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Elcio Martens
Elcio Martens
Sobre o Autor
Sobre o Autor
Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Estadual de Maringá (UEM, 2019); pós-
graduado em Gestão Pública pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG, 2019); MBA
em Gestão Comercial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV, 2019); e graduado em Administração
pela Universidade Estadual de Maringá (UEM, 2008), em Comércio Exterior pelo Centro
Universitário de Maringá (UNICESUMAR, 2008) e em Ciências Contábeis pela Universidade
Estadual de Maringá (UEM, 2016).
INTRODUÇÃO DO LIVRO
Abordaremos também, ao longo deste livro, conceitos relacionados aos tipos de investimentos
que são realizados pelas empresas. Esses investimentos são muito importantes pois acabam
impactando o patrimônio da entidade, além de gerar uma série de obrigações contábeis e fiscais.
Operações relacionadas ao ativo circulante também serão tratadas neste livro, para isso, serão
apresentados diversos conceitos de suma importância para o entendimento de como as contas
relacionadas a ele se alteram e modificam ao longo do período. Ao fim do livro, serão abordadas
as principais demonstrações financeiras, que são elaboradas com o intuito de informar os usuários
a respeito das mudanças ocorridas em seu patrimônio.
É importante ressaltar que este livro não tem a intenção de esgotar os conhecimentos nele
apresentados, mas busca ser um guia que possibilite o entendido sobre o desenvolvimento e a
evolução da contabilidade nos dias atuais. Bons estudos!
UNIDADE I
Operações Mercantis
Elcio Martens
Prezado(a) acadêmico(a), ao terminar os estudos desta unidade, você deverá ser capaz de
reconhecer e registrar operações comerciais de compra e venda, calcular os impostos incidentes
nas operações comerciais e registrá-los. Do mesmo modo, também deverá saber elaborar o custo
das mercadorias vendidas ou serviços prestados e identificar e realizar o controle dos estoques
pelo Inventário Periódico ou Permanente, assim como avaliar os estoques pelos métodos PEPS,
UEPS e MPM. Ao longo do capítulo, ainda serão abordados conceitos relacionados e
apresentados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, em especial sobre a cobrança de juros
e concessão de descontos que são ofertados pelas organizações, e como a organização deverá
realizar a contabilização desse tipo de operação.
A crescente informatização dos processos contábeis e fiscais, bem como o uso de documentos
fiscais eletrônicos, tem provocado grandes mudanças na forma como as organizações realizam
suas operações. Sendo assim, faz-se importante ressaltar tais condições e especificidades.
Para que esses objetivos sejam alcançados, é de extrema importância que você desenvolva
seus estudos com seriedade e dedicação, lendo as literaturas recomendadas e os capítulos dos
livros didáticos que forem referenciados neste guia. Bons estudos!
Quanto à forma, uma empresa pode ser constituída de diversas modos. Porém, o
foco do nosso estudo será a empresa limitada, pelo fato de que mais de 90% das empresas
brasileiras se incluem nesse formato. Nesse tipo de sociedade, suas responsabilidades
estão restritas ao valor de suas quotas, “mas todos respondem solidariamente pela
interação do capital social” (MARION, 2012, p. 92).
Ela é assim chamada porque conta com um número limitado de sócios, os quais
estão inscritos no contrato social, em que consta além de suas informações pessoais, sua
quota-participação, o percentual (%) de participação e suas atribuições na sociedade. A
gestão poderá normalmente estar a cargo de somente um dos sócios. Isso pode ocorrer
por um prazo definido ou de forma contínua, desde que esteja de acordo com o contrato
social da organização. Ou, ainda, pode ser exercida por um administrador, quando o
contrato permitir e for designado por unanimidade dos sócios, caso o capital ainda tenha
sido integralizado, ou por dois terços, no mínimo, após a integralização.
ATIVIDADES
ATIVIDADES
2) O conceito de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) foi desenvolvido de forma integrada pelas
Secretarias de Fazenda dos Estados e Secretaria da Receita Federal do Brasil. Sendo
assim, a NF-e segue uma padronização geral nacional, mas também segue normas
estaduais. Assinale a alternativa que demonstra o principal imposto que está relacionado
ao processo de emissão de uma NF-e.
O Brasil é um país com uma vasta gama de tributos e, entre eles, vários incidem
sobre as operações comerciais, tais como: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e
de Comunicação (ICMS), que varia de uma Unidade Federativa para outra e, de um
produto ou serviço para o outro; e a definição das taxas, arrecadação e destinação é
responsabilidade de cada Unidade Federativa (estado). É de responsabilidade da União a
administração (arrecadação e aplicação) da Contribuição para Fins Sociais (Cofins); para
a indústria, há o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que também varia de
acordo com o produto; Programa de Integração Social (PIS), para as empresas de
serviços; e o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), que está sob a
responsabilidade do município.
Além dos impostos apresentados, há outros diversos que não foram mencionados
por não se aplicarem ao tema abordado neste livro. Vale destacar que, quanto à criação e
administração de impostos taxas e contribuições, compete à União, aos Estados,
Municípios e ao Distrito Federal. Como administradores, tanto podem alterar suas
alíquotas (majorando-as ou baixando-as) como suspendê-las temporariamente ou ainda
isentar determinados produtos por determinados períodos segundo seus interesses, por
exemplo, nos casos em que pretendem promover maior volume de vendas de um produto
ou segmento.
Base de Cálculo
2. ICMS – nas empresas comerciais, o imposto incide sobre o valor comercial do produto.
Sendo que, nos casos de cancelamento de vendas, automaticamente é cancela também o
imposto. E, nos casos de devolução, calcula-se também o imposto sobre a devolução,
deduzindo-o.
De acordo com a Lei nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, art. 3º, § 1º, podem ser
excluídos da base de cálculo:
4. do IPI;
de novas receitas;
8. dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido;
Alíquotas
as empresas obrigadas a utilizar o lucro real são aquelas cuja receita total, no
ano-calendário anterior, seja superior a R$ 78 milhões ou proporcional ao
número de meses do período, quando inferior a 12 meses; instituições
financeiras e equiparadas, inclusive empresas de seguros privados,
capitalização, factoring e entidades de previdência privada aberta; que tiverem
lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; que, autorizadas
pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais relativos à isenção ou
redução de imposto; ou e.que no decorrer do ano-calendário tenham efetuado
pagamento mensal pelo regime de estimativa, inclusive mediante balanço ou
balancete de suspensão ou redução.
Ainda poderão optar pelo Lucro Presumido as empresas que tenham auferido
receita bruta anual igual ou inferior a R$ 78.000.000,00, ou parcela proporcional ao
número de meses de atividade no ano-calendário anterior, respeitando-se as demais
situações previstas na legislação em vigor – art. 14 da Lei nº 9.718/1998 e Lei nº
12.814/2013 (BRASIL, 1998, 2013).
REFLITA
Anexo III
De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% R$: 17.640,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 16% R$ 35.640,00
construção de imóveis –
De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% R$ 12.420,00
Anexo IV
publicidade – Anexo V
De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% R$ 9.900,00
ATIVIDADES
a) Organizações que sejam contribuintes do Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas
(IRPJ) e também da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
c) Pessoas físicas que sejam contribuintes do Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)
e pessoas jurídicas que sejam contribuintes do Imposto sobre a Renda das Pessoas
Jurídicas (IRPJ).
