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Discente:
Francisco Feijão Zacarias
Docente:
Dr. Eusébio Lambo
Msc. Edmar Bareto
Índice
Introdução..........................................................................................................................3
2. Carreira política.............................................................................................................6
Conclusão........................................................................................................................14
Bibliografia......................................................................................................................15
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Introdução
Péricles foi um nobre ateniense, homem inteligente e sábio, que abrilhantou a apreciada
figura do estadista culto, moderado e cívico através da sua defesa da democracia (ainda
hoje o “século de Péricles” é conhecido como o período áureo da democracia ateniense)
Uma das razões para Péricles ter tido a importância que teve em Atenas, prende-se com
o facto de ter nascido no seio da família dos Alcmeónidas, família de sua mãe, que era
uma das mais ricas e influentes em Atenas. Parar além disso, como pôde viajar e ter
contacto com gentes e costumes de outros lugares, ganhou muita experiência de vida.
Péricles reúne na sua pessoa quatro virtudes. Em primeiro lugar, tem a inteligência, isto
é, a capacidade de analisar uma situação política, de prever exactamente o
acontecimento e responder-lhe com um acto. Em segundo lugar, é dono de uma grande
eloquência. Dir-se-ia que cada vez que fala perante a Assembleia, depõe a sua coroa de
chefe, só a voltando a colocar com o consentimento de todos. É um grande orador que
tem sempre um relâmpago na língua. A terceira virtude é o patriotismo mais puro: para
Péricles, nada está acima do interesse da comunidade dos cidadãos, acima da honra da
cidade de Atenas.
3) Inteiramente dedicado à sua polis, nada põe acima do interesse da comunidade dos
cidadãos ou da honra de Atenas e, por último,
A nobreza e a riqueza de sua família permitiram-lhe dar sequência a esta sua inclinação
para a educação. Aprendeu música com os mestres de seu tempo (Dámon ou Pitóclides
podem ter sido seus professores) e é considerado o primeiro político a atribuir grande
importância à filosofia. Apreciava a companhia dos filósofos Protágoras, Zenão de
Eleia e Anaxágoras. Este último, em especial, tornou-se um grande amigo seu, e o
influenciou enormemente. Sua maneira de pensar e seu carisma retórico podem ter sido
em parte frutos da ênfase dada por Anaxágoras à calma emocional diante dos
problemas, e de seu cepticismo a respeito dos fenómenos divinos, Sua célebre calma e
auto-controle também são vistos como advindos desta influência do filósofo.
2. Carreira política
Para Plutarco Péricles teria sido o primeiro entre os atenienses por quarenta anos. Se
isto for verdade, ele provavelmente obteve um cargo de liderança já no início da década
de 460 a.C.. Ao longo destes anos fez um esforço para proteger sua privacidade, e
tentou se apresentar como um modelo para seus concidadãos. Evitava, por exemplo,
participar de banquetes, tentando ser frugal.
Em 463 a.C. Péricles foi o principal promotor encarregado de processar Címon, líder da
facção conservadora, acusado de negligenciar os interesses vitais de Atenas na
Macedónia. Embora Címon tenha sido inocentado, o embate mostrou que o principal
rival político de Péricles estava vulnerável.
De facto, a conjuntura política era cada vez mais favorável ao partido democrata.
Hediante lei de Efialtes, o Areópago, o ultimo bastlio aristocrático, foi privado das suas
prerrogativas Políticas doravante atribuídas ao conselho, Assembleia e aos Tribunais.
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Tão drástica foi a medida que provocou o afastamento de Címon em 461 e a morte de
Efialtes em 4600.
Em segundo lugar, Péricles teve muito que ver com o auge de um novo saber racional e
uma nova educação. Especialmente, esteve ligado ao aparecimento da sofística em
Atenas, não só criando as condições políticas para o sucesso desse ensino, como
também discutindo problemas da cidade com Protágoras, o primeiro dos sofistas.
Verdadeiramente, foi por sua eloquência que Péricles recebeu o cognome de olihpico, e
precisamente o seu discurso fúnebre. Pronunciado em memória dos atenienses mortos
durante a Guerra do Peloponeso constitui o melhor documento para explicar em que
medida a singularidade da democracia ateniense contribuiu para o surgimento da
sofística.
cidadãos (espartanos) a não quererem, a nem mesmo saber viver sós, a estarem sempre,
como abelhas, unidos pelo bem público, em torno de seu chefe (in Marrou 1971:45).
coragem, nós, com nossa maneira livre de viver, enfrentamos pelo menos tão bem
quanto eles perigos comparáveis. "(in Tuc.II:42).
Aos 31 anos, decorria o ano de 463 a.c.. Mas este aparecimento tardio pensa-se ter sido
uma estratégia cuidada. Aparentemente, Péricles esperou que Temístocles e Aristides,
dois gigantes políticos da geração anterior, desaparecessem de cena, e aproveitou o
facto de Címon, que tinha sido a face dominante em Atenas durante uma década, estar
sempre fora em campanhas militares.
