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O Menino Que Conheceu Jesus Edicao Brasileira
O Menino Que Conheceu Jesus Edicao Brasileira
A V O Z N A ESCURIDÁO
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O MENINO QUE CONHECEU JESUS
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A VOZ NA ESCURIDÀO
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A VOZ NA ESCURIDÀO
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CAPÍTULO 2
D E SCO BRIN D O SEGATASHYA
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DESCOBRINDO SAGATASHYA
13“Pode haver tam bém quem tema que o Rosàrio possa revelar-se pouco
ecumènico pelo seu caráter m arcadam ente m ariano. N a verdade, situa-se no
mais claro horizonte de um culto à M ae de Deus tal como o Concilio delineou:
um culto orientado ao centro cristológico da fé crista, de form a que, “ honrando
a M ae, m elhor se conhe^a, ame e glorifique o Filho”. Se adequadam ente
com preendido, o Rosàrio é certam ente uma ajuda, nao um obstáculo, para o
ecumenismo!” (Bem-aventurado Joáo Paulo U, Rosarium Virginis Marite, n. 4).
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me m arcou p ara sem pre desde a prim eira vez que a ouvi.
Em O u r Lady o f K ibeho, contei com o um arrepio subiu
por m inha espinha quan d o ouvi a voz suave do garoto
sair pelos alto-falantes estourados do velho to cad o r de
fitas do Padre Rw agem a. A gravagáo era de urna conversa
que Segatashya teve com Jesus em m eio a urna aparigào
de urna sem ana antes. O Padre Rw agem a nos disse que
ele fez a g ra v a rlo em um dia e n so b ra d o , sob um brilhan-
te céu azul sem nenhum a nuvem ... Em seguida, ele nos
convidou a ouvir mais de perto.
As m ais ou m enos 200 crianzas com quem eu tinha me
sentado no chao da capela de um único còm odo do Padre
Rw agem a estavam táo fascinadas com o que ouviam no
to cad o r de fitas q u an to eu. Prim eiram ente nós ouvim os o
canto de urna enorm e m ultidao - m ilhares de vozes su
plicantes - que tinha se reunido em Kibeho p ara ouvir
os visionários se com unicando com o Céu. A m ultidao
gritava para Segatashya, dirigindo-se a ele pelo nom e e
pedindo p ara que pedisse um m ilagre... Um m ilagre que
lhes dessem fé no que estavam testem unhando e que os
ajudassem a crer verdadeiram ente ñas aparigóes.
Eu nao sabia disto naquele m om ento, mas o que eu
estava ouvindo era a única aparigáo na qual Jesús tinha
perm itido ao g aroto poder ver e interagir com as pessoas
que tinham vindo p ara vé-lo. D urante todas as dem ais
aparigòes, Segatashya ficava consciente apenas da presen
t a do Senhor.
Por cim a do ruido e da balbúrdia da m ultidao, levan-
tou-se a m acia voz de tenor do jovem visionàrio enquan-
to ele se dirigía a Jesús de form a reverente: “ Sim, Senhor,
eu disse a eles m uitas vezes”, p ronunciou a voz. “N ao,
Senhor, eles nao ouvem ... Eles sem pre me dizem que que-
rem um m ilagre. Eles nao querem acreditar que voce está
falando com igo, Jesús - nao sem antes verem um m ilagre
ou um sinal.”
Eu lem bro com o m eu coragào se dilatou qu an d o ouvi
Segatashya falar naquele dia e de com o fiquei tocada pela
sinceridade e pela tern u ra que reverberavam em sua voz
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CAPÍTULO 3
OS V ISION ARIO S d e k ib e h o
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OS VISIONARIOS d e k ib e h o
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com pleto. Ele olhava em silencio para mim com o seu olhar
“ oficial” de diretor de escola até que eu prom etesse ficar
quieta e aguardar pacientem ente enquanto ele nos falava
sobre Kibeho do seu pròprio jeito e no seu pròprio ritm o.
A prim eira coisa que papai queria voltar a co n ta r a
respeito de estar em Kibeho era a paixáo, devo^ào e o
estado de espirito da enorm e c o n g re g a d o de peregrinos
que ele tinha juntado lá. Ao final de cada apari^áo, ta n
to a Virgem M aria q u an to Jesus diziam ao visionàrio a
quem estavam aparecendo quando exatam ente as pesso-
as poderiam vè-los novam ente. De fato, a Santissim a Vir
gem (ou Jesus, se o visionàrio em questáo era Segatashya)
contava a cada visionàrio a d ata exata e a hora de sua
próxim a apari^ào e depois essas datas e horários eram
divulgadas pelo ràdio. Essas in f o r m a le s possibilitavam
aos peregrinos que queriam ir a Kibeho se planejarem
p ara fazer a jornada em diregao ao local sagrado.