Essas informações são de grande importância para a contabilidade, uma vez que
esta é responsável pela geração de informações que subsidiarão os gestores na tomada de
decisões, contribuindo para o bom desempenho organizacional. Também são necessárias
para que se possa registrar cada um dos fatos ocorridos na entidade. Esses registros são
os responsáveis por alimentarem o sistema da entidade, por meio do qual é possível
consultar os saldos de estoques, os valores financeiros e demais informações necessárias
para realizar a projeção de caixa da organização.
Incide:
TOTAL 51.031,25
Tabela 1.4 - Compra
Fonte: Elaborada pelo autor.
Devolução de Compras
Cálculos:
TOTAL 612,38
Tabela 1.7 - Devolução de compra
Fonte: Elaborada pelo autor.
Na próxima tabela, observe os lançamentos de registro da devolução da compra:
Venda de Mercadorias
Considere a venda a partir dos dois tipos de inventários, temos então: admitindo-
se que a empresa tenha vendido 15 unidades ao preço de R$ 679,90 cada e incide sobre
esse valor 18% de ICMS, 1,65% de PIS e 7,6% de Cofins e que a empresa comercializa
100% a prazo. Para a realização do serviço, a empresa contratou uma transportadora que
cobrou R$ 350,00 para a realização da entrega, com pagamento imediato após
confirmação de recebimento pelo cliente.
Cálculo:
Devolução de vendas
R$ 679,90 x 2 = R$ 1.359,80, que será a base de cálculo para os tributos incidentes sobre
a venda.
40 425,0000 17.000,00
Tabela 1.16 - Ficha de controle de estoques PEPS
Fonte: Elaborada pelo autor.
40 425,0000 17.000,00
Tabela 1.17 - Ficha de controle de estoques PEPS
Fonte: Elaborada pelo autor.
C. Método MPM – Média Ponderada Móvel
40 425,0000 17.000,00
Os valores finais não se alteram, o que se observa é que em cada método os valores
se movimentam de maneira diferente na ficha de controle de estoque.
Contas Transitórias
● A recolher.
● A recuperar.
● Sobre a venda.
TOTAL 51.031,25
Tabela 1.24 - Cálculo dos impostos das compras
Fonte: Elaborada pelo autor.
Devolução de Compras
Cálculos:
TOTAL 612,38
Tabela 1.28 - Devolução de compra e cálculo dos impostos
Fonte: Elaborada pelo autor.
Em geral, não é comum as organizações realizarem o processo de devolução
parcial do valor de frete, pois, em caso de defeito de fabricação, a responsabilidade é do
fornecedor. Dessa forma, não procedemos a sua devolução.
Cálculo:
O valor da mercadoria não é o mesmo do seu custo. Sendo assim, o valor de venda
se dará pelas informações na hora da realização da venda, e o seu custo se dará pela ficha
de controle de estoque, na qual exclusivamente estamos trabalhando com o seu custo das
mercadorias.
Devolução de vendas
R$ 679,90 x 2 = R$ 1.359,80, que será a base de cálculo para os tributos incidentes sobre
a venda.
D 3.2.1.01 - Devolução de vendas 1.359,80 1.359,80
C 1.1.2.01 - Duplicatas a receber
Considerando que a entidade tenha utilizado o “valor monetário” do produto como Base
de Rateio, então teremos:
Em relação às vendas, algumas despesas são arcadas pela empresa para manter os
seus clientes. Como exemplo, temos o frete que, em momentos de queda nas vendas,
empresas vendem com garantia de entrega na “casa” do cliente. Nesse caso, o frete é
registrado como uma despesa comercial (com vendas), simplesmente.
É possível perceber que tanto o UEPS quanto o PEPS possuem grandes diferenças
em relação à MPM, pois nesta, a cada nova entrada ou saída, apura-se uma nova média,
como pode ser observado e comprovado na coluna de saldos, da Tabela 1.44. Na PEPS e
UEPS, deve-se ter muito cuidado, quando do registro das saídas e nos saldos.
400 188.463,00
750 358.288,00
Devol. (15) 480,5000 (7.207,50) 100 465,8400 46.584,00
Compra 3
735 351.009,79
400 188.463,00
Compra 3 350 480,5000 168.175,00 100 465,8400 46.584,00
750 358.288,00
735 351.009,79
235 110.4295,55
200 94.12
5,15
ATIVIDADES
4) Apurar o imposto pelo regime do lucro presumido impõe que as empresas façam uma
série de ajustes em toda a sua contabilidade. Entre esses ajustes, destaca-se a necessidade
de apurar as suas receitas brutas de forma especial. Assinale a seguir a alternativa que
destaca uma das especificidades em relação à apuração da receita bruta.
Editora: Saraiva
ISBN: B076BY29V1
INDICAÇÕES DE FILME
Gênero: Documentário
Ano: 2005
Prezado(a) acadêmico(a), ao terminar os estudos desta unidade, você será capaz de conhecer
o conceito e a aplicação das diversas operações financeiras que uma organização pode realizar. É
importante considerar, ainda, que, independentemente do tipo de negócio que a organização
realiza, esta necessitará lidar com diversas operações financeiras, as quais impactam diretamente
em sua gestão.
Bons estudos!
Aplicações Financeiras
A contabilidade é uma ciência social aplicada, sendo assim, evolui de acordo com
a sociedade e acompanha suas necessidades. Por isso, a contabilidade tem, como função,
prever todas as necessidades de controle que as organizações tenham ao longo do tempo,
para que, dessa forma, seja possível, a essas organizações, tornarem claras e transparentes
as informações relacionadas aos seus funcionamentos.
É importante considerar que, sempre que uma conta aparece com a expressão ativa
ou ativo, trata-se de uma conta de receita, por isso, temos as seguintes situações
relacionadas ao ativo:
A conta juros ativos representa, para a entidade, juros positivos, ou seja, são
valores contabilizados a favor da entidade, pois a empresa recebeu esses juros, os quais
tratam-se de uma receita. Como exemplo, podemos utilizar uma empresa que fez uma
venda com duplicata no valor de R$ 60.000,00, com juros de 5,4% ao mês, em caso de
atraso no pagamento. A entidade recebeu o valor da duplicata com oito dias de atraso,
portanto, a contabilização seria da seguinte fórmula:
Contabilização:
D – Banco R$ 60.864,00
1) As operações financeiras são todas aquelas que envolvem saída e entrada de recursos
financeiros dentro da organização. Essas operações podem compreender desde a
realização de um empréstimo de curto ou longo prazo pela organização, até compreender
a realização de um financiamento, um empréstimo ou uma aplicação financeira.
Considerando o exposto, assinale a alternativa que apresenta uma operação que não afeta
o caixa da entidade.
Em relação aos prazos, as normas contábeis orientam que, para o curto prazo, são
considerados todos os vencimentos que ocorrem até o final do exercício seguinte (ao que
está em curso), mas comumente ouve-se dizer que o curto prazo diz respeito a todos os
vencimentos de até um ano. Nesse caso, porém, o um ano referido é contado a partir da
data base de emissão das demonstrações contábil-financeiras, que é 31/12, portanto, serão
todos os vencíveis até o final do exercício seguinte.
