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ÍNDICE

Introducao...................................................................................................................................3

Objectivos...................................................................................................................................3

Geral:...........................................................................................................................................3

Especificos:.................................................................................................................................3

METODOLOGIA.......................................................................................................................3

CONTRATAÇÃO PÚBLICA....................................................................................................4

Contextualização.........................................................................................................................4

Princípios de Procurement..........................................................................................................4

Planificação.................................................................................................................................6

Modalidades de Contratações Públicas.......................................................................................7

Requisitos Gerais........................................................................................................................9

Requisitos Específica da Elegibilidade para Contratação...........................................................9

Critérios de Avaliação e Decisão..............................................................................................11

Procedimentos de Contratação..................................................................................................12

Elaboração.................................................................................................................................12

Lançamento do Concurso.........................................................................................................14

Apresentação das Propostas pelos Concorrentes......................................................................15

Abertura das Propostas dos Concorrentes.................................................................................15

Avaliação das Propostas dos Concorrentes...............................................................................16

Saneamento das Falhas/Erros nas Proposta..............................................................................17

Classificação e Recomendação do Júri.....................................................................................17

Adjudicação do Concurso.........................................................................................................18

Contratação da Empresa Adjudicado........................................................................................18

Supervisão e Fiscalização.........................................................................................................19

Recepção do Objecto Contratual..............................................................................................19


Guarda/ Arquivação dos Documentos......................................................................................20

Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA).....................................................20

Criação da UFSA......................................................................................................................20

O Papel/Competência da UFSA................................................................................................20

Supervisão, de Normas e Contencioso......................................................................................21

Cadastro, Estudos, Estatísticas e Informática / Internet...........................................................21

Treinamento, Ética e Cooperação com o Controlo Interno e Externo......................................21

Júri.............................................................................................................................................22

A composição de Júri................................................................................................................22

Competência de Júri..................................................................................................................22

Autoridade Competente............................................................................................................23

Atribuições da Autoridade Competente....................................................................................23

Unidades Gestoras Executoras das Aquisições (UGEA)..........................................................23

Competências da UGEA...........................................................................................................23

Conclusao..................................................................................................................................25

Referências Bibliográficas........................................................................................................26

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Introducao
Contratação Pública (Procurement) é o procedimento formal de contratação (procura) de
Empreitada de Obras Públicas, Aquisição de Bens e Fornecimento de Serviços para a
Administração Pública, com vista a prossecução do interesse público.

Os instrumentos de Regulamentação do Contrato de Empreitada de Obras Públicas datavam


de ha mais de 35 anos, a luz do Decreto-Lei nº48817, de 19 de Fevereiro de 1969, posto em
vigor em Moçambique pela Portaria 555/71, de 12 de Outubro;

Pelo Decreto nº 42/89, de 28 de Dezembro, actualizado pelo Decreto nº 29/97, de 23 de


Setembro, foi aprovado o Regulamento de Aquisições e Requisição de Serviços para os
órgãos do aparelho do Estado e instituições subordinadas;

Em 2005, o Governo de Moçambique, aprovou o Decreto nº 54/2005, de 13 de Dezembro,


que estabelece o Regime Jurídico de Contratação de Empreitadas de Obras Públicas,
Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado, resultado do trabalho de
harmonização e consenso entre o Sector Público, Privado e Parceiros, com vista a responder
aos desafios do desenvolvimento económico e social do país, bem como a concorrência no
mercado externo e fiabilidade dos mecanismos de transparência.

Objectivos

Geral:
 Descrever a contratação de bens e serviços no Estado: o papel da UGEA e das
entidades competentes

Especificos:
 Mencionar os princípios legais da contratação pública moçambicana.
 Explicar diferentes modalidades de contratação de Empreitada de Obras Públicas e
Fornecimento de Bens e Prestação de serviço ao Estado;
 Identificar competências de cada órgão.

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METODOLOGIA
Para a produção deste trabalho, recorreu-se essencialmente a pesquisa bibliográfica.

CONTRATAÇÃO PÚBLICA
A contratação pública é o processo através do qual, as Autarquias locais, adquirem obras,
bens e serviços a operadores económicos previamente seleccionados para o efeito.

Contextualização
O procedimento de contração surge no âmbito da Reforma do Sector Público da
Administração Pública Moçambicana harmonizado com o Sistema de Administração
Financeira do Estado (SISTAFE); subsistema do património do Estado, que compreende
todos os órgãos e instituições do Estado e as respectivas normas e procedimentos, bem como
princípios e regras para efeito de contratação e de gestão patrimonial.

Porém estes procedimentos se materializa pelo princípios e regra geral de desconcentraçãoe


descentralização na aplicação dos procedimentos de contratação pública, aos órgãos e
instituições da Administração Pública, da Administração Directa e Indirecta do Estado,
representação no estrangeiro, autarquias locais e demais pessoas colectivas públicas,
derivados de conjunto de textos legislativos do sistema de aquisições em Moçambique. Cujo
estes textos incluem o Regulamento de Contratações Públicas da Administração Estatal e
municipal, que podem ser coadjuvados com a legislação contra a corrupção. Para além desses
instrumentos legais pode entrarem também os Códigos Comercial, Notarial e Tributário nos
processo e procedimento da contratação e aquisição de bens e serviços no Estado.

