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Apostila Sucroalcooleira
Apostila Sucroalcooleira
Apostila Sucroalcooleira
2. Capacidade de Expansão
Tabela 2.1 – Área Agricultável
Área Milhões de Hectares
Território Nacional 850,00
Total da Área Agricultável 320,00
Área Cultivada (Todas as Culturas) 64,40
Área Cultivada (Cana de Açúcar) 5,34
Área Cultivada (Cana de Açúcar para Álcool) 2,66
3. Área Agricultável
5. Industrialização
• Madura, com Brix elevado, baixo teor de açúcares redutores e baixo teor de
ácidos.
Teores altos de fibra tornam a moagem difícil e exigem altas potências nas
moendas.
a) Cana de Açúcar
Matéria-prima entregue na indústria constituída por colmos de cana limpa e
matéria estranha (palhas, terra, etc).
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b) Caldo
Caldo absoluto, cuja massa é igual à massa total de cana menos a massa
total de fibra.
Fibra 10 – 16%
Sólidos Solúveis 18 - 25%
5.10 Definições
e) Polarímetro
5.13 Deterioração
b) Vegetal
• São fibras que não contém sacarose. Geralmente palha resultante de mal
queima da cana devido umidade do canavial ou do desponte alto.
6. Visão Geral
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7. Preparo e Moagem
8. Recepção e Preparo
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8.3 Barracão
O barracão tem a função de estocar a cana. Isso é feito para suprir possíveis faltas
por motivo de chuva ou por falha no transporte, e também por poder haver eventuais quebras
e avarias nos silos e nas mesas alimentadoras.
Relação porcentual do pol das células abertas em relação ao pol total da cana.
É a relação existente entre a massa de cana (Kg) e o volume que esta se ocupa
3
(m ). A moagem é um processo volumétrico e que, portanto ela será mais eficiente à medida
que aumentarmos a densidade da cana na entrada do primeiro terno.
Isto é conseguido após a passagem da cana pelo picador e pelo desfibrador,
elevando a densidade da cana inteira (175 kg/m3) ou da cana picada (350 kg/m3) para valores
em torno de 450 kg/m3 de cana desfibrada.
9.4 Picadores
9.6 Espalhador
Faz-se necessária esta descompactação para obtermos uma camada fina e uniforme na
cana desfibrada.
19
9.7 Eletroímã
10.1 Moagem
Água de lavagem
Água de Bagaço para
de cana (entrada) embebição caldeira
Cana
Água de lavagem
de cana (saída)
Bagacilho
para lodo
- Embebição
Para
- Filtros
Caixa de lavoura
- Outros
caldo Caldo para
LC
sulfitação
Vinhaça Condensado
Medidor de
vazão Regenerador Regenerador
caldo x vinhaça caldo x condensado
a) Operação
Para alimentar esta calha é necessário uma camada de cana (desfribrada uniforme) fina, que
conseguimos através da velocidade elevada da esteira.
b) Função
Regularizar e uniformizar a moagem, e ainda tornar a pressão dos rolos sobre o colchão de
cana mais constante durante o processo de moagem desde que a mantenha cheia.
a) Rolo de Pressão
Encontra-se na parte superior do termo logo acima do rolo inferior de entrada. Sua função
é compactar a camada de cana permitindo uma melhor alimentação do termo.
b) Rolo Superior
Está localizado na parte superior do castelo, entre o rolo de entrada e o rolo de saída,
gira no sentido anti-horário. É muito importante no conjunto de ternos devido ao maior contato
com a cana.
Também recebe a força através do acoplamento e transmite aos demais rolos por
intermédio dos rodetes.
c) Rolos Inferiores
Preparo da cana;
Regulagem do terno;
Condições operacionais.
Os seguintes fatores devem analisados visando melhora na performance dos ternos:
• Índice de Preparo;
• Alimentação de Cana;
• Rotação e oscilação;
• Aberturas;
• Picotes,
• Chapiscos;
• Frisos;
23
10.2.4 Castelos
10.2.5 Rodetes
24
• São construídos em aço, tem como função acionar o rolo de entrada, saída e o rolo de
pressão através do rolo superior.
• Tem 15 dentes.
10.2.6 Pentes
10.2.7 Bagaceira
Tem como função conduzir o bagaço do rolo de entrada para o rolo de saída. É
resultante do traçado de cada terno objetivando o melhor desempenho do terno.
Cuidados
Se for instalada muito alta, a carga sobre o rolo superior é muito elevada,
ocorrendo desgaste da bagaceira, aumentando a potencia absorvida, sufocando a passagem
de bagaço. Resultando em alimentação deficiente do terno.
Se for instalada muito baixa, o bagaço ao passar sobre ela não é comprimido
suficientemente para impedir que o rolo superior deslize sobre a camada de bagaço resultando
em embuchamento.
10.2.8 Messchaerts
a) Limpeza
Deve-se ter atenção com sua limpeza, pois se enchem de bagaço rapidamente.
Para se efetuar a limpeza contamos com os seguintes acessórios:
Jogo de facas para remoção dos sulcos;
Braço de regulagem.
b) Vantagens
Melhora a capacidade da moenda permitindo extrair uma quantidade de caldo que, sem
eles provocaria engasgo;
11. Limpeza
11.1 Objetivo
11.2 Contaminação
a) Embebição Simples
É uma maneira rudimentar de aplicação da embebição, onde apenas água é
aplicada no bagaço de cada terno a partir do 2º terno.
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b) Embebição Composta
a) Água
Pode ser aplicada por meio de bica, neste caso existe o inconveniente de se embeber
a parte superior da camada de bagaço deixando a parte inferior menos embebida.
b) Caldo
A aplicação é feito normalmente através de bicas que tem por função distribuir o mesmo de
maneira uniforme por toda a largura da esteira.
Aumento da temperatura no
bagaço final, que pode levar a
Dificuldade na aplicação de soldas
uma pequena diminuição da
nas moendas, devido às condições
umidade até a alimentação das
de trabalho dos soldadores.
caldeiras;
Melhor extração
15.1 Introdução
Além do sistema de moagem, existe um sistema denominado de DIFUSOR,
33
onde a cana preparada, com um índice de células abertas (open cell) superior a 90
% sobre uma série de lavagens em número que varia de 12 a 18 vezes. Este processo pode
extrair até 98 % da sacarose, valor superior ao da moenda.
V a p o r a q u e c id o Á g u a q u e n t e
1 0 0 / 1 1 0 k g / T C He m b e b iç ã o 3 0 0 / 3 5 0 %
C a n a d e s f i b r aA d a
9 1 % o pd ee n c e l l
A f o f a d o rA f o f a d o r
B a g a ç o 7 2 %
d e u m id a d e
v = 1 m / m in
B a g a5 0ç o%
h 1 , 4 mp H = 6 d e u m id a d
t = 7 0 / 7 5 º C
B
B B a g a ç o %8 0 - 8 2
d e u m id a d e
15.3 Croqui dos Difusores Tipo de Smet e BMA que são os mais usados no Brasil
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a) Vantagens
Maior extração;
a) Vantagens
Grande flexibilidade operacional
b) Desvantagens
Equipamento grosseiro e anti-higiênico
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Manutenção cara
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Unidade II – Produção de Açúcar Cristal
1. Fluxograma da Produção de Açúcar
2. Tipos de Açúcar
b) Açúcar branco (tipo exportação): Há dois tipos para exportação: o branco para
consumo direto (humano), com baixa cor (100), produzido diretamente em usina, sem
refino; e o branco para reprocessamento no destino, também produzido diretamente em
usina, sem refino, cor 400.
c) Açúcar cristal: Açúcar em forma cristalina produzido diretamente em usina, sem refino.