O processo de registro dos contratos de empréstimos e financiamentos deve seguir
a norma contábil. Esta, por sua vez, apresenta que “o passivo deve ser contabilizado
quando do recebimento dos recursos pela empresa, o que, na maioria das vezes, coincide
com a data do contrato. No caso dos contratos com liberação do total em diversas
parcelas” (GELBCKE et al., 2018, p. 328), o registro do passivo deverá ser realizado
conforme o recebimento das parcelas.
Receitas Financeiras
Segundo Gelbcke et al. (2018, p. 676), “as receitas financeiras também devem ser
segregadas por natureza do ativo, tais como receitas decorrentes de aplicações
financeiras, decorrentes de concessão de créditos de longo prazo e outras”. Sendo assim,
as organizações deverão realizar a contabilização dessas receitas, em suas demonstrações.
Despesas Financeiras
O uso da folha de pagamentos é obrigatório por lei, segundo ela pode ser feita
a mão (manuscrita), ou por meio de processos mecânicos ou eletrônicos. Nela
são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados.
Deve ficar à disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa
(OLIVEIRA, 2017, p. 7).
A Constituição Federal, em seu art. 7º, XIII, estabelece uma jornada máxima
de oito horas diárias e 44 horas semanais de trabalho, facultada a compensação
de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de
trabalho. Isso significa 220 horas por mês (carga horária Máxima); essa seria
jornada máxima permitida. Todavia, a duração normal do trabalho poderá ser
acrescida de horas suplementares, em número não excedente a duas, mediante
acordo por escrito entre o empregador e o empregado, ou mediante contrato ou
acordo coletivo de trabalho, conforme dispõe o art. 59 da CLT.
O trabalhador possui direito a algumas faltas no trabalho e, para isso, estas
precisam ser justificadas de acordo com as convenções coletivas e legislação trabalhista.
Caso o trabalhador falte e não apresente justificativa legalmente reconhecida, o
empregador poderá efetuar descontos em seu salário, referente ao dia de trabalho não
computado.
No ano de 2017, o Brasil passou por uma das mais profundas reformas trabalhistas já
experienciadas, a qual acabou modificando a relação entre empresas e trabalhadores, além
da forma como os direitos desses trabalhadores eram encarados.
a nova lei diz que não integram o salário do empregado as ajudas de custo
limitadas a 50% do salário, o vale-alimentação, as diárias para viagem e os
prêmios. Na prática, isso significa que essas verbas, se pagas pelo empregador,
não sofrerão o desconto de INSS, não serão base de cálculo para o FGTS e não
gerarão reflexos em horas extras, férias, 13º salário e outras verbas trabalhistas.
Contudo, isso não significa que as empresas estarão autorizadas a transformar
os salários que pagam a seus empregados em qualquer dessas parcelas, apenas
para evitar a tributação.
REFLITA
Com altos índices de desemprego e estagnação da economia, uma das apostas do governo,
para a retomada do crescimento do país e para a redução dos índices de desemprego, foi
a aprovação de alterações na legislação trabalhista, a popularmente conhecida Reforma
Trabalhista (WEIGANG NETO; SOUZA, 2018).
Quanto ao pagamento do salário, este pode ser pago por tarefa, por semana,
quinzena ou mensal, porém não em períodos superiores. São partes integrantes do salário,
além do valor fixo acordado, as comissões, gratificações ajustadas, diárias para viagens
que não ultrapassem 50% do salário e abonos pagos pelo empregador.
Comissões
A legislação assegura, ao trabalhador, uma parcela fixa, que será o salário mínimo
vigente ou o normatizado pela categoria. No caso das empresas cuja remuneração seja
somente baseada em comissões, sua remuneração não poderá ser inferior ao salário
mínimo vigente ou o fixado pela categoria.
A contabilização da comissão a ser paga até o quinto dia útil do mês subsequente
é a seguinte:
Hora Extra
REFLITA
Dessa forma, considerando que o funcionário de uma empresa, que é casado e tem
um filho de cinco anos, receba R$ 1.800,00/mês, por 220 horas de trabalho, bem como
que tenha realizado 35 horas extras em determinado mês, e a convenção coletiva da
categoria determina que as dez primeiras horas terão acréscimo de 50%, de onze a vinte
o acréscimo será de 80% e as demais horas terão 100% de acréscimo, teremos o seguinte:
É o período no qual o empregado tem, por direito, para descanso, por cumprir a
carga horária de trabalho. Para efeitos de cálculo do DSR, deve-se incidir as horas extras
trabalhadas; no caso dos trabalhadores mensalistas, já está incluso, no valor do salário, o
DSR, porém, quando estes tiverem de trabalhar fora do expediente normal, deverá ser
calculado o reflexo de suas horas extras no DSR e pago ao final do período de
competência.
R$: 6,82 x 50 HE = R$: 341,00 x60% = R$: 545,60 … valor total de horas extras
R$: 545,60 / 25 dias trabalhados x 5 dias de repouso (DSR) = R$: 109,12 … Reflexo das
HE sobre o DSR.
Salário-família
Benefício conferido pela Previdência Social aos segurados por filho menor de 14
anos ou equiparado. Conforme a Lei nº 8.213/91, nos seus arts. 65 e 66, a empresa pode
descontar os valores pagos a título desse benefício dos valores devidos de INSS,
considerando o valor de R$ 48,62 por filho para os empregados que possuam
remuneração mensal não superior a R$ 1.415,56 em 2020.
Adicional Noturno
Uma observação importante, a qual vale destacar, é o fato de que, em caso de ser
realizada hora extra no período noturno, o trabalhador terá direito ao adicional de hora
extra aplicado sobre o valor de sua hora de trabalho já incorporada o adicional noturno.
Portanto, usando os valores de nosso exemplo, temos: salário R$ 1.800,00, por 220 horas
mensais, o que dará um valor de R$ 8,18 (R$ 1.800,00/220hs), supondo que esse
empregado (trabalhador urbano) tenha trabalhado 2 horas extras das 22h à 00h, estando
no limite de adicional de 50% (de hora extra), este receberá:
Hora extra com adicional noturno: R$ 8,18 + 20% = R$ 9,82 + 50% = R$ 14,72 ou R$
8,18 x 1,20 = R$ 9,82 x 1,50 = R$ 14,72.
Adicional de Insalubridade
O trabalhador que atuar em uma atividade considerada, por força de lei, como
insalubre fará jus a uma complementação em seu salário. São consideradas atividades
insalubres aquelas que “exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos
limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo
de exposição a seus efeitos” (OLIVEIRA, 2017, p. 16). Deve-se observar que a
insalubridade não pode ser relacionada à atividade que se desenvolve, mas sim às
condições a que se expõe para desenvolvê-la.
Adicional de Periculosidade
Férias
24 (vinte e quatro) dias corridos Quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas
18 (dezoito) dias corridos Quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas
13º Salário
a) Salário-família.
b) Adicional de insalubridade.
c) Adicional de periculosidade.
d) Adicional noturno.
Possível (mais provável que não tenha saída de recursos do que divulgação em notas
sim) explicativas
PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA
DE ENTRADA DE RECURSOS TRATAMENTO CONTÁBIL
Provável, mas não praticamente certa Nenhum ativo é reconhecido, mas existe
divulgação em notas explicativas
Os tributos que incidem sobre a folha de pagamento são segmentados em: (1) da
competência do empregador: Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS - Empresa;
e da competência do empregado. A seguir, temos a tabela do INSS.
