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COOPERATIVA DE PRODUTORES

DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL


DO ESTADO DE SÃO PAULO LTDA.

MANUAL DE CONTROLE QUÍMICO DA FABRICAÇÃO DE AÇÚCAR

Capítulo 1

TERMINOLOGIA

1 Açúcar

Sólido cristalino, orgânico, constituído basicamente por cristais de sacarose, envolvidos ou não por
película de mel de alta ou baixa pureza.

2 Açúcares Redutores

Substâncias redutoras de cana-de-açúcar e seus produtos constituídas principalmente por glicose e


frutose, que tem a propriedade de reduzir o cobre em solução cúprica (Licor de Fehling) e
calculadas como açúcar invertido.

3 Bagaço

Resíduo da cana após a moagem em um terno ou em um conjunto de ternos. Os bagaços são


chamados sucessivamente por bagaço do 1º terno, 2º terno, etc. O bagaço do último terno também
é chamado de bagaço final ou simplesmente bagaço.

4 Brix

Porcentagem em massa de sólidos solúveis contida em uma solução de sacarose quimicamente


pura.

4.1 Brix areométrico

Unidade da escala de um areômetro que, por densidade, expressa a porcentagem em massa dos
sólidos dissolvidos em uma solução açucarada a 20ºC.

4.2 Brix refratométrico

Unidade da escala de um refratômetro que, através do índice de refração da luz, expressa a


porcentagem em massa dos sólidos dissolvidos em uma solução açucarada a 20ºC.

5 Caldo Absoluto

Caldo hipotético cuja massa é igual a massa total de cana menos a massa total de fibra.

NOTA: Engloba todos os sólidos solúveis da cana mais toda a água nela contida, ou seja, é a cana
menos a fibra.

6 Caldo de 1ª Pressão

Caldo extraído pelos dois primeiros rolos de um conjunto de moagem.

7 Caldo Primário/Caldo 1º Terno

Caldo não diluído, extraído na primeira unidade de esmagamento do conjunto de moendas.

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8 Caldo do Rolo de Saída

Caldo extraído pelos dois últimos rolos de cada terno. O caldo correspondente ao do último terno
também é chamado de caldo de última pressão.

9 Caldo Residual

Caldo retido no bagaço de cada terno após a moagem, ou seja, bagaço menos fibra. Para efeito de
controle admite-se que a pureza deste caldo seja igual a do rolo de saída do respectivo terno.

10 Caldo de Embebição

Caldo extraído por um terno e recirculado em forma de embebição.

11 Caldo Misto

Caldo obtido no processo de extração e enviado para a fabricação.

12 Caldo Sulfitado

Caldo que contém certa quantidade de anidrido sulfuroso integrado ao caldo misto, após passagem
pela coluna de sulfitação.

13 Caldo Clarificado

Caldo de cana-de-açúcar resultante do processo de clarificação.

14 Caldo Filtrado

Caldo obtido nos filtros como resultado da filtração do lodo.

15 Cana-de-Açúcar

Matéria-prima entregue na indústria, constituída por colmos de cana limpa e matéria estranha
(palhas, terra, etc.).

Gramínea do gênero Saccharum, pertencente às espécies Saccharum officinarum L., Saccharum


spontaneum L., Saccharum sinensis Roxburgo, Saccharum barberi Jeswiet, Saccharum robustum
Jeswiet ou seus híbridos.

16 Cinzas

Resíduo mineral remanescente após incineração da amostra.

16.1 Cinzas Condutimétricas

Teor de sais solúveis ionizados presentes em uma solução açucarada, medido através de
condutividade elétrica.

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16.2 Cinzas Gravimétricas

Resíduo remanescente de um produto após sulfatação e incineração a 550°C-650°C (sulfatadas), ou


incineração a 450°C e posterior tratamento de carbonatação (carbonatadas).

17 Conteúdo de Cristais%Brix

Porcentagem, em peso, de açúcar cristalizado em relação aos sólidos solúveis contidos na massa
cozida.

18 Conteúdo de Cristas%Massa Cozida

Porcentagem, em peso, de açúcar cristalizado presente em uma massa cozida.

19 Cush-Cush

Material removido do caldo misto por peneiramento grosseiro, constituído principalmente por
partículas de fibra e caldo.

20 Embebição

Processo no qual a água ou caldo é aplicado ao bagaço em benefício da extração.

21 Extração

Define a proporção de um componente da cana, em porcentagem, que foi removido durante o


processo de moagem. Genericamente o termo extração significa extração de pol%pol na cana.

22 Fibra

Matéria seca e insolúvel em água contida na cana-de-açúcar.

NOTA: Para fins de controle industrial a fibra inclui a matéria estranha citada.

23 Índice de Preparo

Relação porcentual da pol das células abertas em relação a pol total da cana.

24 Lodo

Fração pesada obtida da decantação do caldo, constituída de material insolúvel sedimentado.

25 Magma

Mistura de açúcar com xarope, caldo clarificado, água ou mel, para ser usada como pé de
cozimento.

26 Massa Cozida

Produto resultante da concentração de xarope ou mel constituído de cristais de açúcar envoltos no


mel-mãe.
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27 Matéria Estranha (ou Impureza)

Todo material que não seja colmos de cana-de-açúcar despontados.

28 Mel

Solução resultante da centrifugação da massa cozida.

29 Mel Final ou Melaço

Mel obtido da massa cozida final e do qual não se retira mais açúcar.

30 Peso Normal

Massa de sacarose quimicamente pura que, dissolvida em 100 ml de água, a 20°C, e colocada em
tubo polarimétrico de 200 mm de comprimento, provoca um desvio de 100°S no sacarímetro. Na
escala internacional de açúcar, o peso normal é de 26,000g.

31 Pol

Porcentagem em massa de sacarose aparente, contida em uma solução açucarada de peso normal,
determinada pelo desvio provocado pela solução no plano de vibração da luz polarizada.

32 Pureza

Relação entre a porcentagem em massa de sacarose e a de sólidos solúveis contidos em uma


solução açucarada.

33 Pureza Aparente

Relação entre a pol e o Brix areométrico, expressa em porcentagem.

34 Pureza Aparente Refratométrica

Relação entre a pol e o Brix refratométrico, expressa em porcentagem.

35 Pureza Real

Relação entre a sacarose e os sólidos totais, expressa em porcentagem.

36 Sacarose

Dissacarídeo da família dos carboidratos, dextrógiro, não redutor, de forma cristalina definida,
oticamente ativo, com rotação esfecífica [###]D20 = + 66,53° e fórmula geral C12H22O11.

37 Semente para Granagem

Suspensão em álcool de partículas de açúcar moído, utilizada para granagem.

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38 Sólidos Insolúveis

Porcentagem em peso de sólidos não dissolvidos contidos em uma solução e removíveis por
processos químicos ou físicos.

39 Sólidos Totais (ou Matéria-Seca)

Material remanescente após secagem do produto examinado até massa constante sob condições
tais que não hajam alterações químicas, expresso em porcentagem.

40 Torta

Resíduo obtido da filtração do lodo dos decantadores.

41 Xarope

Material resultante da evaporação parcial do caldo de cana clarificado de consistência aproximada


de 65°Brix.

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