Muito utilizado na indústria alimentícia na confecção de bebidas, massas, biscoitos e
confeitos.
d) Açúcar demerara ou bruto: Produto de cor escura, que não passou pelo refino.
e) Açúcar mascavo: Úmido e de cor castanha, não passa por processo de cristalização
ou refino. Usado na confecção de doces que não requeiram transparência.
g) Açúcar refinado amorfo: É o mais utilizado no consumo doméstico, por sua brancura
excelente, granulometria fina e dissolução rápida, sendo usado ainda em bolos e confeitos,
caldas transparentes e incolores e misturas sólidas de dissolução instantânea.
h) Açúcar VHP: O açúcar VHP - Very High Polarization é o tipo mais exportado pelo
Brasil. Mais claro que o demerara, apresenta cristais amarelados.
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j) Xarope de açúcar invertido: Solução aquosa com 1/3 de glicose, 1/3 de sacarose e 1/3
de frutose, têm alto grau de resistência à contaminação microbiológica. De poder
umectante e anticristalizante, é utilizado em produtos aditivados, com microbiologia e
temperatura controladas, além de frutas em calda, sorvetes, balas, bebidas, massa,
geléias, biscoitos, licores e bebidas carbonatadas.
Observação
Tudo vive em constante transformação, na maioria sempre para melhor e com mais
qualidade. Com o açúcar não é diferente. Por exemplo, no nosso uso doméstico, viemos
do açúcar mascavo para o açúcar cristal e, depois, para o açúcar refinado para fazer
doces, bolos e outras inúmeras receitas do dia-a-dia. E o açúcar de uso industrial também
mudou.
Antes o melhor era o VHP, mas agora também temos o VVHP (Very Very High
Polarization), que possui Pol acima de 99,5º - enquanto que o VHP tem Pol abaixo de
99,3º - e cor mais baixa (ICUMSA entre 300 e 500 UI). É quase um intermediário entre os
açúcares crus e os refinados.
c) Umidade: Determina se o açúcar está úmido, pois se estiver forma grumos nos cristais
prejudicando a qualidade do açúcar.
d) Dextrana: É causada por uma bactéria que quando presente leva o açúcar a formar
grumos e goma sendo prejudicial à qualidade do açúcar.
4. Determinação da Cor
O termo ICUMSA é a sigla da International Commission for Uniform Methods of Sugar
Analysis (Comissão Internacional para Métodos Uniformes de Análise de Açúcar).
6.1 Introdução
Água de
Entrada de de água Condensado
Enxofre água Balão
sólido resfriamento 200°C
Flash
Entrada
250°C
de AR
Entrada Decantador
Polímero Nível do caldo
rápido
Entrada
de AR Leite
de cal Polímero
Caldo
filtrado
LC
Para
Medidor caixa de Caldo para
de vazão Lodo Evaporação
Menor desgaste dos bicos das centrífugas provocando menor perda de fermento
oque permite menor consumo de ART do mosto).
7. Sulfitação
Consiste em promover o contato do caldo com o gás sulforoso (SO2) para sua
absorção, o que implica em:
C a ld o Á g u a
m is t o
R e s f r ia d 2 o r d e S O
C o lu n a d e s u lfita ç ã o
Á g u a
A r
E n x o f r e
C â m a r a d e
s u b lim a ç ã o F o r n o
C a ld o
r o t a t iv o
s u lf it a d o
Formar ácido sulfúrico, que pode causar corrosão nos equipamentos e inversão na
sacarose;
Formação de sulfato de cálcio que é mais solúvel que o sulfito de cálcio, aumentando o
teor de sais no caldo e causando incrustações nos evaporadores;
Resfriamento dos gases de combustão contendo o SO2 para em torno de 250°C, onde
a taxa de formação do SO3 é mínima.
Alguns técnicos afirmam que se pode sulfitar antes ou após a calagem, que o que
realmente importa é chegar ao mesmo pH final do caldo decantado. Mas no geral,
principalmente no Brasil, o processo preferido é a sulfodefecação, ou seja, primeiro faz-
se a sulfitação.
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Se a calagem é feita primeiro, o caldo fica exposto mais tempo a pH alcalino,
favorecendo a formação de gomas, como a dextrana, inconveniente por levar a
entupimentos de canalizações e interferir na cristalização do açúcar. Além do mais, a
rapidez da decantação e o volume do lodo dependem do pH do meio (reação do meio)
no qual se forma o precipitado.
O lodo sendo formado num meio alcalino será hidratado, portanto forma um maior
volume de lodo que será enviado para a filtração. O lodo formado em meio ácido é
mais compacto e apresenta maior velocidade de decantação.
Na prática admite-se:
• Calagem antes da sulfitação: decantação mais lenta, maior volume de lodo,
necessita maior capacidade de filtração;
A sulfodefecação para uma boa coagulação das impurezas deve ser conduzida:
7.4 Manutenção do pH
9. Fosfatação
O fosfato, expresso em ácido fosfórico é encontrado na cana sob duas formas
principais: como fosfatos solúveis do caldo e combinado nas proteínas das células. A
clarificação de caldos deficientes em fosfato natural é muitas vezes auxiliada pela adição
de fosfatos.
Em geral, caldos contendo menos de 0,03% de fosfatos são considerados
deficientes. A adição de fosfatos até este nível assegura maior formação de flocos de
fosfato de cálcio, mas teores de fosfato da ordem de 0,09% podem implicar em aumento
do volume de lodo e mais baixa velocidade decantação.
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A fonte normalmente utilizada para aumentar o fosfato natural presente na
cana é o ácido fosfórico, mas é comum usar fosfato de amônia, de manuseio mais fácil e
mais barata que o ácido fosfórico.
A fosfatação auxilia na remoção de materiais corantes e parte dos colóides do
caldo. O precipitado formado com a cal é o fosfato tricálcico. O ácido fosfórico é
acrescentado antes da calagem.
Tem a possibilidade de substituir a sulfitação, mas no geral deve ser considerado
como um auxiliar da clarificação e é usado numa dosagem de 250 a 300 ppm (mg/L).
10. Carbonatação
O caldo é aquecido, tratado com leite de cal e depois com CO2. Há precipitação de
carbonato de cálcio, que englobará as matérias primas corantes e as gomas, tornando um
complemento da clarificação.
É um método usado na produção de açúcar de beterraba e muito pouco citado para
açúcar de cana. Pode ser simples quando se usa apenas um tratamento com CO 2 e uma
filtração e duplo quando ocorrem duas operações de cada.
Há também um método com tratamento com gás carbônico e calagem
simultaneamente. Para caldo de cana o maior inconveniente é a caramelização dos
açúcares redutores, que escurece o produto.
11. Introdução
Normalmente o pH do caldo de cana varia entre 4,8 - 5,5, sendo que as canas
maduras apresentam um pH mais elevado, e nas canas passadas e queimadas, este valor
tende a um limite mais baixo.
Esta acidez pode ser alterada para menos, mediante a adição de álcalis, assim
como o leite de cal Ca(OH)2 , o qual constitui a base fundamental de todos os processos
de clarificação do caldo de cana, por formar compostos insolúveis no mesmo, sendo estes,
de fácil remoção por decantação e filtração.
O objetivo da caleação é a reação com o sulfito e com o ácido fosfórico (P 2O5),
formando sulfito e fosfato de cálcio, que são insolúveis em pH neutro e se precipitam na
decantação. O pH do caldo atinge a faixa de 7,2 a 7,8.
Pela adição de leite de cal, além da formação de compostos insolúveis, verifica-se a
coagulação de grande quantidade de colóides, e ainda uma elevação na concentração
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hidroxiniônica do caldo, pois se trabalhando com este em pH próximo à neutralização,
evita-se os produtos escuros resultantes da decomposição dos açúcares redutores. Sob a
ação do hidróxido de cálcio, quando este é aplicado em excesso ocorre à inversão da
sacarose, com conseqüente diminuição no rendimento da indústria, causado pela alta
alcalinidade do caldo em processamento.
