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INDICE
I.
I.INTRODUCAO 2
Arquivo do blog
II. FAMÍLIA 3
► 2019 (6)
2.1 Conceito de família 3
2.2 A família numa sociedade em mudança 6 ► 2015 (1)
2.3 Classificação das Famílias 7 ► 2014 (5)
2.4 Família como agente da socialização na formação da personalidade 9
Um dos pilares do pensamento de Vygotsky é a idéia de que as funções mentais são ► 2013 (10)
construídas ao longo da história social do homem ou seja a formacao da ► 2012 (4)
personalidade, a história social objectiva tem um papel essencial no
▼ 2011 (26)
desenvolvimento psicológico, nisso, a família se encarrega em parte, na estruturação
desse desenvolvimento, mediando nas funções que estão em processo de maturação. ► Dezembro (5)
Desta forma concorda com Sousa (2007), que inúmeras são as influências do ▼ Novembro (14)
ambiente social para a formação da personalidade humana. Inegavelmente, a família
Conceito de Familia: Perspectiva
é a mais importante de todas. É ela que proporciona as recompensas e punições, por Africana
cujo intermédio são adquiridas as principais respostas para os primeiros obstáculos
Conceito de Mulher: Perspectiva
da vida. O grupo familiar tem sua função social e é determinado por necessidades africana
sociais. Ele deve garantir o provimento das crianças, para que elas, na idade adulta
exerçam actividades produtivas para a própria sociedade, e deve educá-las, para que Adolescencia: Perspectiva Africana
elas tenham uma moral e valores compatíveis com a cultura em que vivem. Tanto Morte: Perspectiva Africana
assim, que a organização familiar muda no decorrer da história do homem, é
Espiritos Vivos: Perspectiva Africana
alterada das mudanças sociais. Nesse sentido, entende-se que a família não é apenas
uma instituição de origem biológica, mas, sobretudo, um organismo com nítidos Conceito de Doenca na perspectiva
africana
caracteres culturais e sociais. 9
2.5 Lei da família 11 Reexaminando a Psicologia: Uma
2.6 Papel da família na sociedade 15 pespectiva Africana
2.7 Papel do Psicólogo no meio familiar 16 PROCESSOS COGNITIVOS:
III. CONCLUSAO 18 IMAGINAÇÃO E PENSAMENTO
Laudo Psicologico 2
Laudo Psicologico
► Maio (1)
► Abril (1)
► Março (5)
► 2010 (12)
A UNIVERSALIDADE DA
I. INTRODUCAO
PSICOLOGIA
Elias Ricardo Sande
Maputo, Sul, Mozambique
O presente trabalho tem como título Família e surge no âmbito da Disciplina de
Ciencia e Religiao
Perspectivas Africanas dos Fenómenos Psicológicos, do curso de Psicologia da
Faculdade de Educação da Universidade Eduardo Mondlane. Visualizar meu perfil
Falar de família actualmente e principalmente numa visão de um profissional que completo
se preocupa em moldar o comportamento dos indivíduos com vista a contribuir
positivamente para que estes vivam e convivam da melhor maneira possível, é um
dos grandes motivos que despertam cada vez mais interesse em abordar este tema,
visto que esta está a sofrer profundas transformações sociais, politicas e até
culturais que muitas vezes trazem grandes implicações para a saúde das pessoas.
Com o presente trabalho pretendemos analisar aspectos estritamente ligados a
família, mostrar e frisar uma vez mais a importância desta instituição que é
considerada a base de todas as sociedades, analisar aspectos que de alguma forma
estão a contribuir para a transformação do que era família em tempos mais
remotos e o que estará a acontecer com esta nos tempos actuais e que soluções
propor para que esta permaneça e continue a servir de suporte e o meio onde o
individuo adquire a sua identidade.
O trabalho resulta basicamente de pesquisas bibliográficas e consultas de sites na
Internet.
