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FARMÁCIA

PRÁTICAS INTEGRADAS DE FARMÁCIA (PIF)

POSTAGEM 1- ATIVIDADE 1 – RELATÓRIO

Maria

Daniel

Lucena

Leonardo

2021
SUMÁRIO

1. RESUMO.......................................................................................................... 2

2. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 3

3. DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 4

3.1 PROCEDIMENTOS DE COLETA; LOCAL; DATA......................................... 4

3.2 IDENTIFICAÇÕES DO MATERIAL ............................................................... 4

3.3 IDENTIFICAÇÕES TAXONÔMICAS.............................................................. 4

4. PROCEDIMENTO DE SECAGEM.................................................................... 5

4.1 METODOLOGIAS DE EXTRAÇÃO................................................................ 5

4.2 ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DO PRINCIPIO ATIVO.......................... 5

4.3 FLUXOS DE PRODUÇÃO.............................................................................. 6

4.4 METODOLOGIAS DE CONTROLE DE QUALIDADE QUALITATIVO...........7

4.5 ESTUDOS PRÉ-CLÍNICOS.............................................................................7

4.5.1 SELEÇÃO DE VOLUNTÁRIOS................................................................... 8

5 CONCLUSÃO.................................................................................................... 9

6. REFERÊNCIAS................................................................................................ 10
1. RESUMO

Os estudos fotoquímicos já realizados sobre a Passiflora Incarnata relatam a


presença dos alcaloides, flavonoides apigenina e luteolina, principalmente na forma
C-glicosilada, com consideráveis variações na composição qualitativa e quantitativa
de acordo com a fonte.

Folhas e flores de Passiflora Incarnata possuem quantidades equivalentes de


flavonoides totais, enquanto estes compostos ocorrem nos caules em quantidade
aproximadamente quatro vezes menor. A fração flavonoídica está sujeita a variações
em seu conteúdo de acordo com a época da colheita.

Passiflora Incarnata ainda contém maltol, um derivado de benzo-carboidratos; óleos


essenciais, dentre os quais se destacam hexanol, álcool benzílico, linalol, álcool 2-
feniletílico, 2- hidroxi benzoato de metila, carvona, trans-anetol, eugenol, isoeugenol,
β- ionona, bergamotol e fito.

Testes físico-químicos e clínicos devem ser realizados para proporcionar um


medicamento com qualidade.

A consulta de normas especifica como: ISO/IEC 17025, Requisitos gerais para a


competência de laboratórios de ensaio e calibração; Farmacopeia Brasileira 5º
Edição de, irá contribuir para o desenvolvimento do projeto.
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2. INTRODUÇÃO

Produtos naturais são fornecedores de princípios ativos com propriedades


farmacêuticas. A passiflora é considerada a espécie mais comum utilizada na
fitoterapia em tratamento da ansiedade e insônia.

A Passiflora Incarnata pode ser utilizada no tratamento do nervosismo e da insônia.


Na medicina tradicional, a Passiflora incarnata pode ser utilizada como sedativa, no
tratamento de neuralgia, insônia, inquietação, dor de cabeça, histeria, estado
epilético e outras condições nervosas.

O presente projeto vai apresentar etapas do processo de fabricação e testes clínicos


do medicamento fitoterápico Passiflora Incarnata.
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3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Procedimento de Coleta; Local de Coleta; Data de Coleta.


O período de colheita varia de 6 a 9 meses. Plantios efetuados nos meses mais
próximos do verão permitem início de colheita mais precoce (seis meses). O
maracujazeiro tem longo período de safra. Os frutos de maracujá amarelo
quando maduros caem ao chão, deste modo o ponto de colheita é determinado
pela coleta dos frutos.

O rendimento da cultura depende de fatores como clima, solo, espaçamento,


tratos culturais, adubação e controle fitossanitário.

3.2 Identificações do Material

Flavonoides Alcaloides

3.3 Identificações Taxonômicas


Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malpighiales
Família: Passifloraceae
Gênero: Passiflora
Espécie: Passiflora spp.
Nome comum: Maracujá
Estima-se que o gênero Passiflora Incarnata é composto por mais de 400
espécies, sendo que aproximadamente 150 são originárias do Brasil.
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Considerando a origem do gênero Passiflora na América Tropical, encontram-se


espécies de maracujá desde 40° de latitude norte até 35° de latitude. Os trópicos
e regiões temperadas quentes, principalmente da América e África.
A maioria das 400 espécies de Passifloras está distribuída na América do Sul,
principalmente no Centro Norte do Brasil, Colômbia e Peru, entretanto podem ser
encontradas dos Estados Unidos até a Argentina, sendo que 20 dessas espécies
são restritas à Índia, China, Sudeste Asiático, Austrália, ilhas da Oceania e
regiões vizinhas (Martin e Nakasone 1970; Bernacci et al., 2005; Lorenzi, 2006).

4. Procedimentos de secagem

Deve-se realizar a secagem da matéria prima Passiflora Incarnata através de


túnel de ventilação ou realizar a aquisição de matéria prima seca em fornecedor
qualificado.

4.1 Metodologias de Extração

Deve-se realizar a extração da matéria prima Passiflora Incarnata com auxílio de


solvente (Álcool Etílico ou Água) ou realizar a aquisição de matéria prima já
extraída em fornecedor qualificado.

4.2 Isolamento e Identificação do Princípio Ativo

O princípio ativo deve ser identificado através de análise de teor alcóolico com
especificação de 60 +/- 20% de teor alcoólico.