Princípios de Procurement
Conceito de Princípios: são diretrizes que regulam e encaminham a aplicação de uma norma
ou o exercício de uma actividade.

Portanto dentro da contratação pública em termos de empreitadas de obras públicas,


fornecimento de bens e prestação de serviços como regimento administrativo, são aplicáveis
aos seguintes princípios fundamentais a destacar:

Legalidade – neste estabelece que a entidade contratante deve actuar em conformidade com
alei, para tal os poderes não poderam ser usados para a prossecução de fins diferentes dos

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atribuídos por lei, a não observância para parte do contraente os acto são considerados
inválidos dados assim aos concorrentes a dispor recursos a reclamação, reclamação
hierárquica ou recursos contenciosos com vista a contorno das decisões tomadas.

Finalidade – refere o assegurar da contratação na implementação do regulamento com vista


prossecução do interesse público no qualquer contrato a ser praticado pela entidade
contratante.

Razoabilidade – estabelece a observância sempre que necessário pelo bom senso e equilíbrio,
na sua actuação com vista a prossecução de interesse público.

Proporcionalidade – estatui a tomada de medida convenientes no assegurar com vista a


prossecução de interesse público.

Prossecução do interesse público- estabelece a observância do interesse público, desprotegido


de prejuízos de interesses dos particulares protegidos por lei.

Transparência – promover garantia de acesso a informações de todos actos relativos a


contratação pública relativos aos documentos de concursos, anúncios de concursos e
adjudicação, cancelamento e da invalidação do concurso que deve ser publicado de modo as
pessoas singulares e colectivos quem pretendam contratar com o Estado.

Publicidade – estabelece os mecanismos de tornar público recorrendo os meios adequados e


previsto no regulamento e actos de realização de concurso, adjudicação, cancelamento e da
invalidação e ademais actos de interesse públicos.

Igualdade – estabelece tratamento de forma igual e condições igual pelo entidade contratante
aos pessoas singulares ou colectivas que pretendam contratar com o Estado perante a lei.

Concorrência – estatui o privilégio a realização de processo competitivo, propiciando


condições e favoráveis a todos concorrentes interessados em contratar com o Estado.

Imparcialidade – estabelecimento de garantia aos titulares os membros dos órgãos abstenham


praticar ou praticar em actos administrativos que beneficie directa ou indirectamente a se ou
seu cônjuges, parentes ou afim bem com outras entidades com as quais possa ter conflito de
interesses nos termos da lei.

Boa-fé – observância de procedimento de contratação pública, em todas suas formas e fases,


devem actual e relacionar-se de acordo com valores fundamentais do direito pela relevante em
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face das situações considerados e, termos especiais, confianças suscitadas na contra parte pela
actuação em causa e objectivos a alcançar com actuação realizado.

Estabilidade – estabelece a prática e observância dos princípios e regras previamente


definidos nos regulamento, documentos de concursos e demais legislação sobre matéria
aplicável.

Motivação – garantia de todos actos praticados sejam justificados e tenham enquadramento


legal, nas pessoas singulares ou colectivas do processo de contratação tem direito de conhecer
as razões de facto e de direito que serviram de bases para tomada de decisão por parte de
entidade contratante.

Responsabilidade – estabelece a resposta de conduta dos seus funcionários ou agentes de que


resultem danos a terceiros, nos termos da responsabilidade civil do Estado, sem prejuízo do
direito regresso conforme as disposições de código cível;

Boa gestão financeira – actuação em conformidade com os princípios da economicidade,


eficácia e eficiência nos gastos dos recursos económicos e financeiros na contratação pública.

Celeridade – garantia de processo de contratação seja célere e eficiente de modo que o


concurso seja lançados e adjudicados dentro de prazos razoáveis de modo a assegurar a
economia e eficácia na contratação pública.

Planificação
De acordo com os autores Mosley (1998) e Nelson et al., (2003), a planificação é entendida
como:

Processo de estabelecer objectivos ou metas, determinando a melhor maneira de atingi-las,


estabelecendo assim o alicerce para as subsequentes funções de organizar, liderar e controlar,
e por isso e considerado o função fundamental do administrador; e

Respeito a decisões futuras, mas as implicações futuras de decisão.

Os recursos de um país nunca são abundantes razão pela qual não devem ser usados
indiscriminadamente, neste contexto há que optar na utilização dos recursos existentes e os
resultantes da nossa produção e urgência na necessidade de definir prioridades, selecionando
assim entre diversas alternativas os objectivos, políticas e programas de uma organização.

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Permite avaliar alternativas antes da tomada de decisões evitando assim, a má planificação
que poderá trazer desastre, morosidade, esbanjamento de recursos e fornecimentos
impróprios.

Modalidades de Contratações Públicas


O dispositivo legal da contratação pública estabelece certos padrões diferenciado em função
de concursos em diferentes conjunturas. Porém cada modalidade de concurso determina o
regime jurídico de contratação.