Salário-Educação 2,5%
SENAC/SESC 1,5%
SENAI/SESI 1,0%
SEBRAE 0,6%
INCRA 0,2%
Total 35,8%
Tabela 2.3 - INSS válido a partir de 1º de janeiro de 2016
Fonte: Elaborada pelos autores.
Até R$ 1.903,98 - -
Reforça-se, ainda, que o valor de R$ 217,65 é o INSS pago pela empresa, porém
é descontado do salário do empregado. Nesse caso, o valor seria um percentual de 9%
(R$ 2418,36 X 9% = R$ 217,65).
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, férias e décimo terceiro salário – cálculo
e contabilização
Quando a rescisão ocorrer por iniciativa da empresa, como Dispensa sem Justa
Causa; Rescisão Antecipada de Contrato de Experiência por Iniciativa do Empregador;
Rescisão por Dispensa Indireta; e Rescisão por Culpa Recíproca, a empresa deverá pagar
multa de 40% e depositar na conta FGTS do empregado sobre o saldo que estiver em sua
conta.
D 3.4.2.01.011 - FGTS
C 2.1.1.09 - FGTS a pagar 193,47 193,47
Tabela 2.7 - Lançamento de operações: FGTS
Fonte: Elaborada pelos autores.
PASSIVO…………………………………………………………………………..….. 13.002.972,65
PASSIVO CIRCULANTE ………………………………………………… ………….. 3.854.570,65
2.1.1 OBRIGAÇÕES OPERACIONAIS ….……………………………………………... 65.775,13
2.1.1.01 Fornecedores .……………………………………………………….…………... 62.491,00
2.1.1.02 Empréstimos Bancários
2.1.1.04 Salários a pagar …………………………………………………………...……... 2.192,68
2.1.1.09 FGTS a recolher ………………………………………………………….………... 193,47
2.1.1.10 INSS a recolher ………………………………………………………..………….... 889,95
2.1.1.13 ORFF a recolher ……………………………………………………………………….. 8,03
2.1.2 OBRIGAÇÕES PROVISIONADAS ………………………………………....………... 550,17
2.1.2.03 Férias a pagar………………………………………………………….………….… 268,71
2.1.2.04 13º salário a pagar …………………………………………………...…...………... 201,53
2.1.2.05 FGTS s/ férias a recolher ………………………………………………..………….. 21,50
2.1.2.06 INSS s férias a recolher …………………………………………………………..…. 24,18
2.1.2.07 FGTS s/ 13º a recolher ………………………………………………………………. 16,12
2.1.2.08 INSS s/13º a recolher ……………………………………………………………...… 18,14
2.1.3 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS…………….……………………...… 3.788.245,34
2.1.3.01 Empréstimos …………………………………………….……………….…….. 862.433,82
2.1.3.04 Financiamentos …………………………………………………...…………..2.925.811,52
PASSIVO NÃO CIRCULANTE ……………………………………………………….. 7.740.982,98
2.2.1.02 Financimentos de L.P ………………………………………………………. 6.313.593,28
2.2.1.04 Empréstimo de L.P ………………………………………………………….. 1.437.389,70
PATRIMÔNIO LÍQUIDO……………………………………………………………….. 1.397.419,02
CAPITAL SOCIAL …………………………………………………...………………… 1.400.000,00
INDICAÇÕES DE LEITURA
ISBN: 978-85-9545-027-1
Gênero: Documentário
Ano: 2010
Prezado(a) acadêmico(a), ao terminar os estudos desta unidade, você deverá ser capaz de
reconhecer quais são as principais operações realizadas pelas contas do ativo não circulante. Para
isso, será apresentada a estrutura e também as principais especificidades desse grupo de contas.
Ao longo da unidade, será possível também reconhecer, classificar e descobrir como se deve
registrar as contas relacionadas ao ativo não circulantes e como as suas operações impactam a
contabilização do patrimônio da entidade.
Atividades com baixa de itens do ativo não circulante, seja por realização de uma venda deste
ativo ou pela sua obsolescência ou desuso, possuem grande impacto patrimonial. Por isso, é
conteúdo de suma importância na formação dos profissionais da contabilidade. Sendo assim,
também compõem os temas abordados nesta unidade. Bons estudos!
Investimentos
Os investimentos pertencentes ao ativo não circulante são classificados pelos
profissionais que realizam a contabilidade da entidade no momento da sua aquisição,
portanto, os investimentos segundo Brasil (1976, on-line) são:
[...] as contas representativas das participações permanentes em outras
sociedades e dos direitos de qualquer natureza, não classificáveis no Ativo
Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou
da empresa.
Portanto, são classificados como investimentos todos os bens e direitos que a
empresa tenha como intenção inicial a obtenção de retornos financeiros (aluguel, juros,
dividendos ou ganho com a valorização) ou de benefícios futuros em função de sua vida
útil.
Os investimentos podem ser classificados como dois tipos: participações
permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis
no ativo circulante ou no ativo realizável em longo prazo. As participações permanentes
em outras sociedades ocorrem:
[...] mediante a compra de títulos representativos do Capital dessas sociedades.
Esses títulos normalmente são ações ou quotas. Quando uma empresa
(investidora) adquire títulos representativos do Capital de outra sociedade
(investida), esses títulos poderão ser classificados no Ativo Circulante ou no
Ativo Não Circulante. Essa segregação dependerá do destino a ser dado a esses
títulos. Quando a aquisição tem caráter meramente especulativo, isto é, a
empresa os adquire para mantê-los no patrimônio por pouco tempo,
aguardando o melhor momento para renegociá-los, eles deverão ser
contabilizados em contas do Ativo Circulante ou do subgrupo Realizável em
Longo Prazo do Ativo Não Circulante (RIBEIRO, 2017, p. 187).
Um exemplo de controle direto que uma entidade pode realizar sobre outra pode
ser:
A companhia de sapatos Chinas Inc. é uma das maiores indústrias de sapatos do sul do
Brasil, sua atividade se estende por todos os estados do sul e compreende atividades
industriais e comerciais. A companhia de sapatos Chinas Inc. decidiu comprar uma
empresa, a sapatos Brasil S. A. para expandir seus negócios. Após intensas
negociações, a companhia de sapatos Chinas Inc. comprou 55% do capital votante da
sapatos Brasil S.A., com isso, passou a ser controladora direta dessa empresa.
● método de custo;
● método do valor justo; e
● método da equivalência patrimonial.
O método de custo, sem dúvida nenhuma, é o método mais simples, já que, por
meio deste, o investimento é avaliado pelo valor de sua aquisição quando ela está
registrada, e pelo valor da venda quando o investimento está sendo comercializado pela
entidade. O método do valor justo possui maior complexidade do que o método de custo,
segundo o CPC (2012, p. 2):
O valor justo é uma mensuração baseada em mercado e não uma mensuração
específica a entidade. Para alguns ativos e passivos, pode haver informações
de mercado ou transações de mercado observáveis disponíveis e para outros
pode não haver. Contudo, o objetivo da mensuração do valor justo em ambos
os casos é o mesmo – estimar o preço pelo qual uma transação não forçada
para vender o ativo ou para transferir o passivo ocorreria entre participantes do
mercado na data de mensuração sob condições correntes de mercado (ou seja,
um preço de saída na data de mensuração do ponto de vista de participante do
mercado que detenha o ativo ou o passivo).
a) controladas;
b) coligadas;
c) sociedades que fazem parte do mesmo grupo; e
d) sociedades que estejam sob controle comum.