Em termos de estrutura, o trabalho conta com três partes principais, sendo a
primeira, a presente introdução, a segunda parte é preenchida pelo tema e aspectos
relacionados ao tema, na terceira parte ressaltamos pontos principais a reter sobre
o tema e por fim apresentamos na ultima parte as referencias bibliográficas de todo
o material usado para a composição do trabalho e os respectivos sites consultados
na Internet.
II. FAMÍLIA
De acordo com Vygotsky, citado por Sousa (2010), a família é a primeira esfera de socialização da
criança, responsável pela formação individual e social de cada um. Na família como sistema, no
qual as partes interagem com o todo e o todo nas partes, a criança aprende a conviver em
sociedade com outros grupos, necessitando para o efeito de ter um ambiente familiar estável e de
modelos parentais firmes e consistentes para a construção das funções superiores e nesta onde a
criança fica dotada de referências seguras e consistentes, aprende a ter consciência das suas
possibilidades, de desenvolver segurança interna, promovendo a sua auto-estima e assim a
capacidade de permutar com os demais actores sociais. A educação alicerçada numa autoridade
baseada no respeito mútuo, leva à construção de uma moral autónoma que consiste em
compreender o porquê das leis que a sociedade impõe e que devemos respeitar, ou contribuir
para modificar, participando com base no respeito mútuo, no espírito de cooperação, de
responsabilidade social, criando-se assim uma identidade individual e social devidamente
alicerçada.
Na perspectiva africana Osório (2002), citada por Borsa e Feil (2008), apresenta uma
visão operatória de família tipicamente africana, definindo-a como uma unidade grupal
na qual se desenvolvem três tipos de relações: i) aliança (casal), ii) filiação
(pais/filhos) e iii) consanguinidade (irmãos) e que a partir dos objectivos genéricos
de preservar a espécie, nutrir e proteger a descendência e fornecer-lhe condições para a
aquisição de suas identidades pessoais tendo em conta que cada membro ocupa uma
posição com a qual se deve identificar. Neste contexto podemos ver a família como um
conjunto invisível de exigências funcionais que organiza a interacção dos membros da
mesma, considerando-a, igualmente, como um sistema, que opera através de padrões
transaccionais e no seu interior os indivíduos podem constituir subsistemas, podendo
estes ser formados pelas gerações, sexo, interesse e/ ou função, havendo diferentes
níveis de poder, e onde os comportamentos de um membro afectam ou influenciam os
outros membros.
De acordo com Garcia (2001), em Moçambique assim como noutras sociedades africanas, a
unidade fundamental das sociedades é a família extensa, que funciona como elemento mítico -
espiritual, social e até juridicamente solidário. Aquelas estruturas possuem um carácter
intensamente comunitário; desempenhando o indivíduo funções com importância colectiva; o
seu interesse é subordinado ao geral. O comunitarismo faz ainda parte da religião, das formas de
vida económica e da existência de inúmeras sociedades especiais (no espaço entre família e a
tribo). Visto que as famílias moçambicanas são no geral colectivistas, onde o papel de cada um
dos membros está bem definido e, um possível erro de um dos membros pode ser analisado como
sendo um erro de toda família no geral.
De acordo com IRKA (2002), a evolução da família e do conceito da instituição família ao longo
da história tem-se revestido de características específicas. Nos tempos do Jurista Gaio ( Sec. II ) a
família transmitia-se por herança e a este termo estava arreigado um forte conceito patrimonial,
ou seja, a família era mais vista no sentido de propriedade e sucessão de propriedade material do
que era vista no sentido das pessoas ( seres humanos livres e escravos / servos ) de que ela se
constituia.
Ao longo da história, famílias têm ajudado a constituir sociedades fortes. A família é a melhor
provisão para criar filhos que se tornem adultos responsáveis.