Após os procedimentos laboratoriais de isolamento do princípio ativo e através


de pesquisa, têm-se diversos flavonoides sendo representado um deles para
evidenciar o efeito terapêutico do medicamento estudado.

4'' 5''
3''

3'
2''
1'' 2' 4'

8
CH3O 7 9 O 1'
5'
2 6'

6 10 4 3
5

OCH3 O
6

Esta estrutura corresponde a uma flavona 8-prenil-5,7-dimetoxilada caracterizado


pelo núcleo flavonoide com radicais insaturados e éter com uma metila.

4.3 Fluxos de Produção

O processo produtivo deve seguir o fluxograma abaixo:


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4.4 Metodologias de Controle de Qualidade Qualitativo

O controle de qualidade da matéria prima Passiflora Incarnata pode ser realizado


através de testes físico-químicos ou análise do laudo do fornecedor.

Os testes realizados devem seguir normas de laboratório, como ISO/IEC 17025,


Requisitos gerais para a competência de laboratórios de ensaio e calibração.
Deve-se seguir a especificação abaixo:

TESTE ESPECIFICAÇÃO RESULTADO UNIDADE


Aspecto Líquido de baixa viscosidade NA NA
Cor Castanho a Castanho NA NA
Esverdeado
Odor Característico NA NA
pH 5,0 +/- 2,0 NA NA
Teor Alcoólico 60,0 +/- 20,0 NA NA
Densidade 0,900 +/- 0,150 NA NA
Solubilidade Solúvel em bases Alcoólicas NA NA
Solvente de extração Álcool Etílico ou Água NA NA
Testes Microbiológicos
Contagem Bacteriana < = 10000 NA NA
Total
Contagem de Bolores < = 1000 NA NA
e Leveduras

4.5 Estudos Pré-clínicos

Os estudos pré-clínicos devem ser realizados em clínicas ou centro de estudos


de medicamento, autorizadas pela Anvisa.
Extratos da Passiflora administrados oralmente podem demonstrar eficácia na
redução da atividade locomotora, em prolongar o tempo de sono, em aumentar o
limiar nociceptivo, além de produzir efeito ansiolítico.
Os testes pré-clínicos podem ser administrados através de questionários.

4.5.1 Seleção de Voluntários


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Os voluntários devem ter idade entre 18 e 50 anos. Devem-se submeter os


voluntários a exames clínicos e complementares para atestar seu estado de
higidez, avaliando-se suas funções hepática, renal e cardiorrespiratória.

Devem-se excluir do estudo, voluntários com história de doença hepática,


renal, cardíaca, epilética, com hipo ou hipertensão de qualquer etiologia que
necessitasse de tratamento farmacológico; tem história ou teve infarto do
miocárdio, angina e/ou insuficiência cardíaca. Além daqueles que antes do
estudo, fizeram uso de medicação regular por até duas semanas, ingestão de
droga experimental por até seis meses, doação ou perda de 450 ml de
sangue ou mais até três meses antes do estudo, abuso de álcool ou drogas e
internação hospitalar até oito semanas antes do início do estudo.

O estudo deve ser realizado em até quatro semanas. Os voluntários devem


preencher questionários de eventos adversos.

Evento adverso Nº Observações Frequência Temperatura


Sonolência
Cefaleia
Quadro Viral
Febre
Insônia
Dor Torácica
Agitação

5. CONCLUSÃO

O presente trabalho teve como objetivo a obtenção de um fármaco com ação na


terapia medicamento fitoterápica para a insônia e nervosismo decorrente de diversas
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situações do cotidiano. Tal fármaco é obtido da planta cujo nome científico da


espécie é Passiflora spp. Com este trabalho foi possível identificar os flavonoides e
alcaloides diversos que proporcionam tal efeito e isso foi comprovado através dos
testes pré-clínicos indicados em todo desenvolvimento bem como os processos de
extração e isolamento do mesmo, e assim foi estudado um flavonoide para
representar os efeitos terapêuticos do medicamento, logo conclui-se que através dos
resultados é possível evoluir para testes clínicos e assim evoluir para com uma
terapia a partir deste fitoterápico.

6. REFERÊNCIAS

EMBRAPA; Maracujá. Disponível em<https://www.embrapa.br/mandioca-e-


fruticultura/cultivos/maracuja>. Acesso em: 15/3/2021
10

SEBRAE. O Cultivo e o mercado de maracujá


<https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-cultivo-e-o-mercado-do-
maracuja,108da5d3902e2410VgnVCM100000b272010aRCRD> Acesso em:
15/3/2021

ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia


Brasileira, volume 1. 5ª Ed. Brasília, 2010b.

Portaria nº 6 de 29 de janeiro de 1999 (Regulamento Técnico das substâncias e


medicamentos sujeitos a controles especiais).

SILVA. GOMES C. ELLAINE; MORAIS, C.R.MARA; Extração do óleo de semente do


Maracujá (Passiflora edulis) por solvente. Disponível em:
<https://proceedings.science/cobeq/cobeq-2016/papers/extracao-de-oleo-das-
sementes-de-maracuja--passiflora-edulis--por-solvente>. Acesso em: 15/3/2021

7. Lwande, W., Hassanali, A., Bentley, M. D., Delle Monache, F. 8-C-prenylated


flavones from the roots of Tephrosia hildebrandtii. Journal of Natural Products. 49,
1157-1158, 1986.

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