que a organização escolar
seja orientada por decisões as quais sejam tomadas dentro de processos
argumentativos nos quais se busca uma verdade cooperativa, de modo a se
construir comandos que sejam vistam como construção de todos os envolvidos, ou
seja, as regras têm cunho democrático, pois teve a participação de todos os
envolvidos no processo o qual demandou a ponderação dos diversos argumentos
até se chegar a um denominador comum. Sendo assim, o comando deixa de ser
meramente burocrático para ser um comando em que os seus destinatários o
entendem como legítimo, pois teve participação democrática. Nesse sentido é de
suma importância para a construção de uma gestão escolar democrática que se
institua uma Escola Comunicativa, como um dos fatores estruturantes desse tipo de
gestão e que realmente lhe dá legitimidade aos seus futuros comandos e
regramentos.

O sistema de gestão escolar brasileiro pode-se dizer, na sua grande maioria,


está voltado para uma administração técnico-científica, onde há uma definição clara
dos seus atores e suas funções, baseada numa relação hierárquica, deixando claro
o papel de quem ensina e de quem deve aprender. Ou seja, a escola brasileira ainda
é gerida baseada numa visão clássica de administração, sem oportunidade para
outros atores da comunidade escolar se apoderarem de do seu espaço dentro da
unidade escolar como sujeitos que são afetados pelas decisões tomadas no
ambiente escolar.
Referências:

BRITO, R. de O; SÍVERES, L. As características da participação da comunidade


escolar em um modelo de gestão compartilhada. Revista Sophia. V.11 (1), 2015, p.
9-20. Disponível em:<http://www.scielo.org.co/pdf/sph/v11n1/v11n1a02.pdf>

HAPP. A. M. A escola como organização comunicativa. ANPED, 29ª reunião, 2006.


Disponível em:<http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt14-1816-int.pdf>

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