De acordo com Relvas e Alarcão, (2002), citados por IRKA (2002), nos último 50 anos,
no Ocidente, a família modificou as suas dimensões, organizou-se de formas diversas e
tem em conta novos valores. No entanto, ser família além de ter um carácter único e de
funcionar como um todo é fazer parte integrante de um sistema de contextos, como a
comunidade e a sociedade. A estrutura familiar, organizada por papéis e funções de
cada elemento de cada sistema, é a responsável para que não existam duas famílias
iguais. Desta forma, a família não pode ser considerada um sistema estanque e
inalterável, pois ela evolui e complexifica-se. Os elementos transformam-se ao longo da
sua vida familiar, mediante exigências provenientes do interior ou do meio social, onde
é necessária a adaptação a novos papéis de modo a equilibrar o funcionamento
familiar.
Gurguière at all, (s/d), quanto a história africana, os sistemas familiares caracterizam-se pela
diversidade dos seus modos de filiação – patrilinear, matrilinear ou bilinear -, encontrando-se
cada indivíduo numa trama que o liga a todos os outros por conexões genealógicas: pertence ou
ao grupo do pai ou ao grupo da mãe. Tais modos de filiação relevam do colectivo, produzem o
que se denomina linhagens, a saber conjuntos de homens e de mulheres descendentes, seja em
linha asnáticas seja em linha uterina de um(a) antepassado (a).
longo da história social do homem ou seja a formacao da personalidade, a história social objectiva tem
estruturação desse desenvolvimento, mediando nas funções que estão em processo de maturação. Desta
forma concorda com Sousa (2007), que inúmeras são as influências do ambiente social para a formação da
personalidade humana. Inegavelmente, a família é a mais importante de todas. É ela que proporciona as
recompensas e punições, por cujo intermédio são adquiridas as principais respostas para os primeiros
obstáculos da vida. O grupo familiar tem sua função social e é determinado por necessidades sociais. Ele
deve garantir o provimento das crianças, para que elas, na idade adulta exerçam actividades produtivas
para a própria sociedade, e deve educá-las, para que elas tenham uma moral e valores compatíveis com a
cultura em que vivem. Tanto assim, que a organização familiar muda no decorrer da história do homem, é
alterada das mudanças sociais. Nesse sentido, entende-se que a família não é apenas uma instituição de
origem biológica, mas, sobretudo, um organismo com nítidos caracteres culturais e sociais.
A família como uma unidade básica da sociedade formada com indivíduos com
ancestrais em comum ou ligados por laços afectivos, neste modo, a família pode então
assumir uma estrutura nuclear ou conjugal, que consiste em um homem, numa mulher
e nos seus filhos, biológicos ou adoptados, habitando num ambiente familiar em
comum. Por família nuclear entende-se a constituída pelo tríplice pai-mãe-filhos
A família nuclear, constituída de pai, mãe e filhos, ainda é considerada como a menor
unidade social, a célula que reunida às outras formará o tecido social; o lar e a vida
familiar podem proporcionar, através do seu ambiente físico e social, as condições
necessárias ao desenvolvimento da personalidade da criança; as influências precoces
são as mais duradouras e as mais estáveis; é na família que a criança encontra, em
primeiro lugar, os modelos a serem imitados (modelo de identificação); existem
momentos muito adequados para a realização de determinadas aquisições, conforme o
desenvolvimento maturativo da criança, e isso acontece enquanto ela está sob a
custódia da família; ela é um contexto de socialização especialmente relevante para a
criança.
Segundo Sousa (2007) Os diferentes papeis, as funções estão igualmente implícitas na
família que tem como função primordial a de protecção, tendo sobretudo,
potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos,
podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas. A família ajuda a
manter a saúde física e mental do indivíduo, por constituir o maior recurso natural
para lidar com situações potenciadoras de stress associadas à vida na comunidade
De acordo Woody (1989) citado por Mwamwenda (2005), a família pode ser vista como
um sistema onde na sua totalidade é considerada maior do que a soma das partes da
família, os membros e cada indivíduo é compreendido apenas no contexto de toda
família. Uma mudança numa parte do membro da família afecta todos os outros
membros.