C om o papai nos contou, m ilhares de peregrinos che-
gavam em Kibeho com a esperanza de serem curados de
doen^as ou carregando objetos que eles queriam que fos
se aben^oados po r M aria e Jesús, am olando o visionários
p ara conseguir. M uitos peregrinos saíam de suas aldeias
com os bolsos cheios de rosários, os quais eles erguiam
sobre suas caberas na hora em que os visionários subiam
ao palco. O utros traziam vasilhas com águas dos rios, es
p erando que aquele líquido fosse m ilagrosam ente tra n s
form ado em água benta durante as a p a r i j e s .
“Estes eram pequeños presentes dos visionários aos
fiéis - presentes que ajudavam a criar urna atm osfera de
am or entre toda a assem bléia” , disse meu pai. Ele estava
realm ente espantado com o fato de que tantas pessoas, que
tinham feito a m esm a jornada longa e dolorosa que ele
(algumas de lugares aínda mais distantes!), estivessem em
estados de espirito repletos de am or após suas chegadas.
“ Q uantas vezes na vida voce pode encontrar um lugar no
qual m ilhares e m ilhares de pessoas estejam apertadas jun
tas em urna pequeña área durante dias, com pouca com ida
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“ Os Filhos de K ibeho” :
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,7“ [A] salva^áo vem de C risto-C abera por meio da Igreja, que é o seu corpo.
P ortanto, nao poderiam ser salvos os que, conhecendo a Igreja corno fundada
por C risto e necessária á salva^áo, nela nao entrassem e nela nao perseverassem.
Ao mesmo tem po, grabas a Cristo e á sua Igreja, podem conseguir a salva^áo
eterna todos os que, sem culpa própria, ignoram o Evangelho de Cristo e a sua
Igreja, mas procuram sinceramente Deus e, sob o influxo da gra^a, se esforgam
por cum prir a sua vontade, conhecida através do que a consciencia lhes d ita ”
(Compendio do CIC, n. 171).
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CAPÍTULO 4
CR IA N ZA , FILH O , IR M Á O E
V ISIO N A R IO PR IN CIPA N TE
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CRIAN(JA, FILHO, IRMÁO E VISIONARIO PRINCIPIANTE
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CRIANZA, FILHO, IRMÁO E VISIONARIO PRINCIPIANTE
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M as ele nao tinha dito a nossos pais que iria para táo Ion-
ge, provavelm ente porque ele sabia que nao o deixariam
ir. E, por ele ter evaporado sem deixar qualquer vestigio,
eles, após descobrirem que ele estava sum ido, ficaram fora
de si de táo preocupados.”
“ E ntáo, um belo dia, após várias sem anas, alguém
que trabalhava para aquele próspero fazendeiro deixou
alguns sacos de arroz e feijáo em nossa casa e disse-nos
que aquela com ida era o pagam ento pelo trab alh o de Se-
gatashya. Papai foi direto p ara a fazenda e trouxe o garo-
to de volta. O fazendeiro disse a m eu pai que odiava ter
que ver Segatashya ir em bora, pois ele nunca tinha visto
um tra b a lh a d o r táo em penhando qu an to m eu irm áo. Ele
acrescentou que Segatashya tinha rápidam ente conquis
tado boa reputa^áo po r ser um em pregado honesto, zelo-
so e de bom caráter.”
“ Segatashya levou um a surra de m eu pai por ter saído
po r ai sem perm issáo, m as ele sorria durante to d o o tem
po em que papai gritava com ele, pois estava m uito feliz
de ter voltado para a sua fam ilia. E no jantar daquela noi-
te todos nós está vam os felizes - gragas ao arroz e feijáo
proporcionados p o r Segatashya, todo m undo ficou com o
estóm ago cheio pela prim eira vez em m uito tem po.”
“ M ais tarde, naquela noite, Segatashya confessou para
m im que foi dorm ir chorando todas as noites enquanto
esteve fora. ‘Eu ficava com ta n ta saudade de casa quando
ia d e ita r’, disse-me ele, ‘que pensava comigo: Ryangom be,
deus de Ruanda, se m inha fam ilia nao estivesse passando
fom e, eu voltaria para nossa cabana neste exato segundo
e nunca deixaria m eu lar outra vezV Este é apenas um
exem plo do qu an to ele era am ável e gentil; ele nasceu
com um belo cora^áo.”
C hristine passou a me co n tar que, apesar de Sega
tashya ter sofrido m uito com a solidáo qu an d o saiu de
casa pela prim eira vez, ele náo hesitou em sair de novo no
ano seguinte, quando a colheita da fam ilia se perdeu pela
segunda vez e eles estavam passando fome.
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CRIANgA, FILHO, 1RMÁO E VISIONARIO PRINCIPIANTE
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saido p ara colher nosso feijào, senào eie teria dado urna
surra em Segatashya naquela h o ra e là m esm o, nào im
portasse com quem eie estivesse conversando!”
