O documento discute o conceito de "espanto" segundo Aristóteles. O espanto surge quando percebemos nossa própria ignorância diante do mundo, negando nossa característica racional de questionar e explicar. O ignorante nega a si mesmo ao negar sua racionalidade e capacidade de conhecer o todo. O espanto motiva a busca por conhecimento através da filosofia, para responder ao sentimento doloroso da nossa ignorância.
O documento discute o conceito de "espanto" segundo Aristóteles. O espanto surge quando percebemos nossa própria ignorância diante do mundo, negando nossa característica racional de questionar e explicar. O ignorante nega a si mesmo ao negar sua racionalidade e capacidade de conhecer o todo. O espanto motiva a busca por conhecimento através da filosofia, para responder ao sentimento doloroso da nossa ignorância.
O documento discute o conceito de "espanto" segundo Aristóteles. O espanto surge quando percebemos nossa própria ignorância diante do mundo, negando nossa característica racional de questionar e explicar. O ignorante nega a si mesmo ao negar sua racionalidade e capacidade de conhecer o todo. O espanto motiva a busca por conhecimento através da filosofia, para responder ao sentimento doloroso da nossa ignorância.
A partir da nossa racionalidade — característica de questionar
acerca das coisas, explicá-las — verifica-se o espanto: quando percebemos nossa própria ignorância — característica de não conhecer e explicar o todo — diante do mundo. Assim, reconhecemos que estamos negando nós mesmos, pois estamos negando nossa característica fundamental e natural: a razão. Portanto, o ignorante é aquele que nega a si mesmo, porque nega sua racionalidade e, logo, sua possibilidade de conhecer e explicar o todo. Dessa maneira, é normal que nos espantemos no momento em que percebemos que negamos nós mesmos. Ou seja, que somos ignorantes. Com o espanto, busca-se o conhecimento — "episteme", ciência das causas — e, consequentemente, o questionamento acerca do mundo. "Com efeito, o espanto foi o que levou, como hoje, os primeiros pensadores às especulações filosóficas" (Meta., alpha, 2). Ora, dessa maneira, "espantar-se é reconhecer a própria ignorância". Nesse sentido, a ciência — conhecimento — é atribuída como única que é capaz de responder ao espanto, "o doloroso sentimento da nossa ignorância".