Segundo Rey e Martinez (1989), citado por Dessen e Silva, (2001), a família representa
talvés a forma de relação mais complexa e de acção mais profunda sobre a
personalidade humana, dando enorme carga emocional as relações entre os seus
membros.
A abordagem sistémica reconhece que numa família, os pais influenciam seus filhos
mas também enfatiza que as crianças influenciam o comportamento e práticas
educacionais de seus pais. O autor Shaffer vai mais além neste assunto considerando as
famílias como sistemas sociais complexos, uma vez que constitui uma rede de
relacionamentos recíprocos e alianças que estão constantemente em evolução e que por
sua vez são também muito influenciados pela comunidade e pela cultura.
Em concordância com Mwamwenda, Shaffer fala também da família como uma
estrutura holística que consiste em partes inter - relacionadas, cada qual afectando e
sendo afectada pela outra, cada qual contribuindo para o funcionamento do todo, e
acrescenta que a família é ainda um sistema dinâmico que muda com o
desenvolvimento de seus membros, complexificando ainda mais as inter-relações
existentes no interior deste sistema.
Sendo a família um sistema social composto por um grupo de indivíduos, cada um com
um papel atribuído, e embora diferenciados, consubstanciam o funcionamento do
sistema como um todo. O conceito de família, ao ser abordado, evoca
obrigatoriamente, os conceitos de papéis e funções.
De acordo com a Afonso (2002), a lei de família que até hoje se aplica em Moçambique foi
aprovada em 1966 e entrou em vigor no nosso País por via da colonização. É uma lei antiga e
descontextualizada pois não reflecte a realidade Moçambicana; é originária de Portugal tendo
mesmo em Portugal sofrido várias alterações. Assenta em princípios individualistas próprios das
sociedades europeias e que não se compadecem com a realidade social moçambicana.
A proposta de lei da Família procura por um lado aproximar quanto possível a lei à realidade
social moçambicana, respeitar os princípios de igualdade de tratamento entre o homem e a
mulher estabelecidos na Constituição e nas Convenções Internacionais ratificada por
Moçambique.
A Proposta de Lei da Família introduz ainda artigos que regulam os direitos e deveres da família.
Na Proposta de Lei da Família o casamento deixa de ser definido como um contrato, definindo-se
agora como a união voluntária e singular entre um homem e uma mulher com o propósito de
constituir família mediante comunhão plena de vida.
Estas disposições legais são de particular relevância na medida em que traduzem o conceito de
família alargada, as obrigações dos membros e os limites dos efeitos do parentesco tendo em
conta a realidade social africana e particular, a sociedade moçambicana.
Quanto aos requisitos para a celebração do casamento, a proposta de Lei da Família introduz
uma alteração no que se refere à idade núbil, estabelecendo a idade de 18 anos para ambos os
nubentes – o rapaz e a rapariga, tal medida permitiu uniformizar-se a regulamentação sobre a
idade.
A Lei moçambicana define casamento como sendo uma união voluntária e singular
entre um homem e uma mulher, com o propósito de constituir família, mediante
comunhão plena da vida. O casamento pode ser civil, religioso ou tradicional. Em
Moçambique, o casamento monogâmico, religioso e tradicional são reconhecidos valor
e eficácia igual à do casamento civil, isto quando tenham sido observados os requisitos
que a lei estabelece para o casamento civil.
Formas de casamento:
Há diversas formas de união matrimonial, são elas: a monogamia e a poligamia
(poliginia ou poliandria). Aghassian, M. et all (2003)., a monogamia é a união
matrimonial entre um só homem e uma só mulher. Já a poligamia é a união
matrimonial entre uma pessoa (homem ou mulher) com vários cônjuges. A poligamia
pode ser praticada em forma de poliginia que designa a aliança entre matrimonial de
um homem com várias mulheres, ao contrário da poliandria que é a união matrimonial
de uma mulher com vários homens.