A adição ou dosagem de leite de cal ao caldo proveniente da sulfitação é feita de
maneira contínua com controle automático nos tanques dosadores.
T a m b o r r o t a t iv o
Á g u a
C a l
P e n e ir a
T a n q u e s d e s e d im e n t a ç
T a n q u e s d e
p r e p a r o d o le it e
T a n q u e d e
a lim e n t a ç ã o
11.3 Parâmetros
• Preparação do leite de cal: CaO + H2O → Ca(OH)2 (exotérmica). O leite de cal é
preparado em dois tanques, dos quais um se esvazia, enquanto o outro
enche, dotados de agitador, girando a 8 – 10 rpm. A capacidade de cada
tanque é de 90 –120 minutos de operação da usina.
b) Calagem Quente
• Aquecimento do caldo a 70°C;
• Calagem até pH 7,8 e aquecimento até ebulição (105°C);
• Flash e decantador.
• Deve ser formado sacarato monocálcico e para isso a temperatura deve ser abaixo
de 58°C e a relação sacarose para óxido de cálcio deve ser acima de 6,1 para 1;
Normalmente para tal preparação existem duas caixas sendo a primeira com
entrada de água pela parte superior. Na primeira caixa é adicionado CaO e água, e com
auxílio de um agitador mecânico, faz com que em solução fique pré-homogenizada, em
seguida a solução é transferida para a segunda caixa, obtendo uma solução na faixa de
4,0 a 7,0º Baumé.
A água a ser utilizada no preparo do leite de cal não deve ser dura, sendo
recomendado o uso de águas condensadas. O tempo de hidratação e maturação da cal é
da ordem de 7,7 horas. Esta solução é agitada é bombeada para o processo sendo que o
excesso retorna para as caixas de preparação.
A acidez ou a alcalinidade final do caldo clarificado entrando na evaporação não é
indiferente. Na obtenção de açúcar branco é necessário um caldo caleado ligeiramente
ácido. Para açúcar demerara pode-se deixar o caldo levemente alcalino. O pH alcalino
implica em aumento de tempo de cozimento, dificultando a cristalização. O tempo de
cozimento é cerca de 20% maior para um pH 7,5 do que para pH 7,0.
Provocar a floculação.
14. Decantação
14.1 Introdução
K × D 2 ( d1 − d 2 )
v=
µ
Vantagens Desvantagens
Bastante sensível às variações de fluxo,
Baixo tempo de retenção (1 hora).
sendo obrigatória à automação.
Apresenta um alto consumo de polímeros
Baixas perdas por inversão.
(4 g/ m3 de caldo).
Produz um lodo menos concentrado
Menor volume e um menor tempo de
aumentando a recirculação de filtrado e
liquidação.
conseqüentemente as perdas.
Não decanta bem caldos com Brix elevado
Menor custo de implantação.
(maior que 18%).
Não é aconselhável para a fabricação de
álcool por necessitar de tratamento
químico.
O decantador mais utilizado nas usinas de açúcar é do tipo Dorr (Dorr Oliver). É
constituído de um cilindro de fundo e tampa cônicos. Internamente é composto por seções
ou compartimentos (em torno de 5), separadas por bandejas cônicas paralelas ao fundo,
as quais possuem uma abertura central que faz a comunicação entre os compartimentos,
constituindo o espaço por onde saem as borras.
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Este canal é atravessado por um eixo que sustenta suportes para os raspadores
em número de quatro. O eixo central é acionado por motor elétrico, e movimenta a uma
rotação entre 10 e 12 rph.
O caldo é alimentado pela parte central descendo pelo tubo central onde é
distribuído para as bandejas. O caldo claro é retirado por serpentina externa e sua vazão é
controlada através de canecas. O lodo é retirado por raspadores e direcionado para o
fundo.
Visando assegurar uma menor quantidade de bagacilhos ou resíduos sólidos no
açúcar e no mosto, o caldo clarificado passa por uma filtração adicional. Essa filtração
pode acontecer tanto na peneira rotativa que se encontra após os decantadores quanto
nas peneiras abertas.
14.3.3 Braço
Onde são fixadas as raspas, tendo cada compartimento formado por dois ou quatro
braços.
Um sistema de filtração deve alguns pré-requisitos para poder ser considerado como
eficiente, que seriam:
Apresentar baixa perda de sacarose na torta do filtro;
• Retenção ideal dos filtros: > 90% (rotativo apresenta em média 70%);
• Filtro Rotativo: menor consumo de polímero, maior área ocupada na fáfrica, maior
custo de instalação e maior quantidade de torta.
• Reevaporação do condensado.
Tubo de evaporação
VAPOR CALDO
Calor do Vapor
Película de
Condensado
descendente
Parede do
tubo
Calor do Caldo
Película de Caldo
Incrustação descendente
16.9 Calandra
2º Efeito
Pressão na calandra: 1,24 kgf/cm2
Temperatura na calandra: 106ºC
Vácuo na câmara de gases: 10,16 cm Hg
Temperatura na câmara de gases: 96ºC
Brix de entrada: 19,3
Brix de saida: 25
3º Efeito
Vácuo na calandra: 10,16 cm Hg
Temperatura na calandra: 86ºC
Vácuo na câmara de gases: 38,5 cm Hg
Temperatura na câmara de gases: 80,5ºC
Brix de entrada: 25
Brix de saída: 36,5
4º Efeito
Vácuo na calandra: 38,5 cm Hg
Temperatura na calandra: 80,5ºC
Vácuo na câmara de gases: 66 cm Hg
Temperatura na câmara de gases: 52ºC
Brix de entrada: 36,5
66
Brix de saida: 60 Água de
Aquecimento processo
Destilaria
Cozedores Sistema de
Cozedores Vácuo cont. Vácuo
Vapor vegetal V1 Aquecimento
Aquecimento Aquecimento MULTIJATO
V2 V3 V4
EVAPORADOR
Vapor
Xarope bruto
Caldo Pré-evaporado
Polímero Pré-floculante
Caldo Clarificado
Vapor
3500 m2
FLOTADOR
Ar
TANQUE XAROPE
FLOTADO
16.14.1 Incrustações
a) Composição do Caldo
Variedade de cana
Tipo der solo cultivado
Sistema de colheita de cana
Estado de limpeza da cana (terra)
Sistema de lavagem de cana
Grau de extração pela moenda
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b) Peneiramento do Caldo
Encher os tubos com solução 2 a 3% de NaOH, ferver por várias horas e lavar em
seguida com água;
Evetualmente pode-se após o tratamento com soda, lavar com solução 2% HCl.
69
c) Recomendações
Instalar medidor de nível em todas as caixas de evaporação.
O funil coletor de caldo situado no interior do tubo central deve ser posicionado a
1/3 da altura dos tubos.
Um outro meio pratico é observar através das lunetas, de tal forma o caldo se
mantenha jorrando dos tubos sobre toda a superfície do espelho, molhando-o sem
submergi-lo.
Sistema de retirada de condensado com sifão ou sistema automático.
Em qualquer equipamento que se utiliza vapor como fonte de calor, após a sua
condensação é necessária uma continua retirada de incondensáveis, pois eles ocupam
espaço e impedem a entrada de vapor naquela região, reduzindo significamente o
processo de transferência de calor.
A quantidade desses gases é muito mais freqüente em corpos aquecidos com vapor
vegetal e principalmente nos corpos sob vácuo.
• Manter o vácuo da última caixa acima de 24 pol Hg (61 cm Hg), pois influência
diretamente na evaporação.
Se estes gases não forem retirados continuamente eles irão se acumular e num
caso extremo, tomam toda calandra interrompendo rapidamente a evaporação.
Além de problemas relacionados com a diminuição da transferência de calor,
normalmente estes são os principais causadores de corrosão.