O Decreto n.º 5/2016, de 8 de Março, decreto que aprova o regulamento de Contratação de


Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Serviços ao Estado.,
estabelece no seu Art.º 5 três (3) regimes jurídicos para contratação pública, a destacar:

Regime Geral - O Regime Geral para a contratação de empreitada de obras públicas,


fornecimento de bens, prestação de serviços ao Estado e concessões é o Concurso Público;

Regime Especial – estabelece que a Entidade Contratante pode adoptar normas distintas das
definidas no Regulamento de Contratação pública moçambicana, para tal essa adopção, deve
ser previamente autorizada pelo Ministro que superintende a área das Finanças. Contudo esse
regime resulta da:

Contratação decorrente de tratado ou de outra forma de acordo internacional entre


Moçambique e outro Estado ou organização internacional, que exija a adopção de
regime específico; e

Contratação realizada no âmbito de projectos financiados, total ou substancialmente,


com recursos provenientes de financiamento ou doação oriundos de agência oficial de
cooperação estrangeira ou organismo financeiro multilateral, quando a adopção de
normas distintas conste, expressamente, como condição do respectivo acordo ou
contrate.

Regime Excepcional – surge Sempre que se mostre conveniente ao interesse público e estejam
presentes os requisitos fixados no Regulamento, a Unidade Gestora Executora das Aquisições
deve, fundamentando, propor à Autoridade Competente a aplicação de Regime Excepcional
para contratação de empreitada de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de
serviços ao Estado.

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Para tal a decisão a declara deve estar em consonância com os requisitos de contratação em
Regime Excepcional e que determina a aplicação deste regime para contratação de empreitada
de obras públicas, fornecimento de bens e prestação de serviços devendo ser registada por
escrito pela Autoridade Competente e regem-se, subsidiariamente, pelas normas do Concurso
Público previstas no presente Regulamento. Este regime e aplicável destaca-se em:

o Concurso com Prévia Qualificação – aplica-se quando a natureza das aquisições é


suficientemente complexa do ponto de vista de qualificações técnica e da onerosidade
para justificar o uso de uma lista de potenciais concorrentes pré-qualificados; e são
admitidos pessoas singulares ou colectivas nacionais ou estrangeiros que tenham sido
qualificados em fase preliminar a apresentação das pospostas de com regulamento
vigente.

o Concurso Limitado - restringe-se a participação das pessoas singulares, micro,


pequenas e medias empresas, inscritas no Cadastro Único, cujo valor não ultrapassa
prescrito no regulamento para caso empreitada de obras públicas 5000.000 Mts e bens
e serviços 3,500,000 Mts.

o Concurso em Duas Etapas - é aplicado quando a natureza das obras, bens ou serviços
não permite que à entidade contratante defina previamente de forma precisa as
especificações técnicas satisfatórias e adequadas ao questão objecto de contratação ou
quando o interesse publico possa ser satisfeito de diversas maneiras e podem participar
as pessoas singulares ou colectivas, nacional ou estrangeiros, porem ocorre em duas
fase sendo a primeira oferecem se propostas técnicas inicial e na segunda proposta
técnica definitiva acompanhada da proposta do preço, de acordo com regulamento.

o Concurso por Lances - esta modalidade de concurso restringe-se a bens e serviços de


disponibilidade imediata. Na qual a disputa entre potencias concorrentes ou
interessados é feita por meio de propostas de lances sucessivos em acto publico;

o Concurso de Pequena Dimensão - é uma forma simplificada dum processo de


aquisições que foi concebido para ser usado quando os valores envolvidos são baixos e
o objecto a ser contratado seja de pequena complexidade técnica é restrita para caso de
indivíduos, e pequenas, médias e micro empresas. E esse tipo aplica-se nos seguintes
casos:

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a) Obras públicas com valor de 15% do 5.000.000,00 Mts ou menos; e

b) Bens e serviços com valor de 15% do 3.500.000,00 Mts ou menos.

Concurso por Cotações - aplica-se provimentos de pequenos serviços envolvendo as micros,


tendo as proposta por via de preço; e

Ajuste Directo -Ajuste Directo é aplicável somente em circunstâncias excepcionais e


condições de vantagem em relação ao procedimento competitivo e devidamente
fundamentado pela Unidade Gestora Executora das Aquisições; porem estes procedimentos
destacam-se em:

a) Serviços que envolvam continuação de trabalhos anteriores já executados pelo mesmo


consultor;

b) Desenvolvimento do procedimento competitivo em prazo prejudicial ao interesse


público;

c) Serviços cujo preço estimado seja inferior a cinco por cento (5%) nos termos dos n.º 1
do artigo 69; e 29

d) Existência de apenas um (1) consultor qualificado ou com experiência relevante para a


execução do serviço.

Requisitos Gerais
Esta habilitada a qualquer pessoa singular ou colectiva, nacional ou estrangeira, que satisfaz
os critérios de elegibilidade definidos nos requisitos de contratação na administração pública é
elegível a concorrer em concursos de aquisições do Estado. Portanto destacam-se:

Requisitos Específica da Elegibilidade para Contratação


Concorrente Nacional - Para efeitos do presente regulamento, considera-se concorrente
nacional:

Pessoa singular que possua nacionalidade moçambicana e devidamente registada para o


exercício de actividade económica;

Pessoa colectiva que tenha sido constituída nos termos da legislação moçambicana e cujo
capital social seja detido em mais de cinquenta por cento (50%) por pessoa singular
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moçambicana ou por pessoa colectiva moçambicana cujo capital social seja maioritariamente
detido em mais de cinquenta por cento (50%) por pessoa singular ou colectiva moçambicana;
e Pessoa singular ou colectiva registada em Moçambique, há mais de cinco (5) anos, com
capital social maioritariamente estrangeiro.