Embora a monogamia seja a forma mais comum na maior parte das sociedades,
inclusive na nossa sociedade moçambicana a poligamia é a forma mais praticada,
especialmente na forma conhecida como poliginia.
2.6 Papel da família na sociedade
É grande a importância da família para a construção de uma sociedade estruturada, saudável e equilibrada.
A Constituição da República de Moçambique de 2004, no seu Capítulo III, Artigo 119 estabelece que a
família é o elemento fundamental e a base de toda a sociedade. No seu Artigo 120,
estabelece que a família é responsável pelo crescimento harmonioso da criança e educa
as novas gerações nos valores morais, éticos e sociais. É ela ainda juntamente com o
estado que asseguram a educação da criança, formando-a nos valores da unidade
nacional, no amor à pátria, igualdade entre homens e mulheres, respeito e
solidariedade social.
Em relação a esta questão, Shaffer (2005) estabelece que a função mais importante de uma família em
todas as sociedades é cuidar e socializar seus filhos. A socialização seria segundo ele, o processo pelo qual
as crianças adquirem crenças, valores, e comportamentos considerados apropriados e importantes pelos
membros da sua sociedade.
Shaffer (2005), acrescenta que é a família que possui uma função inicial importante no que se refere à
socialização infantil. A família serve de instrumento primário de socialização visto que os eventos dos
primeiros anos são tão importantes para o desenvolvimento social, emocional e intelectual.
Aghassian, M. et all (2003). diz que a família tem como função primordial a de protecção, tendo
sobretudo, potencialidades para dar apoio emocional para a resolução de problemas e conflitos,
podendo formar uma barreira defensiva contra agressões externas. É visto aqui que a família
ajuda o indivíduo a manter uma boa saúde física e mental, a lidar com as diversas situações da
vida, situações de stress por exemplo e outras situações difíceis a que se pode atravessar. Neste
contexto, Mwamwenda (2005) argumenta dizendo que é na família que os indivíduos encontram
suporte e apoio emocional de que necessitam para recuperar-se de várias doenças.
Já Dioma e Vilela (2005), afirmam que desde sempre, a família surgiu como um lugar onde se
aprende a viver, ser e estar, e onde se começa o processo de consciencialização dos valores sociais
inerentes à sociedade e sem os quais esta não consegue subsistir. É neste ambiente que o
indivíduo aprende a respeitar os outros e a colaborar com eles.
Visto que a família é o elemento fundamental e a base de toda a sociedade, pois tem
grande importância para a construção de uma sociedade estruturada, saudável e equilibrada. Há
necessidade de preservá-la.
Neste contexto o psicólogo é chamado a intervir. Assim, no meio familiar, o psicólogo pode ser uma figura
de extrema importância para a família, visto que ele pode, em situações difíceis, por exemplo, violência,
fraca comunicação entre os membros da família, divórcio; só para citar, o aconselhamento familiar pode
contribuir para reforçar a coesão entre os membros de uma certa família, despertar nela a necessidade de
ajuda mútua entre eles, por forma a que cada um dos seus membros providencie ao outro apoio e suporte
social, de modo a que cada um seja capaz de ultrapassar os vários problemas que possam vir a surgir ao
longo do seu percurso, ou seja ao longo da sua vida.
No meio familiar, de acordo com Mwamwenda (2005), o psicólogo pode contribuir para melhorar a
comunicação e as relações entre os membros de uma família de forma a aumentar o crescimento individual
de cada membro desta, enquanto se alcançam interacções equilibradas e saudáveis entre os membros de
uma família.