Dentre as contas que fazem parte do ativo realizável em longo prazo, temos
algumas apresentadas na Figura 3.3:
Figura 3.3 - Contas do ativo realizável em longo prazo
Fonte: Elaborada pelo autor.
Ativo Intangível
As contas pertencentes ao intangível são contas representativas dos recursos que
a entidade aplicou em bens imateriais, são compostas por bens incorpóreos e, por
definição, são destinadas à manutenção das atividades operacionais da empresa
(RIBEIRO, 2019). Na Figura 3.4 é possível observar as características que um ativo
possui para ser considerado como um ativo intangível:
Figura 3.4 - Características de um ativo intangível
Fonte: Adaptada de Schmidt, Santos e Gomes (2011, p. 298).
Um ativo intangível pode ainda ser uma marca ou o próprio nome do produto,
palavra, frase ou símbolo que distingue ou identifica uma entidade ou mesmo o produto,
como os mais conhecidos — Coca-Cola, McDonald’s, Nike ou outros — criam, na mente
do consumidor, real ou potencial identificação imediata com o produto, o que potencializa
a possibilidade de venda do produto.
Os ativos intangíveis são reconhecidos como direitos de alguém, podendo ser uma
pessoa física ou uma pessoa jurídica. Esse direito foi conquistado, pois o proprietário
realizou todos os investimentos necessários para que fosse possível registrar aquela
patente. É certo que há outros elementos que são necessários ou essenciais para a
manutenção da marca, que são: símbolos, desenhos e logotipos que são de uso da
entidade, vinculados diretamente a um produto ou a um conjunto deles. Schmidt, Santos
e Gomes (2011, p. 300) afirmam que:
Os valores da marca construídos pela entidade não são ativados na
contabilidade e alguns estudiosos, a exemplo de Hendriksen, têm sugerido que
as marcas sejam reconhecidas como ativos intangíveis identificados,
minimizando, nesse contexto, o goodwill, pois as mesmas possuem muitas
características de ativos tangíveis, tais como: Possuem um mercado (em
virtude da existência de usos alternativos); São separáveis (podem ser
compradas ou vendidas, separadamente); Possuem segurança razoável de
retorno. Além disso, como as marcas são ativos por definição e alguns
especialistas alegam que são capazes de medir seu valor, deve-se reconhecê-
las como tal. Uma vez desenvolvida a marca, deve cessar sua capitalização e
começar sua amortização, deslocando-se a despesa com propaganda do
período em que é realizada (uma vez que o valor da marca é consequência do
gasto realizado com propaganda) para um período futuro em que serão
recebidos os benefícios futuros.
Os bens corpóreos são os tangíveis (“palpáveis”), que são mantidos pela entidade
para uso na produção ou, ainda, que são necessários para o fornecimento de mercadorias
ou serviços, com fins de locação ou com finalidades administrativas. Também deve ser
avaliado se será utilizado por mais de um ano.
Assim, pode-se afirmar que, nesse subgrupo de contas, são incluídos todos os
ativos tangíveis ou corpóreos, para os quais o interesse inicial seja de permanência
duradoura e que sejam destinados ao uso normal para funcionamento da sociedade e da
atividade operacional, bem como todos os direitos exercidos com a mesma finalidade.
Outra definição importante, a partir das mudanças ocorridas com as Leis nº
11.638/07 e nº 11.941/09 sobre o ativo imobilizado:
Cálculos:
IPI ............ R$ 2.500.000,00 + 10% = R$ 2.750.000,00
ICMS........ R$ 2.500.000,00 x 12% = R$ 300.000,00
PIS........... R$ 2.500.000,00 x 1,65% = R$ 41.250,00
Cofins....... R$ 2.500.000,00 x 7,6% = R$ 190.000,00
Valor Líquido........................................... R$ 2.218.750,00
REFLITA
É comum e diário que o profissional contábil busca subsídios externos para que possa
orientar da melhor forma os acionistas em seu processo de tomada de decisão. Por isso, é
importante conhecer os índices econômicos e estatísticas sociais e econômicas, uma
função de todo profissional. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) é uma
entidade que fornece os índices econômicos no Brasil e possibilita ao profissional contábil
informações importantes para geração e produção de projeções futuras sobre os negócios
da entidade.
No que se refere à apropriação dos tributos não cumulativos, incidentes nos bens
de uso industrial são compensados nos prazos e proporções já definidos por lei. Portanto,
é importante considerar o fato de que também deve-se levar em conta a proporcionalidade
dos produtos tributados e dos produtos isentos comercializados no mês (competência) em
que está compensando. Desta forma, se a empresa verificar que suas vendas tributadas
representaram 83% do total das vendas, então deverá fazer o seguinte cálculo para se
apropriar dos tributos não cumulativos:
A primeira parcela deve ser compensada no mês de aquisição do ativo. Cabe aqui
uma observação de que, se toda a venda da empresa (100%) for tributada, o valor
compensável no mês é exatamente igual ao valor da parcela. A contabilização é feita
mensalmente, apropriando-se de 1/48 ou 1/24 dos tributos não cumulativos; quando a
entidade comercializa produtos tributados e isentos, esta parcela será, no máximo, o limite
compensável mensal.
Pela compensação mensal dos valores relativos à parcela de 1/48 para ICMS, ou
de 1/24 para PIS e Cofins, o registro contábil, considerando que no exemplo dado seja de
acordo com o limite, é o seguinte:
ATIVIDADES
Sobre o ativo não circulante, assinale a alternativa que apresenta tipos de ativos que não
têm substância física e que, sem serem abstratos, não podem ser tocados.
a) Ativo imobilizado.
b) Ativos intangíveis.
c) Máquinas e equipamentos.
d) Veículos.
e) Terrenos e edificações.
Depreciação: Conceito, Cálculo e Contabilização
A depreciação é o reconhecimento de que o ativo está se consumindo em razão do
seu uso na atividade operacional da organização, o que significa que, à medida que o ativo
está sendo usado, está se desgastando, e tal ato deve ser quantificado ou valorado para ser
incorporado no custo dos bens que estão sendo produzidos.
A depreciação poderá ainda ser definida, contabilmente, como uma perda de valor
de bem devido ao seu uso. Sendo assim, a depreciação é utilizada como uma forma de
reduzir o valor dos bens imobilizados. Como está intimamente ligada à avaliação dos
ativos, é, portanto, uma avaliação redutora de ativos.
Quando a empresa compra bens para uso próprio, ela efetua um gasto. Esse
gasto, considerado investimento, não pode ser contabilizado como despesa
quando a compra foi efetuada, porque os bens adquiridos não serão consumidos
imediatamente, mas ao longo de vários anos. Assim, durante o tempo em que a
empresa utiliza os bens, eles se desgastam e perdem valor. Por esse motivo,
durante esses anos, é feita a depreciação.