Concorrente Estrangeiro - O concorrente Estrangeiro deve atender às normas gerais fixadas


no presente Regulamento, em legislação específica e nos Documentos de Concurso, mediante
apresentação de documentos equivalentes aos exigidos à concorrentes nacionais, porem lhe é
acrescido de:

Ter procurador residente e domiciliado no País ou representante do concorrente no País, com


poderes para receber notificação, intimação e responder administrativa e judicialmente pelos
seus actos, juntando o instrumento de mandato ou equivalente com os documentos
determinados no presente Regulamento;

Comprovar a sua qualificação jurídica, económico-financeira, técnica e regularidade fiscal no


país de origem;

Comprovar a inexistência de pedidos de falência ou apresentar concordata ou documento


equivalente no país de origem; e

Proceder à entrega dos documentos escritos em língua portuguesa.

Consórcio e Associação - É permitida a participação nos concursos, de concorrentes


constituídos em consórcio e associação. Nos seguintes moldes:

A participação dos membros em conjunto e não, isoladamente nem integrando no outro


consórcio ou associação;

O nome e qualificação de cada membro integrante do consórcio e a indicação da participação


de cada um deles;

A indicação do membro representante do consórcio perante a entidade contratante, com


poderes para assumir obrigações e para receber notificação e intimação em nome de todos os
membros integrantes do consórcio; e

A assunção de responsabilidade solidária dos membros integrantes do consórcio por todas as


obrigações e actos do consórcio.

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Habilitados Exigidos aos Concorrentes para Apuramento da sua Proposta – para tal é
necessário seguintes qualificações a destacam-se:

Económico-financeira - afere-se pela apresentação dos seguintes documentos para singular,


apresentação declaração periódica de rendimentos e para colectiva apresentação de declaração
periódica de rendimentos; declaração de informação contabilística fiscal; e declaração de que
não há pedido de falências;

Jurídica/técnica - afere-se pela apresentação dos seguintes documentos como certidão emitida
por pessoa de direito público ou privado, comprovativa do registo ou inscrição em actividade
profissional compatível com o objecto da contratação, declaração comprovativa das
instalações e equipamentos adequados e disponíveis para a execução do objecto da
contratação, declaração equipa profissional e técnica disponível para execução do objecto da
contratação, acompanhada dos respectivos currículos; declaração emitida por pessoa de
direito público ou privado comprovativo de que o concorrente adquiriu experiência em
actividades com características técnicas similares; certificado de habilitações literárias e
profissionais dos responsáveis pela execução do objecto do contrato e exibição da Alvará ou
documento equivalente; e

Regularidade Fiscal - se pela apresentação dos seguintes documentos como certidão válida de
quitação emitida pela administração fiscal; declaração válida emitida pela instituição
responsável pelo sistema nacional de segurança social; e documento válido emitido pelo
Instituto Nacional de Estatística que comprove que a empresa presta informação regular, nos
termos da legislação estatística vigente.

Porém para além do supracitado atras, os concorrentes que pretendem participar em


contratações públicas deverão registar-se no Cadastro Único para poderem concorrer em
contratações públicas. A UFSA emite um certificado de registo às entidades no Cadastro
Único, cuja validade é de um ano.

Critérios de Avaliação e Decisão


A avaliação das propostas financeiras e técnicas dos concorrentes ou concursos somente deve
ser feita com base nos critérios a seguir:

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Critério do Menor Preço Avaliado – consiste em propiciar a escolha das propostas que
garantam os níveis de qualidade e de qualificação do concorrente necessário à realização do
interesse público, de acordo com os Documentos de Concurso.

Além do preço devem ser levados em consideração as especificações técnicas e/ou termos de
referência e requisitos de qualificação, estabelecidos nos Documentos de Concurso. Porém a
proposta devera ser aquele que apresentar o Menor Preço Avaliado, dos concorrentes
apurados, que tenham observado as especificações técnicas e/ou termos de referência e
requisitos de qualificação estabelecidos nos Documentos de Concurso.

Critério Conjugado - este tipo a avaliação é baseado na conjugação das propostas técnica e
preço é feita de acordo com os critérios de ponderação estabelecidos nos Documentos de
Concurso. Contudo avaliação técnica deve ser definida por fórmula matemática que
contemple, de forma objectivas, as variáveis definidas nos Documentos de Concurso.

Para tal constitui factores da validação os seguintes: condições de pagamento; Cronograma


de pagamentos; Prazo de entrega; Cronograma de entrega; Custos operacionais; Custo de
transporte e seguro até ao local especificado; Eficiência e adequação do equipamento;
Disponibilidade de peças de reposição e serviços de manutenção; Condições de garantia;
Treinamento; segurança; Benefícios ambientais; a disponibilidade de equipamentos e
qualificação da equipe técnica, nos casos em que represente vantagem para a Entidade
Contratante e por ultimo ser titular de certificado válido do selo “Orgulho Moçambicano.
Made in Mozambique.

Solução em Caso de Empate - nas situações em que for adoptado o Critério de Menor Preço
Avaliado e houver empate entre duas ou mais propostas, a classificação final deve ser apurada
por sorteio em sessão pública.

Procedimentos de Contratação

Elaboração
A UGEA verifica o plano de contratação e o respectivo cabimento orçamental, após dessa
providencia os documentos para aprovação interna e posterior lançamento do concurso.