• Evitar operar o múltiplo efeito além de sua capacidade normal, lembrando que o
corpo acima da calandra não serve ao caldo;
• Evitar deixar subir o nível do caldo muito acima do nível ótimo;
SEPARADOR
DE ARRASTE
SAÍDA DE VAPOR
SEPARADOR
DE ARRASTE
19.2 Diminuição do pH
• Perdas por inversão, tanto mais elevadas quanto mais altas forem a temperatura e
a acidez. Acima de 100ºC, a inversão aumenta muito e fica proibitiva acima de 125
-130ºC.
X a r o p e d a e v a p o r a ç ã o
A g it a ç ã o
d e b a ix a
v e lo c id a d e A r
A e r a d o r
T a n q u e
d e x a r o p e
L o d o
( c a p a c id a d e
d e 1 , 5 h d e
P o lie le t r ó lit o
p r o d u ç ã o )
( 1 0 a 1 5 p p m
d o s s ó lid o s )
F lo t a d o r ( 2 0 a 3 0 m in .
d e r e t e n ç ã o )
20.4 Fosfatação
20.5 Aquecimento
O xarope deve ser aquecido, próximo de 85ºC, e o objetivo é de acelerar as reações
de microfloculação e reduzir a viscosidade do meio.
20.6 Macrofloculação
A adição de polímero floculante é feita entre os aeradores e o flotador,
possibilitando uma rápida dispersão do produto no xarope.
79
Os cozedores têm fundo cônico, visando facilitar a descarga da massa cozida. Nessa
região encontra-se a válvula de descarga. Nos múltiplo-efeito utilizam-se tubos com diâmetro
interno de 27 a 46 mm, já nos cozedores utilizam diâmetros de 100 mm (4 ”). O tubo central
(poço central) da calandra tem diâmetro de 40% do diâmetro do corpo.
80
Devem ser retos, para reduzir pontos mortos e facilitar a circulação da massa;
Espelho em aço inox 304, tubos em inox e paredes revestidas por chapa de inox, para
evitar formação de ferrugem e reações com polifenois, que escurecem a massa.
O Brix da massa cozida é proveniente dos sólidos dissolvidos no licor mãe, mais o
açúcar contido na massa de cristais. No cozimento, eleva-se a concentração até o máximo
possível, podendo-se atingir um Brix 100, o que corresponde a 94% de matérias
dissolvidas reais. Na prática, não ultrapassa 96%.
Exemplo:
Partindo de 1000 kg de caldo a 13° Brix, concentrando em múltiplo efeito até 65° Brix, a
água evaporada foi de 800 kg. A seguir, no cozimento, concentrou-se até 96º Brix,
evaporando nesta etapa mais 65 kg de água. A quantidade de água evaporada no múltiplo
efeito é muito maior que no cozimento. Este fato contribui para a economia do processo, já
que no múltiplo efeito utiliza-se vapor vegetal.
1.4 Conceitos
1.4.1 Caldo
sacarose brix
q= =
água (100 − brix)
81
1.4.4 Supersaturação
1. Metaestável: ss variando de 1,0 a 1,2. É a região mais próxima à saturação e nela não há
a formação de cristais. Se forem adicionados cristais de sacarose à solução nesta região,
estes crescerão, fazendo o coeficiente de supersaturação tender para o seu limite inferior,
igual a 1,0.
2. Região ou Zona Intermediária: ss variando de 1,2 a 1,3. Não há também nesta zona,
cristalização em ausência de cristais, mas se forem adicionados à solução, não somente
estes crescerão, como haverá a formação de novos cristais e, conseqüentemente, o índice ss
decrescerá.
Se a região metaestável for atingida, cessará a formação de cristais, mas continuará o
crescimento dos cristais, até que o valor de ss atinja 1,0.
82
3. Região ou Zona Lábil: ss maior que 1,3. Nesta região haverá sempre a formação de
novos cristais, quer em presença, quer em ausência de outros cristais.
a) Viscosidade
b) Temperatura
2. Cozimento
a) Método de Espera
b) Método de Choque
Neste método promove-se a concentração até a zona intermediária. Para isso trabalha-
se com temperatura acima da temperatura normal de funcionamento do cozedor (vácuo
menor).
Quando a zona intermediária é atingida, promove-se uma redução do aquecimento às
(ou aumento brusco do vácuo) condições normais do aparelho, promovendo uma redução da
temperatura do xarope dentro do cozedor.
Isso faz com que haja um aumento em ss, atingindo a zona lábil, quando ocorre a
cristalização da sacarose. Uma vez ocorrida a cristalização, há redução de ss no licor mãe,
tendo a retornar à condição de saturação.
Assim novas alimentações de xarope devem ser realizadas para manter ss na região
metaestável, para que haja crescimento no tamanho dos cristais.
c) Método da Semeadura
Exemplo: 1 g de cristais de 0,25 mm quando crescem até 0,60 mm, atingem a massa de 1x
(0,60/0,25)3 = 13,82 g.
Para a produção de 100000 kg de açúcar com cristais de 0,3 mm, a massa de semente
de cristais de 0,008 mm será:
ms = 1,896 kg
100 ( j − m)
r=
j(100 − m)
Onde:
r: esgotamento (r varia na prática de 52 a 64)
m: pureza do melaço
85
Efetuar cada cozimento dentro das características previstas no menor tempo possível,
depende dos seguintes fatores:
Viscosidade.
Supersaturação.
O cozimento visa:
Processar uma massa cozida de boa fluidez, mesmo com elevada porcentagem de
cristais, que irá centrifugar facilmente, sem necessidade de lavagem excessiva.
Existem vários níveis de supersaturação, sendo que faixas destes níveis delimitam
zonas de supersaturação.
a) Zona Não-Saturada
c) Zona Intermediária
Curvas de
500
arose / 100 partes de agua
480
ZON
460 DE SUPERSA
440
Figura 2.6.1 – Zonas de Saturação
2.8 Cozedor
420
Um cozedor é perfeitamente similar ao corpo de um evaporador e possui:
a) Cabeça
É de chapa de aço carbono e possui separador tipo chicana.
b) Corpo
400
É de chapa de aço carbono e dentro possui um tubo de (inox) para alimentação da
massa cozida e dispositivo para limpeza do equipamento a cada cozimento efetuado.
c) Calandra
380
É de aço carbono do tipo plana e fixa com tubo central.
1,3 SS
360
87
d) Tubos
São de aço inox ou ferro.
e) Fundo
É de chapa de aço carbono com saliência para a saída da massa cozida e circulação e
circulação.
f) Circulador Mecânico
Reduz o tempo de cozimento, melhora a granulometria por proporcionar uma melhor
circulação.
Os méis devem ser diluídos aproximadamente a 65° Brix. O líquido utilizado na diluição
dos méis irá evaporar no tacho, promover a circulação eficaz da massa por ocasião da
alimentação, garantindo uma boa velocidade de crescimento dos cristais.
A diluição devera garantir a dissolução dos pequenos cristais nos méis para não
comprometer a qualidade do açúcar.
2.10 Granagem
2.10.1 Concentração
Retira água do xarope ou mel + xarope, aumentando sua concentração de acordo com
a granagem requerida.
Devendo atentar-se:
• Esta quantidade deve ser o menor possível, porém suficiente para cobrir a calandra.
Nesta etapa adicionamos a semente (açúcar triturado com álcool), estes cristais
introduzidos à massa irão orientar o crescimento de todos os cristais.
91
Este procedimento é adotado para termos uma maior quantidade de cristais uniformes
e com melhor qualidade.
• Manter o vácuo/ vapor sob controle de forma que a temperatura fique estável.
• Começar a alimentação com mel somente após o aparecimento dos cristais na massa
(bem estabelecidos).
• A granagem deve ser feita até o ponto de supersaturação, que pode ser percebido
pelo ponto de fio ou por instrumentos adequados.
• Para diluição com o mel este também deverá estar diluído a 65°brix e isento de
cristais.
