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OS 50 ANOS
DA ESCOLA
TENENTE AVIADOR
FREDERICO GUSTAVO
DOS SANTOS
Link do vídeo:
https://youtu.be/jfxjsFpjA7o
O PROJETO DE ARTE
Após ser lançado o Projeto Político Pedagógico da escola vieram-me as seguintes
questões:
Como utilizar a arte para que os alunos do 4º ano pudessem expressar a história de 50
anos da EMEF Tte. Aviador Frederico Gustavo Dos Santos integrando a comunidade
escolar em um projeto?
De que maneira um período de tempo tão maior que a idade desses alunos, que ainda
são crianças, poderia fazer sentido para eles?
Começamos a refletir por quais meios um relativo e longo período histórico poderia se
expressar de forma mais concreta para adequar-se a realidade dos alunos. Foi assim
que surgiram as noções de monumento e de arquitetura, pois são formas de
“expressões artísticas” que provavelmente permanecem no mesmo local por um longo
período de tempo, muitas vezes, indefinido, absorvendo e ressoando assim a história
além daquela que quis expressar inicialmente através de uma homenagem. Ou seja,
chegamos a conclusão de que há duas histórias paralelas em um monumento. A
primeira expressa uma homenagem a alguém ou a algum fato histórico, já a segunda é
a história do próprio monumento que resiste ao tempo ali naquele lugar em que se
localiza. Assim, percebemos que esse conceito de uma “segunda história” poderia ser
transportado para qualquer edificação arquitetônica, ainda que ela não tivesse a
intenção de fazer qualquer tipo de homenagem. O contato com esses “monumentos”,
ao passarmos frequentemente por eles durante longos períodos da nossa vida, nos afeta
de alguma maneira ainda que não nos demos conta disso. Com essas reflexões em
mente, optamos por uma estratégia simples de expressão artística (frequentemente
utilizada na educação) para expressá-las neste projeto através de um movimento
transdisciplinar entre a arte e a história. Ainda que a escolha do “monumento
particular” feita pelos alunos já não ter sido uma escolha arbitrária, a maquete foi um
meio para intensificar essa consciência dos alunos a respeito do afeto provocado por
esse seu lugar de pertencimento ao representá-lo. Como professor de arte, meu ponto
de vista parte de um princípio de que a arte só pode nutrir esteticamente se ela pode
afetar. E foi a partir dessas escolhas e reflexões que pôde haver um maior envolvimento
dos alunos e de suas famílias na criação das maquetes desses “monumentos afetivos”.
Afinal, muitas dessas edificações e lugares já estavam ali, algumas até mesmo antes dos
alunos nascerem, de tal forma que seus familiares poderiam contar histórias desses
lugares que eles não conheciam, criando assim uma rede de conexões e afetos entre os
estudantes, sua família, a escola, o bairro, o monumento escolhido e a sua maquete.
O PROCESSO
Os alunos do 4ºA realizando desenhos do projeto Alunos do 4ºB entrevistando uns aos outros
pessoal do monumento escolhido e a possível explicando alguns pontos do processo
definição de materiais que utilizariam para fazer a criativo de suas maquetes: o local do bairro
sua maquete. Antes disso, os alunos praticaram que inspirou a escolha do seu monumento;
desenhos de outros monumentos importantes do como os desenhos que fizeram e os materiais
mundo, do Brasil e da cidade de São Paulo. reaproveitáveis (de acordo com os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável do
Curriculo da cidade de São Paulo) que
utilizaram, puderam ajudar na sua realização;
e como os familiares puderam contribuir na
criação das maquetes.
O Largo do Japonês
MONUMENTOS e MAQUETES
Praças e parquinhos
da Vila Nova
Cachoeirinha
A capela do cemitério
Igrejas
O Hospital
Vila Nova
Cachoeirinha
MONUMENTOS e MAQUETES
A EMEF TENENTE AVIADOR FREDERICO GUSTAVO DOS SANTOS
MONUMENTOS e MAQUETES
A EMEF TENENTE AVIADOR FREDERICO GUSTAVO DOS SANTOS
A EQUIPE
Este foi um projeto colaborativo entre o seu proponente,
o professor de Arte do Ensino Fundamental 1 da escola,
os professores pedagogos dos quartos anos, os alunos
dessas turmas e suas famílias. Um projeto com uma
forte característica de envolvimento da comunidade
escolar e conectado ao PPP cujo tema era os 50 anos da
escola com o objetivo de uma mostra cultural no Dia da
Família como encerramento do ano letivo.
Os professores regentes
O aluno Nicolas do 4º B com sua
(pedagogos) dos quartos anos
maquete ao fundo e o professor de arte
(Carlos Avezum), proponente do em 2019, co-autores do projeto
projeto. “Passei a olhar mais as (Luiz Fittipaldi, Cinthia Santos e
coisas na rua de um jeito mais Teresa Paula) na sala de
artístico” (Nicolas do 4º B). exposição das maquetes.
Relato do aluno
Nicolas do 4º B.
VILA Nova Cachoeirinha. São Paulo: Primo, 2011. Son., color. Série
História dos bairros de São Paulo. Disponível em: https://youtu.be/
jfxjsFpjA7o. Acesso em: 04 mar. 2019.