A Elaboração depreende nos seguintes passos:

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1) A UGEA recebe uma solicitação do interessado a indicar a necessidade de contratação
de obras, fornecimento de bens ou prestação de serviços, ou a própria UGEA
identifica a necessidade de uma contratação. Ao encaminhar uma solicitação para a
UGEA, o interessado deve;

2) Indicar a necessidade e a finalidade pretendida;

3) Apresentar as especificações das obras, bens ou serviços desejados;

4) Indicar a estimativa da contratação (detalhada) e a respectiva previsão no orçamento;

5) Indicar as exigências de qualificação que devem ser requeridas dos concorrentes;

6) No caso em que a identificação da necessidade de contratação ser por iniciativa da


própria UGEA estas informações são da sua própria responsabilidade;

7) A UGEA analisa as informações recebidas, verifica o cabimento orçamenta;

8) A UGEA providencia, Abertura do processo administrativo e numeração do processo


administrativo;

9) A elaboração do Documento de Concurso de acordo com o modelo padronizado que


seja aplicável; e

10) A preparação do respectivo Anúncio, de acordo com as exigências pertinentes.

Após a emissão do documento de concurso e da elaboração do respectivo nnúncio a UGEA


encaminha estes documentos para aprovação da Autoridade Competente (AC), propondo a
autorização para a instauração do procedimento de contratação e lançamento do concurso. Na
mensagem de encaminhamento para a AC, a UGEA deve solicitar a autorização expressa para
os seguintes itens:

 Objecto;

 Finalidade da aquisição (interesse público a ser atendido);

 Valor estimado;

 Cabimento no Orçamento;

 Modalidade de contratação a ser adoptada;

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 Critério de avaliação e de decisão (Critério do Menor Preço ou Critério Conjugado),
no caso de concurso público;

 Critério do Menor Preço (no caso de Concurso Limitado);

 Factores de avaliação, além do preço (quando for o caso);

 Cotação em moeda estrangeira (quando for o caso); e

 Solicitação da designação do Júri.

A Autoridade Competente recebe a proposta de autorização para a instauração do


procedimento de contratação e lançamento do concurso e, se estiver de acordo:

Autoriza a instauração do procedimento de contratação e lançamento do concurso;

Aprova o Documento de Concurso e o respectivo Anúncio; e

Devolve o processo para a UGEA, para lançamento e acompanhamento do processo.

Lançamento do Concurso
A UGEA, após receber a aprovação da AC deverá realizar os seguintes procedimentos
administrativos:

 Providenciar a numeração do concurso;

 Providenciar a publicação do anúncio do concurso no jornal de maior circulação e/ou


na Rádio (aplicável ao concurso);

 Providenciar a colocação de cópia do Anúncio na sede da Entidade Competente (EC),


num local de acesso público;

 Providenciar um exemplar do documento de concurso para a consulta pública, desde a


data da publicação do anúncio até a abertura das propostas;

 Em simultâneo com a publicação, deve colocar para venda ou distribuição os


documentos de concurso;

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 Providenciar o envio de correspondência para todos os membros do júri e para o
presidente, informando sobre a sua designação e a data, hora e local em que ocorrerá a
sessão pública para recepção das propostas;

 Enviar uma cópia do anúncio para a UFSA;

 Informar a AC sobre eventuais impedimentos da AC ou do Júri;

 Informar a AC sobre os eventos ocorridos que possam ocasionar o cancelamento ou a


invalidade do concurso; e

 Providenciar que toda a documentação esteja perfeitamente junta e numerada no


respectivo processo.

Apresentação das Propostas pelos Concorrentes


A UGEA deve observar com rigor, a data e o horário máximo que foi definido nos
Documentos de Concurso e no Anúncio para a respectiva entrega. A UGEA deve elaborar
uma lista dos concorrentes que entregaram propostas contendo:

 A ordem de entrega das propostas;

 A identificação do concurso;

 O nome e o endereço do concorrente;

 A data e a hora em que a proposta foi entregue.

No acto da entrega da proposta deve ser entregue ao concorrente o comprovativo da sua


recepção. Depois de terminado o prazo de entrega das propostas, a UGEA, deverá entregar
para o Júri as propostas recebidas acompanhadas da respectiva lista de entrega. A partir deste
momento a responsabilidade pelas propostas é assumida pelo Júri, com o apoio administrativo
da UGEA.

Abertura das Propostas dos Concorrentes


Júri, em posse das propostas recebidas, deverá abri-las publicamente no horário definido para
o acto, na presença dos concorrentes e de outros interessados que desejarem assistir a sessão.

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O representante do concorrente não é obrigado a assistir a sessão. O Júri deve preparar uma
lista de presenças para registar a presença dos interessados.

A sessão de abertura deve ser presidida pelo Júri. O júri deve estar presente com a maioria dos
seus membros designados. A sessão de abertura deve observar o seguinte procedimento:

A identificação do concurso;

A leitura da lista dos concorrentes, pela ordem de recepção das propostas; e

A abertura dos invólucros contendo os documentos de qualificação e as propostas.