“Pareceu que se passaram m uitas horas... Segatashya
estava dizendo coisas que eu nào conseguía com preen-
der naqueles días, m as depois aprendi que eram o r a j e s
e coisas da Biblia que Jesus estava lhe ensinando. Em al-
gum m om ento naquela tarde, eie finalm ente se levantou
e com e^ou a pregar para a m ultidào que tinha se reuni
do. Eram , pelo m enos, 400 ou 500 pessoas, todas com os
olhos colados em m eu irm ào. O que eie falou para elas
foi o seguinte:”
Jesus està dizendo isto a vocès: Q ue cada um de vocès
procure a m inba verdade e siga o caminho que tracei na Bi
blia para toda a bumanidade. Q ue cada bom em e m ulher seja
fiel a cada palavra que eu falei. Q ue todos os que sabem que
eu caminbei um dia sobre esta Terra estejam cientes de que
retornarei a este m undo, e que todos teráo de prestar contas
a m im , para que eu os julgue a firn de saber se viveram suas
vidas de acordo com m inbas palavras, pois minhas palavras
sao tesouro celestial. Todos os que buscam por prazeres m u n
danos em vez da verdade de m inhas palavras estáo pondo em
risco suas almas eternas. Vejam m inhas palavras em M ateus
24,35 - Passarào o céu e a terra. M inbas palavras, porém, nào
passarào.19 E leiam m inhas palavras que foram registradas na
Biblia, para vocès terem certeza de que tudo o que eu digo lá
é verdadeiro e que certamente acontecerá.10
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CAPÍTULO 5
PR O C U R A N D O SEGATASHYA
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PROCURANDO SEGATASHYA
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.s e g n t n s h y n e w
-f r e t A -t e n o C o le g io
d e K Íb e h o ia ,o v e r ñ o
d e 15 2 S , lo g o c ip o s
15
c o w -p le t n r - niA ,os.
Jesús Cristo k u -n iA -d o u .
.s e g n t n s h y n p o r a
h íib e h o p n r n q u e e le
o o m .p n r t ilh n s s e c,ont
t o d o s n s i'w .e iA .s n g e v A .s
d o s e iA -h o r s o b r e
n r r e p e i ^ -d i n ^ .e k v t o ,
r e d e iA -f ñ o e s n lx /n f ñ o .
s e g n tn s h y n rezan do
ia,a cnpeln de Klbeho, em.
i j g s . . Ble sekvrpre rez ¡vn
cuates de s u b ir no "Palc-o
dos visioiA,ários" -para
re&eber u.m,n npnrifño
públic-n d e je sú s.
s e g n t n s h y n n jo e lh n d o 1^0 p n la o en *. 1-d .b e h o
d u .r n iA .t e u i^ u -n v i s i t o d e J e s ú s . < a u n iA ,d o o
s e iA -h o r n p n r e c e u p n r n e le , o jo x /e m . v i s i o n a r i o
e iA -t r o u e^w . u m . p r o f u n d o t r f lt A .s e e f ic o u
a b s o r t o d e t u .d c , e ^ c e to d n p r e s e r a d e Jesús e
das p n ln v r n s q u e Ble f n ln v n n o g n r o t o .
A s pergui/vtas que
■Segataskya fa z ia aJesús
eraiM. tra n sm itid a s por
a Lto-falantes -para que os
s ilb a r e s de peregrinos
que a correrán*. a hábeho
pudessent ouvir cada unta
das palavras.
Bu segurando
a sobríi^Ma de
s e g a tflshyn, TVierese
Agateret&we, que
estova covu. apegas sete
kvceses de vida.
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ele nao fosse tào inocente, eu acho que Jesus o teria ‘feri
do’ com um pequeño relám pago po r ter sido tào descara
do ás vezes. Eu queria estar com m inhas fitas aqui, para
poder tocá-las para voce, m as, infelizm ente, náo as tenho
mais. Elas foram todas destruidas durante o genocidio,
juntam ente com os meus cadernos. M as eu posso dar al-
guns exem plos do que eu me lem bro.”
“ Eu costum ava ficar no palco, ao lado de Segatashya,
e gravar a sua parte da conversa com Jesus. A pós a apa-
rigào, eu o entrevistava novam ente p ara registrar a parte
do Senhor daquela m esm a conversa. Ao colocar juntas as
duas partes, eu poderia recriar o diálogo entre o visionà
rio e o Filho de Deus, o qual eu transcrevia e arquivava
em m eu relatório p ara a C om issáo de Inquérito.”
“Eu nunca vou me esquecer de um debate teológico
em particular que Segatashya teve com Jesus a respeito do
pecado, arrependim ento e perdáo. Com e^ou com o garoto
sugerindo que Deus dizia urna coisa, mas fazia ou tra.”
O Padre Félicien com egou a recitar a conversa entre o
Senhor e o jovem visionàrio:
Jesus, voce nos diz para am arm os nossos inimigos... Mes-
mo quando nossos inimigos nos prejudicam e parecem maus
e pecadores. M as Deus nao travou urna luta contra Satanás e
o jogou no inferno? Voce nos diz que Satanás é o nosso m aior
inimigo e que devemos lutar contra ele e suas tentagóes. Voce
poderia explicar com o, por um lado, voce nos diz para am ar
mos nossos inimigos, e, por outro, parece tào obvio que voce
odeia Satanás?
