INTRODUÇÃO: A meningite é uma doença que consiste na inflamação das
meninges, podendo ser causada por diversos agentes infecciosos, dentre eles, estão as bactérias. A Streptococcus pneumoniae do grupo B, emergiu como a principal causa de meningite bacteriana na maioria dos países. Recém- nascidos estão entre o grupo de maior risco de contrai-la, principalmente os internados em UTI. Quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento, maior o risco de infeção. A meningite consiste em uma doença de altas proporções de casos de fatalidades e sequelas neurológicas [1,2,3]. O objetivo deste trabalho é analisar a atuação do fisioterapeuta no tratamento de um paciente com sequelas de meningite bacteriana. MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo de caso com amostra composta por um paciente com idade de 1 ano e 4 meses, do sexo masculino de um município da Zona da Mata Mineira. Foram avaliados prontuários através de um formulário semiestruturado elaborado pelos pesquisadores. Foi assinado pelo responsável da clínica um termo de consentimento para uso dos prontuários. O responsável pelo participante manifestou sua autorização assinando o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS e DISCUSSÃO: Consiste em uma criança que nasceu bem, foi levado a UTI devido a baixo peso e contraiu meningite bacteriana leve. Foi tratado e curado, no entanto, apresentou algumas sequelas, sendo elas; perda de equilíbrio, hemiparesia de membro superior esquerdo, dificuldade respiratória e torcicolo congênito leve. Após 6 meses de vida iniciou o tratamento fisioterapêutico, a principio com exercícios manuais de alongamento no músculo esternocleidomastoideo, obtendo a melhora do quadro de torcicolo. Foram realizados padrões respiratórios associados à propriocepção diafragmática e nebulização com soro fisiológico, gerando melhoras no padrão respiratório. Logo, por prescrição médica, foi indicado fazer natação após 1 ano de idade e exercícios de cinesioterapia motora. Após realização de testes feitos pela fisioterapeuta responsável, foi possível observar melhora na coordenação motora do paciente, no funcionamento cardiopulmonar e melhor condicionamento físico. Ao fazer uma análise de um estudo recente realizado, entende-se que, a aprendizagem da natação parece contribuir significativamente para um desempenho otimizado em várias habilidades motoras globais. Segundo alguns autores existem outros tratamentos para o torcicolo, que consistem na interversão cirúrgica para pacientes que não apresentam melhoras, o que não foi o caso do paciente em questão. [4,5]. CONCLUSÃO: O paciente analisado após ser submetido a exercícios fisioterapêuticos apresentou um quadro significativo de melhora em seu estado clinico. Demostrando assim, a importância da fisioterapia no tratamento das sequelas da meningite, buscando sempre proporcionar o máximo de funcionalidade e melhor qualidade de vida.
BIBLIOGRAFIA: [1] MADHI, SHABIR A. Vacina pneumocócica conjugada e
variação da epidemiologia de meningite bacteriana infantil. J Pediatria. 2015. [2] PINHO, LILIANA. Infeções associadas aos cuidados de saúde numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais: avaliação da eficácia das estratégias de prevenção implementadas. Revista de pediatria do centro hospitalar do porto. Ano 2013. [3] TAMINATO, MONICA. Rastreamento de Streptococcus do grupo B em gestantes: revisão sistemática e metanálise. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2011. [4] MARTINS, VERA. Desenvolvimento motor global de crianças do 1º ciclo do ensino básico com e sem prática prévia de natação em contexto escolar. Rev. Motricidade. 2015. [5] AVANZI, OSMAR. Avaliação estética e funcional do tratamento cirúrgico do torcicolo congênito com a técnica de liberação distal do músculo esternocleidomastoideo. COLUNA/COLUMNA. 2009.
Área do Conhecimento (CNPq): 4.08.00.00-8 - Fisioterapia e Terapia