A leitura dos dados principais, nomeadamente:

O nome dos concorrentes;

Os preços cotados;

A existência ou não de garantia provisória (quando exigida);

A presença de propostas com variante (se tiverem sido permitidas nos Documentos de
Concurso);

A declaração de descontos oferecidos;

A rúbrica pelos membros do Júri em todas as páginas dos documentos e das propostas
apresentadas; e

A elaboração e assinatura da acta pelos membros do Júri que estejam presentes na sessão e
pelos concorrentes presentes. A acta deve ser elaborada e assinada na própria sessão.

Na sessão de abertura das propostas não deve declarar-se a desclassificação das propostas
visto a desclassificação é um acto de deliberação do Júri, que deve ser realizado em sessão
reservada.

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Avaliação das Propostas dos Concorrentes
Logo após à sessão de abertura das propostas, o júri deve providenciar a remessa ao sector
financeiro, dos originais das garantias provisórias para registo e arquivo. Uma cópia das
garantias e do comprovativo da recepção pelo sector financeiro será junta no processo.

A avaliação das propostas deve seguir estritamente os critérios e factores indicados


previamente nos documentos de concurso (Art.º 73-6). Se o júri considerar necessário, poderá
solicitar esclarecimentos aos concorrentes, por via do saneamento, de acordo com o ponto a
seguir.

As deliberações do júri devem ser registadas em acta. Se for necessário, o júri poderá solicitar
o parecer de técnicos especializados na matéria. Para o efeito, o presidente do júri deve enviar
a solicitação escrita para a AC. O técnico especializado emitirá o parecer com recomendação
para o júri. Contudo, a deliberação é acto do júri.

Durante a avaliação das propostas, e obrigação da UGEA prestar apoio administrativo ao júri.
Para o efeito, a UGEA deve atender a todas as solicitações que forem feitas pelo mesmo.

Saneamento das Falhas/Erros nas Proposta


Se o júri verificar que existem falhas e/ou omissões de natureza formal, poderá autorizar o
saneamento da falha e/ou omissão pelo concorrente. Para o efeito, o Júri deverá enviar uma
notificação escrita para o concorrente, a indicar o prazo em que o concorrente deve fazer a
correcção da falha ou do omitido. O prazo a indicar não pode ser inferior a dois dias úteis.

São consideradas falhas e omissões sanáveis:

A falta de apresentação de documentos (Art.º 74), pelo concorrente, cuja pré-existência possa
ser confirmada pelo Júri, os quais, por engano ou esquecimento do concorrente, não foram
juntos na proposta. São exemplos a falta de inclusão na proposta de cópia de certidões,
diplomas e balanços previamente publicados na imprensa; e

Erros de cálculo na proposta (Art.º 76-2). Neste caso, o Júri deve providenciar a correcção dos
cálculos e deve informar a todos os concorrentes o novo cálculo. O concorrente com erros a
sanar deve obrigatoriamente manifestar-se sobre o novo cálculo. Não é permitido ao
concorrente rectificar os preços, excepto no caso de enganos do Júri na correcção dos

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cálculos. Se o concorrente não aceitar a correcção, a sua proposta deve ser desclassificada e a
sua garantia provisória (se houver) deve ser retida pela EC.

Não podem ser sanadas as falhas e omissões relacionadas com preços que não foram cotados,
bem como a falta de apresentação da garantia provisória, sendo tais actos nulos e de nenhum
efeito.

Classificação e Recomendação do Júri


Após o saneamento (se houver) o Júri deve promover a classificação e desclassificação das
propostas, de acordo com o que está estabelecido nos Documentos de Concurso.

Todas as decisões de desclassificação devem estar devidamente fundamentadas. O Júri deve


preparar o Relatório de Avaliação das propostas, que deve conter no mínimo as seguintes
informações:

 Os dados do concurso (número, modalidade e objecto);

 A fundamentação das decisões de classificação ou desclassificação;

 A recomendação de adjudicação; e

 A assinatura do Júri.

Adjudicação do Concurso
O Júri deverá encaminhar o Relatório de Avaliação para decisão da AC, com a recomendação
sobre a adjudicação do contrato, de acordo com o Critério de Decisão e com os factores que
tenham sido indicados nos Documentos de Concurso.

O Relatório de Avaliação, contendo a recomendação de adjudicação, deve ser enviado para a


Decisão da AC através da UGEA. É responsabilidade da UGEA fazer o acompanhamento da
situação do processo e zelar pelo cumprimento dos prazos.

AC deve examinar a documentação enviada pelo Júri e emitir o despacho de adjudicação. Se


houver falhas que impeçam a adjudicação, os documentos serão devolvidos para o Júri fazer
as correcções necessárias.

A UGEA, após a decisão proferida pela AC, deve providenciar:

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A comunicação da adjudicação para todos os concorrentes, por escrito, no prazo não superior
a dois dias úteis contados a partir da data do despacho de adjudicação; e

A divulgação do resultado no quadro de avisos da EC e noutros órgãos de comunicação.

Contratação da Empresa Adjudicado


Após a divulgação do resultado do concurso, a EC deverá notificar, no prazo de cinco dias
uteis contados da adjudicação, ao concorrente vencedor para que apresente as certidões
actualizada que eventualmente tenham caducado durante o concurso.

Após apresentação das certidões actualizada, o concorrente vencedor é convidado novamente,


para no prazo mínimo de dez dias e no máximo de trinta dias apresentar a garantia e para
assinar o respectivo contrato. A UGEA deve analisar a documentação, propondo à AC a
adjudicação.