M eu filbo, eu nao odeio Satanás - ao contràrio, é Satanás
que m e odeia. Se Satanás se arrependesse e sinceramente pe-
disse perdào a Deus pelos seus pecados, entao ele seria per-
doado e poderia voltar ao Céu. Mas, para que isso acóntela,
Satanás deve se arrepender sinceramente, do fundo do seu
coragao. Agora responda a essa questáo, meu filho: vocé sabe
quantos tipos de confissoes existem?23
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estou corti voce! Eu sei que voce m orreu por nossos pecados
para nos salvar porque voce nos ama. O brigado por seu am or
e por todas as respostas que me deu, Senhor. Eu cantarei seus
louvores e espalharei suas mensagens por todo o m undo coiti
alegría em meu cora^áo!
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CAPÍTULO 6
O BO M D O U T O R E O FIM DOS DIAS
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iria devastar o país se as pessoas nao enchessem seus co-
ragoes com o am or de C risto.
D urante o genocidio, eu tinha certeza de que o Arm a-
gedom tinha chegado e o epicentro do A pocalipse era R u
anda. Aquele h o rro r nao foi o Fim dos Dias, m as talvez
tenha sido um sinal de que o fim está próxim o.
Voltei-me p ara o livro do Dr. B onaventure, que ainda
rstava aberto sobre meu colo, e fiquei chocada com a pas-
sagem de urna entrevista sobre a qual m eus olhos tinham
parado:
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CAPÍTULO 7
O FIM D O M U N D O C O M O FOI D ITO PO R JESUS
26“0 Juízo Final acontecerá por ocasiao da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai
conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu
Filho, Jesús Cristo, Ele pronunciará entáo sua palavra definitiva sobre a historia.
Conheceremos entáo o sentido últim o de toda a obra da cria^áo e de toda a eco
nomía da salvagáo, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua
providencia terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que
a justi^a de Deus triunfa de todas as injusti^as cometidas por suas criaturas e que
seu am or é mais forte que a m orte (Ct 8,6)” (CIC, § 1040. Grifo nosso).
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O FIM DO MUNDO COMO FOI DITO POR JESUS
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28“ Os filhos da Santa Igreja, nossa M ae, esperam justam ente a graga da
p e rs e v e ra la final e a recom pensa de Deus, seu Pai, pelas boas obras realizadas
com sua gra?a, em com unháo com Jesús. O bservando a mesma regra de vida,
os fiéis cristáos partilham ‘a feliz esperanza’ daqueles que a misericordia divina
reúne na ‘Cidade santa, um a Jerusalém nova que desee do céu de junto de Deus,
preparada como um a esposa’ (Ap 21, 2 )” (CIC, j 2016. Grifo nosso).
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O FIM DO MUNDO COM O FOl DITO POR JIÍSUS
agido em favor do dem onio no Fim dos Dias nao quer dizer
que o seu cora$áo estava convertido a D eus.19
O que acontecerá no último no dia?
N o últim o dia, o planeta irá tremer e a alegría dos justos
será imensa. Um grande arco-iris, de incontáveis cores, atra-
vessará o céu e urna nuvem branca irá se formar. Nesse m o
m ento, voce m e verá emergir da nuvem carregando a minha
cruz. Eu vou enviar todos os meus anjos ao redor da Terra
para juntar todas as pessoas do m undo. M inha cruz farà os
bons e os maus estremecerem. E, entáo, julgarei todas as al
mas diante de m im , decidindo quem agiu fielmente em favor
do Senhor e quem nào, e atribuirei a cada pessoa o lugar que
eia merece na eternidade.
Todo o sofrim ento do Fim dos Dias estará acabado e to
das as lutas da vida sobre a Terra tem o indo embora para
sempre. N inguém mais precisará se arrepender - pois, para os
justos, que se arrependeram durante toda a vida, será a hora
de se regozijar no Paraíso. E, para os maus, será tarde demais
para se arrepender.
A alma nunca morre e toda alma pertence a Deus. N o
últim o dia, as almas que conquistaram um lugar no Reino
de Deus sairno da Terra sem levar nada com elas. Aqueles
que rejeitaram a Deus e foram julgados pecadores obstina
dos desceráo aos infernos, onde padecerào a m orte eterna.
Aqueles que amaram e serviram a Deus subirào ao Céu, onde
passarào a vida eterna no Paraíso.
A pós todas as almas escolhidas por D eus terem ido ao
Céu, um grande fogo irromperà das profundezas da Terra e o
m undo será consumido em chamas. E todos aqueles que re
jeitaram o Senhor e se recusaram a crer queimarào no fogo.30
“ “Cham ado á felicidade, mas ferido pelo pecado, o hom em tem necessidade
da salvagáo de Deus. O socorro divino lhe é dado, em Cristo, pela lei que o
dirige e na graga que o sustenta: ‘Trabalhai para vossa salva^áo com tem or e
trem or, pois é Deus quem , segundo a sua vontade, realiza em vós o querer e o
fazer’ (F1 2,12-13)” (CIC, j 1949).