Este método talvez seja um dos mais utilizados, por sua simplicidade de aplicação
e cálculo, pois basta dividir o valor a ser depreciado pela vida útil do bem. Usando o
exemplo da máquina adquirida no imobilizado, temos o valor de R$ 2.237.645,70,
admitindo-se um valor residual de R$ 435.000,00 (recuperável com a venda ao final do
período de uso, ou seja, final da vida útil). Considerando, ainda, que a empresa utilizará
essa máquina em um turno de oito (8) horas.
= 1.802.645,70 / 10
= 180.264,57 ao ano
Depreciação no 1º ano
10 10
= = 0,18181818 𝑥𝑥 1.802.645,70
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 55
= 𝑅𝑅$: 327.753,76/12 = 𝑅𝑅$: 27.312,81
ao mês.
Depreciação no 2º ano
10 − 1 9
= = 0,1636 𝑥𝑥 1.802.645,70
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 55
= 𝑅𝑅$: 294.978,39/12 = 𝑅𝑅$: 24.481,53
ao mês.
(...)
Depreciação no 10º ano
1 1
= = 0,01818 𝑥𝑥 1.802.645,70
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 55
= 𝑅𝑅$: 32.775,38/12 = 𝑅𝑅$: 2.731,28
ao mês.
Depreciação no 1º ano
𝟏𝟏 𝟏𝟏
= = 𝟎𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎 𝒙𝒙 𝟏𝟏. 𝟖𝟖𝟖𝟖𝟖𝟖. 𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔𝟔, 𝟕𝟕𝟕𝟕
𝟏𝟏 + 𝟐𝟐 + 𝟑𝟑 + 𝟒𝟒 + 𝟓𝟓 + 𝟔𝟔 + 𝟕𝟕 + 𝟖𝟖 + 𝟗𝟗 + 𝟏𝟏𝟏𝟏 𝟓𝟓𝟓𝟓
= 𝑹𝑹$: 𝟑𝟑𝟑𝟑. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕, 𝟑𝟑𝟑𝟑/𝟏𝟏𝟏𝟏 𝑹𝑹$: 𝟐𝟐. 𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕𝟕, 𝟐𝟐𝟐𝟐
ao mês.
Depreciação no 2º ano
1−1 2
= = 0,3636 𝑥𝑥 1.802.645,70
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 55
= 𝑅𝑅$: 65.550,75/12 = 𝑅𝑅$: 5.462,56
ao mês.
(...)
Depreciação no 10º ano
10 10
= = 0,018181818 𝑥𝑥 1.802.645,70
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10 55
= 𝑅𝑅$: 327.753,7612 = 𝑅𝑅$: 27.312,81
ao mês.
Depreciação no 1º ano
1º forma: horas trabalhadas / capacidade total = coeficiente x valor depreciável = valor
da depreciação
720 / 80.000 = 0,009 x 1.802.645,70 = R$: 16.223,81… valor da depreciação do período.
2º forma: valor depreciável / capacidade total = valor por hora x horas trabalhadas =
valor da depreciação
Depreciação no 1º mês:
1ª forma: unidades produzidas no período / capacidade total de produção = coeficiente x
valor depreciável = valor da depreciação
ATIVIDADES
b) Método Linear.
2ª forma: valor total dos gastos com a aquisição / capacidade total estimada de produção
= valor da exaustão por unidade de produção x volume de unidades produzidas = valor
da exaustão.
115.000.000,00 / 200.000 unid. = 575,00 x 1.500 unid. = R$ 862.500,00 ... valor da
exaustão para o período.
Hist.: valor referente a investimentos realizados em bens de terceiros, pagos com entrada + 10
parcelas iguais.
Hist.: pela baixa do investimento em bens de terceiros, por estar completamente amortizado.
ATIVIDADES
Cabe destacar que a conta que aparece nos registros da alienação de ativo,
denominada Receita na Venda do Imobilizado, é considerada uma conta transitória que
tem como finalidade agrupar e apurar o resultado obtido na alienação ou venda de um
ativo.
Iudícibus et al. (2010) chama a atenção para o fato de que o CPC 01 menciona a
aplicabilidade do teste de recuperabilidade para todo o ativo, enquanto a Lei nº 6.404/76
faz referência de sua aplicação para os ativos registrados no Imobilizado e no Intangível,
porque, em relação aos demais itens do ativo, a Lei já apresentava, desde 1976, regras
para os seguintes itens: recebíveis; estoques e investimentos, respectivamente; provisão
para crédito de liquidação duvidosa; custo ou mercado, dos dois o menor; e avaliados por
equivalência patrimonial.
Portanto, como já mencionado, o teste já era praticado a uma parcela do ativo e,
com o advento das Normas Internacionais de Contabilidade, a aplicação a todo o ativo se
tornou mais encorpada e consistente.
Exemplificando:
A Cia SOUZA & LIMA S/A possui o imobilizado (máquinas e equipamentos) no Balanço
Patrimonial com os valores a seguir:
ATIVIDADES
4) As entidades realizam diversos tipos de operações visando melhorar seus resultados
econômicos e financeiros ao longo do período. Como resultados dessas operações, elas
poderão apresentar vultosas perdas e ganhos financeiros, que, por sua vez, necessitam ser
registrados em suas demonstrações. Assinale a alternativa que apresenta o que decorre
desses e ganhos de recursos financeiros das entidades.
a) Aumento do disponível.
c) Constituição de reserva.
d) Distribuição de dividendos.
e) Pagamento de salários.
INDICAÇÕES DE LEITURA
Editora: Saraivauni
ISBN: 9788553131242
INDICAÇÕES DE FILME
Gênero: Documentário
Ano: 2005
Elenco principal: Alex Gibney, Susan Motamed, Jason Kliot e Alison Ellwood
Comentário: Neste filme é apresentado o caso da empresa de energia elétrica Enron, que
se tornou emblemático em todo o mundo. A companhia acabava fraudando várias
informações financeiras com o intuito de apresentar lucros aos acionistas e dividendos
aos seus gestores. Assistir a este filme provoca uma série de reflexões. Dentre as
principais podemos destacar as relacionadas à importância da ética na atuação
profissional e como eventuais desvios de caráter podem acarretar uma série de problemas
a todos que tenham negócios com uma entidade em si.
UNIDADE IV
Demonstrações Financeiras
Elcio Martens
A contabilidade tem como principal função gerar informações sobre o patrimônio da entidade
e fornecê-las para os tomadores de decisões. Sendo assim, a maior expressão dessa função da
contabilidade é a apresentação dessas informações por meio das demonstrações financeiras. Os
profissionais que trabalham ou almejam trabalhar com contabilidade devem voltar a atenção às
necessidades dos usuários em relação às informações e seguir todos os dispositivos legais e
regimentais que apresentem as regras para a geração das informações.
Ser relevante significa que as informações necessitam ter valor preditivo, portanto,
elas necessitam garantir aos usuários que, ao fazerem uso de tais informações para
tomadas de decisões futuras, não haverá nenhum tipo de risco ou impacto negativo. Outra
importante consideração a ser realizada sobre a informação contábil é que ela tem como
dever possuir efeito confirmatório que possa confirmar avaliações anteriores.