Segundo Cesca (2004), o campo da violência doméstica é um “terreno movediço”, e tal
como argumenta Miranda (1998), diante do número imenso de variáveis culturais e
psíquicas, torna-se muito complexa a tarefa de bem lidar com este problema. Pode-se
pensar na violência intrafamiliar como toda acção ou omissão que prejudique o bem-
estar, a integridade física, psicológica ou a liberdade da família. Pensando nesta família
como doente – o autor sustenta a ideia de que famílias que sofrem esses maus tratos
carregam sofrimento psíquico, ou seja, são portadoras de transtornos mentais, dai que
evidencia-se nestes casos, a necessidade de auxílio, para a possível reestruturação
familiar.
Para Cesca (2004), deve-se ter em conta a necessidade de assistência ou tratamento ao
sujeito abusador e abusado; há que haver um envolvimento maior com o social, pois
não se pode descolar a violência do contexto social em que ela está inserida.
Viana e Almeida (1990), citados por Fonseca (s/d), afirmam que é importante
colaborar na implementação de programas de prevenção e promoção da saúde
utilizando uma abordagem comportamental, a compreensão dos problemas
psicológicos e de saúde da criança numa perspectiva desenvolvimentista, planear
intervenções em crianças de risco, colaborar no tratamento, recuperação e apoio à
criança doente e à sua família e, finalmente, participar na investigação aplicada dos
factores psicossociais associados à saúde e à doença. Vemos, assim, que o objectivo do
psicólogo pediátrico não consiste em intervir exclusivamente na criança doente e
família, mas também na criança saudável em risco e, não se restringe a uma acção de
avaliação e diagnóstico, mas cada vez emocional (crianças com problemas de
desenvolvimento, crianças de famílias desfavorecidas), através da identificação dos
factores físicos, comportamentais e do meio que podem levar ao aparecimento de
doenças ou problemas psicológicos, favorecendo um desenvolvimento familiar
saudável e minimizando desarmonias emocionais graves.
O papel do psicólogo na família visa também integração dos deficientes mentais e físicos,
identificação e padrão de relacionamento, criar a aceitação do indivíduo e valorização de seus
pontos positivos, e ao mesmo tempo estabelecimento de limites e consciencialização de suas
áreas de dificuldade ao deficiente bem com a família.
III. CONCLUSAO
Tendo chegado ao fim do trabalho, resta-nos evidenciar as aprendizagens concebidas, dizer que a
família é o primeiro espaço onde o individuo se insere e o qual ajuda na promoção de ser pessoa.
É neste contexto que ele se conciencialisa dos seus papeis primários e onde se inicia o processo
de socialização primaria (transmissão de valores, hábitos e costumes, e tradições entre gerações),
que o leva à articulação com a comunidade.
Vai ser muito difícil contornar o aspecto poligamia em detrimento de monogamia, visto que há
tendência de existir maior numero de mulheres no mundo e crescente, e porque muitas das vezes
a mulher que ou deseja construir um lar próprio acaba por se sujeitar a um homem já casado e
ter que partilha-lo com outra ou outras mulheres. Dai que realmente, a monogamia era o
desejável mas a poligamia em forma de poliginia como havia sido referenciada no texto vai
continuar a dominar as sociedades ou então ainda continuaremos a assistir a um crescente
número de famílias monoparentais e cada vez mais e mais solteiros.
Afonso, Irene (2002). Sobre a proposta de Lei de Família in Revista outras vozes, n°1, WLSA
Moçambique
Watch Tower Bible (2006). O segredo de uma família feliz. Edição Brasileira, Watch
Tower Bible and Tract Society of South Africa.
Nogueira (s/d).O que é ser família? Há momentos que somos de facto uma família e
em outros qualquer coisa menos uma família disponível em
http://www.pimenet.org.br/missaojovem/mjeducser.htm a cessado em 13 de Marco de
2010.
5 comentários:
Custodio Bernardo Barros disse...
Muito interessante teu Artigo
26 de outubro de 2015 07:14
Unknown disse...
Gostei, parabens
5 de setembro de 2016 13:23
Unknown disse...
Bom artigo ajuda a perceber como foram as sociedades mocambicanas desde os
tempos dos bantus ate ao periodo actual.
17 de setembro de 2016 00:46
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