30“A ressurrei^ao de todos os m ortos, ‘dos justos e dos injustos’ (At 24,15),
antecederá o Juízo Final. Este será ‘a hora em que todos os que repousam
nos sepulcros ouviráo sua voz e sairáo: os que tiverem feito o bem, para urna
ressurreigao de vida; os que tiverem praticado o mal, para um a ressurrei^áo de
julgam ento’ (Jo 5,28-29). Entáo Cristo ‘virá em sua gloria, e todos os anjos com
Ele. [...] E seráo reunidas em sua presenta todas as na^óes, e Ele há de separar os
homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as
ovelhas á sua direita e os cabritos á sua esquerda. [...] E iráo estes para o castigo
eterno, e os justos iráo para a Vida Eterna’ (M t 25,31-33.46)” (CIC, $ 1038).
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CAPÍTULO 8
JO RN A D A S M ÍSTICAS E OS
A M O R O SO S BRACOS DE M ARIA
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JORNADAS MÍSTICAS E OS AMOROSOS BRAgOS DE MARIA
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“M ae, por qué?! Por que vocé está fazendo isso comi-
go?”, gritei, em um estado de absoluto medo e agonía. N ao
houve resposta, apenas mais e mais pancadas quebrando
meus ossos e rasgando m inha pele.
“Por favor, M ae, fale comigo! Talvez seja m elhor esque-
cermos o nosso encontro de hoje! Eu acho que nao era isso
que Jesús tinha em mente quando ele lhe pediu para me ensi-
nar urna liçâo. Eu já entendí! Já aprendí o suficiente!”
M aria perm anecía em silencio, e aquela dor esmagadora
continuava a m assacrar meu corpo. Eu me levantei e tentei
correr para me abrigar, mas, toda vez que eu fazia força para
ficar em pé, outra pancada me acertava bem no rosto. Meus
olhos ficaram tâo inchados que se fecharam. Eu me sentía
como se m inha coluna tivesse sido partida em duas e os ossos
de minhas pernas esmigalhados.
Após ter sido brutalm ente jogado ao chao por seis vezes
seguidas, finalmente decidí ficar abaixado. Eu pensei que, se
ficasse esparram ado no châo, meus torturadores invisíveis
poderiam se cansar de me bâter ou poderiam nào mais notar
m inha presença. M as nao era para eu ter paz. Tâo logo parei
de resistir e fiquei imóvel, urna força invisível levantou-me no
ar e, na hora em que eu ficava em pé, me batía novamente
contra o chao.
Parecía que o espancamento nao acabaría nunca, mas, de-
pois que meu rosto foi esmagado no châo pela décima quinta
vez, o poder que me tinha em suas mâos, qualquer que fosse
ele, decidiu me libertar.
Eu deitei-me com minhas costas doendo tanto que eu mal
conseguía respirar. Eu tinha certeza de que minha caixa to rá
cica estava m oída e meus pulmôes rasgados. Eu nâo sei por
quanto tempo permanecí inerte na escuridáo, mas eu estava
inteiramente convencido de que nunca mais conseguiría abrir
meus olhos ou cam inhar novamente.
Após o que me pareceu ser urna eternidade, os meus arre
dores com eçaram a brilhar e a Virgem M aria retornou com
seu familiar círculo de luz dourada. Em sua presença, a ago-
nia que consumía meu corpo e mente foi instantáneam en
te dissipada. M eu pobre filho, disse ela, tranquilizadora. Eu
sempre estive aqui para aliviar a sua dor. Agora vocé conhece
alguns dos sofrim entos que o m eu Filho teve que suportar
para tirar os pecados do mundo.
Após ter dito isso, M aria retornou ao Céu e Jesús reapa-
receu ao meu lado.
Ele me perguntou: Com o foi o encontro com minha M ae?
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CAPÍTULO 9
SA IN DO DE CASA, O PA D R IN H O E A
ESTRADA PARA BURUNDI
Kibeho foi o lugar onde Jesus apareceu pela prim eira vez
para ele e ele nunca m ais quis ficar longe de lá.
“Por favor, nao m ude p a ra longe daqui, p a p a i” , supli-
cou Segatashya. “ O Senhor nos encontrou neste lugar e
os visionários pertencem a Kibeho. Jesús realm ente am a
esse lugar!”
“ Suas visoes fizeram nossa pobreza piorar ainda mais...
C om o vocé ousa nos dizer para nao tentarm os viver nossas
vidas de um jeito m elhor?” , disse seu pai.
“M as voce nào conhece ninguém no lugar para onde
pretende ir. Voce nào tem nenhum dinheiro e nenhum pe
dazo de terra. Voces todos váo ficar fam intos! Além disso,
o Senhor nos visitou nesta casa. Esse é um local sagrado.