Representação fidedigna é outra característica que precisa ser garantida pelos
profissionais da contabilidade. Em geral, as “informações financeiras não devem apenas
representar fenômenos relevantes, mas também representar de forma fidedigna a essência
dos fenômenos que pretendem representar” (CPC, 2019, p. 10). Na Figura 4.2, é possível
observar a concepção que a representação fidedigna possui para as informações contábeis.
Figura 4.2 - Concepção da representação fidedigna das informações contábeis
Fonte: Adaptada de CPC (2019).
Para que uma informação contábil possa ter representação fidedigna dos fatos que
ela representa, faz-se necessário que ela seja completa, neutra e livre de erros, entretanto,
nem sempre é possível ter essas garantias, mas os profissionais da contabilidade devem
realizar todos os esforços visando atender essa necessidade.
Em relação à qualidade das informações, é importante garantir, também, que os
custos para a geração delas não sejam superiores aos benefícios proporcionados por elas.
Sendo assim, os profissionais, ao gerarem uma informação contábil, devem garantir que
elas sejam completas, mas essa garantia não deve proporcionar custos absurdos à entidade
contábil.
Segundo Iudícibus, Marion e Faria (2019, p. 47),
A informação contábil, como todo bem econômico, tem um custo, e esse custo
deve ser sempre comparado com os benefícios esperados da informação. Em
última análise, o benefício esperado de um sistema de informação é o valor
presente dos lucros adicionais (ou dos fluxos de caixa) que não seriam obtidos
caso aquele particular sistema de informação não tivesse sido adotado ou não
estivesse disponível.
Visando o encerramento dessas contas, faz-se necessário que os seus saldos sejam
zerados, portanto as contas de despesas deverão ser creditadas pelo seu valor integral e,
em contrapartida, debita-se a ARE – Apuração de Resultado do Exercício.
Em relação ao encerramento da conta de receita, o procedimento se assemelha ao
anteriormente mencionado, entretanto, são necessários alguns ajustes no procedimento,
pois, em relação a essa conta, debita-se a referida conta e, em contrapartida, credita-se a
ARE – Apuração de Resultado do Exercício.
Inventário Periódico
Ao final do exercício, para que a entidade possa realizar o seu encerramento, ela
deverá realizar algumas atividades, dentre elas, destaca-se o inventário periódico. A
característica básica do inventário periódico, segundo Iudícibus e Marion (2019, p. 113),
É que a empresa toma conhecimento do volume de seus estoques (para fins
contábeis) de tempos em tempos, ou seja, no final de cada período (mês,
semestre, ano). Com isso, o valor do CMV também só é conhecido
periodicamente. Por isso, não há registro do CMV à medida que as vendas vão
ocorrendo.
Para encerramento do período, será necessário levantar o estoque final por meio
de conferência física, para se apurar o custo das mercadorias vendidas. Diferentemente
do inventário permanente, não dá para se utilizar da ficha de controle de estoques para se
obter o estoque final, mas se aplica a fórmula:
Total 51.628,88
Com o intuito de realizar a apuração do estoque para que ele possa ser considerado
na apuração final, deve-se realizar os cálculos presentes na tabela a seguir:
Estoque Inicial -
Inventário Permanente
(...) a cada venda efetuada a empresa controla cada item de estoque negociado.
Isso permite que se conheça, depois de cada operação (quer de compra, quer
de venda), o nível de seus estoques. Se acoplada ao controle físico da
movimentação dos estoques uma forma de controle financeiro, serão
conhecidos depois de cada movimentação tanto o valor do CMV (da operação
ou o acumulado até a operação) como o valor do estoque remanescente
(Estoque Final).
a) Representação fidedigna.
b) Relevância.
c) Comparabilidade.
d) Capacidade de verificação.
e) Tempestividade.
Demonstração do Resultado do Exercício – DRE
A demonstração do resultado do exercício, também conhecida como DRE, é uma
das principais demonstrações elaboradas pelos profissionais da contabilidade dentro de
uma entidade. Para Iudícibus e Marion (2019, p. 242),
Pelo modo como a DRE está estruturada, podemos afirmar que ela é uma
demonstração rica em informações, em seus vários níveis de resultados, tais como: receita
líquida, lucro operacional bruto ou simplesmente lucro bruto; e os principais grupos de
despesas, como administrativas, vendas, produção, lucro operacional e outros.
RECEITA BRUTA
(–) Deduções
Receita Líquida
(–) Custo das Vendas
(=) Lucro Bruto
(–) Despesas Operacionais
(–) Outras Despesas Operacionais
(–) Despesas com Equivalência Patrimonial
(+) Receitas com Equivalência Patrimonial
(+) Outras Receitas Operacionais
(=) Resultado Operacional Líquido
a) Receitas financeiras.
b) Despesas administrativas.
c) Despesas financeiras.
e) Despesas circulantes.
Balanço Patrimonial
Um ativo necessita ter algumas condições para que ele seja considerado como tal.
Na Figura 4.8, é possível observar tais condições:
O ativo, assim como o passivo estão subdivididos em dois subgrupos, são eles:
circulante e não circulante. Essa classificação se dá em função dos prazos de realização
(transformação em dinheiro) para o ativo e dos prazos a serem exigidos da empresa para
liquidação de suas dívidas, para o passivo. Portanto, no circulante, são classificados tudo
o que se realiza e todos os valores exigíveis até o final do exercício seguinte, a contar da
data de encerramento do exercício. E tudo o que realizar ou que for exigível a partir do
início do segundo exercício, próximo a contar da mesma data, é denominado não
circulante (ou de longo prazo).
Ativo Circulante
O ativo circulante, por sua vez, está dividido em quatro subgrupos que agrupam
as contas segundo suas características, a saber: contas a receber, estoques, investimentos
temporários e despesas do exercício seguinte. Na Figura 4.9, é possível observar uma
breve apresentação de cada uma dessas contas:
As contas do ativo circulante necessitam de uma grande atenção por parte dos
gestores e usuários da informação contábil, sendo assim, recomenda-se que a análise
dessa conta tenha observado todos os dispostos das leis e normas contábeis.
Ativo não Circulante
O grupo do não circulante, que são os ativos de menor liquidez (ou seja, que se
transformam em dinheiro mais lentamente), são classificados em quatro grupos: (I) Ativo
Realizável a Longo Prazo; (II) Investimentos; (III) Imobilizado; e (IV) Intangível.
I. O ativo realizável a longo prazo recebe todas as contas para as quais já há uma
intenção de transformá-los em dinheiro, mas que ainda não está certo ou claro
quando isso ocorrerá. Classificam-se, também, adiantamentos a fornecedores,
empréstimos a empregados, valores resultantes de negociações especiais com
clientes e que vençam a partir do 1º de janeiro do segundo exercício próximo.
II. No grupo dos investimentos, serão classificados todos os investimentos realizados
pela entidade, para os quais a intenção inicial seja auferir lucros ou renda.
Permanecerão nesse grupo enquanto se mantiverem tais intenções por parte da
empresa. Exemplos: ações de outras entidades, obras de arte, terreno para
valorização, imóveis para locação; os bens e direitos classificados neste grupo não
se destinam às atividades operacionais da entidade, mesmo que com
características similares.