A água contida no xarope e nos méis tem grande importância, pois é ela que ao
evaporar, vai agitar a massa em cozimento, promovendo a circulação natural.
Esta circulação é que renovará as camadas de mel ao redor dos cristais promovendo
seu crescimento.
O vácuo e a pressão do vapor vegetal devem permanecer constantes, pois variações
bruscas poderão aparecer novos cristais.
92
2.13 Aperto
O objetivo do aperto é obter uma massa com Máximo teor de cristais permitido,
buscando um mel mais pobre possível.
Onde facilmente pode-se chegar à situação em que mais de 60% da sacarose foi
cristalizada, requerem cuidado nesta fase, pois podem se transformar numa massa sólida
que não poderá ser centrifugada.
O conteúdo dos cristais seja elevado neste estágio, à cristalização é muito lenta devido
à baixa pureza do licor mãe, sendo sua circulação mais difícil.
2.14 Descarga
Unidade IV – Centrifugação
1. Centrifugação
2. Tipos de Centrífugas
• Centrifugas Contínuas.
Diâmetro
Superfície da tela em m2
Altura
Massa
• Rotação.
• Tipos de centrifugas;
• Controle automático das diversas etapas do ciclo;
• Qualidade da massa cozida;
• Qualidade do açúcar desejado.
• Carregamento
• Lavagem com Vapor (Logo após lavagem com água até o fim da frenagem
caso não seja água superaquecida)
• Frenagem e Descarregamento
• Lavagem do Cesto.
Quanto mais uniformes forem os cristais e quanto menor for a viscosidade do mel
(varia com a pureza) mais rápido será seu escoamento entre os cristais.
Película fina de mel que envolve os cristais: É aderente ao cristal por forças capilares,
dificilmente removíveis por simples centrifugação necessitando de operações de
lavagens.
2.1.9 Cesto
• Lavar o açúcar.
• Lavar o Chute-Bajar (bandeja).
• Lavar a articulação do cônico de fechamento do cesto (BMA).
• Lavar o cesto.
98
Construída em aço inox que tem por finalidade transportar o açúcar centrifugado
até o elevador de canecas.
101
a) Vapor
Utiliza-se vapor direto, para desobstruir a comporta após ter sua pressão
rebaixada através de válvula rebaixadora.
b) Água Superaquecida
• Pulverização mais eficiente pelo efeito flash nos bicos das centrifugas
melhorando a distribuição de água sobre a camada de açúcar;
Observação:
c) Ar Comprimido
104
1. Altura do Cesto
2. Diâmetro do Cesto
3. Rotação do Cesto
a) Telas
c) Cesto Giratório
Construído em aço inox, tem formato cônico com inclinação de 34º e possui uma
contra tela fixa, do mesmo material sobre a qual são fixadas as telas. O cesto está
acoplado sob o cabeçote que lhe transmite a força centrífuga.
Tem por finalidade transmitir potencia do motor para o cesto giratório ao qual está
acoplado. O cabeçote é composto basicamente de:
• Polia
• Eixo
• Rolamentos
• Retentores
• Sistema de Lubrificação
A lubrificação é feita através de óleo sendo que a centrifuga nunca deverá estar
operando sem antes ter ligado a bomba de óleo, na qual existe um pressostato que
bloqueia o acionamento do motor quando a bomba não for ligada.
c) Duto de Alimentação
Conduzir o fluxo de massa até o distribuidor.
108
É composto de uma caixa de aço inox com eixo central onde estão fixados aletas
espirais de transporte. Tem por finalidade misturar os cristais de açúcar com água,
formando o magma, conduzindo-o até a bomba que o enviará ao reservatório.
Unidade V – Secadores
1. Introdução
2. Recomendações
3. Tipos de Secadores
O secador de uso mais corrente é o de tambor rotativo, que consiste num cilindro
metálico montado na horizontal levemente inclinado 5 a 7° para facilitar a progressão do
açúcar, este é provido internamente de aletas destinadas a recolher o açúcar e deixá-lo
cair em forma de cascata.
Geralmente o açúcar caminha ao longo do secador em contra corrente com o ar.
Nos melhores projetos o corpo secador é dividido em 2 partes: a de secagem e a de
resfriamento.
Fazem parte ainda um transportador de alimentação, aquecedor de ar, exaustor,
ciclone e separador de pó.
111
Automatização
3. Eficiência Operacional
A eficiência da planta é uma das maiores prioridades das novas unidades (venda do
excedente de energia para a rede). Para tanto, precisamos de:
Uso de trocadores regenerativos (caldo / vinhaça, caldo / água, caldo / caldo, etc)
4. Automatização
Sistema totalmente integrado com softwares de ERP e que permitam uma análise
completa do processo: custos, eficiências, vendas, estoques, programação de
produção, etc.
Flexibilidade
- Conseguir produzir na mesma planta o açúcar VHP, VVHP e Cristal Branco nas
suas diversas especificações e até o Refinado.
114
Novos tipos de evaporadores: falling film, rising film, Roberts modificado, etc.
Depende da:
Condições de mercado
9. Sucroquímica (Futuro)
Ésteres de sacarose
1. Introdução
Figura 1.5 – Etanol: Custo de Produção (da matéria prima ao produto final)
2. Processos Fermentativos
ATP ADP
NADH NAD+
NADPH Energia NADP+
FADH2 FAD
Proteínas
Polissacarídeos
Ácidos Nucléicos
Nutrientes
Outros
Anabolismo
(nutrientes) células
→ (produtos) + (mais células) + energia
dX
rX = = µ.X
dt
Onde:
rX : taxa de crescimento celular (g cel/L)
t : tempo
µ : taxa (ou velocidade) específica de crescimento microbiano.
ln 2
tg = .
µ
Com a finalidade de quantificar as taxas de crescimento celular, consumo de
substrato, formação de produtos e demais parâmetros relacionados, surgiram
diversos modelos para descrever as fermentações, sendo estes modelos do tipo
não-estruturado e não-segregados. Estes, em sua maioria, baseiam-se na
determinação da velocidade específica de crescimento do microrganismo (µ ) ou da
produção de produto (ν ), pelo decréscimo da velocidade específica máxima através
de alguns termos de inibição e limitação.
Segundo alguns autores, BAILEY & OLLIS (1986), WANG et alii (1979), o
modelo mais utilizado é o modelo de Monod, que expressa a velocidade específica
de crescimento (µ ) como uma função da concentração de substrato limitante (S):
S
µ = µmax
Ks + S
129
onde,
µ max : velocidade específica máxima do microrganismo
∆P ∆X
YP /S = − YX / S = −
∆S ∆S
131
Onde:
∆ X : aumento de concentração,
∆ P: aumento da concentração do produto
∆ S: variação da concentração de substrato limitante no intervalo de tempo
considerado.
leveduras
C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2 +(mais levedura) + subprodutos
2* M E
Yt = ,
MG
onde
ME: massa molecular do etanol
MG: massa molecular da glicose
2*46
Logo, Yt = = 0,511 gramas de etanol por grama de glicose.
180
A equação da transformação de glicose a etanol e gás carbônico acima, sem
levar em conta a produção de mais células e de subprodutos é chamada equação de
Gay Lussac.
Rendimento teórico de etanol, Yt = 0,511 g de etanol por g de glicose consumida.
Este valor é considerado 100% quando o substrato é a glicose.
4* 46
Yt = = 0,511 g etanol por grama de ART.
2*180
132
rP = −YP * rS dP dS
ou = − YP
S
dt S dt
1 dP 1 dS
Em termos de taxas específicas, = − YP * ou
X dt S X dt
1
qP = − qS
YP
S
Onde
qP: taxas (velocidades) específicas de formação de produto
qS: taxas (velocidades) específicas de formação de consumo de substrato.
