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1) O que é KPC? Qual a importância de estudar a KPC?

KPC significa Klebsiella Pneumoniae produtora de Carbapenemase, uma bactéria que


foi modificada geneticamente no ambiente hospitalar e que é resistente aos antibióticos.
Pode ser encontrada na água, em fezes, no solo, em vegetais, cereais e frutas. O
contágio ocorre em ambiente hospitalar, pelo contato com secreções do paciente
infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
Seu estudo é importante pois é uma das bactérias multirresistentes de maior importância
clínica quando comparada às demais, uma vez que além de ter sido a primeira bactéria
isolada em ambiente hospitalar, também é considerada o agente causador de Infecção
Relacionada á Assistência á Saúde (IRAS), sempre aparecendo entre as bactérias mais
frequentemente isoladas de acordo com o Relatório de Análise dos Indicadores de
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde dos estados brasileiros de acordo com a
ANVISA.

2) As metodologias usadas para rastreamento de KPC são diversificadas. Cite um


exemplo e explique a técnica.

Entre os métodos utilizados para rastreamento de KPC o que pode apresentar maior
sensibilidade e especificidade para confirmação de carbapenemases é o teste de Hodge
modificado.
O teste é parecido com o antibiograma convencional, realizado em meio de cultura ágar
Müller Hinton. Inicialmente é feito o preparo de um inóculo da cepa E. coli ATCC
25922 correspondente a 0,5 da escala de McFarland, por meio do método de
crescimento ou da suspensão direta da colônia, e posteriormente semeadura da cepa na
placa. No centro do meio de cultura, coloca-se um disco de imipenem ou ertapenem de
10 µg. Com auxílio de uma alça, estria-se a amostra teste do centro do disco de β-
lactâmico até a periferia da placa de Petri, com o cuidado para não tocar o disco de β-
lactâmico.
Da mesma maneira a cepa de Klebsiella pneumoniae ATCC 700603 é semeada como
controle negativo, e após incubação à temperatura de 35±2ºC, em ar ambiente, por 16 a
18 horas, observa-se o crescimento da E. coli ATCC 25922 no halo de inibição do
imipenem (distorção do halo de inibição). A amostra de E. coli ATCC 25922 é sensível
ao imipenem, e este crescimento só é possível porque a amostra teste produziu uma
enzima que foi capaz de inativar o imipenem.
O teste de Hodge será positivo quando houver uma distorção no halo de inibição da
cepa ATCC. Isso confirmará que a cepa é produtora de uma carbapenemase.

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