III. No grupo imobilizado, são classificados todos os bens e direitos de característica
permanente, que são destinados à manutenção das atividades operacionais da
entidade, como: terrenos, edificações, instalações, máquina e equipamentos,
móveis e utensílios; veículos de passeio ou pesados; softwares.
IV. Intangível: neste grupo, classificam-se bens e direitos incorpóreos, mas que são
necessários para o desempenho das atividades da organização ou que tenham essa
finalidade; os mais comuns são: fundo de comércio (goodwill), marcas e patentes.
Passivo Circulante
Como esse ciclo, para grande parcela das empresas, é inferior a um ano, adotou-
se, portanto, o exercício social como referência. Assim, no passivo circulante,
classificam-se todas as dívidas com terceiros de toda ordem, respeitando-se os prazos
como tratado nos parágrafos anteriores, e o grau de exigibilidade, ou seja, dizendo com
outras palavras, são organizadas pela ordem de vencimentos, sendo que as primeiras
ficam no início, como é o caso de fornecedores, seguido de encargos trabalhistas,
encargos sociais, impostos, empréstimos bancários e outras obrigações.
Passivo não Circulante
O passivo não circulante substituiu o passivo exigível de longo prazo, por uma
adequação às Normas Internacionais e, nele, são classificadas todas as obrigações a serem
liquidadas após o exercício social seguinte (subsequente) ou o ciclo operacional, quando
este for superior a um ano. Esse grupo é constituído basicamente dos seguintes subgrupos:
(I) Financiamentos; (II) Debêntures; (III) Provisão para Resgate de Partes Beneficiárias;
(IV) Outras Obrigações de Longo Prazo.
Patrimônio Líquido
Circulante Circulante
Não Circulante Não Circulante
•Capital
•Imobilizado
•Reserva de Capital
•Intangível
•Reserva de Lucros
REFLITA
As notas explicativas são fundamentais para apresentar informações qualitativas que
complementam as demonstrações financeiras, sendo assim, todos os profissionais
contábeis devem ficar atentos no momento que estiverem elaborando essas
demonstrações. Quais são as principais características que as notas explicativas devem
possuir para que atendam à necessidade dos usuários dessas informações? (CPC, 2011).
Considerando o exposto, qual alternativa apresenta em qual conta podem ser registradas
as patentes que uma empresa possui.
a) Investimentos.
b) Intangível.
c) Imobilizado.
d) Reserva de capital.
e) Patrimônio líquido.
Outras Demonstrações Financeiras
De contingências
De Lucros a realizar
Reserva Legal
Reserva Estatutária
Conta Capita Ágio Subve Reserv Reserv Retenç Reserv Reserv Lucros Total
l na nções a para a ão de a legal a de Acum
Realiz emissã para contig estatut Lucros Lucros ulados
ado o de investi ências ária para a
ações mento expanç realiza
s ão r
Saldo
em
XX/X
X/XX
XX
Efeitos
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exercí
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reserv
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Legal
reserv
a
estatut
ária
reserv
a de
Lucros
para
expans
ão
reserv
a de
lucros
a
realiza
r
juros
sobre
o
capital
própri
oa
pagar
Divide
ndos a
distrib
uir
SALD
O EM
XX/X
X/XX
XX
Tabela 4.6 - Modelo de DMPL
Fonte: Elaborada pelo autor.
A DFC pode ser preparada e apresentada por dois métodos, o modelo direto (ou
restrito) ou indireto (ou amplo), conforme for o interesse do usuário. No método direto,
são apresentadas todas as movimentações de entradas e saídas efetivas de caixa. É
evidente que há críticas ao método, pois, em alguns casos, as entradas são apresentadas
pela diferença dos saldos, ou incluídos itens que não afetam o caixa. A seguir, apresenta-
se a Tabela 4.7, que traz um modelo do método direto.
Atividades Operacionais
Recebimento de Vendas
(-) Pagamentos de Compras
Caixa Bruto obtido nas Operações
(-) Despesas Operacionais Pagas de Vendas
Administrativas
Caixa Gerado do Negócio
(-) Despesas Financeiras Pagas
Caixa Gerado após as Operações Financeiras
Atividades de Investimentos
(-) Aquisições de Imobilizados e Investimentos
Móveis e Utensílios
Terrenos
Ações de Outras Cias.
Atividades de Financiamentos
Integralização de Capital
Empréstimos Bancários
(-) Dividendos Pagos
Resultado Final de Caixa
Tabela 4.7 - Demonstração dos fluxos de caixa - método direto
Fonte: Marion (2012, p. 471).
O Método Indireto atinge os mesmos resultados, mas buscando detalhar um pouco
mais as origens ou aplicações (entradas ou saídas) de recursos, como pode ser observado
na Tabela 4.8. O fato de ser mais rico em detalhes é que o faz ser recomendado para ser
utilizado pelas empresas.
ATIVIDADES OPERACIONAIS
Lucro Líquido apurado do Exercício
+ Depreciação
Lucro que afeta o Caixa
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Aquisição de Ativos Não Circulantes
- Móveis e Utensílios
- Terrenos
- Ações de outras Cias.
ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS
- Integralização de Capital
- Novos Empréstimos Bancários
- Dividendos Pagos
RESULTADO FINAL DO CAIXA
+ Saldo existente em 31-12-X1
Saldo existente em 31-12-X2
ATIVIDADES
Editora: Atlas
ISBN: 9788597021134
Comentário: O livro possui fundamental importância para a disciplina, uma vez que
apresenta uma série de conceitos de grande valia para a análise e a interpretação das
demonstrações contábeis. Também consta neste livro diversos conteúdos que podem ser
aproveitados tanto para profissionais quanto para acadêmicos para que possam
acompanhar a evolução e o atual estágio das ciências contábeis no Brasil e no mundo.
INDICAÇÕES DE FILME
Gênero: Drama
Ano: 2005
UNIDADE I
BRASIL. Lei Complementar nº 155, de 27 de outubro de 2016. Altera a Lei
Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, para reorganizar e simplificar a
metodologia de apuração do imposto devido por optantes pelo Simples Nacional; altera
as Leis nºs 9.613, de 3 de março de 1998, 12.512, de 14 de outubro de 2011, e 7.998, de
11 de janeiro de 1990; e revoga dispositivo da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
Diário Oficial da União. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp155.htm#art1. Acesso em: 05 jun.
2020.
LEMES, S. et al. Casos para ensino em contabilidade societária. São Paulo: Atlas,
2014.
PIPEK, A.; DUTRA, A. L.; MAGANO, I. Reforma trabalhista. São Paulo: Blucher,
2017.
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade Comercial. 11. ed. São Paulo: Atlas,
2019.
UNIDADE IV
CPC – COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. CPC 00 – Pronunciamento Técnico
00 (R2) – Estrutura conceitual para relatório financeiro. 2019. Disponível em:
http://static.cpc.aatb.com.br/Documentos/573_CPC00(R2).pdf. Acesso em: 27 jun. 2020.
GRECO, A. L.; AREND, L.; GÄRTNER, G. Contabilidade: teoria e práticas básicas. 2. ed. rev.
e atual. São Paulo: Saraiva, 2009.
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
SILVA, E. M.; SOUZA, R. T. Manual Prático de Operações Fiscais e Contábeis (ICMS, IPI,
ISS, PIS, COFINS). 1. ed. São Paulo: IOB, 2013.