YP
rP = S
* rX = YP * rX ou q P = YP * µ ou q P = α .µ
YX X X
S
Onde:
YP/X: é a relação entre os rendimentos YP/S e YX/S.
rP = β.X (1.8)
dP dX
rP = = α. + β.X ou q P = α .µ + β.X (1.9)
dt dt
O modelo de Luedeking e Piret tem provado ser extremamente útil e versátil
em ajustar resultados de formação de produto para muitas fermentações diferentes.
Essa cinética ocorre quando o produto é o resultado do metabolismo produtor de
energia.
Na própria fermentação alcoólica, sempre tida como fortemente associada ao
crescimento, tem sido verificado que ocorre formação de produto após o término do
crescimento celular.
Sinclair (1990) modelou dados experimentais de uma fermentação de glicose
a etanol segundo cinética de formação de produto parcialmente ao crescimento,
tendo encontrado os valores 4,4 para α e 0,035 para β .
Por estes valores das constantes α e β , verifica-se que o termo associado
ao crescimento teve uma influência muito maior na formação de etanol. Isto se
justifica, pois a fonte de carbono é utilizada como fonte de carbono e fonte de
energia para manutenção celular.
a) Efeito da Temperatura
dX
= µ.X − δ.X (1.10)
dt
Onde
−E
µ = A.exp a (1.11)
R.T
−E '
δ = A '. a (1.12)
R.T
Onde A e A’ são constantes, Ea e Ea’ são as energias de ativação, R é a
constante da lei dos gases (R = 1,98 cal/(mol.ºC). Valores típicos de energia de
ativação para crescimento são da ordem de 1 – 20 kcal/mol e para morte celular da
ordem de 60 – 70 kcal/mol. Assim a taxa de morte celular é muito mais sensível à
temperatura do que a taxa de crescimento.
Formação de produto por microrganismos é também dependente da
temperatura de uma maneira similar. Todavia as temperaturas ótimas para
crescimento e formação de produto não são necessariamente as mesmas e devem
ser analisadas separadamente. Portanto o controle da temperatura num processo
fermentativo dentro de intervalos estreitos é de grande importância.
Na esterilização de meios de cultivo pela ação de altas temperaturas, a
equação de Arrhenius também se aplica, com energias de ativação para destruição
de esporos bacterianos termorresistentes da ordem de 320 kJ/mol e para destruição
de nutrientes da ordem de 90 kJ/mol. Assim, a destruição dos esporos é mais
acentuada que a dos nutrientes, para uma combinação de temperatura alta e tempo
curto.
b) Efeito do pH
Figura 2.4.4 - (a) STR; (b) Coluna de Bolhas; (c) “Air-Lift”; (d) Fluxo Pistonado; (e)
Leito Fixo; (f) Leito Fluidizado; (g) Reator com Membranas Planas; (h) Fibra-Oca
138
A obtenção de etanol por via fermentativa é a mais viável para o Brasil e será
descrita a seguir. A produção de etanol por via fermentativa pode ser dividida em
três fases: o preparo do substrato, a fermentação e a destilação.
a) Diretamente Fermentescíveis
b) Indiretamente Fermentescíveis
Somente Açúcar:
• Açúcar: 120 kg
• Etanol do melaço: 7 – 10 L
Somente Etanol:
• Etanol: 85 L
a) Características e Composição
- Caldo:
Água: 75 a 92%;
Sólidos solúveis: 18 a 25%;
- Sólidos solúveis
142
- Fibra:
• Celulose: 45 – 50%,
• Hemicelulose: 25 – 35%
• Lignina: 25 – 35%, com base nas fibras.
• Descarregamento;
• Extração;
c) Tratamento do Caldo
• Caldo para Açúcar: necessita de um processo de clarificação mais exigente,
dependendo do tipo de açúcar a ser produzido, por exemplo, açúcar cristal branco,
demerara, VHP.
b) Processo 2:
144
c) Processo 3:
Os lodos (borras) do decantador passam por filtração, gerando caldo que vai
para a fermentação e torta de filtro, que vai ser usada como fertilizante na lavoura. A
clarificação do caldo para fermentação pode variar bastante na prática, desde a não
clarificação, até um processo semelhante ao número 3.
3.2.2 Melaço
Trigo na Alemanha:
• Custo da matéria prima: U$ 330,00;
Especificação Médias
Água 17,3
Sólidos Totais 82,7
Densidade 1,46
Pol 38,9
Sacarose Real 37,9
Açúcares Redutores 20,6
Cinzas 8,39
Substâncias Nitrogenadas 8,20
Açúcares Totais 65,6
pH 6,87
de cana. Grande potencial futuro, com o avanço dos processos de hidrólise ácida e
enzimática. Bastante pesquisa já foi realizada e em andamento.
Substratos (açúcares)
Além do etanol e gás carbônico são formados glicerol, ácidos succínico, acético,
pirúvico e outros, álcoois superiores, acetaldeído, acetoína, butileno glicol, entre
outros em menores quantidades.
Glicerol:
Regulador redox celular em anaerobiose;
Protetor estresse osmótico.
Ácido Succínico:
Regular do Redox celular em anaerobiose.
Agente antibacteriano natural
Trealose:
Protetor contra estresses.
3.3.4 O Mosto
O mosto é uma suspensão de substrato açucarado, numa concentração
adequada, usado na fermentação. Dependendo da destilaria, pode ser caldo, uma
mistura de mel, xarope e caldo clarificado.
Quando o volume de caldo clarificado é baixo, dilui-se o melaço com água. A
água deve ser clorada em uma estação de tratamento visando eliminar
microrganismos, e em seguida, o cloro é retirado por meio de filtros de carvão ativo.
Alguns processos utilizam na diluição do mosto a vinhaça, como no processo
Biostil. A diluição dos melaços deve estar entre 15 e 25° Brix (LIMA et al., 2001). A
concentração de açúcares nos mostos em termos de concentração de sólidos varia
de 4 a 30° Brix dependendo da pureza e destino do mosto. Se é usado nas fases
preliminares de preparo de inóculo, usam-se as menores concentrações.
Após a dosagem de mel/xarope no caldo para formação do mosto, este passa
por misturadores (roscas helicoidais), para homogeneizar o produto. A seguir o
mosto é resfriado em trocadores de calor tipo placas. O resfriamento do mosto baixa
a temperatura de 65°C para 28 - 32 °C.
Os trocadores de calor tipo placas são tidos como ponto crítico na
contaminação. Há formação do Biofilme, uma camada de um polímero (goma) que
protege a população bacteriana formada na placa metálica impedindo a ação de
antibióticos e produtos químicos. Realiza-se a limpeza mecânica das placas, e
limpeza dos mesmos pelo uso de fleugmaça quente diminui a contaminação
(LORENZETTI, 2002).
A concentração do mosto é definida pela produção pretendida e capacidade
de fermentação pela levedura. Mostos que estejam muito concentrados ocasionam
perdas de açúcares, que não são fermentados, sujam mais os aparelhos de
destilação e fazem a temperatura se elevar.
Elevados teores de açúcar causam estresse osmótico da levedura. Mostos
muito diluídos fermentam rapidamente e sujam menos os aparelhos de destilação.
Porém, será necessário empregar fermentadores de maior volume, mais água será
gasta na diluição, logo mais vapor é gasto nas colunas de destilação. Além disso, a
fermentação estará mais suscetível a infecções.
a) Formulação do Mosto
Caldo clarificado
Melaço e água
Brix dos mostos: 4 a 30° Brix dependendo da pureza e destino do mosto. Nas
152
b) Concentração do Mosto
Produção Pretendida.
Capacidade de Fermentação pela Levedura.
Fermentam rapidamente.
Sujam menos os aparelhos de destilação.
Necessário maior volume de fermentadores.
Mais água na diluição.
Maior gasto de vapor nas colunas de destilação.
Fermentação estará mais suscetível a infecções.
maneira mais uniforme, com menor formação de espuma, assim menos álcool será
arrastado (LIMA et al., 2001).