Ponha sua confianza em Jesus e ele proverà.”
“Jesus nào nos proveu até agora - e se nós m orrerm os
de fome isso será culpa sua, Segatashya!”
O g aroto estava táo triste e preocupado com o futuro
de sua fam ilia e com sua p ròpria solidáo que decidiu fa-
zer um a visita ao Bispo G aham anyi.
Segatashya tinha se to rn a d o am igo do bispo e agora
expunha os problem as do seu cora^ào p ara ele. O visio
nàrio lhe disse que tem ia po r seus irm àos e irm ás m eno
res, e que se preocupava com o seu pròp rio futuro, pois
poderia nào ter mais um a fam ilia e um lar p ara o qual
voltar quando fosse preciso.
“N à o se preocupe com nada disso, m eu g a ro to ” , disse
o bispo, confortando-o. “ O Senhor sem pre prove.”
O bispo, entào, adquiriu dois acres de terra para a fa
milia em um a aldeia vizinha, onde a irm à de Segatashya,
C hristine, vive até hoje. Eie tam bém disse a Segatashya
que providenciaría um carro com m otorista p a ra levar o
jovem visionàrio visitar sua fam ilia sem pre que fosse pos-
sivel. E o bispo disse ainda que Segatashya poderia ficar
em sua p ròpria residencia p articular sem pre que quisesse
e usá-la com o base en q uanto se preparava para sua mis-
sào no Burundi.
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parece que vocé a adiou por mais de um ano. Vocé pode nos
levar de volta a 1985 e nos falar sobre as dificuldades que
encontrou naquela época?
SEGATASHYA: Com o voce sabe, eu venho de urna pe-
quena aldeia e nao estou acostum ado com assuntos políticos
e governamentais. Eu nao sabia que em 1985 as coisas iam
m uito mal no Burundi. M eu padrinho, Víctor, contou-m e que
o presidente do Burundi estava perseguindo a Igreja e que
m uitos padres e m inistros foram m ortos ou jogados na prisao
por causa da perseguitjáo religiosa, que já estava m uito difun
dida naquela época. N ao era um bom m om ento para ir ao
Burundi pregar sobre Jesús... M as eu sabia que a p erseg u id o
aos fiéis era uma das razóes pelas quais o Senhor escolheu o
Burundi para eu comegar minhas missóes.
De qualquer form a, Víctor arranjou a papelada para o
visto e nós o obtivemos logo em seguida. M as, em 31 de Ja
neiro, que era o dia em que eu deveria viajar para o Burundi,
o em baixador burundiano m andou seu secretário particular
á casa de Victor com um a mensagem. O em baixador queria
que déssemos um a passada antes na em baixada para que ele
pudesse me desejar boa viagem.
Victor dirigiu até Kibeho para me apanhar. Logo em se
guida, voltamos para Kigali para ver o embaixador. Q uando
chegamos ao escritorio do homem e nos sentamos, ele nao
poderia estar sendo mais amigável. Ele apertou m inha máo,
deu tapinhas ñas minhas costas e disse que eu ia am ar o Bu
rundi - em seguida, ele pediu para ver meu visto e meu pas-
saporte, para se assegurar de que estava tudo certo. Ele saiu
da sala por nao mais que um m inuto. Q uando voltou, disse:
“Seu visto está cancelado. Tenham um bom dia e fagam uma
boa de viagem de volta para K ibeho” .
Victor e eu suplicamos ao hom em - dissemos que já tí-
nham os organizado toda a papelada, pagamos todos os ho
norarios e que o visto já tinha sido aprovado para viajar.
“Além disso”, acrescentou Victor, “Segatashya é um visio
nario de Kibeho a quem Jesús pessoalmente falou para viajar
ao Burundi levando mensagens urgentes sobre salva^áo pes-
soal.”
Eu, entao, expliquei ao em baixador em que consistiam as
mensagens do Senhor. Eu lhe disse que Jesús falou que o Fim
dos Dias estava próxim o e que nao podíam os perder mais
tempo.
“Eu nao tinha percebido que era voce”, disse o em baixa
dor, ainda sorrindo de form a amigável. “Isso m uda tudo r
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CAPÍTULO 10
MISSÁO N O C O N G O
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MISSÁO NO CONGO
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34N a tradicáo mística da Igreja cham a-se “dom de línguas” , que “ consiste
ordinariam ente em um conhecim ento infuso de idiomas estrangeiros sem ne-
nhum trabalho prévio de estudo ou exercício” (Antonio Royo M arín. Teología
de la perfección cristiana, M adrid, BAC, 2001, p. 895).
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MISSÁO NO CONGO
" “Fora da Igreja nao há salvacjáo. [...] ‘nao podem salvar-se aqueles que,
..ilicndo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesús Cristo como
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in stitu id o necessària, apesar disso náo quiserem nela entrar ou nela perseverar’
(Lum en Gentium , n. 14). [...] ‘Aqueles, portanto, que sem culpa ignoram o
Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com cora^áo sincero e
tentam , sob o influxo da graga, cumprir por obras a sua vontade coiihecida por
meio do ditame da consciencia podem conseguir a salva^áo eterna (lb id ., n. 16).
