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PALESTRANTE PSICÓLOGA-MISSIONÁRIA
VERÔNICA FARIAS
VOLTANDO PRA CASA:
REALIDADES ACERCA DA REENTRADA
Veronica Farias
Missionária-Psicóloga
CIM BRASIL/AMTB
I. Reentrada: Diferentes Propósitos,
Diferentes Abordagens
II. A Reentrada como um Continuum
da Vida Missionária
TÓPICOS GERAIS
III. Repercussões Psíquicas, identitárias
e Espaciais nas Reentradas
IV. Eu cuidador: Qual a minha parte
nesse processo?
1. REENTRADA PLANEJADA
▪ Geralmente é desejada por todas as partes
envolvidas
▪ Faz parte do ciclo de manutenção da saúde
I - e das relações
DIFERENTES ▪ Tempo ideal a cada 2 ou 3 anos de campo
PROPÓSITOS,
DIFERENTES ▪ Requer planejamento financeiro, ministerial,
ABORDAGENS hospedagem e agendamentos prévios
▪ Não significa unicamente férias, mas
também: tempo de reciclagem, reencontros,
revisões e reavaliações da saúde, do sustento
e do projeto.
O CONCEITO DE LAR
HABITAÇÃO X OCUPAÇÃO
Construção do novo LAR
Raízes: casa, vizinhança, comunidade-igreja, rotina, novos vínculos,
ocupações, eu-cultural → Senso de Pertencimento
III - A Reentrada Como um Continuum da Vida Missionária
FARIAS, 2016
Montar
ITEM IMPRESCINDÍVEL
Estratégias
1. O que se
deve fazer
antes de
deixar o Reentrada
campo? Definitiva:
-Readaptação
1. Como -Reinserção
proceder uma
vez que já fez
a reentrada.
RADAR
RECONCLILAR-SE: perdoar, resolver
ANTES DE FAZER A REENTRADA
1. Planejamento
A REENTRADA
2. Tempo subjetivo
de readaptação
3. Estrutura psíquica
4. Infraestrutura de
recepção
5. Comunidade de
apoio
6. Ambientação
7. Saúde geral
8. Aporte financeiro
IV - Repercussões Psíquicas, Choque cultural:
identitárias e Espaciais nas Estado de desorientação vivido pela
Reentradas pessoa em terra estrangeira, quando
todos os seus mapas e diretrizes
culturais aprendidos não funcionam
mais. (HIEBERT, 1999)
ADAPTAÇÃO E
READAPTAÇÃO A intensidade do choque dependerá
CULTURAL: do grau de diferença entre as culturas
(hóspede e a do missionário). Além
Entendo A Ida para disso, dependerá da estrutura de
Entender o Retorno personalidade e do preparo anterior
do missionário. (PATE ,1988)
DINÂMICA
INTERNA (PSÍQUICA) EXTERNA (AMBIENTE E RELAÇÕES)
I V - Repercussões Psíquicas, Identitárias
e Espaciais nas Reentradas
o Processo inevitável
o É um tempo de zona neutra.
o Quanto maior o tempo fora, maior o impacto.
o Quanto mais fraca a estrutura de recepção,
mais profundos os efeitos da reentrada.
o Quanto menos planejada a reentrada, maior a
confusão interna e o sofrimento.
o Reentradas podem ser mais difíceis se o
último período no campo foi menos
produtivo ou menos positivo.
o No modelo de cuidado preventivo, o
missionário e família são assessorados ao
longo da jornada de campo, para uma
reentrada mais leve.
Aspectos do Choque Cultural Reverso
IV - Repercussões Psíquicas,
identitárias e Espaciais nas
Reentradas O Processo Avesso
Mandato Cultural GN
MODELO DE RESPONSABILIDADE
COMPARTILHADA ( K E L LY O ´ D O N N E L L )
V - Eu Cuidador: Qual a minha parte nesse processo?