Se a batelada for alimentada de uma só vez, as leveduras demoram a iniciar
o processo fermentativo, devido a grande concentração de açúcares.
Onde:
YX/S: rendimento de células;
YP/S: rendimento de produto;
Prod: produtividade;
VCS: velocidade de consumo de substrato;
Conv: conversão de substrato;
Prod esp: produtividade específica;
VCS esp: velocidade de consumo de substrato específica.
a) Oxigênio
b) Necessidades Nutricionais
Tabela 3.3.6 (a) - Necessidades Nutricionais das Leveduras (Lima et al., 2001)
Nutrição Concentração
Nutrição mineral Concentração (mg/L)
mineral (mg/L)
NH4+ 40 - 5900 Na+ 200
P 62 - 560 Co2+ 3,5 - 10
+ 2+
K 700 - 800 Zn 0,5 - 10
2+ 2+
Ca 120 Cu 7
Mg2+ 70 - 200 Mn2+ 10 - 80
2- 2+
SO4 7 - 280 Fe 0,2
c) pH
d) Temperatura
e) Necessidades de Sais
159
Potássio (K)
Magnésio (Mg)
< 100 mg/L: as células filhas do fermento não se desprendem da mãe. Pode
flocular.
Fósforo (P)
Fase de laboratório
Fase industrial
Pré-fermentador
Em qualquer fermentação:
161
A cultura inoculante deve ser tão ativa quanto possível e a inoculação deve ser
realizada na fase exponencial de crescimento;
e) Açúcares não fermentescíveis: São açúcares residuais que não são glicose,
frutose e sacarose.
f) Açúcares totais: Porcentagem em peso de açúcares contido em um produto,
expressa em açúcares redutores (invertido), compreendendo sacarose, glicose,
frutose e demais substâncias redutoras.
i) Mel B: Mel esgotado que não se extrai mais açúcar por razões de ordem
técnica ou econômica
Coluna de
Recuperação de Etanol
Coleta de CO2
e Etanol
Figura 3.3.10 (a) – Dornas Contínuas com Sistema para Recuperação de Etanol
Ambos os tipos de dornas, abertas ou fechadas, devem apresentar entrada
para injeção de antiespumante para controle do nível de espuma. A formação de
espumas está relacionada a alguns fatores tais como: temperatura, leveduras
contaminantes, viscosidade do meio, concentração de leveduras e presença de
partículas orgânicas.
Os dispersantes têm atuação preventiva na formação de espumas, que
interferem na troca de gases, reduz a área útil nas dornas e provoca vazamentos,
com a conseqüente perda de matéria-prima e diminuição do rendimento da
fermentação.
Dispersantes e antiespumantes devem possuir grau alimentício, pois algumas
usinas secam parte da levedura para produzir ração animal.
As dornas são equipadas com válvulas para alimentação de mosto, levedura
e ar comprimido. Devem apresentar também, sistema de lavagem, pois o uso
contínuo aumenta os níveis de infecção. Geralmente a lavagem é feita com
fleugmaça, distribuída às dornas pelos spray-balls até uma temperatura de 70 °C
(LORENZETTI, 2002).
As dornas devem ser pintadas numa cor clara, preferencialmente branca, a
fim de evitar problemas na temperatura, de fundo cônico para evitar depósitos de
material sedimentado (LORENZETTI, 2002), como mostra a Figura 2.6.
164
3.3.11 Centrifugação
A centrifugação visa separar leveduras do vinho, que é o produto da
fermentação. As leveduras devem retornar ao processo. Algumas variáveis a serem
controladas são vazão e pressão, diâmetro dos bicos da centrífuga, concentração do
leite de leveduras, número de centrífugas adequadas, entre outros.
Uma boa centrifugação ajuda no controle microbiológico exercendo assim
grande influência na qualidade da fermentação. Alguns processos fermentativos
trabalham com leveduras floculantes.
Porém, nos processos que usam centrífugas, a floculação deve ser evitada. A
floculação é um mecanismo de defesa da levedura a alguma alteração do meio.
Caso haja floculação, as bactérias estarão aderidas às leveduras, o que facilitará
seu retorno ao processo.
Sólidos podem acumular nos pratos ou entupir os bicos das centrífugas.
Assim, se não efetuada limpeza das máquinas, o rendimento e eficiência caem,
sendo necessário diminuírem sua vazão ou haverá perdas.
O tipo de centrífuga mais utilizada nas usinas é a centrífuga de discos, ilustrada na
figura a seguir.
Figura 3.3.12 (a) – Células de Leveduras Figura 3.3.12 (b) – Células de Bactérias
a) Fluxo e Boquilhas
Separação Imperfeita:
• Entupimento de Bicos.
• Queda de Rotação.
• Bicos Danificados.
92,4
4
91,9
3
91,5
2
91,0
1
0
90,5
1
0,40 2
1,46 3
2,52 4
3,57 5
4,63 6
5,69
Volume constante.
Baixos rendimentos ou produtividades.
Inibição pelo substrato, represssão catabólica.
Tempos para limpeza, esterilização, carga, descarga, lag.
Processo flexível, menor risco de contaminação.
Muito usado
Conceito: inóculo, pé de cuba ou pé de fermentação é um volume de suspensão de
microrganismos, de concentração microbiana adequada, capaz de garantir em
condições econômicas, a fermentação de um dado volume de mosto (meio de
cultura a nível industrial).
Água - - - - 94 - 179,7 - -
Melaço - - - 54 46 - 87,9 - -
Creme - - - - 30 70 - 10 4,0
Vinho
- - - - 420 0,2 725 10 4,0
centrifugado
175
Misturador
Estático Centrífug Centrífug Centrífug Centrífug
a a a a
2 4 6 8
Tanque
de Mel
Trocador de Colunas
calor de Mosto de
Destilaç
ão
Resfriamento do Mosto
Faz-se o resfriamento do mosto com o objetivo de diminuir a temperatura do
mesmo, de 65ºC para 28°C à 32ºC.
178
Goma (biofilme)
Superfície Metálica
Figura 4.2.1 (a) – Formação do Biofilme
Antibiótico
Superfície Metálica
8 % ...................... 1 m3
100% .................. VB
VB = 12,5 m3
100 100 1
Volume de vinho centrifugado = = = = 12,5m 3
º GL VB 8 0, 08
Supondo um teor de fermento no vinho fermentado igual a 12% (em volume),
um teor de fermento de 1% no vinho centrifugado (delevedurado) e 70% no leite de
levedura, o volume de vinho fermentado será:
FL − FVC 70 − 1
VB = xVC = xVC = 1,19VC
FL − FVB 70 − 12
Portanto para produzir 1 m3 de álcool anidro será necessário um volume de
vinho fermentado de:
VB = 1,19x12,5 = 14,875 m3
14,875
= 8, 263m3 dornas por m3 de etanol anidro por dia.
2x 0,9
Para uma produção de 500 m3 de etanol anidro por dia, o volume necessário
de dornas será:
FVB (v/v)
Centrífuga
FVT (v/v)
4.3.1 Introdução
Figura 4.3.1 (a) - Sistema Contínuo: maior parte dos processos instalados não
permite assepsia das dornas
182
Contaminação elevada;
Floculação;
Maior dosagem;
Acidez excessiva no vinho;
Significativo prejuízo;
Necessidade de reduzir moagem;
Queda do rendimento fermentativo;
Inibição / morte das leveduras;
Sobra de ART no vinho;
Tanque de mel começa a ficar cheio
Mosto F
Figura 4.3.3 (a) – Representação de um Processo Contínuo com uma Dorna
com Reciclo de Leveduras
Este tipo de fermentação contínua é a mais comum nas usinas que utilizam a
fermentação contínua. O preparo do fermento é feito nas cubas (geralmente três),
utilizando o leite de levedura proveniente da centrifugação ao final da última dorna.