‘Deus pode, por caminhos Dele conhecidos, levar à fé todos os homens que sem
culpa pròpria ignoram o Evangelho. Pois sem a fé é impossível agradar-lhe (cf.
H b 11,6). M esmo assim, cabe à Igreja o dever e tam bém o direito sagrado de
evangelizar’ (A d Gentes, n. 2) todos os hom ens” (CIC, § 846-848).
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MISSAO NO CONGO
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disse eu. O soldado leu a carta e im ediatam ente disse aos ou-
tros para nos deixarem em paz. Ele devolveu a carta e Víctor
e eu saímos ilesos. Olhei para o envelope em minhas m aos e
perguntei ao meu amigo o que estava escrito na parte de tras.
“É um enderezo de urna casa nesta cidade, onde mora a
irmá Petronilla. Também diz: ‘Vocé sempre será bem-vindo
aqui’”, explicou Vincent, acrescentando em seguida: “N a p ró
xima vez em que o Espirito Santo te ensinar alguma nova lín-
gua, seria uma boa vocé também pedir para ele ensiná-lo a 1er” .
N ós encontram os o caminho que dava na casa da irmá
Petronilla. Ela era um a excelente senhora e nos deu jantar e
um quarto para dorm ir por um a noite. N a m anhá seguinte,
eu parti para continuar m inha missáo. Embarquei no trem
para Lubumbashi, onde eu estava escalado p ara falar sobre
o Fim dos Dias. Pedi para Vincent ir comigo, mas ele disse
que nao conseguía apagar de sua mente as imagens que ele
tinha visto em nossa últim a viagem de trem. “Deve haver al-
gum demonio vagando por este país, se coisas como aquelas
acontecem com familias viajando em trens lotados em plena
luz do dia”, disse ele. Vincent com prou um a passagem para a
Z ám bia e nunca mais voltou.
E nquanto eu continuava a falar por todo o país, as mul-
tidóes que vinham para ouvir as mensagens continuavam a
crescer. Eu dei um a entrevista para um a estagáo de rádio e
tive oportunidade de entregar as mensagens do Senhor ao
país inteiro pela primeira vez. Parecía que todos os novifos,
freirás e padres, de todas as dioceses do Zaire, ouviram aque-
la transm issáo. De repente, eu estava sendo convidado para
falar em todos os tipos de igrejas. O Bispo de Lubumbashi
estava táo tocado pelas mensagens que ele pessoalmente cha-
m ou os padres de todas as dioceses e falou para eles darem
apoio as mensagens. Os padres com eta rain a brigar entre si
para ver quem me agendaria primeiro. Fui convidado para fa
lar em 37 paróquias. M inhas palavras tam bém estam pavam
os j ornáis, e m uitas pessoas que me viram falar e ouviram as
mensagens tam bém foram entrevistadas.
As m ultidóes cresceram ao ponto de reunir 5 mil pessoas
p o r vez - todas elas táo quietas e atentas que vocé poderia ou
vir um a lágrima caindo. M inhas conferéncias se tornaram táo
populares e as multidóes táo grandes que o pároco de Nossa
Senhora do Congo designou-me um carro com m otorista e
quatro seguranzas para ficar comigo a todo o mom ento. Os
lugares em que eu falava tam bém foram crescendo. Comecei
a falar em salóes de universidades que tinha capacidade para
abrigar milhares de pessoas e foram feitos preparativos para
pronunciam entos em estádios.
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MISSÂO NO CONGO
Eia disse que estava em sua casa com sua filha quando
soldados irrom peram pela porta e tentaram estuprar a meni
na. “Eles a agarraram e estavam arrancando as roupas delà,
mas eia nâo deixava que tocassem nela. Ella bateu no rosto de
um deles e o homem tirou urna faca enorme e a esfaqueou no
estómago. Em seguida os outros soldados tam bém pegaram
suas facas e deram várias e varias facadas nela. Eles a mata-
ram! Aqueles demonios m ataram minha única filha! Eia era
tudo que eu tinha no m undo!”
O Padre François e eu nos olhamos pensando no que fa-
zer e com o consolar aquela pobre mulher. Nesse m om ento,
eia gritou: “Eu nâo quero mais viver!” A porta de trás do
carro se abriu repentinam ente e em seguida ouvimos um b a
que terrível. O carro derrapou na estrada até que o Padre
François o conseguisse controlar e parar no acostam ento. A
m ulher nâo estava mais no banco de trás. N ós a encontram os
a mais ou menos 30 metros de distancia. Eia estava m orta.
O Padre François e eu estávamos trem endo. N ós nâo con
seguíamos acreditar no que tinha acabado de acontecer. N ós
oram os sobre o seu corpo a pedimos a Deus que tivesse mise
ricordia de sua alma.