O contrato deve ser assinado de acordo com o modelo que constou do Documento de
Concurso. A assinatura do contrato em condições diferentes dá origem à invalidade. A
assinatura do contrato deve ser feita pelo representante da Entidade Contratante que tenha
poderes legais para assumir obrigações em nome da Entidade Contratante, de acordo com as
normas do órgão.

Depois de devidamente assinado, no prazo de cinco dias, o Contrato de Adjudicação deve ser
submetido ao Tribunal Administrativo, para efeitos de fiscalização prévia.

Supervisão e Fiscalização
Com a assinatura do contrato, a EC deve:

Designar a comissão, constituída por pelo menos dois membros, para recepção do objecto
contratual, no caso do fornecimento de bens e prestação de serviços; e

A designação do fiscal responsável pela supervisão directa.

Recepção do Objecto Contratual


O objecto do contrato deve ser objecto de recepção pela EC, de acordo com o seguinte:

Recepção de Empreitadas de Obras Públicas:

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 Provisoriamente - logo após a conclusão da obra, após a vistoria da EC sob o
testemunho do fiscal;
 Definitivamente -findo o prazo máximo de garantia de um ano, após a nova vistoria de
todos os trabalhos de empreitada.

Recepção de Bens e Serviços:

Logo após a recepção dos bens e serviços e a verificação de que os mesmos estão em
conformidade com o contrato, no local de entrega ou da execução.

Guarda/ Arquivação dos Documentos


É responsabilidade da UGEA o arquivamento e guarda dos documentos, sob supervisão do
AC. Todos os documentos originais e os actos decisórios devem ser devidamente numerados
e mantidos no respectivo processo administrativo para fins de fiscalização dos órgãos
responsáveis pela fiscalização podendo ser interna como externa.

Desta forma, é imprópria a circulação de documentos originais. Sempre que for necessária, a
circulação deve ser feita por cópia e nunca por originais.

De um modo geral, os procedimentos administrativos para o concurso geral podem ser


resumidos no seguinte fluxograma:

Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições (UFSA)

Criação da UFSA
Pelo regulamento de contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado, aprovado pelo Decreto n.º 15 /2010, de 24 de Maio foi
ajustado a Unidade Funcional de Supervisão das Aquisições como órgão com competência de
coordenação e supervisão de toda a actividade relacionada com a contratação pública, gestão
do sistema nacional centralizado de dados e informação e dos programas de capacitação em
matéria de contratação.

Na mesma vertente pelo Diploma Ministerial n.º 141/2006, de 05 de Setembro, a Unidade


Funcional de Supervisão das Aquisições, abreviadamente designada por UFSA, foi
estabelecida na Direcção Nacional do Património do Estado.

20
O Papel/Competência da UFSA
Constitui algumas das competência de órgão segundo alíneas do n.°1 do artigo 19 do Decreto
n.º 5/2016, de 8 de Março, os seguintes:

 Coordenação e supervisão de toda a actividade relacionada com a contratação pública;

 Gestão do sistema nacional centralizado de dados e informação; e

 Programas de capacitação em matéria de contratação

Supervisão, de Normas e Contencioso


No âmbito da coordenação da Supervisão, de Normas e Contencioso, compete à UFSA:

Propor a aprovação de normas complementares, necessárias á aplicação do Regulamento;

Emitir instruções e recomendações aos órgãos e instituições do Estado para aplicação do


Regulamento;

Prestar informações, esclarecimentos e dar parecer sobre a aplicação do Regulamento, sempre


que lhe sejam solicitadas pelos órgãos e instituições do Estado;

Propor ao Ministro que superintende a área das Finanças a emissão ou actualização dos
modelos de Documentos de Concurso; e

Propor modelos organizacionais para a função de contratação.

Cadastro, Estudos, Estatísticas e Informática / Internet


No âmbito do cadastro, estudos, estatísticas e informática / internet, compete à UFSA:
Centralizar e gerir o sistema nacional de dados e informações sobre as contratações do
Estado;

Formular, criar e prover a manutenção e actualização do cadastro de empreiteiros de obras


públicas, fornecedores de bens e de prestação de serviços e do cadastro de impedidos de
participar nos concursos e contratações;

Comparar os preços praticados nos contratos com os de mercado;

Formular, criar e prover a manutenção e actualização de um catálogo contendo as


especificações de bens e serviços;
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Analisar e propor sistemas de informação e a aplicação de tecnologias de informação e
comunicações; e

Realizar estudos quantitativos e qualitativos necessários à definição e implementação de


políticas públicas.

Treinamento, Ética e Cooperação com o Controlo Interno e Externo


No âmbito do Treinamento, Ética e Cooperação com o Controlo Interno e Externo, compete à
UFSA:

Elaborar e gerir o programa de capacitação em matéria de contratação;

Propor requisitos para a carreira e mobilidade de comprador público, prover a certificação dos
respectivos funcionários, propor requisitos e a política de promoções;

Promover a ética e práticas transparentes;

Estabelecer no âmbito das suas competências, mecanismos de cooperação com os órgãos de


controlo interno e externo;

Receber e analisar denúncias que lhe sejam apresentadas por qualquer pessoa sobre
irregularidade; e

Denunciar aos órgãos e autoridades competentes, as irregularidades apuradas no exercício das


suas atribuições.