Por vezes, fala-se em Péricles como sendo o fundador da democracia, algo que não é
totalmente exacto. Na verdade, ele apenas modificou o sistema democrático existente,
de uma "democracia limitada" para uma democracia onde todos os cidadãos podiam
participar (cidadãos, atente-se...). Tanto que se Clístenes é considerado o pai da
democracia grega, Péricles é considerado o fundador da Idade de Ouro da mesma,
chamando, outros ainda, ao século V A.C., o século de Péricles. Isto porque, com
Clístenes, era uma democracia limitada, onde os aristocratas ainda ditavam leis, e com
Péricles este facto alterou-se, passando os cidadãos a governar não apenas em teoria,
mas também na prática.
A partir de 450 A.C., foram passando na Assembleia uma série de leis que
progressivamente foram estabelecendo um sistema democrático que o mundo nunca
tinha visto antes. Foram dados aos cidadãos o poder directo da Assembleia e dos
tribunais populares, onde as decisões eram tomadas por maioria.
Assim, as suas medidas vão incidir sobre vários aspectos. Em primeiro lugar, vai alargar
o campo de recrutamento das magistraturas, antes apenas limitada às duas classes
superiores. No entanto, a sua sensibilidade política vai mais longe, ao constatar que esta
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participação das classes inferiores seria puramente teórica, se estes elementos, que
tinham poucos recursos económicos, não fossem pagos. Assim, alarga o campo dos
arconatos à terceira classe (pequena burguesia e artífices de poucos rendimentos),
deixando de fora a quarta e última classe, a dos operários e serventes. Criou também
indemnizações para os membros do Conselho dos Quinhentos, para os militares e para a
participação dos cidadãos nas numerosas festas da República. No entanto, nunca deu
dinheiro para a participação na Assembleia do Povo, uma vez que era considerado um
dever a frequência desta.
Deste modo, facilmente se conclui que todo o seu discurso fica indelevelmente marcado
pela apologia do equilíbrio, da tolerância e moderação da acção política, demonstrando
particular atenção pelas leis sociais, e defendendo a possibilidade dos mais pobres
saírem da sua débil situação através do trabalho. Durante o tempo que governou Atenas
(mediante 15 eleições sucessivas para o cargo de estratego), Péricles privilegiou a
qualidade de vida (o desporto, a cultura e os espectáculos), exacerbou a
prosperidade económica da cidade (bem como a sua abertura ao exterior), além de
elogiar os que morriam como heróis em defesa da Pátria, exortando aos vivos para que
saibam honrar o exemplo dos que pereceram no cumprimento do dever.
cidadãos de Atenas, ou seja, os indivíduos que eram filhos de pai e mãe atenienses, com
mais de 21 anos de idade, e com serviço militar cumprido.
As mulheres não possuíam poderes/direitos cívicos nem jurídicos, não podiam possuir
propriedades e era-lhes vedado o ensino. Facilmente se constata que Atenas era palco de
uma sociedade esclavagista, na qual os míticos (os cidadãos estrangeiros, como veio a
ser o caso de Aristóteles, por exemplo) eram obrigados a cumprir determinados
deveres, como pagar impostos e cumprir serviço militar, além de não poderem participar
da vida política da cidade.
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Conclusão
Após o termino do trabalho concluiu – se que Péricles nasceu em 495 a.C.,
no demo de Colargo, a norte de Atenas. Era filho do político Xantipo, que, embora
tivesse sido condenado ao ostracismo em 484-484 a.C., retornou a Atenas para
comandar o contingente ateniense durante a vitória grega na Batalha de Mícale cinco
anos antes, pertencia à tribo local de Acamante (Ἀκαμαντὶς φυλὴ). Sua infância foi
tranquila; introvertido, o jovem Péricles evitava aparições públicas, preferindo dedicar
seu tempo aos estudos.
Péricles foi um nobre ateniense, homem inteligente e sábio, que abrilhantou a apreciada
figura do estadista culto, moderado e cívico através da sua defesa da democracia (ainda
hoje o “século de Péricles” é conhecido como o período áureo da democracia ateniense)
Péricles reúne na sua pessoa quatro virtudes. Em primeiro lugar, tem a inteligência, isto
é, a capacidade de analisar uma situação política, de prever exactamente o
acontecimento e responder-lhe com um acto. Em segundo lugar, é dono de uma grande
eloquência. Dir-se-ia que cada vez que fala perante a Assembleia, depõe a sua coroa de
chefe, só a voltando a colocar com o consentimento de todos. É um grande orador que
tem sempre um relâmpago na língua. A terceira virtude é o patriotismo mais puro: para
Péricles, nada está acima do interesse da comunidade dos cidadãos, acima da honra da
cidade de Atenas.
Bibliografia
S'nchez, J. G. (1991). A CONTRIBUICAO HISTORICA DA SOFISTICA A EDUCACAO:. A RELACAO
ENTRE PODER, SABER E DISCURSO , pp. 34-55.