Encontram os outro padre dirigindo pelas redondezas e
pedimos para ele cham ar a policía. Q uando os policiais che-
garam , eles prenderam o Padre François e o colocaram na
cadeia. Com o ele era o m otorista, eles pensaram que ele po-
deria ter atropelado a mulher. Era como estar no inferno - en
pensava que ia enlouquecer. Eu simplesmente estava cercado
pelo horror.
A única coisa que me impediu de enlouquecer foi a prote
çâo de Deus. Eu acho que Jesús quería me m ostrar o que ele
quería dizer quando falava que o m undo estava em péssimas
condiçôes. Eu nâo tinha percebido quanta violencia, òdio e
perversidade havia no mundo até sair de casa. M eu lar era
um lugar pacífico, onde as pessoas cuidavam umas das o u
tras. O Zaire abriu meus olhos para o tipo de destino que
o mundo pode ter quando nâo é tocado pelo am or de Deus.
O padre que tinha ido à polícia a nosso pedido levou-me
para sua paróquia e nós oramos por toda a noite. Eu rezei o R o
sàrio por horas e pedi a M aria que me livrasse da dor em meu
coraçâo e da confusáo em minha mente. Eu pedi a Jesus que
cuidasse do Padre François e o protegesse dos demonios que
estavam me atacando. E eu pedi novamente a Deus que tivesse
misericòrdia da alma da mulher que saltou de nosso carro.
N a m anhà seguirne, meu coraçâo se sentia mais leve e
aliviado. Dois dias depois eu fui à delegacia de polícia para
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EPÍLOGO
FACE A FACE C O M SEGATASHYA
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FACE A FACE COM SAGATASHYA
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O MENINO QUE CONHECEU JESUS
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FACE A FACE COM SAGATASHYA
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FACE A FACE COM SAGATASHYA
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e qual era o tim bre de sua voz. Ele algum a vez riu ou
brincou? E fiz-lhe ainda algum as perguntas m ais pesadas,
relacionadas ao pecado á salva^áo, e sobre tu d o o mais
que sim plesm ente saía de m inha cabera.
Súbitam ente, percebi que estávam os bem próxim os
dos limites do cam pus e que Segatashya já tinha parad o
de andar. Por fim, tom ei fólego e me desculpei por nao ter
p arad o de falar. Ele perm anecía em silencio... “ Desculpe,
Segatashya, acho que fui um pouco rude perguntando-lhe
tantas coisas... Eu nao quero to m ar m ais o seu tem p o ” ,
disse, cabisbaixa.
“Ah, nao, nao! Sem problem as, Im m aculée” , respon-
deu ele, com um a risada calorosa. “ Eu entendo perfeita-
m ente po r que vocé tem tan tas perguntas e eu teria tantas
qu an to vocé. Eu am o falar sobre Jesús e suas m ensagens.
Eu estava apenas pensando sobre com o com e^ar...”
“Bem, vocé poderia me em prestar os seus olhos po r al-
guns m om entos, se isso fosse possível. D esta form a, eu p o
deria ver tudo que vocé viu” , brinquei. Ele riu novam ente
e depois com e^ou a responder algum as das questóes que
eu fui lhe atirando desde que tinha saído do m eu quarto.
“Vamos com e^ar falando sobre com o era sua aparén-
cia” , com e^ou Segatashya. “Jesús é um hom em alto, tem
1.80m m ais ou m enos, ou talvez seja até um pouco maior.
E ele é um hom em forte, com o se tivesse passado m uito
tem po de sua vida fazendo trabalhos físicos.”
“ Ele parece estar no fim dos seus 30 anos ou no com e
to dos 40, e geralm ente veste um a túnica branca. As vezes
veste tam bém um a sotaina litúrgica sobre seus om bros,
que as vezes era da cor verm elha, as vezes da branca. A
sotaina cai sobre seus om bros, com o no estilo tradicional
de se vestir do hom em ruandés.”
“Jesús tem barba e um longo e negro cábelo que desee
até os om bros. Ele é um hom em m uito bonito e tem um a
face m ad u ra que geralm ente carrega um a expressáo séria.
Seus olhos sao m uito suaves, m as sem pre firmes e deter
m inados. E difícil descrever o tom de sua pele, pois nao
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FACE A FACE COM SAGATASHYA
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FACE A FACE COM SAGATASHYA
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FICHA CATALOGRÀFICA
Ilibagiza, Immaculée
O menino que conheceu Jesús: Sagatashya de Kibeho
/ Immaculée Ilibagiza e Steve Erwin; traduçâo de
Rafael Guedes - Cam piñas, SP : Ecclesiae, 2013.
ISBN:
1. Cristianism o 2. Catolicism o 3. Experiéncias
religiosas.
I. Immaculée Ilibagiza II. Steve Erwin III. Título
C D D - 2 4 8 .2
índices para Catálogo Sistemático
1 .Experiéncias religiosas (misticismo, conversao) - 248.2
2. Catolicismo - 282
V____________________________________________
¿9
ECCLESIAE
788563 160478