Júri

A composição de Júri
O Júri é composto por um mínimo de três (3) membros, qualificados na matéria objecto do
concurso, dos quais pelo menos um (1) é funcionário ligado à Unidade Gestora Executora das
Aquisições, constituído em cada concurso, antes da abertura das propostas até a conclusão do
processo de avaliação, classificação, desclassificação e recomendação de Adjudicação.

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Competência de Júri
Constitui algumas das competências do júri segundo alíneas do n°1 do artigo 16 para alem
disso as competências específicas se encontra no artigo 76 do Decreto n.º 5/2016, de 8 de
Março a destacar:

Receber da Entidade Contratante, as propostas dos concorrentes e proceder à sua abertura;

Solicitar esclarecimentos aos concorrentes, em nome da Entidade Contratante, durante a


avaliação das propostas;

Propor à Entidade Contratante a consulta a técnicos e especialistas, quando necessário;

Propor à Entidade Contratante a lista curta, nos concursos com Prévia Qualificação, em Duas
Etapas e para a contratação de serviços de consultoria;

Propor alterações nas propostas técnicas iniciais, no concurso em Duas Etapas; e

Verificar os requisitos de qualificação dos concorrentes, avaliar, desclassificar, classificar as


propostas e recomendar a Adjudicação.

Autoridade Competente
Autoridade Competente: agente que representa a Entidade Contratante, formalmente
designado, com poderes para praticar os actos relativos aos procedimentos de contratação
definidos no Regulamento de contratação pública.

Do outro lado encontramos a Entidade Contratante que é órgão ou instituição do Estado que
promove a abertura de concurso e celebra o contrato, representado pela Autoridade
Competente.

Atribuições da Autoridade Competente


Destacam algumas as atribuições da autoridade competente, em representação da Entidade
Contratante, mediante proposta devidamente fundamentada da respectiva Unidade Gestora
Executora das Aquisições:

Indicar o interesse público específico a ser prosseguido;

Definir de forma precisa, suficiente e clara, o objecto da contratação;

23
Determinar a estimativa do preço da obra, bens ou serviços a contratar;

Definir a modalidade de contratação a ser adoptada;

Dispensar, nos termos previstos no presente Regulamento, os requisitos de qualificação; e

Declarar que os encargos estimados.

Unidades Gestoras Executoras das Aquisições (UGEA)

Competências da UGEA
Constitui algumas competências Unidades Gestoras Executoras das Aquisições, as seguintes:

Efectuar o levantamento das necessidades de contratação, em coordenação com as outras


áreas da Entidade Contratante;

Elaborar, realizar e manter actualizado o plano de contratações de cada exercício económico;

Elaborar os documentos de concurso;

Elaborar o anúncio de concurso;

Elaborar o convite para a manifestação de interesse;

Coordenar o processo de elaboração de especificações técnicas e/ou termos de referência;

Prover a planificação, gestão e execução dos processos de contratação e comunicar a Unidade


Funcional de Supervisão das Aquisições; e

Receber e processar as reclamações e os recursos interpostos e zelar pelo cumprimento dos


procedimentos de contratação.

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Conclusao
Os gestores e funcionários das instituições em geral, e em particular os técnicos da UGEA,
passam a dispor de um conjunto de instruções de utilidade prática, como meio de alcançar um
patamar superior na planificação e execução das aquisições, contratando obras, bens e
serviços da melhor qualidade por um menor preço, em perfeita harmonia com os princípios e
regras estabelecidos pelo Regulamento aprovado pelo Decreto nº 5/2016, de 8 de Março.

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Referências Bibliográficas
Braga, M. (1991). Gestão de Aprovisionamento. Lisboa: Editora Presença.

Da Costa, N. P. (2003). Marketing Para Emprrendedorismo. Brasil.

Megginson, L. C & Mosley, D. C. & JR. Paul, H, P. (1998). Administração Conceitos


Aplicação. 4ª Edição, São Paulo: Editora Harbra.

Samananga, M. F. (2012). Manual de Contratação Pública em Moçambique. Beira: UCM.

Legislação Consultada

Boletim da República (2005). Decreto n.º 54/2005, de 13 de Dezembro, que Aprova o


Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado. 1o Suplemento. I Série Número 49. Publicação Oficial da
República de Moçambique, Imprensa Nacional: Maputo.

Boletim da República (2006). Diploma Ministerial n.º 141/2006, de 5 de Setembro, que


Estabelece na Direcção do Património do Estado a Unidade Funcional de Supervisão das
Aquisições. I Série Número 35. Publicação Oficial da República de Moçambique, Imprensa
Nacional: Maputo.

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Boletim da República (2006). Diploma Ministerial n.º 142/2006, de 5 de Setembro, que
Aprova o Modelo de Estruturação das Unidades Gestoras Executoras das Aquisições. I Série
Número 35. Publicação Oficial da República de Moçambique, Imprensa Nacional: Maputo.

Boletim da República (2010). Decreto n.º 15/2010, de 24 de Maio, que Aprova o


Regulamento de Contratação de Empreitada de Obras Públicas, Fornecimento de Bens e
Prestação de Serviços ao Estado e revoga Decreto n.o 54/2005, de 13 de Dezembro. 1o
Suplemento. I Série Número 20. Publicação Oficial da República de Moçambique, Imprensa
Nacional: Maputo.

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