CONEXÃO E COMPREENSÃO:
O PAPE L DA IGRE JA NO 1. Uma das importantes funções da equipe de cuidado na
RE TORNO reentrada é reconectar o miss com sua igreja. ET
DOS MISSIONÁRI OS
2. Ser fonte de apoio e ajuda prática
“E tendo anunciado a
palavra em Perge, desceram para 3. Engajar o miss nas agendas da igreja, quando ele estiver
Atália e dali navegaram para pronto.
Antioquia... -Aposentadoria relacionada a PERDAS: amigos, sua casa,
seu estilo de vida, sua missão.
Ali chegados, reunida a
igreja, relataram quantas coisas 3. Se certificar de que ele terá fonte de renda para sustentar-
fizera Deus com eles e como abrira se. Se não, ajudar a encontrar saídas viáveis.
aos gentios a porta da fé. E
permaneceram não pouco tempo 4. Se especialista, ofertar ou ajudar com a sua especialidade.
com os discípulos.”
5. Ouvir com interesse, é sempre terapêutico e reconstrutor.
(Atos 14:25-28)
DEVOCIONALIDADE, RELACIONAMENTOS
E SUSTENTO
Victalino, 2014
RE FE RÊ NCIAS E OUTRAS INDIC AÇÕE S DE LE ITURAS
• BERRY, J.W. Et al. Cross-Cultural Psychology: Research and applications. New York: Cambridge University Press, 2002.
• ________________. Immigration, acculturation and adaptation. Aplied Psychology. An International Review. 1997
• FARIAS, Verônica. Formação de Identidades multiculturais entre missionários em campos estrangeiros. (Dissertação
de Mestrado, 2016)
• O´DONNELL, Kelly. Cuidado Integral do Missionário. Londrina: Descoberta, 2004.
• JORDAN, Peter. Re-Entry: Making the trasnition from missions to life at home. Ywam Publishing: USA,1992.
• J.WILSON. David. Mind the Gaps: Engaging the Church in Missionary Care. USA, 2015.
• KÄSER, Lothar. Diferentes culturas: uma introdução à etnologia. Londrina: Descoberta, 2004.
• KNELL, Marion. Families on the move. Monark Books: UK, 2001.
• ____________. Burn Up or Splash Down: surviving the culture shock of re-entry. London, 2007.
• PRINS, Marina. Member Care for Missionaries: A practical guide for senders. Member Care Southern Africa, 2009.
• VICTALINO, Sérgio. Igreja missionária, igreja cuidadora, 2014.
• HAY, Rob. Dignos de Cuidados: Perspectivas globais na melhor prática de retenção missionária. Descoberta, 2008.
• LOSS, Myron. Choque cultural: lidando com o estresse em um ambiente transcultural. Myron Loss, 2005.
• MEER, Antônia Leonora Van Der (org.). Perspectivas do Cuidado Missionário: Contribuições a partir do Brasil. PB: Betel
Publicações, 2011.
• ________________________. Missionários feridos: como cuidar dos que servem. Viçosa-MG: Ultimato, 2009.
• PIROLO, Neal. A Missão de Enviar. Londrina: Descoberta, 2005.
• PRADO, Oswaldo. Do chamado ao campo. São Paulo: Sepal, 2000.
QUESTÕES PARA DISCUSSÃO EM GRUPOS
1. De acordo com a sua experiência (igreja, agência, consultório ou ministério), quais os pontos
mais críticos encontrados no retorno de missionários a sua pátria?
2. O que você identifica como fatores da nossa cultura brasileira, que afetam positiva e
negativamente na qualidade do retorno de missionários?
3. Discuta brevemente qual seria um bom plano de retorno para missionários solteiros e para
famílias missionárias, distintamente.
4. Como identificar que é hora do missionário (solteiro ou família) retornar para seu país?
Quais os sinais ou critérios?
5. Como lidar com missionários que apesar das orientações, não querem voltar para a sua
pátria? O que se pode/deve fazer e quais os envolvidos nesse processo?
(reflita sob o viés do retorno definitivo para aposentadoria, e do retorno por
situações de risco)
DEPARTAMENTO DA AMTB