Nas cubas de diluição e tratamento ácido do fermento, pode ou não haver adição de
mosto.
Na primeira dorna do conjunto, Figura 4.2, é alimentado o mosto e o fermento,
permanecendo nesta dorna um tempo de residência suficiente para uma conversão
desejada de ART.
O mosto em fermentação saí pelo fundo das dornas e passa por trocadores
Do
de calor para controle de temperatura em torno de 32 ºC (pode apresentar uma
pequena variação, dependendo da usina). O substrato em fermentação entra pelo
topo ou metade da dorna seguinte. A retirada do fermento pelo fundo objetiva não
acumular resíduos decantados nas dornas.
184
Características:
• Menor custo de instalação
• Menos trocadores de calor
• Automação mais barata
• Difícil medida do rendimento
• Problemas de contaminação.
b) Fermentação Contínua Adaptada
Características:
• Possibilidade de ampliação sem grandes investimentos
186
Características:
Quatro (ou cinco) dornas de fundo cônico, sendo que o nível da primeira é
mais baixo do que os das demais. O volume da primeira (que não é preenchida
totalmente) é um pouco maior. As conversões alcançadas são:
Dorna 1: 55 – 70%;
Dorna 2: 85 – 89%;
Dorna 3: 95 – 97,5;
Dorna 4: 99%
Rendimento em etanol: 91-92%.
Características:
Tabela 4.3.5 (a) – Dados de Processo: Alvorada (A) e Unidade relativa (B)
Figura 4.3.5 (a)
Dorna ART (A) ART (B) % Ferm % Ferm ºGL (A) ºGL (B)
(A) (B)
1 6,12 3,89 17 11 4,94 5,41
2 2,14 1,29 15 - 6,73 6,73
3 1,26 0,77 14 - 7,43 7,06
4 0,75 0,44 12 - 7,83 7,40
5 0,29 0,32 10 - 8,01 7,67
188
Destilaria
Água
Vinho delevedurado
Caldo Álcool
Ácido Vinho
Filtrado
Bruto
Caldo Dorna
M Filtrado Volante
. MV M Água Creme
V .
MV Cuba Cuba M
. V MV.
. V
Mosto + .
M
Fermento Fermento
. diluído
V
.
Dorna
Ferm.
diluido
M
Dorna Dorna
.
MV Dorna
01 02 Dorna
V 03
04 Dorna
. 05
Tanque Tanque
Mel CIP M
MV
.
V
.
Figura 4.3.5 (a) – Fermentação contínua industrial
189
Já em uso em algumas usinas. Como exemplo, a Usina Petribu Paulista, foi projetada
para funcionar com a fermentação contínua e floculenta. Segundo LONGHI (2005), a
fermentação contínua e floculenta proporciona ganhos no tempo e rendimento, além de
gerar um menor custo de manutenção durante a entressafra.
Não ocorreram adaptações para a fermentação contínua como tem acontecido nas
unidades que resolveram adotar esse sistema. Para a obtenção de bons resultados com a
fermentação floculenta, é preciso utilizar uma levedura diferenciada que trabalha floculada
(JornalCana, maio 2005).
O sistema pode aumentar a produtividade em 2,5 vezes em comparação ao processo
contínuo tradicional e em 3 vezes ao sistema batelada. A grande vantagem é a eliminação
das centrífugas. Uma unidade piloto que produz 10 mil litros de álcool por dia foi instalada
na Usina da Pedra (ANDRIETTA, 2006).
Esta é uma tendência antiga, que visa diminuir o efeito inbitório do etanol à medida
que é formado (inibição pelo produto), que ainda se encontra em fase de pesquisas. Vários
processos tem sido propostos, tanto a nível de laboratório como em escala piloto, tais como
o processo biostil, desenvolvido na década de 1970.
Ainda hoje os trabalhos relacionados à separação de álcool do meio fermentativo
continuam a serem realizados. Um exemplo é o sistema evaporativo a vácuo que visa
64
190
a) Contaminação Bacteriana
b) Bastonetes no Vinho
BASTONETES NO VINHO ( x 10^5/mL)
1200
1000
800
600
400
200
0
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
BATELADA CONTÍNUA
c) Antibióticos
d) Consumo de Ácido
Uma das maiores dificuldades de implantação de um novo sistema tem relação com
os operadores. Há grande conservadorismo quanto ao sistema batelada. O sistema
contínuo exige menor mão de obra, logo muitos operadores afirmam que o processo é falho,
ou tentam aplicar conhecimentos que possuíam no novo sistema. Não há como evitar
comparações quanto ao sistema antigo quando surgem problemas de contaminação, por
exemplo.
A fermentação contínua exige menor número de trabalhadores, mas esses
profissionais devem ser capacitados para detectar falhas operacionais no sistema com
rapidez. A correção de um problema pode demorar seis horas, e durante este tempo há
perda de açúcares (ANDRIETTA, 2006).
4.6.2 Custo
4.6.4 Automação
• O teor alcoólico médio do vinho é em torno de 8,5% (vol) há mais de dez anos e pode
ser melhorado. Existem usinas que ultrapassam os 10%, com as mesmas leveduras
atuais e no processo interligado de açúcar e álcool
• Evaporação do caldo
• Reciclo
Necessidade de agitação
Muita espuma
4.6.7 Destilação
• Rendimento: >99,9%
• Consumo de água: 100 – 120 L/L etanol a 96ºGL e 140 – 170 L/L etanol a 99,2ºGL
4.6.8 Tamanho
As Tabelas 4.7.6 (a) e 4.7.6 (b) apresentam vantagens e desvantagens com relação
aos sistemas de fermentação alcoólica batelada e contínuos.
Fermentação Batelada
Vantagens Desvantagens
Sistema mais robusto frente a
possíveis paradas e Custo maior com equipamentos
imprevistos na fábrica
Microrganismo não apresenta
Reinício fácil da produção
alta atividade, pois não trabalha
sem renovação do fermento
continuamente
Menor risco de contaminação
pela limpeza após cada ciclo Maior consumo de água
de fermentação na dorna
Indicado para processos sem
Dificuldade na automatização
controle minucioso
Fermentação Contínua
Vantagens Desvantagens
Menos flexível frente a
Melhor em termos de
alterações no processo, como
engenharia
composição da matéria prima
Reinício fácil da produção Dificuldade em medir o
sem renovação do fermento rendimento
Estado estacionário, Choques ao passar a levedura
trabalha-se por isso em pelas dornas em série, pois há
condições ótimas para o diferença na concentração
microrganismo durante o alcoólica, de açúcares, e na
processo. temperatura
Estado estacionário permite Maior risco de contaminação
uniformidade maior dos por não haver freqüente
produtos limpeza das dornas
Mais dinâmico, exige atenção
Facilidade operacional
redobrada
197
4.6.10 Estatísticas
O sistema contínuo chegou a ser adotado em mais de 30% das usinas. Atualmente,
estaria abaixo dos 20%. Mesmo otimizado esse tipo de fermentação não tem condições, por
questões técnicas, de ultrapassar o sistema de batelada. No máximo, alcançam a mesma
performance (JornalCana, maio2005).
Não há estatísticas exatas quanto aos dois sistemas de fermentação. As Usinas não
divulgam facilmente qual sistema de fermentação adotam.
4.6.11 Conclusão
5. Referências Bibliográficas
• COGHI, M. www.ideaonline.com.br/ideanews/ideanews.asp?
cod=31&sec=3, visitado em 14/02/2007
• TEICH, D. H,. Revista EXAME, São Paulo, Editora Abril, 2006. edição 870
• www.carbonobrasil.com/textos.asp?tId=62&idioma=1, visitado em
19/02/2007
• www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=5, visitado em
10/11/2006
• www.ideaonline.com.br/ideanews/ideanews.asp?cod=35&sec=4, visitado
em 14/02/2007
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