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Pedriatria Iiii
Pedriatria Iiii
A pediatria é a especialidade médica responsável pela saúde geral de crianças e adolescentes, o que
inclui orientação, prevenção, diagnóstico e acompanhamento de doenças, incluindo câncer. Saiba mais.
Antigamente o médico pediatra limitava-se a acompanhar a criança desde o seu nascimento até a sua
adolescência, porém com a evolução da Medicina e seus recursos, ao longo dos anos foram
descobrindo-se patologias na gestação, os chamados fenômenos mórbido-fetais, onde o pediatra tem a
sua ação, a qual denomina-se Pediatria Perinatal.
A poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada
por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio
do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar
ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores
são os mais atingidos.
Transmissão:
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por
objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, por
meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más
condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do
poliovírus.
Sintomas:
Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos,
diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos, rigidez na nuca e até mesmo meningite. Nas formas
mais graves instala-se a flacidez muscular, que afeta, em regra, um dos membros inferiores.
Tratamento:
Não existe tratamento específico, todas as vítimas de contágio devem ser hospitalizadas, recebendo
tratamento dos sintomas, de acordo com o quadro clínico do paciente.
Sequelas: As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo
poliovírus, normalmente são motoras e não tem cura. As principais são:
– pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não
encosta no chão;
– crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado,
causando escoliose;
– osteoporose;
– paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na
garganta;
– dificuldade de falar;
– atrofia muscular;
– hipersensibilidade ao toque.
As sequelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que
ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a
qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas. Além disso, pode ser indicado o uso de
medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.
Prevenção:
A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de
idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O
esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4 e 6 meses) e
mais duas doses de reforço com a vacina oral bivalente – VOP (gotinha).
DOENÇAS PEDRIATICAS
As crianças são muito suscetíveis às doenças e isso ocorre porque o sistema imunológico ainda não está
totalmente desenvolvido. Por isso, essas doenças são chamadas de doenças infantis ou doenças da
infância, que se desenvolvem quando o sistema imunológico ainda não é capaz de combatê-las.
O Sistema Único de Saúde (SUS) tem um cuidado especial com as doenças infantis, tanto que lança com
regularidade as atualizações da Caderneta da Criança, dividida em duas versões: uma para menino e
outra para menina. Nela, os pais conseguem acompanhar o desenvolvimento dos filhos e recebem
informações importantes sobre os cuidados desde os primeiros dias de vida.2
No livreto, é possível ver se a criança está se desenvolvendo dentro dos padrões recomendados pelas
organizações de saúde. E um dos capítulos fundamentais desse acompanhamento é justamente a
prevenção de doenças infectocontagiosas. Para isso, existe um Calendário Nacional de Vacinação da
Criança, onde os pais podem acompanhar em qual momento seus filhos estão e quais imunizantes
precisam ser administrados.2
Por exemplo: assim que nasce, o bebê precisa tomar a vacina BCG e a vacina da hepatite B. A primeira
vacina combate a tuberculose, enfermidade infecciosa que mais mata no planeta e a terceira no Brasil,
segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim). Por ser uma infecção que ataca justamente os
recém-nascidos, a primeira vacina do bebê é muito importante.3
Tétano
O tétano pode surgir em um ferimento produzido por algum metal enferrujado. O tétano não é
transmissível de uma pessoa para a outra, mesmo assim a vacina é fundamental para evitar a doença
em suas transmissões mais comuns: o tétano acidental, por ferimentos externos contaminados com
terra, poeira ou fezes, ou então o tétano neonatal, adquirido pelo bebê na hora do corte do cordão
umbilical, devido ao uso de instrumentos contaminados.3
Graças à vacina do tétano, o contato acidental é bastante raro no Brasil. A doença surge quando os
esporos da bactéria Clostridium tetani atingem o sistema nervoso.3